Hoje comprei o bilhete de dia. Basta fazer três viagens para valer a pena, e já vou na segunda. Por outro lado, há sempre aquela necessidade premente de utilizar os transportes públicos por ter comprado o bilhete do dia.
Agora saíram todos do autocarro, não ficou nem a velhinha que me deu as indicações.
Antes do autocarro, andei pelo cemitério de Foyasses. Um cemitério antigo, que já não deve receber quase nenhuns mortos recentes. Achei piada a um quarteirão onde estavam as campas dos pobres (imagino eu). Eram apenas placas de um metro por dois, sem estarem bem alinhadas e umas mais altas que as outras. Gostei do efeito. Algumas das campas não tinham nada escrito, mas nessas havia sempre uma plaquinha a identificá-la. Eles pensam em tudo.
Antes do cemitério visitei a igreja de St. Fourviére, a típica igreja com miradouro à frente. Como Monmartre, como Santa Luzia, como a da Penha. Pelo que li à entrada, o arquitecto da igreja queria trabalhar com um estilo que não o neoromânico ou o neogótico, portanto criou o estilo neosaladadefrutas. Sem grande jeito.
Quando está tempo de chuva a minha sapatilha esquerda faz nhéque nhéque nhéque. O meu joelho esquerdo também é higrómetro, mas não faz nhéque nhéque nhéque, apenas dói.
Antes da igreja e do cemitério visitei dois anfiteatros romanos. Não achei grande piada.
O metro é automático (sem piloto), e os extremos são transparentes, podendo ver-se sem obstáculos de uma carruagem para a outra.
IR'05 é a transcrição do diário escrito durante uma viagem de comboio através da Europa entre Novembro e Dezembro de 2005. todas as entradas aqui
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