*Sugestões da M:
Alterações do Código da Estrada para o aumento da segurança no uso da bicicleta (texto riquíssimo de conteúdo e competência - aconselho a todos a leitura);
Petição ao Presidente da República - O direito dos ciclistas em Portugal e a necessidade de revisão do Código da Estrada
* Linha do Tua:
Estudo ambiental da barragem do Tua prevê alternativa rodoviária e contradiz Governo
A secretária de Estado garantiu que o comboio não acabaria no vale do Tua. Não é isso que a EDP propõe:a linha será submersa. Em troca haverá um museu
A Horas após o último acidente na Linha do Tua, no passado dia 22 de Agosto, a secretária de Estado dos Transportes e Mobilidade, Ana Paula Vitorino, garantiu que aquele troço ferroviário iria continuar, mal fossem repostas as condições de segurança. Nem mesmo a construção da futura barragem do Tua acabaria com o comboio naquele vale, pois o promotor da obra, a EDP, "teria que encontrar uma alternativa ferroviária", assegurou a governante.
Mas o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do futuro Empreendimento Hidroeléctrico de Foz-Tua (EHFT), actualmente em fase de consulta pública, apenas prevê uma alternativa rodoviária à submersão da linha ferroviária actual. Para compensar o fim do comboio, a EDP propõe a construção de um pequeno museu (ver caixa).
Qualquer uma das três cotas da barragem que estão em estudo leva ao fim do traçado actual da Linha do Tua. Com o nível de armazenamento pleno (NPA) de 195 metros, o mais alto e também o mais rentável para a EDP, a linha será submersa em 31 quilómetros, com as águas a alagarem nove apeadeiros. Para um NPA de 180 metros, desaparecem 23 quilómetros de linha e sete apeadeiros. A cota mais baixa, 170 metros, inundará 16 quilómetros de linha e quatro apeadeiros. Como alternativa para o fim da linha, a EDP propõe um serviço rodoviário baseado em autocarros e em viaturas de pequena dimensão para as localidades mais isoladas a funcionar entre a estação do Tua e a última estação ferroviária não submersa - à cota máxima, será a do Cachão, a 13 quilómetros de Mirandela.
Mesmo antes de a albufeira começar a encher, a linha terá que ser cortada entre a estação do Tua, onde entronca na Linha do Douro, e o apeadeiro de Tralhariz, para a realização dos estudos e trabalhos geológicos e geotécnicos necessários à elaboração do projecto.
Neste cenário, e como a linha se encontra encerrada até que sejam realizados todos os estudos e trabalhos de reparação da actual plataforma, cujas más condições contribuíram para o último descarrilamento, não é de excluir que as ligações ferroviárias entre o Douro e o vale do Tua não voltem a ser retomadas.
A construção de uma nova via ferroviária teria um custo incomportável e apenas a autarquia de Mirandela está verdadeiramente empenhada na manutenção da linha. Além de que a elevação da cota da linha inviabilizaria qualquer ligação com a Linha do Douro. Resumindo: o comboio só deverá continuará a apitar no vale do Tua se a barragem não avançar.
Os argumentos a favor da construção do EHFT enquadram-se na estratégia energética do Governo.
Como é sublinhado no EIA, a barragem "contribui, de forma directa, para a produção de energia limpa através de um recurso renovável e, de forma indirecta, (...) para a utilização da potência eólica instalada, ao mesmo tempo que presta um importante serviço para aumentar a segurança de abastecimento energético e para reduzir a emissão de gases". Para a EDP, é uma barragem fundamental, porque pode tirar partido da cascata de barragens que possui a jusante e rentabilizar ainda mais os parques eólicos que possui no Marão.
O custo principal é a destruição de uma das mais belas linhas ferroviárias nacionais, que, pela beleza do percurso e pelo gigantismo técnico da sua construção, teria sido possível candidatar, em devido tempo, a património mundial. Outros impactes negativos, caso prevaleça a cota máxima, serão, por exemplo, a submersão de perto de 100 hectares de vinha, que incluem a Quinta da Brunheda e a Quinta da Azenha das Três Rodas, a perda das captações de água de Sobreira e Barcel e a destruição das Caldas de Carlão e respectivos anexos, de dois edifícios em São Lourenço, um em Barcel e mais 56 edifícios. Será também submersa a ponte da Ribeira de Milhais e cortadas algumas ligações rodoviárias entre as estradas municipais. No EIA, é reconhecido que ocorrerão "impactes muitos negativos ao nível da agricultura e agro-indústria, com repercussões também muito negativas ao nível do emprego e dos movimentos e estrutura da população". "Isto porque", pode ler-se, "serão alagadas áreas onde a actividade vitivinícola é responsável pela presença de uma comunidade jovem, por exemplo nas freguesias de Candedo, Pinhal do Norte e Pereiros".
A opção pela cota mais baixa permitirá salvar a Quinta da Brunheda e também as Caldas de Carlão, no concelho de Alijó. Já as Termas de São Lourenço não serão afectadas, podendo mesmo beneficiar da barragem.
* Sobre aulas de karaté para idosos, o jornalista da RTP refere que, "numa altura como esta", é coisa que dá jeito.
O que quer dizer ele com isto? Existe uma vaga de crime violento? Portugal é um país violento?
Nem uma coisa nem outra. Nem Portugal é um país inseguro nem se tornou mais inseguro nos últimos tempos. É com este tipo de mau jornalismo que as mães não deixam os putos brincar na rua, que os velhotes não saem de casa à noite, que põe todagente a achar que, na realidade, Portugal é mesmo um país violento.
Não sei em que estado dos EUA (Califórnia?), mas num determinado período de tempo o crime reduziu-se 20%, mas a exposição mediática do crime aumentou 200%. Consequência: enquanto o crime diminuia, as pessoas ganhavam medo.
* O patrocínio que ainda não tenho (mas mataria para garantir):
BLOGADO ?S 01:27:54
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