Atualizações 7/6/09

08-06-2009

FERROVIÁRIO, PORTUGAL ESPERTO, GRANDE PORTO

Atualizações 7/6/09

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Isabel Oneto e Carlos Correia nas Autoridades de Transportes

Após anos de espera, as Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa vão ter autoridade para coordenar os transportes

Ao fim de quatro anos e dois meses, Isabel Oneto abandona as funções de governadora civil do Porto para assumir o cargo de presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT) do Porto, entidade que vai coordenar o sistema de transportes a nível supramunicipal. Para a AMT de Lisboa, o PÚBLICO apurou que foi convidado o engenheiro Carlos Correia, actual número dois no Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres.
Uma das primeiras tarefas desta nova entidade é elaborar um inquérito à mobilidade e conceber o Plano de Deslocações Urbanas e do Programa Operacional de Transportes, cabendo a este último a regulamentar todos os aspectos necessários à operação do transporte de passageiros, desde os itinerários, horários e tarifários, até aos interfaces e estacionamento de âmbito metropolitana.

(...)



No Público. Já só falta o Governo perceber que Portugal não é só Lisboa e Porto para a lógica de transportes do país andar para a frente. Era bom que a AMT tivesse já o seu dedo na reabertura da Linha de Leixões, projeto isolado da CP e da REFER sem qualquer possibilidade de sucesso no curto prazo.


* Soa bem (mas cheira mal):

Medidas até 2016

Governo lança programa para reduzir lixo urbano

Fraldas reutilizáveis, menos jornais gratuitos, facturas electrónicas, e água da torneira em vez de garrafa estão entre as medidas de um plano apresentado hoje pelo Ministério do Ambiente para reduzir a quantidade de lixo produzida no país. A acção mais eficaz, porém, é fazer compostagem dos resíduos orgânicos em casa.

É a terceira tentativa oficial de se controlar a produção de lixo. O primeiro Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU I) não atingiu a sua meta de redução. E o PERSU II (2007-2016) começou mal: em 2007 também falhou a alvo.

O agora divulgado Programa Nacional de Prevenção de Resíduos Urbanos promete reduzir, através de um conjunto de medidas, a recolha de lixo entre 50 e 100 quilos por pessoa, por ano. Cada português deita fora 470 quilos de lixo por ano.

A compostagem é a medida com maior efeito. Numa habitação portuguesa, cerca de um terço do lixo é composto por resíduos orgânicos ? como cascas de frutas ou restos de comida. Com a compostagem em casa, nas escolas e em zonas rurais, pode-se reduzir o lixo orgânico em cerca de 17 por cento.

As fraldas descartáveis podem ser evitadas em 20 por cento, segundo o plano. Mas o peso absoluto desta redução, no cômputo geral, é mais reduzido.

No cenário mais optimista, a produção total de lixo poderia ser reduzida em 17 por cento até 2016. Um cenário menos optimista ? mas mais adaptado à realidade portuguesa, segundo o plano ? coloca a redução em 10 por cento. Se nada for feito, estima-se que a quantidade de lixo crescerá quatro por cento.

O programa hoje apresentado não traz detalhes sobre como será posto em prática, que tipo de infra-estruturas serão necessárias, nem onde se irá buscar dinheiro ou incentivos para a sua implementação.



No Público.


* A CP, animal bizarro, dá sempre quatro passos atrás antes de dar meio passo em frente:

Transportadora nacional não tem vendas de viagens internacionais pela Net, mas diz que é prioridade

Renfe tem bilhetes a metade do preço da CP para a mesma viagem entre Lisboa e Madrid

Imagine que quer ir a Madrid no Talgo Lusitânia Hotel dentro de um mês. Vai ao site da CP e vê que um compartimento single em classe preferente (com cama, casa de banho e duche privativo) custa 151,60 euros. Por esse preço, talvez opte pelo avião, que tem preços em conta, mas em jeito de curiosidade decide espreitar o site da Renfe (operadora ferroviária espanhola).

Aí descobre com grande surpresa que pode comprar logo por via electrónica (coisa que o site da CP não permite) um bilhete para a mesma viagem por apenas 60,20 euros, ou seja, menos de metade do preço.

Esta tarifa não admite alterações de datas, mas há outra a 90 euros, que também pode ser comprada na Internet e que permite trocas e reembolsos.

Será isto o mercado a funcionar? Concorrência pura entre a CP e a Renfe?

Não. O Lusitânia Comboio Hotel é um produto explorado em conjunto pela CP e pela Renfe "numa repartição de 50 por cento, quer em custos, quer em receitas, existindo regularmente reuniões entre as duas companhias para aferição de políticas comerciais e acertos de gestão", explicou ao PÚBLICO fonte oficial da transportadora portuguesa. Ou seja, CP e Renfe são sócias neste comboio.

A mesma fonte diz ainda que "os valores em vigor no site da Renfe estão em linha com uma política de yield management [flexibilidade comercial de descontos] que está a ser aplicada e apenas disponível nas vendas efectuadas pela Internet". Ora como a CP não tem venda on-line no serviço internacional, não pode prestar aos seus clientes os mesmos descontos que a sua sócia Renfe.

A impossibilidade de vender bilhetes pela Internet aplica-se também ao comboio Sud Expresso, que liga diariamente Lisboa à fronteira francesa de Hendaya, dando ligação ao TGV para Paris. Em toda a Europa a maioria dos sites das empresas ferroviárias funcionam em rede e é fácil comprar bilhetes para os comboios internacionais.

Mas quem quiser ir, por exemplo, para Salamanca, San Sebastian, Bordéus, ou Paris, nem sequer consegue saber no site e no call center da CP das disponibilidades de reserva. E menos ainda adquirir o bilhete, coisa que também não é possível fazer de forma imediata numa agência de viagens. Para tal, só mesmo em algumas das estações principais da CP.

No ano passado, Nuno Moreira, administrador da empresa, garantia ao PÚBLICO (3/3/2008) que ainda nesse ano a CP iria aderir à rede Hermes (uma gigantesca base de dados europeia com horários de comboios e tarifas), mas entretanto nada mudou.

Dificuldades técnicas por parte da Fujitsu-Sadamel, fornecedor da CP que também está a equipar as estações de Sintra e de Cascais com equipamento automático, estarão na origem desta incapacidade.

No entanto, a mesma fonte oficial diz que a disponibilização de uma aplicação informática para o serviço internacional, quer na rede de bilheteiras da CP, quer no seu site, "continua a ser um dos aspectos prioritários para a nossa rede de vendas".

Houve um tempo em que, mesmo nas mais recônditas estações da CP, o funcionário, à luz do candeeiro a petróleo, passava bilhetes de qualquer origem para qualquer destino, calculando à mão o número de quilómetros da viagem, os transbordos e a categoria dos comboios para chegar ao tarifário certo.

Hoje, apesar dos modernos sistemas informáticos substituírem o papel químico, não é possível em Cascais comprar um bilhete para o Porto. E no Rossio não se pode comprar um bilhete para Torres Vedras. E em Braga é preciso ir a duas bilheteiras que estão lado a lado para se comprar uma viagem para Santarém.

Os exemplos são inúmeros e devem-se à opção, durante o consulado de Crisóstomo Teixeira à frente dos destinos da CP, em partir a empresas em unidades de negócio que deveriam ficar "a um passo da escritura" na expectativa de uma futura privatização. Deste modo, criaram-se várias mini-CP que passaram a actuar de costas voltadas sem ter em conta as vantagens do funcionamento em rede do sistema ferroviário.

O actual presidente, Cardoso dos Reis (na foto), reconhece que foi um erro e quer fazer o caminho inverso, regressando às "bilheteiras universais". Mas este tem-se revelado difícil, quer pelas incompatibilidades técnicas do sistema anterior que foi longe de mais, quer pela fraca prioridade dada à nova estratégia.



No Público.


* É por isto que esta gentinha há de morrer ignorante. Está bem que também vão ensinar português aos galegos, mas ensinar espanhol aos flavienses? Há de ser o dispêndio de dinheiros públicos mais parvo dos últimos anos em Trás-os-Montes:

"Posta transmontana é um troço de terneira"

Profissionais de restauração e hotelaria de Chaves receberam aulas de espanhol, no âmbito da eurocidade Chaves/Verín. O objectivo foi aumentar o vocabulário para melhor comunicar com os clientes do lado de lá.

(...)



No JN.



tudo isto e muito mais em coisar.tumblr.com

BLOGADO ?S 00:02:51

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