Eduardo Ponte Carracedo: ?O Nécoras?
1886-1937
O ambiente clerical de Compostela produzia-lhe rejeitamento e os sucessos da Semana Trágica de Barcelona marcárom-no para sempre.
Parte para Buenos Aires e de aí à Patagónia. É detido junto a outros anarquistas galegos após a greve geral de Abril de 1918 em Puerto Deseado. Marcha para Chile, onde participa na greve de Dezembro desse ano em Punta Arenas, que é duramente reprimida. Deportado a Río Gallegos e logo detido, é encarcerado em Ushuaia e expulsado para Vigo, de onde volta a Compostela
De família de padeiros das Hortas, preferiu abrir um bar, El Infierno. Em 1921 participa num conflito obreiro junto do Sindicato de Padeiros ?La Espiga?, da CNT. Apesar das suas ideias anarquistas terá enfrentamentos com esta organizaçom.
?O Nécoras? foi-se convertindo numha das figuras mais conhecidas da cidade. A sua história de revolucionário na Patagónia, o seu anticlericalismo, fôrom-no colocando como um home molesto para as clases dominantes e o clero compostelano.
Num comício na Alameda rejeita os aplausos dezindo: ?devian todos os ciudadáns galegos concentrar no coraçom e no cerebro essa força espontánea que lhes fai bater as maos. Que essas manos sejam utilizadas para enforcar os traidores. Acabou pedindo ?Umha Galiza soviética se fai falha?.
Durante toda a segunda república foi umha constante referência política em Compostela. Quando a revoluçom de Astúrias foi detido junto a centenas de militantes de esquerda.
Em julho do 36 foi detido e deportado a Leom. Mas logo fugiu do tren para agachar-se. Os falangistas encontrárom-no e assassinárom-no.
Escrito em 26-06-2012,
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