27-06-2009

FERROVIÁRIO, NORTE

Atualizações 26/6/09

* Linha estreita? Bah. E eu que pensava que era uma obra a sério. Sem via larga não há ligações diretas entre Amarante / Vila Real e o Porto, e não existe qualquer garantia de retorno do investimento. E se as linhas são muito inclinadas para a via larga, é refazê-las. O serviço que existia apenas dificilmente se poderia classificar de ferroviário, e o que propõe não é muito diferente:

Corgo e Tâmega só voltam a ter comboios nas linhas em 2011

Travessas monobloco, bibloco ou de madeira? Onde comprá-las? A que preço? Que prazos de entrega? Eis algumas perguntas a que a Refer ainda não sabe responder, mas que são decisivas para calendarizar o projecto de modernização das linhas do Tâmega e do Corgo, encerradas abruptamente em Março passado por razões de segurança.

O que a Refer garante é que a obra é mesmo para avançar e que um despacho conjunto dos ministérios das Obras Públicas e das Finanças já deu autorização para o investimento de 36,9 milhões de euros necessários para pôr as linhas como novas.

De resto, há já um discreto e inovador trabalho que está a ser realizado no terreno e que consiste na colocação de balizas ao longo da linha para serem lidas por uma estação topográfica sobre rodas que vai circular pela via-férrea e ler esses pontos por forma a traçar com grande precisão a sua quota. Isto vai permitir optimizar o traçado da linha e saber exactamente onde colocar as novas travessas e carris. Tudo sem recorrLer a papéis nem cartas topográficas, como antes se fazia, mas sim a um moderno software que está pela primeira vez a ser utilizado em linhas férreas portuguesas.

A parte tecnologicamente avançada deste projecto morre aqui, por enquanto. Segue-se a parte menos agradável, que é arrancar toda a superestrutura de via - carris, travessas e balastro -, ficando a nu um estradão pelas encostas do Corgo e do Tâmega, que será alvo de um aprofundamento de 30 centímetros, leito onde assentará a futura linha.

O problema é que esta "chaga" na paisagem corre o risco de se eternizar, pois a Refer está com dificuldades no aprovisionamento das travessas de via estreita para dar seguimento à obra. Carlos Clemente, responsável pelo projecto, admite a existência deste hiato entre a remoção do material e a colocação do novo, mas garante que não há motivos para as populações locais recearem pela vinda da "nova" linha. O projecto está dividido em quatro fases: levantamento geotécnico (em execução), levantamento da via e reperfilamento da plataforma, compra de material de via e assentamento desses materiais. O próximo passo será a vinda de maquinaria para remover tudo, operação que deverá acontecer entre Julho e o fim deste ano.

O tempo para conceber os moldes e iniciar uma linha de fabrico de travessas é moroso, pelo que só em 2010 se poderão ver operários no Corgo e no Tâmega a colocar carris. Antes de 2011, diz Clemente, dificilmente as duas obras serão inauguradas.

Dificuldades na compra de travessas e carril para via estreita ditam arrastamento do projecto de modernização.



No Público.


* Uma linha recentemente fechada que volta a funcionar (metade dela, pelo menos):

A partir de Setembro

Coruche vai ter ligação ferroviária a Lisboa

As localidades do Cartaxo, Coruche e Salvaterra de Magos vão ter ligação ferroviária a Lisboa com a reactivação do trajecto entre Coruche e a capital, a partir de Setembro. De acordo com um comunicado da Câmara Municipal do Cartaxo, a introdução deste serviço foi acordado na sequência de uma reunião entre a Secretaria de Estado dos Transportes, Refer, CP e as autarquias do Cartaxo, Coruche e Salvaterra de Magos. A ligação vai ser efectuada nos dias úteis, sendo assegurada por cinco comboios regionais nas horas de ponta (manhã, almoço e fim de tarde), entre Coruche e Santa Apolónia (Lisboa) com paragem em Marinhais, Seitil e outras estações principais. A viagem entre Seitil e Santa Apolónia terá uma duração de 46 minutos e evita aos passageiros do Cartaxo terem de se deslocar à Azambuja, que fica a 14 quilómetros. Para valorizar o acesso à estação do Setil, a Câmara Municipal do Cartaxo vai avançar já no mês de Agosto, com a beneficiação da estrada que liga a cidade do Cartaxo ao Setil ? principal nó de ligação ferroviário da Linha do Norte. A intervenção nesta via estruturante vai ultrapassar os 900 mil euros. O município vai igualmente criar mais espaço e melhores condições de estacionamento junto à estação, para que quem usufrua do comboio possa deixar o seu veículo em segurança, assim como alargar o percurso do TUC ? Transporte Urbano do Cartaxo, até ao Setil.



Na Transportes em Revista.



(grande)



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BLOGADO ?S 01:33:33

27-06-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

18/12, 16h45, Casa del Nando (Amsterdam)

Estou na cozinha da Casa del Nando, em Amsterdam. Ainda não fiz nada desde que cá cheguei. Saí nas duas noites que passaram, e hoje fui passear, durante a tarde. Teria ido de bicicleta, mas não deu. O Nando emprestou-me a dele, mas primeiro deu-me a chave errada, e depois deu-me a chave certa mas não consegui abrir o aloquete. Nem eu nem uns gajos que iam a passar, que me ajudaram. Acabei por ir a pé. Tinha acordado às 11h30, mas só comecei o passeio às 2. Não lembra a ninguém.

Acabei por passar o dia a ver montras (também no Red Light), a espreitar para dentro das casas, essas coisas.
Pagava-se 7?5 para entrar na casa da Anne Frank, e não consegui entrar em duas das três igrejas que tentei visitar. Amanhã vou a Delft.







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BLOGADO ?S 00:44:56

25-06-2009

LÍNGUA, PÓVOA-VILA, GRANDE PORTO, MOBILIDADE, ESPAÑA ESTRAÑA

Atualizações 24/6/09

* Entrevista a Joan Solá:

¿Entonces la única solución es tener un Estado propio?

Yo no digo eso. Digo que la única manera de salvar la lengua es tener una concepción política de este país no subordinada. ¿Cómo debe ser? El ideal evidentemente es la independencia, pero podría haber una fórmula intermedia tan digna como esa. Como pasa en Suiza, Canadá o Bélgica por ejemplo , que son países donde la situación lingüística no está tan podrida como aquí.



No Público.es, via PGL.


* É na sexta que começam a fazer tudo direito?

Ana Paula Vitorino avança

Autoridades dos Transportes iniciam trabalhos esta semana

A secretária de Estado dos Transportes avançou que o Conselho Geral da Autoridade Metropolitana dos Transportes (AMT) de Lisboa irá reunir pela primeira vez amanhã. Na ordem de trabalhos estão dois assuntos: eleger os representantes para o Conselho Executivo e eleger o presidente do Conselho Geral. A mesma ordem de trabalhos marcará a primeira reunião da AMT do Porto, a realizar na sexta-feira.
Ana Paula Vitorino confirmou ainda à Transportes em Revista os nomes escolhidos para as presidências. Tal como a Transportes em Revista anunciou, Carlos Correia foi o escolhido para a AMT de Lisboa, enquanto Isabel Oneto (na foto) deverá encabeçar a autoridade do Porto.



Na Transporte em Revista.



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BLOGADO ?S 01:55:24

21-06-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 29

Se um concelho é saudável, inventam logo que

Hospital de Valongo só atrai 30% da população



No JN.



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BLOGADO ?S 23:08:48

20-06-2009

METRO

Atualizações 20/6/09

* O corte de via deve estar para breve, por isso

No ramal da Lousã

Metro do Mondego prepara transporte alternativo

Com o início da primeira empreitada marcado para meados de Agosto e devido ao inevitável encerramento do ramal ferroviário da Lousã, o Metro do Mondego anunciou que já deu início aos trabalhos de planeamento de serviços de transporte alternativos e que já entregou as propostas às três Câmaras Municipais envolvidas: Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.

(...)



No Transportes em Revista.



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BLOGADO ?S 18:10:11

20-06-2009

URBANISMO DE PONTA, POLÍTICA À PORTUGUESA, GRANDE PORTO, METRO, BRAGA - VALE DO AVE

Atualizações 19/6/09

* Mais sobre a 'Linha de São Mamede' (Matosinhos - São João). Não é que me desagrade o traçado. O que estranho é que não haja qualquer coordenação com o projeto da CP, que também calcorreará aqueles terrenos.

Metro vai partir da praia e chega em túnel ao S. João

Linha por S. Mamede criará mais nove estações no concelho

A terceira linha do metro de Matosinhos, que passará por S. Mamede de Infesta, parte da praia à superfície e chega enterrada ao Hospital de S. João (Porto). A ligação aproveita o corredor da Linha Azul e cria mais nove estações no concelho.

O metro atracará, pela primeira vez, na frente de mar com uma estação na Avenida da República, a poucos passos da praia de Matosinhos. Essa mudança obriga a deslocar a estátua de Passos Manuel e mexe com o trajecto das restantes ligações ao município. O término da actual Linha Azul e da futura ligação a S. Mamede de Infesta e ao Hospital de S. João no Porto passará a ser na praia de Matosinhos. A plataforma do Senhor de Matosinhos será o término da linha do Campo Alegre.

Essa alteração visa anular a curva existente na Linha Azul no cruzamento da Brito Capelo com a Avenida da República. A Câmara matosinhense reivindica o enterramento do metro no troço pedonal daquela rua, antes do cruzamento com a avenida. Daí rumaria a S. Bento (Porto). Essa solução, defendida pelo presidente Guilherme Pinto, evitaria constrangimentos no trânsito de viaturas e no acesso a garagens e a estabelecimentos comerciais, provocados pela circulação das composições à superfície em Brito Capelo: "Não há razão para que este constrangimento urbanístico não seja abordado de outra forma", entende o autarca. A hipótese está a ser estudada pela Metro.

Quem vier do Senhor de Matosinhos e tiver a Senhora da Hora ou a Trindade por destino, terá de fazer um transbordo no troço pedonal da Rua de Brito Capelo. Essa mudança só ocorrerá após a entrada em operação da linha Ocidental entre Porto e Matosinhos, prevista para 2014. Só dois anos mais tarde, as composições da terceira linha entre os dois concelhos começarão a circular.

Além da nova estação na praia de Matosinhos, o traçado contempla a reformulação da plataforma da Fonte de Cuco e a execução de mais sete estações. O novo troço tem seis quilómetros e metade é à superfície. "Esta linha é decisiva, pois permitirá que milhares de utentes que hoje vão ao centro do Porto passem a seguir, directamente, para o Hospital de S. João e para o pólo universitário. Serve não só os matosinhenses, mas também pessoas da Maia, da Póvoa, de Vila do Conde e da Trofa", sublinha Guilherme Pinto.

O autarca não tem dúvidas de que a nova ligação se justifica, até porque servirá zonas densamente povoadas do concelho. As composições enterrarão na Avenida de Xanana Gusmão (embora a estação na avenida ainda seja à superfície) e voltam a ver a luz do dia junto ao ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, onde será edificado um parque de estacionamento. Enterra de novo em direcção ao Hospital de S. João.

Assim, contam-se quatro estações subterrâneas: uma na Rua de Elaine Sanceau, à porta da igreja de Padrão da Légua; a da Pedra Verde, na Rua de 5 de Outubro próximo do cruzamento com a Avenida do Conde; a de S. Mamede de Infesta, que fica por baixo da igreja de S. Mamede (a área envolvente ao templo será recuperada); a do Hospital de S. João. Esta plataforma será rasgada na fronteira de Matosinhos com o Porto, em frente à unidade hospitalar.

Já a estação de Fonte do Cuco, sofrerá uma intervenção de vulto. A plataforma - que serve as linhas Vermelha, Verde e Violeta - será deslocada. Ficará por baixo de um viaduto a construir paralela à travessia rodoviária existente na Avenida de Vasco da Gama (conhecido por viaduto do Londres). A estação ficará no novo viaduto, com um elevador de acesso à Avenida Fabril do Norte.



No JN.



(grande)


* Em Braga, continua a promiscuidade extrema entre obra pública e ciclos eleitorais:

Túnel da avenida abre com candidatura de Mesquita



No JN.



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BLOGADO ?S 02:14:57

18-06-2009

LÍNGUA, VÍDEOS, IMAGENS, FERROVIÁRIO, NORTE, GRANDE PORTO, ESPAÑA ESTRAÑA, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 17/6/09

* Não acompanhei o debate no Parlamento (a ligação vídeo que tuítei foi tomada pelo Constâncio e o BPN), mas isto aconteceu:

Adjudicação só será formalizada após as eleições

Depois de um colóquio que decorreu na Assembleia da República dedicado ao projecto do alta velocidade, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações revelou que a assinatura do contrato de adjudicação do primeiro troço do alta velocidade, entre o Poceirão e Caia, ficará para depois das eleições, só devendo ser assinado no final do ano. As bases da concessão terão ainda de der promulgadas pelo Presidente da República e só depois o consórcio vencedor poderá avançar com os estudos técnicos e posterior início da construção. Em declarações ao Diário Económico, Mário Lino afirmou ?não crer que o veto vá acontecer?, uma vez que ?a alta velocidade é para o Governo uma prioridade política com calendários bem definidos e que têm vindo a ser cumpridos?. A actual conjectura económica também parece não ser impedimento para o seguimento do projecto. Segundo o ministro, ?Não está previsto gastar dinheiro em 2009 com a alta velocidade. Só a partir do final de 2010 [quando arrancar a obra] é que o Governo entra com dinheiro e a maior parte será em 2011 e 2012, na fase da construção?.
Segundo o Diário Económico, Manuela Ferreira Leite afirmou que se ganhar as eleições ?a primeira coisa a fazer é adiar? o projecto do alta velocidade, para em seguida ?fazer uma análise muito profunda dos encargos que isso tem no futuro?.



Na Transportes em Revista. Nunca pensei desejar tanto a vitória da Ferreira Leite. Com o dinheiro que se planeia gastar na Alta Velocidade, ganhávamos uma ótima rede convencional e ainda se melhoravam as ligações internacionais, que também mobilizam fundos europeus.


* O Metro do Porto chegou, como já disse, ao google transit. O que descobri ontem foi que o google transit também funciona em telemóvel. Seja, em qualquer situação um telemóvel com internet pode dizer-nos qual o(s) próximo(s) metro(s) entre as estações que quisermos, o preço, etc. Esqueçam os horários em papel. Depois do Itinerarium, eis a evolução gráfica. Algum dia será mundial e completa.



(grande)


* Um esboço do que poderia ser a nossa rede ferroviária (abraço, Rui):


(grande)


* Nacionalismo linguístico espanhol (via Made in Galiza)





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BLOGADO ?S 00:45:23

17-06-2009

CADERNOS, IR'05, VIAGENS

16/12, 21h15, ICE (para Amsterdam)

Já topei uma coisa nos holandeses ? conseguem ser mais loiros que os alemães. Não o digo em média, mas vêm-se aqui pessoas muito, mas mesmo muito loiras.



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BLOGADO ?S 00:10:12

17-06-2009

CADERNOS, IR'05, VIAGENS

16/12, 20h15, ICE (para Amsterdam)

Há um bocado, quando estava desoladamente sentado no chão, dei-lhe um toque. Ela respondeu pouco tempo depois. Fiquei, para não variar, repleto de alegria. Ela já não respondia aos meus toques há algum tempo.

preparar passagem de ano com Mari e Mika e Texas e Maf
comprar MD na Póvoa
ver preços de televisões



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BLOGADO ?S 00:08:38

17-06-2009

CADERNOS, IR'05, VIAGENS, FERROVIÁRIO

16/12, 19h15, ICE (para Amsterdam)

55 minutos de atraso. Pobre Nando!

Os alemães têm este sistema porreiríssimo para os comboios grandes, que é explicar em que parte do cais vai parar a carruagem certa. Os cais estão divididos em letras (A, B, C?), e torna tudo bem mais fácil. Só digo isto porque nesta viagem tenho lugar marcado. Viva!

Começo a notar um tipo holandês. Ainda não sei bem caracterizá-lo, mas é um tipo bem específico.

A fazer em Portugal:

ir ter com ela
ir ao dentista
ir ao oftalmologista
falar com a Marta e mostrar-lhe o denCidade
formatar o disco
regularizar a situação na Segurança Social
fazer pdf dos trabalhos deste ano
comprar bateria para télélé



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BLOGADO ?S 00:07:04

16-06-2009

GALIZA, AMIGOS, FERROVIÁRIO, METRO, ESPAÑA ESTRAÑA, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 15/6/09

* O Metro do Porto seguiu a minha sugestão e já está no google transit. A busca parece ainda limitada ao Metro, sem CP, STCP nem privados.


* A Assembleia da República discutiu hoje a Rede de Alta Velocidade. Pelo que vi à hora do almoço, não se juntaram apenas para falar da nova ponte sobre o Tejo ou do Madrid-Lx, graças a Deus.


* O Público noticia obras na Linha de Cascais. Não informam, no entanto, sobre travessas polivalentes, mudança da tensão elétrica ou a ligação, em Alcântara, à Linha de Cintura. Leio na REFER que

Os investimentos previstos incluem, essencialmente, a modernização da sinalização, a eliminação de todas as passagens de nível ainda existentes, a modernização da super-estrutura de via, a adequação da tensão eléctrica (tornando-a igual à da restante rede) e a requalificação de estações e apeadeiros.




* O Valentim, já presidente da AGAL, é entrevistado no galizalivre e escreve no Novas. Gosto muito dele.



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BLOGADO ?S 01:18:50

15-06-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

16/12, 18h30, ICE (para Amsterdam)

O meu comboio para Amsterdam está atrasado trinta minutos (30 min später). O que não é assim tão mau, porque assim o Nando é que vai esperar por mim e não o contrário.

Estão umas holandesas a falar ao meu lado. Começam as escarradelas e a língua enrolada.





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BLOGADO ?S 00:07:33

15-06-2009

CADERNOS, IR'05, VIAGENS, EU

16/12, 17h45, ICE (para Amsterdam)

Tive sorte mas também alguma astúcia. Como não tinha lugar marcado, vim sentado no chão até Frankfurt. Logo que todos saíram, sentei-me num lugar que não tinha marcação. Ao meu lado tinha acabado de sentar-se um gajo num lugar com marcação, que intui ter sido feita por ele. Pouco depois chegou a senhora que tinha feito a marcação, e pediu-lhe para sair. Ele também não tinha, como eu, marcação, e fez a burrice de sentar num lugar reservado. A estupidez dele foi a minha sorte.





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BLOGADO ?S 00:05:56

13-06-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 28

Temem que a elevação traga parquímetros



No JN.



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BLOGADO ?S 12:28:07

13-06-2009

LÍNGUA, GALIZA, ESPAÑA ESTRAÑA

Atualizações 12/6/09

* Isto seria, no Estado espanhol, no mínimo, difícil:

Oportunidades em mirandês

Dois candidatos ao programa Novas Oportunidades, de S. Pedro da Silva, em Miranda do Douro, obtiveram, ontem, o certificado de equivalência ao 9º ano de escolaridade, com a particularidade de serem os primeiros a desenvolver todo o processo em mirandês. Albertina de São Pedro, 62 anos, e Luís Silva, de 40, apresentaram o projecto final perante o júri de certificação do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) do Centro Novas Oportunidades do Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros.

O percurso começou há um ano, por vontade dos formandos em fazer do mirandês uma língua capaz de entrar num projecto de vida desta dimensão, por se tratar, nos dois casos, de uma forma de comprovar competências adquiridas ao longo da vida. "Eu só avançava com o processo se fosse em mirandês. Desde pequena que falo mirandês e entro em agonia quando vejo as pessoas a colocá-lo de lado. Por mim, sempre que posso, falo com amigos e familiares em mirandês, é a minha língua materna", assegura Albertina.

Os candidatos levaram os portefólios, elaborados ao longo do processo, com as suas histórias de vida, em sessões igualmente faladas em mirandês, apenas com um pequeno texto intrudotório em português.

Segundo Alfredo Cameirão, orientador de curso, o processo também constituiu um desafio para o Instituto Piaget e para a Agencia Nacional para a Qualificação. " Não podemos colocar de lado este projecto, já que abre uma nova possibilidade para a língua mirandesa", observa Alfredo Cameirão.



No JN.


* Ótima jogada de marketing:

José Luís Fontela queixa-se de perseguição

Presidente da Comissão Galega do Acordo Ortográfico pede asilo a Portugal

O presidente da Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, José Luís Fontela, disse hoje à agência Lusa que pediu asilo político ao Governo português, como primeiro passo para pedir nacionalidade portuguesa.

?Quero liberdade. Pedi asilo político para que não me tirem direitos, liberdades e garantias?, disse José Luís Fontela, advogado, poeta e escritor, acusando os serviços de informação espanhóis de ?controle de correspondência? e ?sequestro de livros?.

Fontela, natural da Galiza, referiu que vive em Portugal ?desde 1992?, primeiro em Viana do Castelo, depois em Valença, onde ainda tem residência oficial, e agora em Braga, onde quer continuar a viver.

O pedido de asilo político, enviado por carta ao Conselho de Ministros, é o ?primeiro passo? para pedir a nacionalidade portuguesa, mas José Luís Fontela aceita outro estatuto. ?Se me derem estatuto de apátrida, fico contentíssimo?, salientou.

O advogado e poeta afirmou que desde os nove anos que lhe chamam ?separatista?, por ser republicano, tal como o seu pai, e defender o Português como língua oficial e nacional da Galiza. ?Defendemos a língua portuguesa como língua oficial da Galiza. É uma linha cultural. Aqui não há nada de político?, frisou, afirmando-se ?republicano, federalista, democrata e socialista?.

José Luís Fontela referiu que enviou da Galiza vários livros de poemas, de linguística, de pintura e de escultura para pessoas de outros países, como a Alemanha e o Brasil, mas não chegaram ao destino. A seguir, fez o mesmo a partir de Portugal, e os livros chegaram, pelo que concluiu que os serviços de informação espanhóis, que apelidou de ?polícia política monárquica?, estão a fazer ?controles de correspondência? e a ?sequestrar cartas e livros?.

Fontela disse ainda que anexou ao pedido enviado ao Governo português uma carta dirigida ao ministro do Interior de Espanha em que denuncia os alegados sequestros de correspondência



No Público.



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BLOGADO ?S 00:46:52

11-06-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

16/12, 16h, ICE (para Amsterdam)

Mesmo, mas mesmo no fim da exposição, quando já estava a pensar no caminho para a Bahnhof (e no comboio para Frankfurt), apareceu a salvação para a minha viagem ? internet rápida e barata! Fui à página da German Wings e descobri um voo Bonn-Lisboa, na véspera de Natal, a 200 euros. Ainda pensei durante uma boa meia-hora. De um lado tinha uma viagem acabada no dia 22, e mais 40 horas de comboio até Portugal. Do outro lado tinha a viagem esticada até dia 24 (a data em que contava voltar), uma viagem rápida até Portugal, mas com o acréscimo de 200 euros. Ou seja, 40 contos vs. 40 horas.

Apesar de me estar a custar a passar a viagem (muito por causa da solidão), decidi esticá-la. E, entretanto, vendo a necessidade de voltar a estes lados (para apanhar o avião em Bonn), decidi ir directamente para Amsterdam. A linearidade da viagem não é importante. Saí agora de Stuttgart para chegar antes das 21h a Amsterdam. Se fosse a Frankfurt, que é bem mais perto, iria directo para a Pousada e já não sairia de lá hoje. E vou apanhar o Nando (o meu amigo em Amsterdam) no início do fim-de-semana. Com tempo para estar comigo, espero.

Quando estava no museu, comecei a falar com a namorada do meu irmão, pensando que estava a falar com ela. Felizmente ainda não tinha escrito nada de comprometedor até que ela escreveu ?Olha, de certeza que estás a falar com a pessoa certa?? E estava eu a escrever sobre um passeio à beira-mar, a morrinha a molhar-nos, gelados. Quando me declarei a ela (obviamente por escrito, no messenger), ela também ia perguntando, aqui e ali, ?de certeza que estás a falar com a pessoa certa??, e eu ia dizendo que sim, que sim?

Ok, estamos a chegar a sei lá onde. Talvez dê para me sentar numa cadeira.



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BLOGADO ?S 00:24:25

10-06-2009

PORTURARIDADE, LÍNGUA, CENTRALISMO, GRANDE PORTO, ESPAÑA ESTRAÑA

Atualizações 9/6/09

* Continua a ofensiva monolingue na Estado espanhol, ou de como se usa a 'democracia' e o 'direito de escolha' para se proceder à substituição linguística. Se no tempo do Franco e em todos os séculos anteriores essa substituição era feita à força, agora utilizam-se tribunais e eleições:

Éuscaro perde a condição de língua veicular no ensino do País Basco

O Tribunal Superior de Justiça do País Basco suspendeu cautelarmente os decretos que faziam da língua basca a principal língua de comunicação no ensino primário e no bacharelato

Nationalia.cat - Começa o retrocesso da língua basca em Araba, Biscaia e Guipúscoa. O Tribunal Superior de Justiça do País Basco (STJPV) suspendeu cautelarmente dois decretos aprovados pelo Governo anterior que garantiam ao éuscaro a condição de língua veicular no ensino primário e no bacharelato.

Mal que foram apresentados esses decretos, uma associação de pais e mães chamada Plataforma por la Libertad de Elección Lingüística, recorreu nos tribunais ao considerar que era suprimido o direito de escolher a língua castelhana.

O tribunal aceitou os recursos a trâmite, e por isso procedeu de imediato a suspender os decretos de maneira cautelar. Segundo informa o diariovasco.com, o novo lehendakari socialista, Patxi López, já disse durante a sua sessão de investidura que se comprometia a derrogar "imediatamente" os artigos dos decretos que estabelecem o éuscaro como língua veicular. Segundo o diário, os decretos puderam ser suspensos sem mais dificuldades porque "a Administração não se opõe".

Ante esta notícia, a organização interessada mostrou-se satisfeita e desafiante: "os centros de ensino não se poderão amparar na existência de uns decretos para fazer mudanças nos modelos de ensino de duvidosa legalidade", segundo publica El Correo. Segundo este mesmo meio, a secção do Partido Popular no País Basco não demorou em se felicitar por uma decisão que, dizem, "confirma a ilegalidade das políticas de imposição do éuscaro desenvolvidas pelo anterior departamento da educação".



No PGL.


* Já há um projeto concluído - até podem achá-lo feio, mas pelo menos aproveitavam o levantamento:

Direcção Regional de Cultura está a concluir recolha de informação para a recuperação do Mercado do Bolhão



No Público.


* Em Lx, há quem ainda tenha a cabeça enfiada no cu:

José Manuel Costa lembra que em 1980, ano de abertura da sala de cinema na Rua de Barata Salgueiro, a Cinemateca Portuguesa era "o único sítio onde se podia ver a história do cinema, e esse foi o contexto que determinou toda a doutrina de fundo".



No Público.


* Mais sobre o PDM de Espinho. Talvez não tenha sido boa ideia fazer um Plano destes 'sem a presença de um arquitecto', mas a ideia de aumentar 'significativamente a possibilidade de se construir em zonas rurais' é claramente uma ideia errada. Em Gaia e agora em Espinho (as situações que tenho acompanhado) persistem nesta ideia bizarra - mais do que consolidar o núcleo urbano, a ideia é de avançar para o campo. Se na Holanda pensassem assim já não havia Groene Hart para ninguém.

E não podem argumentar que há vários núcleos urbanos, porque a responsabilidade é sempre de quem planeou no passado e de quem planeia agora para o futuro. Se houvesse autoridades metropolitanas / regionais de planeamento urbanístico, podia-se aliviar as Câmaras deste fardo que, obviamente, as ultrapassa.



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BLOGADO ?S 00:14:24

10-06-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

15/12, 21h, Pousada (Stuttgart)

Ontem cheguei às 6 a Stuttgart. Tenho feito isso sempre que posso, chegar à cidade de noite. Não que me agrade ? é até desconfortável procurar a pousada à noite. Mas como os dias são cada vez mais curtos, assim chego e vou logo para o meu quarto. E pouco depois vou dormir.

Quando cheguei ainda estava um pouco atordoado com a mulher do comboio. Poucas vezes vi tamanha beleza. Ela afinal ligou-me e muito, eu é que sofro de idiotice aguda, e nunca dou o passo em frente. Quando estávamos de pé, à espera que o comboio parasse, os nossos olhares cruzaram-se várias vezes.

Ontem mandei-lhe uma mensagem, à minha portuguesinha de rabo na boca. Uma mensagem a pedir uma resposta, se nos podíamos encontrar quando eu voltasse. Como ela ainda não respondeu, e por causa da mulher do comboio, passei parte da manhã atordoado. Pois, agora me lembro que não teve nada a ver com a aparição no comboio. Vamos recapitular.

O grupo que se formou ontem no quarto era digno de filme de comédia. Eu, o portuguesito a precisar de vitaminas. O Ramesh, um indiano ainda mais mirrado que eu. O Bernardo, brasileiro de meia-idade filho de alemães. E o Thilo, alemão de Berlin à volta dos 35. Não consegui ver bem o Thilo ontem, saiu pouco depois de eu entrar. Estive até bastante tarde na conversa com os outros dois. O Bernardo era jornalista free-lancer e ainda não tinha encontrado a mulher da vida dele, por isso era solteiro. O Ramesh era casado com uma italiana há uns meses (provavelmente quando ela engravidou). O filho nasce em Fevereiro. O Thilo não parecia comprometido, mas falou-me durante a manhã d?hoje duma namorada que teve durante três meses em Madrid.

O brasileiro à procura da mulher da vida dele, o indiano com a mulher à espera dele em Itália, as férias enamoradas do alemão em Espanha. Tudo isto combinado com ela não responder à minha mensagem, deu-me uma manhã bem deprimida.

Acabei por dar umas boas gargalhadas na Staatsgalerie, ao ver um filme (pela segunda vez) duma sequência de actos encadeados (pneu acciona archote, que queima corda, que deixa cair bola). Está tudo muito bem coreografado, é mesmo muito divertido. Soltei também uns sorrisos ao ver algumas pinturas idiotas. Adorei a estátua da senhora da limpeza, parecia-me mesmo real. Tirei uma foto a um quadro do Paul Klee para ela.

Passei parte da manhã com o Thilo. Ele queria mostrar-me um palácio nas redondezas. Depois andámos pela cidade. Tomámos café e despedimo-nos. A seguir fui visitar o Weißenhofsiedlung. Adorei as casinhas em banda do Oud (o homem é um senhor) e um pintor deixou-me entrar na casa dupla do Corbu. Acabei expulso, mas valeu a pena, o interior é fantástico. Nesta viagem solitária, dou comigo muitas vezes a falar sozinho. Às vezes trauteio uma música (passei parte do tempo no museu a cantar Da Weasel), tenho conversas imaginárias e, depois de estar algum tempo com alguém a falar inglês (como hoje com o Thilo), dou por mim a pensar em inglês. Hoje devo ter passado o dia todo a pensar em inglês.

Hoje, pela primeira vez, viajei sem bilhete, ao voltar do Siedlung. E fui comer à Mensa (cantina) da Faculdade de Belas-Artes. Sou mesmo hooligan.








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BLOGADO ?S 00:01:40

08-06-2009

FERROVIÁRIO, PORTUGAL ESPERTO, GRANDE PORTO

Atualizações 7/6/09

*

Isabel Oneto e Carlos Correia nas Autoridades de Transportes

Após anos de espera, as Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa vão ter autoridade para coordenar os transportes

Ao fim de quatro anos e dois meses, Isabel Oneto abandona as funções de governadora civil do Porto para assumir o cargo de presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT) do Porto, entidade que vai coordenar o sistema de transportes a nível supramunicipal. Para a AMT de Lisboa, o PÚBLICO apurou que foi convidado o engenheiro Carlos Correia, actual número dois no Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres.
Uma das primeiras tarefas desta nova entidade é elaborar um inquérito à mobilidade e conceber o Plano de Deslocações Urbanas e do Programa Operacional de Transportes, cabendo a este último a regulamentar todos os aspectos necessários à operação do transporte de passageiros, desde os itinerários, horários e tarifários, até aos interfaces e estacionamento de âmbito metropolitana.

(...)



No Público. Já só falta o Governo perceber que Portugal não é só Lisboa e Porto para a lógica de transportes do país andar para a frente. Era bom que a AMT tivesse já o seu dedo na reabertura da Linha de Leixões, projeto isolado da CP e da REFER sem qualquer possibilidade de sucesso no curto prazo.


* Soa bem (mas cheira mal):

Medidas até 2016

Governo lança programa para reduzir lixo urbano

Fraldas reutilizáveis, menos jornais gratuitos, facturas electrónicas, e água da torneira em vez de garrafa estão entre as medidas de um plano apresentado hoje pelo Ministério do Ambiente para reduzir a quantidade de lixo produzida no país. A acção mais eficaz, porém, é fazer compostagem dos resíduos orgânicos em casa.

É a terceira tentativa oficial de se controlar a produção de lixo. O primeiro Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU I) não atingiu a sua meta de redução. E o PERSU II (2007-2016) começou mal: em 2007 também falhou a alvo.

O agora divulgado Programa Nacional de Prevenção de Resíduos Urbanos promete reduzir, através de um conjunto de medidas, a recolha de lixo entre 50 e 100 quilos por pessoa, por ano. Cada português deita fora 470 quilos de lixo por ano.

A compostagem é a medida com maior efeito. Numa habitação portuguesa, cerca de um terço do lixo é composto por resíduos orgânicos ? como cascas de frutas ou restos de comida. Com a compostagem em casa, nas escolas e em zonas rurais, pode-se reduzir o lixo orgânico em cerca de 17 por cento.

As fraldas descartáveis podem ser evitadas em 20 por cento, segundo o plano. Mas o peso absoluto desta redução, no cômputo geral, é mais reduzido.

No cenário mais optimista, a produção total de lixo poderia ser reduzida em 17 por cento até 2016. Um cenário menos optimista ? mas mais adaptado à realidade portuguesa, segundo o plano ? coloca a redução em 10 por cento. Se nada for feito, estima-se que a quantidade de lixo crescerá quatro por cento.

O programa hoje apresentado não traz detalhes sobre como será posto em prática, que tipo de infra-estruturas serão necessárias, nem onde se irá buscar dinheiro ou incentivos para a sua implementação.



No Público.


* A CP, animal bizarro, dá sempre quatro passos atrás antes de dar meio passo em frente:

Transportadora nacional não tem vendas de viagens internacionais pela Net, mas diz que é prioridade

Renfe tem bilhetes a metade do preço da CP para a mesma viagem entre Lisboa e Madrid

Imagine que quer ir a Madrid no Talgo Lusitânia Hotel dentro de um mês. Vai ao site da CP e vê que um compartimento single em classe preferente (com cama, casa de banho e duche privativo) custa 151,60 euros. Por esse preço, talvez opte pelo avião, que tem preços em conta, mas em jeito de curiosidade decide espreitar o site da Renfe (operadora ferroviária espanhola).

Aí descobre com grande surpresa que pode comprar logo por via electrónica (coisa que o site da CP não permite) um bilhete para a mesma viagem por apenas 60,20 euros, ou seja, menos de metade do preço.

Esta tarifa não admite alterações de datas, mas há outra a 90 euros, que também pode ser comprada na Internet e que permite trocas e reembolsos.

Será isto o mercado a funcionar? Concorrência pura entre a CP e a Renfe?

Não. O Lusitânia Comboio Hotel é um produto explorado em conjunto pela CP e pela Renfe "numa repartição de 50 por cento, quer em custos, quer em receitas, existindo regularmente reuniões entre as duas companhias para aferição de políticas comerciais e acertos de gestão", explicou ao PÚBLICO fonte oficial da transportadora portuguesa. Ou seja, CP e Renfe são sócias neste comboio.

A mesma fonte diz ainda que "os valores em vigor no site da Renfe estão em linha com uma política de yield management [flexibilidade comercial de descontos] que está a ser aplicada e apenas disponível nas vendas efectuadas pela Internet". Ora como a CP não tem venda on-line no serviço internacional, não pode prestar aos seus clientes os mesmos descontos que a sua sócia Renfe.

A impossibilidade de vender bilhetes pela Internet aplica-se também ao comboio Sud Expresso, que liga diariamente Lisboa à fronteira francesa de Hendaya, dando ligação ao TGV para Paris. Em toda a Europa a maioria dos sites das empresas ferroviárias funcionam em rede e é fácil comprar bilhetes para os comboios internacionais.

Mas quem quiser ir, por exemplo, para Salamanca, San Sebastian, Bordéus, ou Paris, nem sequer consegue saber no site e no call center da CP das disponibilidades de reserva. E menos ainda adquirir o bilhete, coisa que também não é possível fazer de forma imediata numa agência de viagens. Para tal, só mesmo em algumas das estações principais da CP.

No ano passado, Nuno Moreira, administrador da empresa, garantia ao PÚBLICO (3/3/2008) que ainda nesse ano a CP iria aderir à rede Hermes (uma gigantesca base de dados europeia com horários de comboios e tarifas), mas entretanto nada mudou.

Dificuldades técnicas por parte da Fujitsu-Sadamel, fornecedor da CP que também está a equipar as estações de Sintra e de Cascais com equipamento automático, estarão na origem desta incapacidade.

No entanto, a mesma fonte oficial diz que a disponibilização de uma aplicação informática para o serviço internacional, quer na rede de bilheteiras da CP, quer no seu site, "continua a ser um dos aspectos prioritários para a nossa rede de vendas".

Houve um tempo em que, mesmo nas mais recônditas estações da CP, o funcionário, à luz do candeeiro a petróleo, passava bilhetes de qualquer origem para qualquer destino, calculando à mão o número de quilómetros da viagem, os transbordos e a categoria dos comboios para chegar ao tarifário certo.

Hoje, apesar dos modernos sistemas informáticos substituírem o papel químico, não é possível em Cascais comprar um bilhete para o Porto. E no Rossio não se pode comprar um bilhete para Torres Vedras. E em Braga é preciso ir a duas bilheteiras que estão lado a lado para se comprar uma viagem para Santarém.

Os exemplos são inúmeros e devem-se à opção, durante o consulado de Crisóstomo Teixeira à frente dos destinos da CP, em partir a empresas em unidades de negócio que deveriam ficar "a um passo da escritura" na expectativa de uma futura privatização. Deste modo, criaram-se várias mini-CP que passaram a actuar de costas voltadas sem ter em conta as vantagens do funcionamento em rede do sistema ferroviário.

O actual presidente, Cardoso dos Reis (na foto), reconhece que foi um erro e quer fazer o caminho inverso, regressando às "bilheteiras universais". Mas este tem-se revelado difícil, quer pelas incompatibilidades técnicas do sistema anterior que foi longe de mais, quer pela fraca prioridade dada à nova estratégia.



No Público.


* É por isto que esta gentinha há de morrer ignorante. Está bem que também vão ensinar português aos galegos, mas ensinar espanhol aos flavienses? Há de ser o dispêndio de dinheiros públicos mais parvo dos últimos anos em Trás-os-Montes:

"Posta transmontana é um troço de terneira"

Profissionais de restauração e hotelaria de Chaves receberam aulas de espanhol, no âmbito da eurocidade Chaves/Verín. O objectivo foi aumentar o vocabulário para melhor comunicar com os clientes do lado de lá.

(...)



No JN.



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BLOGADO ?S 00:02:51

07-06-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

15/12, 11h30, U-Bahn (Stuttgart)

Acho que estou a perder alguma sanidade. Agora, conhecer alguém que me fale de mulheres, de relações, de sexo, deixa-me afectado. Estou exangue, não aguento mais emoções.



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07-06-2009

CADERNOS, IR'05, VIAGENS

14/12, 17h30, IC (para Stuttgart)

Raramente vi um perfil tão elegante: a cara idílica, o peito cheio e flutuante, a cintura inexistente. E anda sobre as nuvens, ela. Mas não me fitou, nem por um segundo.



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06-06-2009

FOTOS, TÍTULO DO ANO

Por Sugestão de várias Famílias 10 / Título do Ano 27



No JN. Sugestão da Alice.



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BLOGADO ?S 01:19:42

05-06-2009

OCORRÊNCIAS, FERROVIÁRIO, NORTE, PORTUGAL ESPERTO, GRANDE PORTO

Atualizações 4/6/09

* Os habitantes da Gronelândia (grunhos?) querem é estar sozinhos. A diferença entre eles e galegos, bascos, catalães, bretões, norte-irlandeses, etc. é que moram num país que se aproxima muito de uma democracia, e não as nossas democracias a fingir do centro-sul da Europa.

Esquerda pró-independência venceu eleições na Gronelândia
Partido Inuit Ataqatigiit põe fim a 30 anos de governo social-democrata

O partido de esquerda Inuit Ataqatigiit (Comunidade do Povo) venceu as eleições parlamentares na Gronelândia, pondo fim à governação de 30 anos dos social-democratas do Suimut no território autonómo da Dinamarca.

Com os votos das eleições de terça-feira praticamente todos contados, o pró-independentista IA tinha 43,7 por cento contra apenas 26,5 do Suimut, igualmente favorável à independência, segundo dados divulgados pela edição ?on-line? do ?The Copenhagen Post?.

O Inui Ataqatigiit vai governar a Gronelândia com o estatuto de autonomia alargada aprovado no ano passado por 75,5 por cento dos votos expressos e que entra em vigor no próximo dia 21.

As eleições foram convocadas pelo primeiro-ministro cessante, Hans Enoksen, que considerou ?apropriado? antecipar a escolha em seis meses para ouvir a população sobre a escolha da equipa que vai gerir a ?nova época?. A intenção dos principais partidos é preparar a última etapa antes da independência, que pretendem ver concretizada em 2021 - quando passam 300 anos sobre o início da colonização dinamarquesa.

O novo estatuto de autonomia confere aos habitantes da Gronelândia o direito à autodeterminação, o reconhecimento enquanto povo e dá-lhes o direito a controlar os seus próprios recursos minerais ? petróleo, gás, diamantes, urânio, zinco e chumbo. A Dinamarca mantém as competências em matéria de Defesa e Negócios Estrangeiros.



No Público.


* Grande confusão em Espinho:

30 arquitectos contra novo Plano Director

(...)

Numa iniciativa que se diz ser inédita em Portugal, 30 arquitectos de Espinho juntaram-se num movimento de contestação contra o novo PDM que até meados deste mês se manterá em discussão pública. O grupo de arquitectos, que diz nunca ter sido tido nem achado nos dez anos que demorou a revisão do documento estratégico, diz temer que a aprovação do Plano tal como está leve a que o concelho se transforme num deserto de gente e de investimentos. O futuro de Espinho, acreditam, passará por se transformar num dormitório da Área Metropolitana do Porto.

Num documento já entregue à Câmara, os arquitectos fazem notar que, se o novo PDM passar, verificar-se-á uma redução de 68% da capacidade de construção e de alojamento no concelho, o que levará, obrigatoriamente, a um decréscimo populacional.

É que, segundo explicaram ao JN, além da altura dos prédios não poder ultrapassar os três pisos, fora dos centros das cinco freguesias do concelho, não será, por exemplo, possível construir num lote de 1000 metros quadrados, só o podendo fazer em terrenos muito maiores e consequentemente com custos muito mais elevados.

Os entraves à construção, dizem, serão tantos que os jovens espinhenses não terão outra hipótese se não a de fugir para os concelhos limítrofes, já que o custo das habitações será cada vez mais elevado.

Uma situação que levará a que o concelho venha a ser habitado apenas por elites, isto porque "quem nasceu, cresceu e viveu cá, não tem capacidade económica para comprar habitação em Espinho". Mais: a situação levará mesmo, acrescentam, à proliferação das construções clandestinas, um mal que grassa no concelho.

Os arquitectos pedem, assim, a suspensão imediata do Plano, até porque consideram que o mês dado para a discussão pública é escasso, isto para que seja possível analisá-lo convenientemente.

(...)



No JN.
Aprecio a fineza do paradoxo: Espinho vai transformar-se "num deserto de gente e de investimentos", ou seja, um "dormitório da Área Metropolitana do Porto". Deserto=dormitório. Claro como água.

Outra conclusão notável: como a capacidade de construção futura vai ser menor que a atual, a população vai diminuir. Espinho vai continuar a ter capacidade construtiva; como essa capacidade vai ser reduzida, construir-se-ão menos edifícios do que os que se constroem neste momento. Mas o número de edifícios continuará a aumentar. Até aí, ok, normal. Mas o que leva estes arquitetos a crer que, por isso, a população irá diminuir? Ignoro.

O que move estes arquitetos é um equívoco recorrente: o de que desenvolvimento é crescimento. Em termos urbanísticos, locais, no que toca ao desenvolvimento, o mais importante é o reforço da qualidade de vida. Nas administrações autárquicas, por outro lado, desenvolvimento implica crescimento físico. Aumento de casas, ruas, rotundas, centros comerciais, pessoas. O objetivo primordial do autarca não é aumentar - é melhorar. A Câmara de Espinho, pelo pouco que li, merece os meus parabéns.

(e, nesta notícia, é ocultada qualquer ideia de 'renovação urbana' - como se só contassem as casas novas)


* Estação no São João está bem, mas a linha é de comboio, gente, não de metro:

Exigidas mais estações para a linha de Leixões
Câmara defende construção de apeadeiro nas Arroteias, criando ligação com linha Amarela do metro

A Câmara da Maia exige a construção de mais duas estações na linha ferroviária de Leixões, que voltará a ter passageiros a partir de Setembro. Uma das plataformas (Arroteias) serviria de ligação com a estação de metro do Hospital de S. João.

(...)



No JN.



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BLOGADO ?S 01:05:22

03-06-2009

CARTAZ, URBANISMO DE PONTA, PLANEAMENTO MACADAME, GRANDE PORTO

Atualizações 2/6/09

* O que eu acho em relação ao PDM de Gaia é. É. Sei lá. Não sei o que achar de tanta trapalhada junta:

Novo PDM aprovado com atraso de cinco anos
PS e CDU dizem que o plano discrimina o interior do concelho epermite mais construção no litoral

O novo Plano Director Municipal de Gaia não resolverá as assimetrias do concelho. É, pelo menos, a convicção do PS e da CDU, certos de que o documento discrimina o interior e permite mais construção no litoral e no centro urbano.

Esta é uma das principais críticas da Oposição ao plano, aprovado ontem de manhã pelo Executivo com a abstenção dos socialistas e o voto contra da CDU. O presidente Luís Filipe Menezes reconheceu esse pecado, mas considera que o Plano Director Municipal (PDM) é "bom" e "pragmático", procurando adaptar-se à realidade de desenvolvimento do concelho. O socialista Barbosa Ribeiro até dá nota positiva ao capítulo da mobilidade e nem está preocupado com o facto de 70% do solo de Gaia ser urbanizável. Lamenta é que a maioria dos terrenos que compõem os 30% não urbanizáveis fique nas freguesias do interior do concelho.

"É muito restritivo em relação à construção no interior do concelho, agravando a sua desertificação, mas, em contrapartida, apresenta-se muito permissivo no núcleo urbano e na frente de mar", indicou o autarca, enunciando que grande parte das 922 participações, feitas na discussão pública do PDM, veio de freguesias do interior Nascente e Sul.

Também o vereador da CDU João Tiago Silva condena esse "crescimento dual" e vai mais longe, considerando que o PDM "não serve o Município". Luís Filipe Menezes explicou que o aumento do solo urbano no interior foi travado por "organismos tutelares". Entenderam não ser necessário aumentar a área urbana quando a capacidade actual não foi esgotada.

"Fez-se um enorme esforço e deu-se um grande salto no interior. 35% do investimento público em Gaia foi concentrado em seis freguesias onde só vive 12% da população", destacou. A dificuldade em desafectar áreas de reserva ecológica e agrícola no interior do concelho para afectá-las a solo urbano foi confirmada pelo director municipal do Urbanismo, Mota e Silva, lembrando, ainda, os obstáculos burocráticos. O PDM beneficiou de um conjunto de planos de urbanização e de pormenor em elaboração que tinha esbarrado na "teia burocrática da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Chegámos a ter 23 planos à espera de parecer. Decidimos abandonar esse trabalho e integrá-los no PDM", acrescentou Mota e Silva.

A burocracia serve, também, de justificação para o atraso na revisão do plano que, segundo a Oposição, deveria estar pronto há cinco anos. A CDU assinala que, apesar da demora, o PSD/PP "impediu a participação de outras forças partidárias" na elaboração do documento e critica que a falta de empenhamento na resolução do problema das habitações clandestinas na serra do Pilar.

Luís Filipe Menezes devolveu a crítica à CDU. "A escarpa da serra do Pilar, a jusante da ponte do Infante, é reserva ecológica nacional pura e dura. Para alterá-la, é preciso mudar as directivas comunitárias. Mas a CDU acha que, para ganhar uns votitos, vale tudo", acusou. O autarca destacou, porém, que o actual PDM permitirá a legalização da maioria dos núcleos de construção clandestina existentes no Município.



No JN. E votam os eleitores nestas pessoas, e estas pessoas acham que sabem o que estão a fazer. Deus, como estão errados.


* Prémio Pessoa para Arménio Vieira. Cabe-me dizer, parabéns, caro autor desconhecido.



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BLOGADO ?S 09:25:12

02-06-2009

ACORDO ORTOGRÁFICO, FERROVIÁRIO, URBANISMO DE PONTA, PLANEAMENTO MACADAME, MULHERES, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 1/6/09

* Um hino ao Planeamento Urbano Português (em maiúsculas, pois é nome de bicho raro):

Cidade Nova fantasma

Urbanizações construídas na década de 80 escondem centenas de lojas devolutas

O cenário passa despercebido a quem atravessa a vila de Valença. No interior dos grandes prédios da Cidade Nova há centenas de lojas devolutas, por estrear, degradadas, com vidros e chão partidos, "pixadas" e até incendiadas.

São edifícios que, na década de 80, nasceram a um ritmo alucinante no encalço do "el dorado" que a vocação comercial demonstrada por aquela vila de fronteira prometia. "Valença teve um crescimento desmesurado e um pouco anárquico. Pensou-se que a vila, pela apetência comercial que tem, tudo albergaria, no entanto, o crescimento tem de ser harmonioso, progressivo, por áreas geográficas?Tudo seria muito bonito se, de cada vez que colocasse-mos em plena utilização um centro comercial, avançassemos para outro, mas o problema foi que num curto espaço de tempo cresceram dez centros comerciais e nenhum deles ficou em plena utilização", comentou Joaquim Covas, vereador na Câmara de Valença e presidente da União Empresarial do Vale do Minho (UEVM), justificando: "Na década de 80 tudo se construía, tudo se vendia".

(...)



No JN.


* Parece quase uma notícia inventada por mim. Depois de passar alguns meses denuciando a falta de planeamento estratégico da CP, que prefere flutuar ao sabor das manias e desmandos do Governo, eis que a realidade vem dar-me razão. Juro que preferia que não fosse o caso, que na realidade a CP fosse uma empresa a sério e que eu não passasse de uma pessoa alheada da realidade e com princípios de esquizofrenia. Mas afinal não:

CP condenada a pagar 20 mil ? a 'emprateleirado'

Assédio moral foi provado no caso de um técnico que passou nove anos sem ter o que fazer

(...)

Em 1992, era Chefe do Serviço de Estudos Estratégicos da CP. Até então, diz o tribunal, era reconhecido como um "técnico de altíssima craveira intelectual", mas isso não impediu a CP de o manter "apenas nominalmente" ao serviço, já que, a partir daí, não "recebeu qualquer ordem, instrução, orientação ou directiva. Por isso, viveu num "estado permanente de desgosto, ansiedade, frustração e revolta".



No JN. Sugestão do Nuno.


* Sempre à frente, esses espanhóis:

Ferrovias: Espanha vai acabar com "bitola ibérica"

O Ministério do Fomento, em Espanha, encomendou um estudo para acabar com quase 12 mil quilómetros de via férrea com especificação da designada "bitola ibérica", também utilizada em Portugal.

Segundo o jornal El Economista, o estudo (incluído no Plan Español de Infraestructuras y Transporte) deverá estar pronto até final do ano. A alteração da infra-estrutura deverá representar investimentos estimados num mínimo de 5 000 milhões de euros.

A ideia do governo do país vizinho visa acabar de vez com o uso da bitola ibérica (distância entre carris), que actualmente mede 1 668 milímetros, subsituindo-a pela europeia (1 435 mm), de modo a homologar a rede ferroviária pela bitola internacional.

A alteração perspectivada não afectará os 1 563 quilómetros rede de alta velocidade, já construída pela bitola internacional.



No Díário Digital, via Vítor Silva.


* A minha Lista de Prémios, Concursos e Bolsas Literários já tem as ligações a funcionar (basta carregar em cada título). Nuno, obrigadinho pelo jeito.


* Mais um camarada a juntar-se ao pleito:

(...)

Francisco José Viegas, nosso cronista de segunda a sexta-feira na secção de Cultura & Espectáculos, inaugura na sua intervenção de amanhã a nova grafia conforme ao Acordo Ortográfico.

(...)



No CM, via blogtailors.


* Opção B! Opção B! Opção B!

(sugestão da M)


* Uma mulher: Catarina Wallenstein





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BLOGADO ?S 02:18:56

31-05-2009

LÍNGUA, NOVAS DA GALIZA

Guarda-redes vs Goleiro: uma eterna disputa

Se podemos afirmar que a cultura de um povo ou de uma comunidade se baseia na aceitação da sua especificidade, é também defensável que tanto a génese quanto a sobrevivência dessa cultura dependem do seu grau de xenofobia. Na palestra de aceitação do Booker de 1994, James Kelman reagia assim às críticas dirigidas ao seu livro (How late it was, how late): ?Uma linha fina pode existir entre elitismo e racismo. Quando o tema é linguagem e cultura, a distinção pode simplesmente deixar de existir.? (trad. do autor) Sendo Kelman escocês e tendo transposto para o referido livro essa especificidade, afrontou a ira dos críticos londrinos com um ataque direto ao que realmente os unia contra o livro: não a sua qualidade, mas a sua especificidade. Não uma especificidade que os londrinos reconhecessem como sua, mas uma especificidade escocesa, estrangeira, estranha ao padrão de Londres.

Como este existem recorrentes exemplos da nossa incapacidade em assumir e aceitar a diferença, ou de como a nossa conceção do 'normal' está solidamente assente sobre preconceitos: nos atentados às Torres Gémeas e consequente 'Guerra ao Terror', toda a pista que levasse a fundamentalistas islâmicos era bem-vinda ? árabes ou crentes do islão em geral eram inevitavelmente considerados culpados; na criminalidade ? se envolve minorias étnicas (ciganos), comunidade emigrante (africanos, europeus de leste), então já é notícia, e nós regozijámos com a clareza do axioma; no futebol ? qualquer vitória sobre a Inglaterra tem duplo prazer.

Todos estes exemplos, aparentemente avulsos, explicam os nossos preconceitos: preconceito de superioridade em relação a árabes e africanos, e de inferioridade em relação a britânicos. Podemos até acharmo-nos fora deste circo dos preconceitos, mas basta apenas que a realidade nos troque as voltas para percebermos todos os preconceitos que subsistem dentro de nós.

As discordâncias em relação ao Acordo Ortográfico em Portugal têm normalmente duas razões: a técnica, muito rara, e a motivada pela ignorância. É uma ideia assente que o AO não é mais que uma concessão ao Brasil, uma prenda política do Governo Português ao seu congénere brasileiro. Quando explico a estas pessoas a história verdadeira do AO, da sua assinatura em 1990, dos anteriores acordos da língua, da discordância entre normas que agora será sanada, etc., a grande maioria das pessoas reconsidera. Alguns tornam-se mesmo adeptos do AO.

Ainda assim, subsistem portugueses que não percebem que este é apenas um acordo gráfico: nem a fonia nem a cultura serão afetadas. De qualquer maneira, as telenovelas e a música brasileiras já há muitas décadas influenciaram o português de Portugal. A influência, boa ou má, já existe. O mal (ou o bem) já está feito. O que subjaz desta contestação, da recusa desta novidade, não é o AO em si, que pouco ou nada lhes interessa: é a negação de uma grafia ?abrasileirada?. É um preconceito português em relação aos brasileiros, à sua cultura, à sua maneira de ser. É o ex-colonizador a tentar reforçar a sua soberania, já há muito desaparecida.



publicado no Novas da Galiza de Maio

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BLOGADO ?S 23:04:56

30-05-2009

LÍNGUA, GALIZA, AMIGOS, ENTRE-DOURO-E-MINHO

Atualizações 30/5/09

* O Valentim, camarada cá da malta, vai ser o novo presidente da AGAL. Parabéns, amigo. Coragem para o futuro.


* Melgaço e Monção já dispõe de (razoáveis) ligações ferroviárias a Vigo e Ourense: basta-lhes cruzar o rio Minho e, em Arbo ou Salvaterra, apanhar um comboio galego. Uma maneira simples de otimizar as ligações ferroviárias nesta zona era promover comboios diretos entre Ourense e o Porto. Assim, aos habitantes de Melgaço e Monção bastava-lhes cruzar uma ponte para terem uma ligação direta ao Porto. Esta seria a verdadeira 'Linha do Minho'.



(grande)



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BLOGADO ?S 00:43:29

29-05-2009

PORTURARIDADE, FERROVIÁRIO, NORTE, GRANDE PORTO, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 28/5/09

* O que nos tentam vender em Portugal como PIN, ou como projeto gerador de empregos ou de desenvolvimento (como desculpa para atropelos ambientais ou urbanísticos) é tratado na Suécia da seguinte maneira:

(...)

Hans Wradhe termina uma descrição das intermináveis exigências ambientais que precedem cada novo investimento na Suécia. Um dos nove jornalista europeus presentes naquela pequena sala do enorme edifício da Agência para a Protecção do Ambiente (APA), em Estocolmo, tem uma dúvida: um projecto que não cumpra todos os requisitos pode ser autorizado, com o pretexto de um, digamos, potencial interesse público? O conselheiro sénior da APA não entende e pede para o jornalista se explicar melhor. Nova tentativa: nunca são abertas excepções com a justificação dos postos de trabalho e da riqueza que determinado projecto gera? O especialista faz uma pausa para mastigar bem a pergunta, que, nota-se, lhe soa ligeiramente ridícula. «Claro que não!».

(...)

Na Visão.



* Henrique Oliveira Sá fala sobre a ferrovia (artigo muito extenso e completo). Alguns excertos:

(...)

Se tivermos acesso ao Portal deste ministério, poderemos ler: ?A linha de AV entre Lisboa e Madrid tem como tempo de percurso objectivo as 2h 45 m para a ligação directa de passageiros entre as duas capitais, cumprindo-se a ligação entre Évora e Lisboa em 30 m e os 167 km do troço Poceirão-Caia em menos de 29 m.?.

Uma simples regra de três simples leva-nos à conclusão que a velocidade média comercial entre Poceirão e Caia será de 345,5 km/h. E, sendo assim, batemos largamente todos os recordes mundiais de velocidade numa linha de exploração comercial. Incrível.

(...)

Portugal, com cerca de 92.000 km de superfície dispõe, actualmente, 30,6 km de linhas de cf. por 1.000 km2 de superfície; com a agravante dos seus traçados, muito antigos, não corresponderem em muitos casos às necessidades reais.

A Bélgica e a Holanda, por exemplo, com áreas muito inferiores, apresentam-se com 113,8 e 67,5 km de linhas por 1.000 km2, a Áustria com 74.9 e a Dinamarca com 47,5.

(...)




* Regionalização, cada vez mais premente:

(...)

Foram precisos dois anos para a Administração Central autorizar a linha da STCP entre Vila d'Este (Gaia) e Boavista (Porto). Finalmente, o aval chegou. Na mega-urbanização, 17 mil pessoas, sente-se a falta de transportes.

(...)



No JN.



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BLOGADO ?S 01:23:27

26-05-2009

FERROVIÁRIO, PORTUGAL ESPERTO

Atualizações 25/5/09

* A Linha do Vouga, agora a sul:

Câmara de Aveiro adia metro e aposta na requalificação da Linha do Vale do Vouga

O projecto do metro ligeiro de superfície de Aveiro não tem sustentabilidade para avançar num futuro próximo. A aposta imediata deverá passar antes pela requalificação do troço Aveiro-Águeda da Linha do Vale do Vouga, criando um sistema de comboios frequentes que consiga atrair mais utentes. Essa mesma conclusão é sustentada num estudo de viabilidade realizado pelo gabinete de mobilidade da Câmara Municipal de Aveiro, apresentado na semana passada.

Segundo explicou Arminda Soares, autora do estudo e coordenadora daquele gabinete autárquico, importará seguir os passos já dados pela câmara de São João da Madeira, com vista a "tornar a linha mais moderna e as passagens de nível mais seguras, num trabalho conjunto entre as câmaras, a Refer e CP". Só mais tarde, "daqui a 10 anos, pode vir repensar-se o modelo e avançar para um prolongamento em metro de superfície", acrescentou Arminda Soares.

A ideia de base do estudo realizado pela Câmara de Aveiro acaba por ir ao encontro do desafio deixado pela Refer no fórum que pretendeu debater o futuro da Linha do Vale do Vouga, e que decorreu na semana passada em Aveiro. Ainda antes de ser conhecido o estudo da câmara, Ana Seabra, da Refer, deixava o desafio para que fossem conjugados esforços para a requalificação daquele troço da linha que tem uma extensão de cerca de 96 quilómetros.

No ano passado, viajaram nesta linha quase 680 mil pessoas, contra 560 mil em 2006. No ramal que liga Aveiro a Águeda, um percurso com cerca de 20 quilómetros, o movimento registado no ano passado rondou os 377 mil utentes.



No JN.


* O meu diagrama da Rede Ferroviária Nacional está mais perfeitinho.



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BLOGADO ?S 02:08:25

25-05-2009

NOTAS, PORTURARIDADE, OCORRÊNCIAS, TERRA, FERROVIÁRIO, PORTUGAL ESPERTO, MULHERES, GRANDE PORTO

Atualizações 24/5/09

* Mais sobre a Linha de Leixões:

Linha volta a ter passageiros em Setembro

A Linha de Leixões voltará a ter passageiros em Setembro, estimando-se que venha a servir 2,9 milhões de pessoas por ano. Para já, os comboios ligarão Leça do Balio a Ermesinde em 16 minutos. Só em 2010 chegará a Leixões.

A via - que hoje é utilizada apenas para o transporte de mercadorias (12 comboios por dia) após a suspensão do serviço de passageiros há muitos anos - cruza quatro concelhos: Matosinhos, Maia, Valongo e Porto. A operação com passageiros será retomada dentro de quatro meses, chegando a três dos quatro municípios, embora a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, tenha manifestado, ontem, a vontade de ver as composições chegarem, no futuro, a Campanhã.

Numa primeira fase e antes do arranque do ano lectivo, a governante quer os comboios a circularem na Linha de Leixões, com paragens em Ermesinde (Valongo), S. Gemil (Maia), S. Mamede de Infesta e Leça do Balio (Matosinhos). As composições dos serviços urbanos farão a ligação, mas o preço ainda não está definido.

O administrador da CP, Ricardo Bexiga, pretende integrar a linha no Andante. As expectativas são elevadas. A CP investiu 6,8 milhões de euros em material circulante e em equipamentos e espera gastar 340 mil euros por ano com pessoal. A empresa crê que cobrirá o investimento em três anos. Também a Refer vai intervir nas quatro estações, requalificando as plataformas e construindo abrigos para os passageiros. Os trabalhos, já adjudicados, começarão dentro em breve.

O serviço comercial ao longo dos 10,6 quilómetros será assegurado por 55 composições por dia e por sentido de segunda a sexta. Os passageiros contarão com um comboio de 30 em 30 minutos à hora de ponta e com um comboio por hora e por sentido nos restantes períodos. Aos fins-de-semana e feriados, terão disponíveis 35 comboios diários, o que corresponde a um comboio por hora e por sentido. O transporte é feito através de uma via única.

No dia em que foram celebrados os protocolos entre a CP, a Refer e a Câmara de Matosinhos para retomar o serviço de passageiros e entre a CP, a Refer e a APDL para a cedência de terrenos do Porto de Leixões, o presidente da Autarquia matosinhense, Guilherme Pinto, manifestou a convicção de que será possível estender a operação a Leixões dentro de um ano. Antes disso, será construída uma nova estação.

O estudo preliminar aponta para um investimento de 10 milhões de euros nos terrenos do antigo parque de espera do Porto de Leixões, na Avenida do Engenheiro Duarte Pacheco. O futuro edifício terá uma ligação aérea à estação do metro no Senhor de Matosinhos, um interface para táxis e operadores de transporte público rodoviário e um parque de estacionamento. O complexo ferroviário do Porto de Leixões sofrerá alterações com a obra, que permite ampliar o terminal de contentores. A viagem entre Ermesinde e Leixões será de 30 minutos.

A Refer admite estudar a possibilidade de estender o serviço a outras paragens (recorde-se que a Linha de Leixões possui outras estações que não serão servidas), de acordo com a procura e as necessidades da população.

(...)



No JN. É óbvio que a empreitada tinha de ser dividida em duas. O troço a reabrir em Setembro não tem cruzamento com linhas do metro e é o que tem mais potencial de clientes. No outro troço, entre Leça do Balio e Leixões, é necessário coser a Linha de Leixões com as Linhas da Trofa, da Póvoa e de Matosinho (do Metro), construindo estações novas, o que demora mais tempo.

A ligação a Campanhã, através de Contumil, é essencial. E, no futuro, ligações a Braga, Guimarães e Marco, diretas a partir de Leixões. E para sul, também. Não se pode parar. Nunca.

E fazer a ligação da Linha Amarela à Linha de Leixões, não? Merda, são 300 metros.



(grande)


* Não o rapador de tachos, mas o antigo ditador - Salazar "sobrevive" na toponímia nacional em 20 localidades portuguesas. E é bom saber que

Em Atalaia, a 20 quilómetros a noroeste da capital de distrito, a rua Oliveira Salazar entronca com a Capitão Salgueiro Maia, o comandante da coluna militar que ocupou o Terreiro do Paço e levou à rendição de Marcelo Caetano no quartel do Carmo.



* Putas. Ganhámos a Palma de Ouro.




* A minha Lista de Prémios, Concursos e Bolsas Literários está ainda mais atual.


* Uma mulher: Carice van Houten




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BLOGADO ?S 01:29:32

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