Atualizações 25/12/08

26-12-2008

INSTANTÂNEOS, PORTURARIDADE, LIGAÇÕES, PÓVOA-VILA, GRANDE PORTO

Atualizações 25/12/08

* Eis uma bela metáfora do galego:

No passado dia 20 de Dezembro de 2008 a Bolívia tornou-se, depois de Cuba (1961) e Venezuela (2005), no terceiro país livre de analfabetismo na América Latina. Mais de oitocentas mil pessoas fôrom alfabetizadas em espanhol, quechua ou aimará.

O método audiovisual «Yo si puedo» foi ministrado em espanhol, mas também em quechua e aimará, na tentativa de os falantes dessas línguas terem as mesmas oportunidades. Finalmente fôrom alfabetizadas 24 mil pessoas em quechua e trinta mil em aimará, um número aquém do esperado, pois a maioria escolheu o espanhol (previam-se duzentas mil e trescentas mil, respectivamente).

«Falar aimará e quechua era muito difícil, porque até para os jovens era umha vergonha falarem na sua própria língua;


Através do PGL.


* Admito que me dá um especial prazer as notícias de países nórdicos (Islândia) a quererem aderir à UE e ao euro ou, já estando na UE, apenas ao euro (Suécia, Dinamarca). Aparentemente, as economias europeias fora do euro estão mais expostas à crise. Aparentemente, digo eu, porque em questões económicas posso apenas especular (e quase nunca afirmar). Países como Portugal ou Espanha juntaram-se à UE por serem, na Europa Ocidental, dos mais pobrezinhos. Mas houve sempre países que não o fizeram por serem ricos e não quererem perder regalias da riqueza, como por exemplo o dinheiro (Noruega, Suíça), ou juntaram-se apenas parcialmente (Reino Unido, Suécia) de modo a colherem apenas o que lhe interessasse da União. Houve até uma região a separar-se da União de modo a não ter sobre si o peso das leis pesqueiras comunitárias, entre outras. Foi o caso da Gronelândia. Enfim. Dão-me para rir estas coisas.


* Em qualquer jornaleco ou revista improvisada surge sempre o inevitável 'mais e menos', seja do dia ou da semana. Ora na nossa incrivelmente rica e diversificada comunicação social, é regra. Por uma lógica que me ultrapassou, Nicole Kidman apareceu certeira em todas elas, e em todas na zona 'negativa'. Isto porque Nicole (não te importas que te trate por Nicole, pois não, Nicky? Na boa), num programa televisivo australiano, soprou num tubo de maneira de modo a produzir sons. Tocou, por assim dizer, num didjeridu. Os aborígenes, rezam as crónicas, ficaram piursos, e logo eles que nunca viram um urso. Toda a gente sabe que o didjeridu é exclusivo dos homens, para além de provocar infertilidade nas mulheres.

Erro fatal de Nicky, numa altura em que quer ter tantos filhos? Não, erro fatal dos 'jornalistas' portugueses. Agora que cada vez mais se esbatem fronteiras entre géneros e se diminuem o número de empregos exclusivos de um ou outro género, qual o sentido de glorificar essa prática aborígene restrita a apenas um dos sexos? Pouco ou nenhum.

Mas não. Má Nicole Kidman. Má.


* Sempre achei que os bileiros eram porquitos. Agora surge a confirmação:

Não é por estar mais suja, mas porque gasta pouco em limpeza e os munícipes pagam pouco pelo serviço que Vila do Conde não ganhou o título da cidade mais limpa, galardão que perdeu para a vizinha Póvoa de Varzim.

No JN.


* Não consigo pensar na Casa da Música sem arriscar um sorriso de satisfação. Não vou falar da obra nem do processo da sua construção - talvez um dia destes - mas sobre a sua função. E essa é a evangelização do pobo em relação a todas as músicas. E admito que, do que depreendo do que vou vendo, tem cumprido a sua função. Os espetáculos estão cheios e o pobo sai satisfeito. O clubbing junta a malta, careiro, mas vai tudo lá parar. Tem serviço educativo, cria softwares musicais e vai adaptando a programação à cidade. Tudo rola sobre carris.

O que me traz aqui tem a ver com uma ideia. Mais uma vez, são os meus preconceitos a funcionar. Mas sigam o meu raciocínio. Nesta abrangente classe média, há ditames a cumprir. Um desses ditames, parece-me, é o gostar de música. A Casa da Música, imagino, tem a mesma função da música clássica para quem não gosta nem tem qualquer interesse na música. É que a música clássica é muito dada a ser ouvida. Grande parte das peças clássicas têm esse condão, e parece-me que não será apenas um portal iniciático para quem não tem cultura musical, mas antes uma máscara para quem não liga a música. Assim, ir à Casa da Música funcionará também como um advento social. De integração, talvez.


* Um arquivo incrível: Europa Film Treasures. Através do ípsilon.

BLOGADO ?S 01:07:09

Ainda sem comentários

blogtool