* No Plano Estratégico de Transportes (PET) do Ministério das Obras Públicas encontra-se isto:
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Concluir e executar o Plano Director da Rede Ferroviária Nacional, articulando as soluções de alta velocidade nas deslocações internacionais e no eixo Lisboa-Porto-Vigo com a concretização de um plano para a rede convencional, reforçando a interoperabilidade segundo padrões europeus, com destaque para a migração de bitola, eliminando os estrangulamentos
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Assegurar no planeamento da Rede Ferroviária de Alta Velocidade do território continental, a articulação com o reforço e modernização das linhas e serviços do caminho de ferro convencional e com o restante transporte público e, quando se trate de estações localizadas fora dos perímetros urbanos, a ligação à rede rodoviária fundamental (IP e IC)
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Piruetas
Henrique Raposo, cronista do Expresso, no passado dia 20 de Junho escrevia no seu blogue um texto apologista da ligação TGV Lisboa-Madrid e apelidava de ?grã-finismo tonto? a ligação Lisboa-Porto. O homem ia mais longe (efeitos com certeza da velocidade estonteante deste tipo de comboios) e falava até de um TGV Lisboa-Lyon. Do seu texto transcrevo as seguintes frases que me parecem resumir o pensamento do citado sobre o assunto.
?Parece-me evidente que Portugal precisa de uma Ligação de TGV à Europa. Lisboa - Madrid é precisa. Já me parece novoriquismo a ligação Lisboa-Porto.?
?Mas a questão continua a ser a mesma: temos dinheiro para o fazer nos próximos anos? A dívida externa passou de 14% do PIB, em 1999, para 100%, em 2008. Saber esperar é uma virtude. E saber as prioridades também. Lisboa/Madrid é necessário. Lisboa/Porto é grã-finismo tonto.?
Numa breve troca de emails fiz-lhe ver que, além do facto dos TGV?s serem competitivos apenas para distâncias de 500 a 700 km e tempos de viagem até 3 horas ? Lisboa-Lyon é lirismo -, o traçado proposto era uma aberração que deixava mais de metade de Portugal de fora, pois ninguém de Braga ou do Porto estaria disposto a descer de comboio 350 km para sul, 200 para leste atravessando o Alentejo e, depois, mais 400 km para nordeste em direcção a Madrid. Isto é, uns absurdos 400 km suplementares quando afinal Madrid se situa à latitude de Coimbra (dado desconhecido lá para o sul) e a escassos 500 km desta região que vai do Minho até Coimbra. Provei-lhe também que os próprios estudos da Rave provavam que o corredor Grande Porto e Norte Litoral ? Madrid teria mesmo maior procura que o corredor Lisboa - Évora - Badajoz - Madrid tanto em passageiros como em mercadorias. Mais importante ainda: informei-o que o corredor Lisboa-Porto seria mesmo o único que poderia gerar tráfego suficiente para se auto sustentar. A isto respondeu-me que defendia o TGV Lisboa-Madrid não por causa de quem ?vai daqui para lá, mas quem vem de lá para cá?. A isto questionei-o se ?quem vem de lá para cá? seria suficiente para pagar tal quimera. Até hoje não obtive resposta.
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BLOGADO ?S 01:48:24
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