No fundo, o que eu queria era regressar a um estado de inocência, de que ambos me haviam roubado, e, embora sentindo que o regresso era impossível, instalar-me na sossegada complacência de mim mesmo e da vida como a de toda a gente (tal como, na aparência, toda a gente vive até que saibamos que uma, e outra, e outra, não?), ainda que levando para ela a certeza inquieta que nenhuma mulher me seria mais do que a recordação da que eu perdera, e de que nenhum amigo me tocaria sem que eu suspeitasse nem que só das suas intenções subconscientes.
BLOGADO ?S 18:08:58
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Escrita inteligente, realista de um sentir a vida em demasia.A desilusão de ser Português, e o agarrar o que se deixa.
O maior nº de parvos/m2 assenta que nem uma luva a Portugal.