16-04-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 20

Custas de 500 milhões para famílias das vítimas

Familiares das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios vão pedir a intervenção do presidente da República e do Governo para serem libertados do pagamento de meio milhão de euros de custas no processo-crime relativo à queda da ponte.

No JN.



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BLOGADO ?S 20:51:56

14-04-2009

PROJETOS

C'RCULOS

Por lapso, imprimi duas cópias a mais do meu livro, que está já pronto a enviar para o Prémio Agustina Bessa-Luís. Algum candidato a ficar com uma cópia? Tenho também a versão pdf, para os mais atrasados / mais ecológicos de vós. Alguém?



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BLOGADO ?S 20:28:11

14-04-2009

IMAGENS, FERROVIÁRIO, PORTUGAL ESPERTO, ENTRE-DOURO-E-MINHO, GRANDE PORTO, METRO

Atualizações 13/4/09

* A ideia é velha, já se provou a sua exequibilidade, e já por várias vezes se anunciou a reabertura. Mas, enfim, mais uma vez aí está:

Linha de Leixões para passageiros deverá abrir antes das eleições legislativas

Não apresento pormenores porque estes não existem - fala-se apenas de 'dois comboios suburbanos em cada sentido nas horas de ponta e um durante o resto do dia', o que faz lembrar a anterior promessa de reabertura, em 2006, em que também rareavam pormenores. É de esperar que isto signifique, num futuro próximo, uma rentabilização séria da linha - com inserção de comboios regionais a partir de Matosinhos e uma clara ligação com a rede de metro, com tão bem enfatiza António Alves.




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BLOGADO ?S 01:24:45

13-04-2009

FERROVIÁRIO, NORTE, PLANEAMENTO MACADAME

Atualizações 12/4/09

* Horários da CP obrigam a transbordos que saem caros:

(...)

Viajar de Mangualde para Pombal no Intercidades custa 9,50 euros, mas se o passageiro optar por um horário em que apanha um Regional até Coimbra e depois um Intercidades vindo do Porto, então já paga 16,10 euros. Ou seja: demorou mais uma hora de viagem, fez um transbordo e viajou parte do percurso em comboio de categoria inferior. Mas pagou quase o dobro.

(...)



* A defesa do vale do Coronado faz-se caminhando (sugestão do Nuno):

Quatro associações, APVC - Associação para a Protecção do Vale do Coronado (Vila do Coronado), Gaia (Porto), Quercus (Porto) e Campo Aberto (Porto) agruparam-se numa Aliança Salvar o Vale do Coronado e convidam todos os cidadãos e todas as associações, em especial as da região do Grande Porto, do Norte e do Noroeste, a aderir a essa Aliança.

A primeira acção desta Aliança é um percurso pedestre, a realizar em 18 de Abril, de solidariedade com a APVC e de protesto contra o projecto de betonização e destruição do Vale. A inscrição neste percurso é gratuita mas obrigatória, já que, havendo um número máximo de participantes, a ordem de chegada das inscrições pode ser decisiva.





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BLOGADO ?S 00:52:24

11-04-2009

PORTURARIDADE, PLANEAMENTO MACADAME, GRANDE PORTO

Atualizações 10/4/09

* A todas as pessoas que quase me insultaram por eu dizer que a Linha do Campo Alegre era maioritariamente à superfície, bom, aceito pedidos de desculpas.


*

Retail Park em discussão pública até dia 8 de Maio

(...)

O estudo de impacto ambiental do empreendimento, que será construído em frente à estalagem da Via Norte, está em discussão pública até ao dia 8 do próximo mês. O documento não aponta impactos negativos significativos ao projecto. "O empreendimento reúne condições favoráveis para que se possa concretizar, revelando-se de grande relevância a sua execução", diz o relatório, elaborado pela Ecomind - Consultadoria Ambiental.

(...)

Conforme tinha noticiado o JN, a construção do Retail Park (iniciativa da Pedrasim - Empreendimentos Imobiliários que representa um investimento de 40 milhões de euros), obriga a desafectar uma parcela de 13200 m2 da Reserva Ecológica Nacional (REN). O terreno é necessário para a construção de parte dos acessos ao centro comercial. Prevê-se a criação de um acesso à EN13 através de uma rotunda desnivelada, de uma entrada directa para o Retail Park a partir da Via Norte, para quem circula no sentido Norte/Sul, e de um acesso do empreendimento para a Via Norte, no mesmo sentido, depois do posto de abastecimento.

"O impacte gerado é negativo e pouco significativo, dada a reduzida dimensão das áreas afectadas e o facto da restante área REN ser destinada a espaços verdes", minimiza o estudo ambiental.

Adoro a inocência do jornalista: apesar de se desafetar REN, esta desafetação é 'necessária'. Não se coloca a questão de ser ou não 'necessário' desafetar a REN - assume-se que sim. Isto não é jornalismo - é transcricionismo.



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BLOGADO ?S 00:41:03

10-04-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 19

Metro meteu menos água em 2008

No JN.


O título é tenebroso na sua incompetência. O metro meteu, de facto, água em 2008. Com as chuvas intensas do fim do outono, houve estações que inundaram. A notícia, no entanto, é sobre poupanças no sistema de regas. Com jornalistas destes não vamos lá.


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BLOGADO ?S 16:16:29

10-04-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 18

Um Piolho centenário a transbordar de gente

Por momentos julguei ler 'Gente centenária a transbordar de piolhos'. Mas não. No JN.



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BLOGADO ?S 16:01:15

08-04-2009

PORTURARIDADE, FOTOS, TERRA, FERROVIÁRIO, NORTE

Atualizações 7/4/09

* É mesmo verdade: a Régua tem uma ponte de caminho-de-ferro sobre o Douro, sem nunca ter tido linhas para sul: construiram-na para uma ligação a Lamego que ficou para as calendas. Está na hora, digo eu, de reativar a ligação Chaves/Régua, e de a prolongar a Viseu. E já. E daí até à Linha da Beira Alta é um tirito.

(investigo pela rede e fico sem perceber nada. a ponte da esquerda era ferroviária? se sim, chegou a ter ligação a algum lado? que alguém me ajude)

Ah. Achei:

A primeira a pisar o Douro é a metálica e foi projectada para receber a linha férrea entre a Régua e Lamego, que aliás nunca chegou a funcionar. Assegurou a ligação entre as duas margens desde 1872 durante 77 anos de trabalho pesado. Bem merecida a reforma.





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BLOGADO ?S 01:23:18

07-04-2009

FERROVIÁRIO, GRANDE PORTO, METRO

Atualizações 6/4/09

* Lino Cabral, Contas à moda do metro do Porto

Uma contribuição para a análise custo-benefício entre a linha da Boavista e o Campo Alegre

custo da obra - Boavista: 90, Campo Alegre: 300
tempo de execução - Boavista: RÁPIDA, Campo Alegre: LONGA
técnica - Boavista: SIMPLES, Campo Alegre: COMPLEXA
volume de transporte - Boavista: X, Campo Alegre: X
tempo de percurso - Boavista: Y, Campo Alegre: >Y
preço final do bilhete (utente) - Boavista: Z, Campo Alegre: Zx4

OBS.:

- A linha da Boavista SÓ é compatível com uma redução drástica da utilização egoísta do automóvel. Nem que para o efeito se crie uma espécie de ASAE...

- A linha do Campo Alegre SÓ é possível enterrada. Cara, eterna, dramática...

- Há 14 anos a linha da Boavista era a espinha do projecto. Depois passou a alternativa, agora foi para o caixote do lixo. Isto é a desordem mental.

Lino Cabral é uma pessoa esclarecida. Haverá um dia em que o Grande Porto terá uma rede de metro a sério. Nesse futuro (espero) não muito longínquo irão coexistir a Linha da Boavista e a Linha do Campo Alegre, com talvez uma terceira linha norte/sul a cruzar ambas. Até lá, deve-se construir primeiro a linha mais fácil e barata, já que está provado que o número de utentes prováveis é semelhante. Convém não esquecer que ambos os projetos (o do metro e o do governo), preveem uma segunda linha para Gaia, passando no pólo universitário, o tal 'gerador de tráfego' que os defensores da Linha do Campo Alegre tanto utilizam como justificação. O que quer dizer que, com a Linha da Boavista ou com a do Campo Alegre, o pólo universitário será sempre servido por metro.


* Novo boletim da ComboiosXXI.


* Uma mulher: Tanaka Hitomi




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BLOGADO ?S 01:44:31

05-04-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 17

'Heli' corrido a caçadeira ao tirar água de uma lagoa

Dono nega e diz que o filho apenas usou um pau para avisar que havia pessoas

No JN.



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BLOGADO ?S 10:55:36

03-04-2009

FERROVIÁRIO, CENTRALISMO, PORTUGAL ESPERTO

Atualizações 3/4/09

* Prédios que falam (sugestão da Maria):

A situação actual

Em maior parte dos prédios nas cidades as pessoas não se conhecem, têm medo de perder a sua privacidade e de invadir a privacidade dos outros. Isto leva a que as pessoas não tenham relações humanas com quem vive mais próximo de si.

Se não fizermos nada, os prédios nas cidades vão continuar a ser locais cinzentos.

O nosso projecto quer ajudar a prevenir este futuro provável.

O nosso desafio

Queremos ter, pelo menos, 100 prédios a participar neste projecto.

O que vamos fazer?
Durante os 4 dias anteriores ao Dia Europeu dos Vizinhos (26 de Maio), o líder de cada prédio irá lançar desafios, um por dia, a todos os habitantes do prédio que se inscreveram para participar.

O que precisamos?

* Estamos à procura de líderes que queiram transformar o seu prédio.
* Estamos à procura de ideias para os desafios a colocar aos vizinhos
* Estamos à procura de energia para fazer deste projecto um sucesso

Estamos à procura de transformar a vida nas cidades




* Primeiro de Abril (como diz o MC)? Senão é de primeiro de Abril tem de ser, pelo menos, piada:

Ferrovia deverá ser o elemento estruturante do sistema de transportes

Intervenção do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações na sessão de abertura do 9..º Congresso Nacional do Transporte Ferroviário, sob o tema «A integração e a competitividade dos sistemas de transportes da Península Ibérica», em Lisboa

Ao pormenorizar, consegue apenas falar de Lisboa e da Linha Lisboa - Madrid. Nada da entrada no Porto pelo sul, da nova estação de Braga, da possibilidade de uma estação em Ponte de Lima, da ligação ao Sá Carneiro. Também, era o congresso da ADFER (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário), que de 'Portuguesa' tem muito pouco - veja-se a lista de sessões promovidas, já referidas por Daniel Rodrigues:

Travessia Algés - Trafaria
A crise financeira e as grandes obras públicas
O futuro do Porto de Lisboa e as Travessias do Tejo
O mega TrolleyBus
A nova estação central de Lisboa
Sistemas de Comunicação, Controlo e Informação em Projectos Ferroviários
A travessia do Estuário do Tejo
Transporte Colectivo de Passageiros na Área Metropolitana de Lisboa




* Mais um apontamento sobre o lento e metódico desmantelar do sistema ferroviário português:

Carta Aberta ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações


Incompetência, Negligência ou Má-fé


Exmo. Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Exma. Sra. Secretária de Estado dos Transportes


A calamitosa política de transporte seguida para as Vias Estreitas (VE) do Douro nas últimas três décadas atingiu o ponto de ruptura. A falácia do prejuízo nestas vias-férreas, mesmo tratando-se de um serviço público a manter para bem da solidariedade e coesão social, e malgrado a forma danosa como têm sido administradas, esquece convenientemente os desastres financeiros da Carris e dos Metros do Porto e de Lisboa, averbando respectivamente prejuízos crescentes na ordem dos 18, 150 e 160 milhões de euros, suportados por todos os portugueses, do Litoral ao Interior e Ilhas.

(...)




* O pipi era dela:

O que era um segredo agora é uma surpresa. Durante anos perguntou-se quem seria o autor de O meu pipi, o blogue anónimo (e depois livro) que fazia humor com palavrões, obscenidades e ordinarices. Durante anos atiraram-se nomes para cima da mesa: Miguel Esteves Cardoso, Rui Zink, José Vilhena, Ricardo Araújo Pereira, alguém das Produções Fictícias. Afinal, nenhum deles. Afinal, nem sequer de um homem se tratava. Apesar de passar metade do tempo em considerações sobre o pénis baptizado de Zé Tolas, O Meu Pipi foi escrito por uma mulher: Sofia Saraiva, 32 anos, profissional de publicidade.

(...)





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BLOGADO ?S 18:17:14

02-04-2009

FERROVIÁRIO, NORTE, URBANISMO DE PONTA, PLANEAMENTO MACADAME, POLÍTICA À PORTUGUESA, MULHERES

Atualizações 1/4/09

* Dois textos importantíssimos (o primeiro é um desenvolvimento do segundo) para perceber melhor a desadequação das leis portuguesa de planeamento a um desenvolvimente urbano sustentável e justo. Urbanismo e corrupção: as mais-valias e o desenvolvimento urbano:

(...)
Mais tarde a França mudou de política com a adopção de políticas liberais caracterizadas pela desregulamentação e pelo abandono das políticas intervencionistas de produção fundiária. No entanto o objectivo continuava a ser o mesmo: criar condições para reforçar a disponibilização dos solos necessários para a construção das habitações. A ideia forte era a de que numa situação de procura constante o aumento da oferta faria baixar os preços. Este conjunto de políticas no caso francês prolongou-se com alguns matizes até ao início do ano de 1986, que corresponde ao momento que diversos autores identificam com o início do crescimento da bolha imobiliária em França. O aparecimento da bolha do imobiliário, com os preços a duplicarem em poucos anos e com o incumprimento das famílias a disparar, foi a prova cabal de que as políticas liberalizantes adoptadas se tinham revelado equívocas e contraproducentes. Os defensores do postulado «desregulamentação ? aumento da oferta ? baixa do preço» foram confrontados com o facto, não previsto, de que a oferta real de solos não aumentou, pelo que o efeito benéfico sobre o preço não se verificou, antes pelo contrário. Faltou-lhes distinguir entre oferta potencial e oferta real.

Entre os países que optaram por reter as mais-valias e que mantêm a fidelidade a esse modelo salienta-se a Holanda, que procede à municipalização total da produção do solo urbano, e a Suécia, que socializa as mais-valias através da declaração da utilidade pública do solo. No caso holandês a municipalização traduz-se na possibilidade de o município poder expropriar todo o solo necessário ao desenvolvimento urbano após a aprovação de um plano urbanístico, sendo o valor pago a título de indemnização o valor do uso existente. A Holanda é consensualmente reconhecido como o único país em que o valor de mercado dos terrenos rústicos não contém qualquer parcela especulativa, mesmo se localizados junto ao perímetro urbano de uma cidade.

(...)

Sem a segmentação do mercado de solos e sem o controlo das mais-valias pela Administração não há forma de impedir a pressão urbana sobre os terrenos rústicos e mesmo sobre os solos integrantes das zonas de parques e reservas. Se existissem dúvidas sobre esta matéria aí está a nossa realidade a dissipá-las. A construção fora dos perímetros urbanos não pode ser uma prerrogativa do uso urbano. Só os que vivem da agricultura e da floresta devem poder construir as suas habitações fora dos perímetros urbanos. O uso urbano deve ser confinado aos perímetros urbanos e aí o Sistema de Planeamento deve garantir uma resposta qualificada para todas as necessidades e não apenas para as de maior poder aquisitivo. A protecção dos usos agrícolas e florestais da pressão urbana é uma condição sine qua non para garantir um adequado ordenamento do território.

Em Portugal, esta questão é completamente omissa no sistema de planeamento urbanístico. A nossa singularidade é feita destas omissões e traduz-se na adopção de um modelo perequativo em que se assume que as mais-valias são integralmente apropriadas pelos particulares e se opta por tributar as mais-valias urbanísticas em sede de IRC (imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas) e de IRS (imposto sobre o rendimento das pessoas singulares), associando-as a ganhos de capital. Estamos perante uma confusão entre lucros de uma actividade normal de promoção imobiliária e ganhos resultantes exclusivamente de decisões da Administração, a qual é reveladora de que, por via dos Planos Municipais de Ordenamento do Território e de declarações de interesse público, a Administração Pública gera mais-valias simples que o mercado reconhece, mas permite que sejam os privados a capturá-las na sua totalidade, revelando-se incapaz de as recuperar em favor da comunidade.

(...)

É no contexto da actuação dos agentes permissivos das mudanças de uso que são compreensíveis dois tipos de actuação diferentes mas, afinal, complementares:

1) Em primeiro lugar, a actuação dos autarcas abrangidos pelos chamados «investimentos estruturantes». Tomam a peito a sua função de agentes permissivos e clamam alto e bom som que o desenvolvimento, seja lá isso o que for, pode estar em causa se os processos não avançarem.

(...)

Este comportamento dos autarcas verifica-se apesar de o processo de urbanização ser claramente deficitário, sobretudo se pensarmos a médio e a longo prazo. Isto significa que estes processos de urbanização, tal como são geridos em Portugal, são em grande parte financiado com os impostos de todos os contribuintes. Contudo, o processo de urbanização permite, pontualmente, um conjunto de receitas que funcionam muitas vezes como balões de oxigénio para as debilitadas tesourarias municipais. Refiro-me sobretudo ao momento do pagamento das Taxas Municipais de Urbanização que, em função da dimensão das urbanizações, podem corresponder a receitas com indiscutível peso face às restantes receitas correntes mas que, face à captura pelos privados das mais-valias simples são uma pequeníssima parte dos valores em jogo. Claro que, face aos pesados encargos que a urbanização acarreta a longo prazo para os municípios, ela se transforma num ónus para as gerações futuras e para todos os cidadãos.

2) Em segundo lugar, a actuação dos ministérios, em particular do Ambiente e da Economia, que emitem declarações de interesse público para determinado tipo de operações, permitindo a ultrapassagem das regras do urbanismo.

(...)



e Mais-valias: quem as gera e quem as captura? Agentes e comportamentos, ambos de José Carlos Guinote:

(...)

Para se perceber os valores que estão em jogo nesta questão das mais-valias simples associadas às mudanças de uso do solo rústico para urbano refira-se um pequeno exemplo. Uma propriedade rústica com 500 hectares pode ser adquirida em Portugal por um valor da ordem dos 7,5 milhões de euros. Caso seja autorizada a mudança de uso, bastará a urbanização ? é disso que se trata na generalidade dos casos ? de dois por cento da sua área, com um índice de construção de 0,5 para que sejam autorizados 50.000 metros quadrados de área de construção. Esta autorização corresponde, por exemplo, á possibilidade de construção de 140 moradias com 500 metros quadrados de área por lote e com 357 m2 de área de construção máxima permitida. Numa situação como esta o proprietário pode transmitir imediatamente a propriedade ? sem realizar qualquer obra ? apenas em consequência dos direitos de construção concedidos pela administração, por um valor de 21 milhões de euros (admitindo um valor de venda de 150.000 ? por lote, um valor baixo para as condições actuais do Mercado sobretudo para lotes com as características referidas e em localizações próximas do litoral). Estamos perante uma mais valia de 13,5 milhões de euros resultado apenas de uma decisão da Administração e capturadas, na sua totalidade, pelos particulares. Claro que se a área a urbanizar fosse de 10% da propriedade existente ? um valor muitas vezes ultrapassado - as mais valias subiriam para valores da ordem dos 97,5 milhões de euros. Nalguns casos no Litoral Alentejano a área urbanizada ocupa cerca de 20% da propriedade rústica. É o caso do empreendimento da Herdade do Pinheirinho, no concelho de Grândola, com uma área total de 800 hectares e com a área urbanizada a ascender aos 150 hectares.

(...)




* Linha do Tâmega:

Perante os populares que acorreram à Câmara Municipal para a ouvir pessoalmente, Ana Paula Vitorino anunciou 14, 2 milhões de euros para recuperar o troço da linha do Tâmega de 12 quilómetros que foi encerrado no dia 25 de Março devido à falta de condições de segurança. As obras de beneficiação da via entre a estação de Livração (linha do Douro) e Amarante implicam que esteja encerrada durante dois anos.

(JN)

"Temos que pôr uma linha capaz, segura e que quando reabrir deve ser uma linha com melhor serviço e melhor coordenação com os comboios que vão para o Porto e ainda com comboios mais confortáveis", assegurou Ana Paula Vitorino.

(Público)

linha do Corgo:

A Linha Ferroviária do Corgo deverá reabrir em Setembro de 2010, após obras de beneficiação de 27,3 milhões de euros, anunciou hoje a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, em Vila Real.

(...)

A REFER irá investir nesta linha cerca de 27,3 milhões de euros, sendo que 26,9 dizem respeito à substituição integral dos materiais da super-estrutura de via como carris, travessas, balastro, fixações, e em intervenções de nível geotécnico como vertentes, muros, taludes e drenagens.

Cerca de 420 mil euros serão investidos na supressão e reclassificação de seis passagens de nível.

(...)

(SIC)


linha do Douro:

Ana Paula Vitorino (...) referindo ainda que será aberto, dentro de 15 dias, um concurso público para a electrificação da linha do Douro entre Caíde e Marco de Canaveses.

(JN)


e linha do Tua:

(...)

Em relação à linha do Tua, Ana Paula Vitorino reafirmou que aguarda a decisão sobre a construção de uma barragem junto à foz do rio Tua. Mas se esta não avançar, a via poderá vir a ser sujeita a uma intervenção semelhante às linhas do Corgo e Tâmega. "Nunca serão questões orçamentais a pôr em causa investimentos necessários para a sua segurança", frisou a secretária de Estado.

(JN)


* Uma mulher: Ana Malhoa




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BLOGADO ?S 11:33:31

01-04-2009

FOTOS, LÍNGUA, FERROVIÁRIO, PORTUGAL ESPERTO, MULHERES, ENTRE-DOURO-E-MINHO, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 31/3/09

* Ponte de Lima tem, aparentemente, uma pessoa razoável a presidi-la:

(...)

Observando que "qualquer dos traçados que vier a ser escolhido trará consigo consequências negativas", Campelo mostra-se esperançado na melhoria do projecto definitivo, assim como na superação dos aspectos negativos pelos positivos. A saber: "o aumento da competitividade territorial, através da criação de possível ponto de embarque de pessoas e mercadorias, assim como a redução dos níveis de poluição, pela opção por um meio de transporte mais saudável". Quanto ao primeiro ponto, o autarca limiano assinalou que em equação pela RAVE está a utilização da futura via também por comboios que não de alta velocidade, composições que poderão vir a ter uma paragem no concelho limiano.

Tem todo o sentido - já que o troço Porto-Vigo não será em Alta Velocidade e a linha é mista, poderão haver serviços semelhantes ao InterCidades atual a fazer paragens em Famalicão, Braga, Ponte de Lima e Valença / Tui. Se não for este o caso, uma paragem em Valença num comboio rápido entre Braga e Vigo é uma ideia estúpida.

No JN.


* O crime compensa:

Domingos Névoa, administrador da Bragaparques, condenado por tentar corromper o vereador Sá Fernandes, foi nomeado presidente da empresa intermunicipal ?Braval?. A Braval é a empresa de tratamento de resíduos sólidos do Baixo Cávado, que engloba os municípios de Braga, Póvoa de Lanhoso, Amares, Vila Verde, Terras do Bouro e Vieira do Minho.




* Google é reintegracionista:

(...)

Mas Google, aplicando o sentido comum, para conseguir um tradutor automático entre o galego e inglês, francês, alemão, etc, que fijo? Apanhar corpus de português, converter no que puido a ortografia internacional a ortografia espanhola (galego) e construir automaticamente um tradutor estatístico de galego a outras línguas. Google demonstra que galego e português são variantes da mesma língua e marca qual a sorte e a estratégia que tem de ser para a língua. E se não acreditam nisto ponham a traduzir a palavra "galego" em http://translate.google.com/?hl=pt-BR de galego a inglês, e vejam para Google o que é o galego: portuguese.




* Uma mulher: Lisa Hannigan





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BLOGADO ?S 01:08:59

31-03-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 16

Problema de audição quase causava um funeral

No JN.



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BLOGADO ?S 19:51:37

31-03-2009

REGIONALIZAÇÃO, ACORDO ORTOGRÁFICO, FERROVIÁRIO, NORTE, GRANDE PORTO

Atualizações 30/3/09

* As minhas fontes falharam: afinal fecharam a linha do Corgo e a do Tâmega, ambas por razões de segurança, e Ana Paula Vitorino anunciou que as linhas serão modernizadas, gastando-se 1 milhão de euros por quilómetro, o que me parece simpático.

Dizem por aí que a reconversão da Linha do Tâmega incluirá a passagem de via estreita a via larga, passando assim a fazer parte da rede de suburbanos do Porto, com comboios diretos. Consequentemente, passará muito facilmente das 150 pessoas por dia para largos milhares. Claro que certas pessoas de Lisboa não entendem isto. Não sei quem é Maria João Avillez, mas detesto-a. Pessoazinha ignorantezeca, irra.


* Afonso Miguel, de quem me habituei a discordar, faz o resumo da desativação de linhas de caminho-de-ferro nos últimos 30 anos.


*

Inovação «made in» Bragança: Finalmente um partido político defende a Regionalização por Fusão de Autarquias

No Norteamos, via TAF.


* É óbvio que, perguntando a pessoas sem formação na matéria, elas dirão que preferem o metro subterrâneo no seu bairro. O Metro do Porto é um metro de superfície, gente. Acordem.


*

Aplicação das novas regras deverá começar na documentação oficial do Estado
Acordo Ortográfico poderá ser implementado em Portugal e Cabo Verde a 5 de Maio

No Blogtailors.


* O meu apelo (sem desespero, espero).



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BLOGADO ?S 02:59:50

30-03-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 15

Câmara disposta a dar ou emprestar viaduto

No JN.



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BLOGADO ?S 18:44:55

25-03-2009

FOTOS, LÍNGUA, GALIZA, VIAGENS, IMAGENS, TERRA, FERROVIÁRIO, NORTE, POLÍTICA À PORTUGUESA, PORTUGAL ESPERTO, PÓVOA-VILA, GRANDE PORTO

Atualizações 24/3/09

*

Movimento cívico defende região autónoma

O Movimento Alternativo do Nordeste (MAN) promete defender "com unhas e dentes" a criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro com autonomia igual à da Região Autónoma da Madeira e até defende a criação de uma zona franca na Região.

Este é um movimento completo - para além de pugnar por questões regionais, não deixa de se relacionar com as grandes questões nacionais (senão mesmo da humanidade):

Outra das causas que este movimento abraçou foi a da taxa dos contadores da água. O MAN organizou uma petição, com 1190 assinaturas, que já enviou ao Provedor de Justiça, onde denuncia que a taxa de disponibilidade de caudal cobrada aos munícipes é "uma forma camuflada de cobrança ilegal com o recurso à esperteza saloia para obter receitas ilícitas, pela utilização dos contadores da água", refere a petição que está em fase de análise pelo Provedor.




*

Um homem que circulava esta quart-afeira de manhã numa bicicleta, na Estrada Nacional 378, na Venda Nova, concelho de Sesimbra, teve morte imediata após ter sido atropelado por um automóvel e ter caído em plena via.

Não queria soar a maluquinho das bicicletas, mas um agente da autoridade não pode expressar a sua opinião sobre os casos em mão. É a lei.

Filipe, de cerca de 60 anos, terá tentado desviar-se dos buracos existentes na berma da estrada e acabou por se desequilibrar e cair. O veículo que seguia na sua traseira, no sentido Sesimbra/Fogueteiro, não conseguiu travar e atropelou-o.

Segundo as autoridades policiais, esta é a explicação mais plausível para o acidente. "A pessoa iria a circular na via e ao desviar-se de uns buracos, desequilibrou-se e caiu na estrada. A viatura que seguia atrás não teve tempo de reacção", adiantou, ao JN, fonte da GNR, que identificou a condutora do automóvel, prosseguindo agora as investigações para que o caso transite para tribunal.

Se assim dita a lei, porquê isto? É assim que se fazem inquéritos em Portugal? Pergunta-se à pessoa que sobreviveu a um acidente a sua versão do que aconteceu e fecha-se o inquérito? Ou apenas se decreta, a priori, a culpabilidade do ciclista (ou a natural previsibilidade do acidente)?


* A Associação Galega da Língua Portuguesa chegou ao Mário Soares - será que ele reparou?




* Eis uma ótima notícia: em Lisboa, Metro cresce mais dois quilómetros em Agosto. A Linha Vermelha, que acabava na Alameda (Linha Verde), vai continuar até São Sebastião (Linha Azul), passando pelo Saldanha (Linha Amarela). Digam o que disserem, a rede lisboeta é fraquinha. Tem poucas interligações entre as várias linhas e deixa uma parte importante do território por cobrir. É bom ver que andam a corrigir isso.




* Em Ponte de Lima discute-se a chegada da Velocidade Elevada - terão direito a estação? Era bem.


* Sugestão do Nuno:

Especialistas de energia denunciam "embuste" na visita de Sócrates e Pinho à Energie

A visita de José Sócrates e de Manuel Pinho às instalações da Energie para assinalar a segunda fase de expansão da fábrica que produz o que designa por "painéis solares termodinâmicos" está a desencadear uma série de protestos por parte dos principais responsáveis pela investigação e indústria solar no país.

"É uma empresa que assenta a sua propaganda num embuste", denuncia Eduardo Oliveira Fernandes, ex-secretário de Estado da Energia e académico que desenhou a política energética do actual Governo, no que é acompanhado por Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal e presidente da Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES), e por Manuel Collares Pereira, considerado um dos principais especialistas em energia solar no país, ex-investigador do INETI e responsável pela empresa fabricante de painéis solares térmicos Ao Sol. Os três especialistas clamam que o produto da Energie, fabricado na Póvoa de Varzim, é "publicidade enganosa" - mostram tratar-se de uma bomba de calor accionada a electricidade com apoio secundário em energia solar e não de um painel solar térmico - e atribuem o incentivo político do primeiro-ministro e do ministro da Economia, com a visita efectuada, a uma possível ausência de apoio técnico adequado pelos respectivos gabinetes.




* Os tram-train avançam em Coimbra (via Transportes em Revista):

Sistema de Mobilidade do Mondego

Foi hoje enviado para publicação no Diário da República e no Jornal Oficial da União Europeia o anúncio do concurso público relativo à Empreitada de Reabilitação das Infra-estruturas do Troço Miranda do Corvo/Serpins, do Ramal da Lousã, primeira empreitada da 1.ª Fase do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).




* Em Matosinhos, continua a limpeza da costa:

Forçados a demolir habitações onde vivem há décadas




* Comboios: Governo encerra Linha do Corgo por razões de segurança (sugestão do Nuno)


* O melhor programa de sempre versando Prevenção Rodoviária:



A mensagem é de que, se virem o Toy, não entrem no carro com ele ou, então, fujam da frente.


* Hoje, quarta-feira, 25 de Março de 2009, exploro as debilidades do sistema ferroviário português (acompanhar minuto a minuto):




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BLOGADO ?S 00:26:24

24-03-2009

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 14

Defeito nos testículos pode tirar título a cavalo

No JN.



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BLOGADO ?S 16:15:55

22-03-2009

LÍNGUA, IMAGENS, MÁ IMPRENSA

Atualizações 21/3/09

* Parece-me natural que o Público trabalhe com jornais espanhóis, partilhando notícias quando se trata de assuntos ibéricos. Por vezes compreendo a necessidade de utilizarem os grandes diários de Madrid como fonte para certas notícias da atualidade espanhola; já não percebo quando se cita o El País para notícias internacionais que nada têm a ver com o Estado espanhol.

Agora isto. Bem, leiam:

No programa de Jay Leno, o presidente norte-americano falou também de temas sérios, como a situação económica dos EUA e o escândalo dos prémios na seguradora AIG, mas alternou-os com as primeiras impressões sobre o avião presidencial Air Force One: "Pessoalmente, acho que é guay (hispânico para cool)", atirou.

(negrito meu)

Não basta terem usado uma notícia em castelhano como base para algo acontecido nos EUA. Fizeram mais - não conseguiram perceber que, para além de ser invulgar em Barack Obama a utilização de calão 'hispânico', ele de facto não disse que o avião era 'guay' mas sim que era 'cool'; a tradução de 'guay' (palavra castelhana) para português não é 'cool' (palavra inglesa) mas sim 'fixe' (palavra portuguesa); não tenho a certeza que na América Latina se utilize a palavra 'guay', usada amiúde no Estado espanhol; e o 'hispânico' não é uma língua mas sim o 'castelhano' (ou 'espanhol').

Sei bem que a secção Pessoas do Público não será exatamente de jornalismo, mas este não é um caso de mau jornalismo, mas antes de atraso mental. Entristece-me um jornal assim.


*

O secretário de política linguística da Generalitat da Catalunha, Bernat Joan, explicou o caso da oficialidade do ocitano que, apesar de ser uma língua falada só ao norte do Principado catalám, é oficial em todo o território.

E porque não a oficialidade em todo o território do Estado espanhol das línguas co-oficiais, juntando-lhe o asturiano, o aragonês e ocitano?





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BLOGADO ?S 01:23:40

21-03-2009

GAMANÇOS, AMIGOS, FERROVIÁRIO, PORTUGAL ESPERTO

Atualizações 20/3/09

* Ainda não sei se acredito (pode ser brincadeira):


Passagem de solo rural a urbano passa a ser excepcional

A reclassificação do solo rural como solo urbano passa a apenas ser admitida ?a título excepcional?, com o objectivo de combater a actual prática de aumento indiscriminado dos perímetros urbanos, acordo com um decreto regulamentar aprovado hoje em Conselho de Ministros. Pretende-se também incentivar a reabilitação dos centros das cidades.

No mesmo documento, estipula-se a ?reclassificação do solo urbano como solo rural? quando os municípios não procederem à programação das áreas não urbanizadas integradas no perímetro urbano e também quando o tiverem feito mas não o concretizem no prazo previsto.

?Estamos a limitar a expansão urbana?, com ?orientações claras nesse sentido?, disse ao PÚBLICO o secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão. O Governo pretende também ?evitar que a expansão urbana se faça à custa quer de solo agrícola quer de solo de valor ambiental, tendo em conta não as necessidades de desenvolvimento urbano mas as expectativas de valorização? dos solos, acrescentou.

O Decreto Regulamentar ?fixa os critérios uniformes de classificação e reclassificação do solo, de definição de utilização dominante, bem como das categorias relativas ao solo rural e urbano, aplicáveis a todo o território nacional?, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros de hoje. O Governo diz que entende a classificação dos solos como uma ?opção de planeamento territorial determinativa do destino básico dos terrenos?, ?assente na diferenciação entre as classes de solo rural e de solo urbano?.

Fazer cidade de forma mais planeada

João Ferrão, geógrafo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa antes de ir para o Governo, especificou também os objectivos das novas regras para a reclassificação de solo urbano como rural. Quer-se ?evitar bolsas de solos expectantes? e, ao mesmo tempo, ?estimular a execução programada das opções de planeamento municipal?.

Por outro lado, há ainda o objectivo de ?melhorar a relação entre a programação das infra-estruturas e a programação do uso do solo?. Isto porque ?muitas vezes altera-se primeiro o uso do solo e fazem-se depois as infra-estruturas?, outras vezes é ao contrário, explica ainda. ?Isto leva a que a expansão [urbana] seja frequentemente, não o resultado de opções municipais?, mas sim das dinâmicas exclusivas do mercado.

Por outro lado, o secretário de Estado realçou ?a forma como as áreas rurais são tratadas? nesta legislação. ?Não são uma espécie de áreas residuais?. Áreas rurais e urbanas passam a ser tratadas ?ambas com a mesma dignidade?.

(...)



Sugestão do Nuno.


* MFJEP - Movimento a Favor do Jornalismo Escrito Pago:

O jornalismo, como o tivemos, não durará. Existe uma certa demissão na transferência para o virtual. O cidadão informado - que, acima de tudo, se quer, a ele próprio, informado ? reduz-se, em grande medida, à fragmentação; ao pluralismo em linha. Encontra-se, parcialmente, desligado. Este modelo, como complemento de uma tentativa de agarrar o actual, embora menos reflectido, é já necessidade. Longe de substituir o conhecimento integrado que o artigo de opinião, a reportagem densa e a investigação demorada conferem.

(...)

Texto de Afonso Pimenta.


* Em Fafe, espertos, pedem o comboio de volta.



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BLOGADO ?S 07:49:32

20-03-2009

LÍNGUA, GALIZA, REGIONALIZAÇÃO, ACORDO ORTOGRÁFICO, IMPRENSA, POLÍTICA À PORTUGUESA, GRANDE PORTO

Atualizações 19/3/09

* O Rui Tavares ilustrou em crónica do Público o que publicou no blogue ontem, e teve o condão de, falando da desigualdade, abarcar temas como a regionalização, o Norte e a situação no Estado Espanhol. Cada vez mais, Rui Tavares é o meu herói pessoal.

O erro está em pensar que igualdade é homogeneidade, quando são coisas muito diferentes. Não por acaso, a obsessão com a homogeneidade é de direita (se pensarmos bem, é herdeira da obsessão religiosa com a pureza) e a obsessão com a igualdade é de esquerda. A direita preocupa-se menos com a desigualdade desde que o país seja homogéneo. O conservadorismo nacional é anti-regionalização, anti-imigração e anti-direitos dos gays (bom dia, Dra. Manuela Ferreira Leite) mas não perde o sono com a desigualdade. O projecto oposto não tem problemas em viver num país heterogéneo; o que nos interessa é dar a mesma dignidade a cada uma das partes que o constituem.

Em suma, eu diria que foi o quando a Espanha viu que é um país plural que começou a tornar-se um país mais igual. Mas que sei eu? Perguntem a Felipe González. O que ele respondeu numa entrevista recente foi que o segredo do crescimento da Espanha está em assumir a sua pluralidade interna: ?Se há trinta anos atrás me dissessem que a Galiza viria a ser uma economia dinâmica na globalização, eu daria uma gargalhada?. Com o nosso desigual Norte a cair no atraso, é uma gargalhada amarga para nós.




*

Aos 30 anos, o "Correio da Manhã" começa nos próximos dias a adaptação do jornal ao novo Acordo Ortográfico, anunciou o director do título, Octávio Ribeiro, na edição de hoje.

Parece óbvia ainda a ignorância em relação ao Acordo:

"A nova ortografia só se estenderá a todos os textos do jornal, respectiva primeira página e manchete, "caro Leitor", quando já ninguém estranhar a palavra 'facto' escrita sem cê", refere Octávio Ribeiro.

Segundo o AO, 'fa(c)to' é uma palavra de dupla grafia, o que significa que se grafa como se quiser. E se na fonia preponderante em Portugal se lê o 'c', se bem que subtilmente, deve grafar-se 'facto', como eu faço há já algum tempo. O que é um facto.

No Público, via Blogtailors.


* 32 mil euros por bilhetes de La Féria:

A Câmara do Porto adquiriu bilhetes no valor de 32,5 mil euros para o musical "Alice no País das Maravilhas" de La Féria. O montante foi deduzido nos 5% da receita de bilheteira que a Autarquia tem direito. O PS critica discriminação.

No passado, a aquisição de ingressos nos espectáculos de companhias teatrais da cidade era uma forma da Autarquia apoiar esse trabalho. "A compra de bilhetes era uma maneira da Câmara do Porto ajudar as companhias no momento de concretização dos espectáculos. E distribuía esses bilhetes pelas escolas. Com Rui Rio, deixou de fazê-lo", especifica Carla Miranda, convencida de que o problema fundamental não reside nessa aquisição, mas na inexistência de critérios na gestão do Pelouro da Cultura.

"Rui Rio disse que as companhias eram subsídiodependentes", quando a única ajuda municipal era a compra de ingressos, argumenta: "Esses termos não servem para o senhor La Féria. Não é igual para todos. O facto de não existirem regras conduz a estes actos discricionários".



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BLOGADO ?S 01:15:35

19-03-2009

PORTURARIDADE, LÍNGUA, GALIZA, FERROVIÁRIO, NORTE, GRANDE PORTO

Atualizações 18/3/09

* Vítor Silva entrevista António Alves. O norte, a ferrovia e a bitola europeia. Não concordo com tudo o que disse, mas é bom ouvir alguém esclarecido a falar sobre estes temas.


* Obras na Linha do Minho:

Consignação da empreitada de reabilitação da superstrutura de via entre Carvalha e Valença e alteamento da gare das estações de Caminha e S. Pedro da Torre

Esta obra de reduzida dimensão esconde um pequeno segredo: "Substituição de travessas de madeira existentes por travessas de betão bi-bloco". O que significa que, mesmo para obras mais pequenas, a CP já substitui as travessas por travessas bi-bloco. O que significa que, mesmo em obras pequenas, começa a entrar em Portugal a bitola europeia. Ótimas notícias, portanto.


* O metro avança na direção de Gondomar - primeiros desvios de trânsito:

A nova Linha de Gondomar está já em fase de construção, no terreno. Depois de instalados os estaleiros de obra e devidamente garantidas todas as condições de segurança no trabalho, arrancam agora as primeiras frentes de obra em Rio Tinto.




* Gosto muito da Espanha porque, enfim, é um país muito bonito e que protege a diversidade cultural - a diversidade cultural castelhana, isto é:

«Os novos dados do Mapa Sociolinguístico da Galiza (MSG) confirmam que o galego está numa situaçom de emergência», assim de contundente foi o presidente da MNL quando ontem deu a conhecer os dados do estudo de 2004 elaborados pola RAG e só agora divulgados.

Conforme esses dados, o número de pessoas entre 15 e 54 anos que nunca falam em galego passou, entre 1992 (ano do anterior MSG) e 2004 (novo MSG), de 13 para 25% e mesmo até 10,7% das crianças reconhecem que nom receberam nem uma única aula em galego, embora que a opçom «só em castelhano» nem apareçesse contemplada no decreto de 1995.

Por outro lado, as pessoas que dizem falar habitualmente galego passaram de 30,5 para 16%; em total as que dizem falar «só galego» e «mais galego» apenas atingem 38,9%, ou seja, até 22,1 pontos menos do que em 1994 quando a percentagem atingia 61%.

A primeira recolha de dados do MSG foi realizada em 1992, e a segunda há cinco anos, em 2004, embora só seja agora em 2009 que é publicada pola RAG. O MSG é editado em três volumes: Lingua inicial e competencia lingüística (editados os dados de 1992 como 2004), Usos lingüísticos (apresentados só agora com os dados de 2004) e Actitudes lingüísticas (só dados de 1992).

Conforme apontou Carlos Callón, o MSG também reflecte uma queda 40 pontos nos dados da língua inicial, pois o galego passou de nesse âmbito de 60,3 para 20,6% em doze anos.

Ainda, o rural continua a ser o espaço com maior uso do galego, embora uma queda de quase 15 pontos (de 55,3 para 40,5%), face ao mundo urbano, onde o domínio do castelhano («só e mais») é já esmagador nalguns casos: Ferrol (85%), Vigo e Corunha (81,9%), Ponte Vedra 75,9%, Ourense 67,8%, Lugo 59% e Santiago 57,4%.

(negrito meu)


* O Rui Tavares fala da desigualdade social como coisa má, e escuda-se em gráficos e outras intrujices. Lá porque Portugal fica mal em todos os gráficos (tirando o gráfico em que não aparece), não significa que a teoria esteja correta. Apenas significa que somos um país tremendamente desigual em termos sociais e por isso temos défices de desenvolvimento. Ah? Será que isto é mesmo verdade?



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BLOGADO ?S 00:47:40

16-03-2009

PORTURARIDADE, LÍNGUA, GRANDE PORTO

Atualizações 16/3/09

* Sérgio Caetano, na Baixa do Porto:

Três activistas do MUT - Movimento de Transportes da Área Metropolitana do Porto, foram condenados no Tribunal do Bolhão (Porto) pelo simples facto de não terem avisado atempadamente as autoridades para a realização de uma marcha dos Aliados ao Governo Civil em 2007. A marcha decorreu pacificamente pelo passeio, sem incidentes, e sem "perturbação da ordem pública" mas no final 3 pessoas foram identificadas pela polícia para mais tarde serem acusadas de desobediência...

Perante uma sala cheia de cidadãos solidários com os três arguidos, o Juiz não teve qualquer contemplação e condenou os arguidos ao pagamento de quantias entre os 540 e os 450 euros pelo crime de desobediência qualificada, por não terem cumprido todas as formalidades associadas à promoção de uma manifestação. O próprio Ministério Público tinha pedido, nas suas alegações finais, a substituição da pena de multa por uma simples admoestação!

O Juiz fez ainda questão de refutar qualquer comparação com as manifestações de adeptos de futebol na Baixa do Porto, por considerar que esse tipo de manifestações são espontâneas e impossíveis de prever. Mesmo sendo por vezes bem violentas. 3 cidadãos que "cometeram o crime" de lutar pela melhoria da qualidade de vida da sua cidade, foram condenados pelo simples facto de terem entregue fora do prazo a informação da realização da acção no Governo Civil!

Na mesma cidade onde, por exemplo, grupos de estudantes universitários organizam durante vários meses concentrações em espaços públicos e marchas ruidosas pelas ruas (a qualquer hora do dia e da noite sem qualquer comunicação ao Governo Civil), onde humilham à vista de todos outros estudantes (caloiros), vandalizam o espaço público e deixam atrás de si um rasto de lixo, perante a cumplicidade das autoridades...




* Caralho na rádio - Governo Sombra é lei.



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BLOGADO ?S 01:47:25

16-03-2009

TÍTULO DO ANO

título do ano 13

Homem morto pelo pinheiro que cortava

Foi "abatido" pelo pinheiro que abatia. Paz à sua alma. No JN.



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BLOGADO ?S 01:41:29

14-03-2009

CADERNOS, IR'05, VIAGENS

13/12, 10h45, U3 (München)

No outro dia, no metro, em Wien, um gajo começou a tocar no canto da boca, enquanto olhava para mim. Que raio de pervertido, pensei. E com a namorada ao lado! Ela há coisas!... Logo a seguir lembrei-me que tinha acabado de comer uma sandes. Ah, o pão no canto da boca. Obrigado, amigo pervertido!



IR'05 é a transcrição do diário escrito durante uma viagem de comboio através da Europa entre Novembro e Dezembro de 2005. todas as entradas aqui

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BLOGADO ?S 21:50:43

14-03-2009

CADERNOS, IR'05, VIAGENS

12/12, 19h45, pousada (München)

A comida, para não variar, não prestava. Mas havia salada à discrição, devia ter-me concentrado mais nisso. Comi dois gelados de sobremesa, eles não estavam a olhar.

Cheguei muito cedo, hoje. Não dá para estar sempre a ler e a escrever, logo vem o sono. Não tenho com quem conversar, estão apenas dois aqui no quarto, e falam em alemão.

Está bastante frio aqui no quarto. E eu estou bem perto do aquecedor. Agora masturbo-me todos os dias, no chuveiro. Detesto quando as coisas boas se tornam hábitos.

Na última noite em Wien um casalinho dormiu no meu quarto. Foi a primeira vez nesta viagem que fiquei em dormitórios mistos.



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BLOGADO ?S 21:49:37

12-03-2009

NOTAS

Foda-se. Acabei.



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BLOGADO ?S 16:52:20

12-03-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

12/12, 18h15, pousada (München)

Cheguei há pouco à pousada. É, como em Wien, uma Jugendgästehaus (casa de hóspede / hospedaria para jovens), mas caríssima. 19?5, sem internet e sem cozinha. Já devia saber, mas acabei por vir aqui parar aqui por acidente, pois estava a ler no guia informações duma pousada e a olhar para o mapa de outra pousada. Mas está-se bem. Se a pousada de Bratislava era a com mais estilo, esta é a com mais arquitectura. Um pouco como se o Scharoun fizesse pousadas. Corredores angulosos, espaços amplos a distribuir as escadas, o tecto inclinado. E, apesar de estar bem perto do centro por metro, a zona é calminha e de pequena escala.

Li num guia que esta é a terceira cidade em dimensão, a segunda em termos económicos e a primeira em tecnologia. A rede de metro é de capital europeia, e apesar de uma viagem custar 2?2 e as carruagens pararem de quando em vez, parece funcionar.

Estou a ficar com fome. O jantar é às 18h30.

Depois da França a viagem começou a tornar-se mais difícil. A bebedeira não ajudou, claro; mas são tantos dias acumulados que começa a ser saturante. Mas sempre é melhor que ficar em casa. Ou que um pontapé no cu.

Só para acabar a saga Bratislava / Wien. Em Bratislava, como em qualquer outra pousada, não me deixaram ficar a dormir de manhã. A empregada foi lá duas vezes, e o gajo da recepção uma. Só quando o Giovanni foi tomar banho é que me levantei. Demorei talvez três vezes mais tempo a chegar à estação do que no dia anterior. Entre no primeiro quim que dizia Wien, e entre Bratislava e Wien terei ido umas dez vezes à casa de banho. Bebi imensa água (não-potável) e comi duas tangerinas, que acabaram no lavatório. Em Wien comprei uma garrafa de água, que acabou no chão da estação. Algures noutra ligação (talvez no metro) vomitei, mas desta mais controlado, entre duas carruagens. Ainda era cedo quando cheguei à pousada. Fui logo dormir.

Ontem cheguei duas pessoas em Salzburg. A?o Whu, chinês que orientei para a pousada, e um irlandês. Não cheguei a saber o nome dele. É bem capaz de mo ter dito, mas falava tão rápido (inglês e espanhol) que não percebi muito do que me disse. Entendi que tinha passado cinco anos na Andaluzia, e como há Irish Pubs por todo o lado, ele andava de um lado para o outro. Já estava há três semanas em Salzburg, e já tinha comido uma gaja ali naquela cama, com um japonês no beliche de cima. ?You only live once, right??

Tenho uma ferida nojenta entre o lábio e o queixo. Um pouco como pão de rato.

Basta. Vou comer.





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BLOGADO ?S 00:59:26

12-03-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

12/12, 14h15, IC (para München)

Entrei na Alemanha e nem reparei. Vou tentar escrever-lhe.

Hoje consegui finalmente comer uma boa sandes. Comprei uma baguete e juntei-lhe um queijo com furinhos que tinha comprado em Wien. Nunca tinha feito uma sandes dentro de uma igreja.

Ela respondeu ao meu toque. Já não acontecia há alguns dias. Estou plenamente contente. Feliz por ela existir, e por gostar dela. Gostava de escrever ?feliz pelo nosso amor?, mas ainda é cedo.





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BLOGADO ?S 00:17:06

11-03-2009

PORTURARIDADE, FERROVIÁRIO

Atualizações 10/3/09

* Acho que já tinha falado disto por aqui, mas insisto. Gerir uma câmara não significa construir, hospedar uma Capital Europeia da Cultura não quer dizer obras públicas. Em Guimarães:

Câmara desiste de subterrâneo no Toural


* Outra boa notícia. Obras no caminho-de-ferro entre a Guarda e a Covilhã. Nas minhas inefáveis buscas pela página da CP, tentava perceber que tipo de ligações existiam entre a Covilhã, a Guarda e o resto (Vilar Formoso, Celorico da Beira, etc.). O que o motor de busca da CP me mostrava eram comboios com percursos de pelos menos 6h30 ligando a Covilhã ao Entroncamento a Coimbra e posteriormente à Guarda. Quando não bloqueava. Para realizar um percurso de 50/70 km, a CP propunha percorrer meio Portugal.

Para que percebam: apoio qualquer investimento de qualidade na ferrovia em Portugal. Seja no norte, entre a Guarda e a Covilhã ou no Alentejo. O que gostaria mais de ver era um investimento maciço na ferrovia convencional a nível nacional. É verdade que já houve esse grande investimento no norte: apenas não percebo porque agora se investe apenas a sul. É óbvio que o investimento com maior retorno é o feito nas zonas mais populosas. Será que os senhores da CP (que, obviamente, têm pouco dinheiro para gerir) acham que o investimento no norte está feito? A acompanhar.



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BLOGADO ?S 01:06:23

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