10-03-2009

GAMANÇOS, IMPRENSA, URBANISMO DE PONTA, PORTUGAL ESPERTO

Atualizações 9/3/09

* Manuel Jorge Marmelo:

Pouco católico

Uma menina brasileira de nove anos (exacto:nove anos) deu entrada num hospital com dores de barriga. Ao examiná-la, os médicos descobriram que estava grávida por ter sido violada pelo padrasto e que corria risco de vida. Interromperam a gravidez com o consentimento da mãe - motivos não faltavam, mas bastaria ter invocado o mais elementar bom senso. O arcebispo de Olinda e Recife, José Cardoso Sobrinho, resolveu, porém, excomungar toda a equipa médica que participou na intervenção e a mãe da criança. O violador, porém, ficará impune (aos olhos do tal deus, pelo menos). Talvez o senhor arcebispo ainda lhe possa garantir um lugarzinho no céu.


* Belisquem-me para ver se eu acredito. Em Portugal, uma câmara não quer uma estrada para proteger uma futura ecopista? A notícia deve estar mal:

O presidente da Câmara de Santa Comba Dão, João Lourenço, ameaça avançar com uma providência cautelar em tribunal, para impedir que a empresa Estradas de Portugal avance com o traçado do futuro Itinerário Complementar 12 numa zona onde a autarquia tem projectada a construção de uma ecopista.





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BLOGADO ?S 02:14:27

08-03-2009

TÍTULO DO ANO

título do ano 12

Simulacro de acidente com balanço positivo



Pela primeira vez em Portugal, um simulacro sem mortes ou feridos a lamentar. No JN.



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BLOGADO ?S 21:35:33

08-03-2009

PORTURARIDADE, IMAGENS, FERROVIÁRIO, POLÍTICA À PORTUGUESA, PÓVOA-VILA, GRANDE PORTO

Atualizações 7/3/09

* Página incrível, criada por um português que mora em Londres que vale a pena seguir: Visual Complexity.

Prometo ver todos os 658 projetos. Incluindo esta apetitosa categoria, redes de transportes. Iami.


* O metro pára mais (e demora o mesmo):

As estações de Portas Fronhas, da Varziela e de Mindelo passam a receber veículos «Expresso»

Entra em vigor no dia 16 de Março (segunda-feira) o novo serviço da Linha Vermelha do Metro do Porto, que liga a Póvoa de Varzim ao Porto.

Até chegar o tram-train, um serviço diferente. Nas estações expresso passa a haver metro de 15 em 15 minutos, nas outras de 30 em 30. É ver se funciona. Os expressos deixam de continuar para o Dragão, fazendo término na Trindade, o que é claramente um passo atrás. É ver. É preciso ver.


* Finalmente, o Marco volta ao caminho certo:
(no Arrastão)



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BLOGADO ?S 01:57:32

06-03-2009

POLÍTICA À PORTUGUESA, GRANDE PORTO

Atualizações 5/3/09

* Política em direto - o Bloco permite sugestões ao seu programa eleitoral.

(sugestão do Nuno)


* Ainda bem que o Rui Rio mudou a gestão do Rivoli, senão demoraríamos mais a perceber a grandiosidade do seu génio:

Mas mais fantástico é sabermos que os 3 milhões de euros dos dois fins-de-semana gastos com carros são superiores ao que a CMP gastava para que o Rivoli funcionasse todo o ano, apresentando mais de 300 espectáculos por ano (nos quais se incluíam os tais de 30 espectadores e, também, o Fantasporto, a Maria João Pires, Sérgio Godinho, etc, etc, que, obviamente, tinham casas lotadas).





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BLOGADO ?S 00:33:47

05-03-2009

FERROVIÁRIO, NORTE, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 4/3/09

* Foram consignadas obras na linha do Douro, entre o Marco e a Régua. Coisa pequena, 4,5 milhões de euros. Substituição de travessas de madeira, algumas reparações no balastro e nos carris, alteamento de plataformas em duas estações.

O que concluir desta obra? Sei lá. Por exemplo, que esta é uma obra de manutenção, louvável, num troço que não terá grandes alterações nos próximos anos. E visto que a obra não inclui o troço Caíde-Marco da mesma linha, será presumível que este troço terá finalmente a duplicação / eletrificação / modernização prometida? É esperar para ver. Eu espero aqui, sentado.

Enquanto que no Marco se gastam menos de 5 milhões de euros, em Évora gastam-se 50 milhões.


* E, bom, mais umas considerações avulsas. Neste caso, a Alta Velocidade e cidades servidas. Na minha monomania recente centrada nos caminhos-de-ferro, produzi um diagrama da rede portuguesa (a publicar proximamente) que, partindo de um diagrama semelhante da ferrovia na Grã-Bretanha, retrata a triste condição dos caminhos-de-ferro em Portugal. Um eixo apenas (Lisboa-Braga), ainda com deficiências, e uma série de ramais que fazem tudo menos constituir uma rede. Um conjunto enorme de linhas de via estreita (todas no norte), que duplicam a condição infeliz dos ramais, eliminando a continuidade das ligações.

O que mais me chocou foi concluir que a rede existente não está otimizada. Se se conclui que houve melhorias significativas nos últimos anos - os tempos dos alfas/intercidades entre Lisboa e Braga, a chegada do intercidades a Évora - há situações em que a situação piorou. E muito.

Deixou de existir intercidades entre a Régua e Lisboa, e entre (imagino) Leiria e Lisboa. Aliás, entre Leiria e Lisboa é necessário apanhar dois comboios. A linha do Tua fechou por várias vezes já e a perspetiva futura é negra - com ou sem barragem. O ramal da Figueira fechou para obras, bem-vindas. É ver o que acontece lá.

O Governo propalou que até estar a funcionar a rede de Alta Velocidade / Velocidade Elevada, não haveria investimentos na rede convencional. Ora, sabendo que em qualquer sítio do mundo a rede de AV se alimenta principalmente da rede convencional, e a nossa rede convencional é pouco mais que paupérrima, depreende-se que o interesse do Governo em fazer funcionar o futuro investimento é muito reduzido. Ou então é apenas incompetente a gerir a coisa.

Investimentos como a ligação entre Guimarães e a (nova?) estação de Braga devia ser considerada tão essencial como a própria linha nova. Ou de ligar desde já Viseu à rede convencional. É que se Viseu é a maior cidade da Europa sem caminho-de-ferro, qual o sentido de lhe dar (seja lá quando for - 2030?) a Alta Velocidade sem a cidade ter ligação à rede? E, já que este é um projeto para as calendas, pelo menos assim os viseenses teriam comboio antes de 2030.

E apesar de eu criticar a ligação Lisboa-Madrid pelo Alentejo (seria muito mais lógica apenas uma ligação à Meseta, Aveiro-Salamanca, o tal T deitado), consigo perceber uma ligação em Alta-Velocidade entre Lisboa e o Porto. E compreendo a estação em Leiria. O que não compreendo é como uma cidade como Leiria, que teve nos últimos anos tamanho desinvestimento na ferrovia vá ter AV sem ter sequer ligação à linha do norte, sendo ainda necessário apanhar 3 comboios para ir até Lisboa. E Évora? Sem desmerecer a cidade, a única ligação ferroviária de que Évora dispunha até há poucos anos (3? 4?) era uma automotora que a ligava a Casa Branca a 30 km/h. Neste momento tem ligação a Lisboa com intercidades, mas quase não tem regionais. E também vai ter AV. O concelho de Évora tem 55.000 habitantes e vai ter AV. E mais não digo. Até a Póvoa tem mais população que Évora.


* Wikimapa, para estas e outras loucuras vossas.



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BLOGADO ?S 00:37:43

04-03-2009

NOTAS, LÍNGUA, GALIZA, IMAGENS

Atualizações 3/3/09

* Português mais empregado que o galego ILG-RAG nas teses de doutoramento da USC:



* Muito curioso: na obscura categoria que escolhi para o coisas, 'generalista', sou o 19º blogue mais lido Portugal. Claro que, no cômputo geral, sou apenas 385º.



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BLOGADO ?S 00:59:38

04-03-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

12/12, 13h30, bahnhof (Salzburg)

Numa manhã despachei Salzburg, e só cheguei agora ao comboio porque me lembrei de subir uma montanha. Pensava que ia morrer lá. Comecei a subida no centro da cidade, sabendo de antemão que ia andar muitos quilómetros. A subida foi bem, entre árvores altas e alguma neve. No topo havia um convento (imagino que franciscano, pois era o monte dos franciscanos), e depois era sempre a descer. E que descida! Mas depois de mudar a maneira como olhava para a neve, acabei por me divertir. Quando reparei que, com pés e mãos no chão, o perigo acabava e começava a diversão. É estranhamente divertido passar da vertigem passar da vertigem do deslizamento montanha abaixo à vontade à vontade do deslizar controlado. Adorei.

Tive também a solene oportunidade de, pela primeira vez, mijar para a neve. ?Don?t eat the yellow snow?, dizia o Frank Zappa.

Antes de entrar no comboio, comprei uma cerveja, a Stiegl, de Salzburg. É muito boa. Em Bratislava tinha comprado 2 cervejas Corgon, de meio litro. Só quando bebi a segunda é que reparei que tinha 10% de álcool. A Stiegl (que imagino ser ?????) é bem mais normal.

IR'05 é a transcrição do diário escrito durante uma viagem de comboio através da Europa entre Novembro e Dezembro de 2005. todas as entradas aqui

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BLOGADO ?S 00:48:37

03-03-2009

CARTAZ, AMIGOS

Atualizações 2/3/09

* Força aí, valter:

o correio da manhã comemora os seus 30 anos nomeando algumas pessoas das mais variadas áreas da cultura, política e sociedade para um galardão de prestígio.
tenho a privilégio de estar nomeado na área da literatura.
na ligação acima econtram informação sobre o assunto e, fazendo registo no site (grátis), podem também votar nas vossas escolhas.
o prazo para participar acaba no dia 7 de março



* Força aí, Gonçalo:

Gonçalo M. Tavares nos 10 finalistas do ?Prix Cévennes Du Roman Européen 2009? ? Prémio para o melhor romance do ano publicado em França





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02-03-2009

TÍTULO DO ANO

título do ano 11

Antiga mineira chega aos 91 só a comer peixe

No JN.



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BLOGADO ?S 16:08:11

02-03-2009

GALIZA, FERROVIÁRIO, NORTE, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 1/3/09

* No rio Douro existe apenas uma ponte (São João) a fazer a ligação ferroviária entre o norte e o resto do país. Com a Alta Velocidade a situação mantém-se, já que a ponte utilizada é a mesma. Ninguém percebe o errado de tudo isto.

E entre Lisboa e o Porto existe em quase toda a sua extensão duas linhas paralelas de caminho-de-ferro. Agora será construída uma terceira linha, sem que a linha contínua existente (linha do norte) tenha sido otimizada e sem que a(s) outra(s) linha(s) (linha do oeste + ramal da Figueira da Foz + linha do vouga) tenham ganho continuidade e uso real. Fico sempre com a ideia que dava para fazer muito mais trabalhando com o que já existe gastando muito menos dinheiro. O que se vê é o infeliz contrário.


* Medo.



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BLOGADO ?S 11:53:33

01-03-2009

PORTURARIDADE, FERROVIÁRIO, NORTE, PÓVOA-VILA, GRANDE PORTO

Atualizações 28/2/09

* Falavam no Público sobre Projecto "Casa no Gerês" distinguido nos EUA e em Israel e a M, matreira como sempre, logo percebeu que o interesse não residia na notícia em si mas na caixa de comentários. Ora vejamos:

Comentário 27.02.2009 - 18h46 - Anónimo, arquitecto desempregado
O projecto é sem dúvida excepcional... Só falta referir que foi feito á base de trabalho não remuneado ( ou melhor 200 euros por mês.. que somente servem para pagar alimentação nos dias de hoje). É assim.. a arquitectura portuguesa actualmente é feita á base da completa exploração dos jovens arquitectos que têm que aceitar qualquer condição de trabalho, quer a nível de renumeração quer a nível de horas de produção, para não estarem no desemprego. Mas que condição é esta?? De país de 3º mundo em que os que têm algum trabalho limitam-se a explorar aqueles que agora começam a sua carreira profissional

27.02.2009 - 20h01 - Anónimo, Lisboa
De facto, é como o meu colega (de profissão e de desemprego) diz. Mas a exploração atinge os jovens e os ditos mais experientes. Hoje em dia os anos de experiência não contam. Contam sim as propostas de trabalho por 7 dias da semana, com horários entre as 9.30/10/11 e as "até conseguir acabar o trabalho", com pagamentos de 600 euros mensais ou menos e sempre com aquela grande instituição - presente em todos os ateliers de arquitectura portugueses - que é o recibo verde. É como se todos já estivessem formatados para o mesmo: "Sabe como é, a crise está por todo o lado, nunca sabemos como é o dia de amanhã, no fundo todos estamos nesta situação. Até os sócios recebem a recibo verde, veja lá!!!!" O curioso deste "modelo" é que ele existe desde que me conheço como arquitecto já vai para 9 anos. E a crise de que se fala agora é um bocadinho mais recente...

27.02.2009 - 20h13 - Anónimo, (outro) arquitecto desempregado, Lisboa
Tanto que se fala na precariedade no trabalho e no combate aos recibos verdes... Apresento uma proposta ao Público: vão de atelier de arquitectura em atelier de arquitectura. Investiguem as condições de trabalho que têm. Vejam há quantos anos alguns trabalham a recibo verde e quanto ganham. Há uns anos veio a público uma notícia que falava num salário médio mensal de 2000 euros para arquitectos... Confirmem-no. Vão verificá-lo ao local devido. Porque isto dos prémios é muito bonito, mas se existe exploração por trás, já não tem tanta piada assim. Até porque, na maioria dos casos, são um ou dois arquitectos a ganhar o prémio e duas mãos cheias de explorados a fazer o trabalho a sério...

28.02.2009 - 09h18 - Arquitecto , no Estrangeiro
Com 26 escolas de arquitectura algum resultado tem de dar. Um deles e a emigracao de arquitectos porque e verdade nao ha trabalho para todos. Os estagios em Portugal sao pateticos: ou nao sao pagos ou sao simbolicamente pagos 100 euros/mes. Vamos ultrapassar qualquer pais europeu em numero de arquitectos por 1000 habitantes inevitavelmente e so resta uma solucao para isto: fechar cursos de arquitectura ou entao aceitar que se faz um curso de arquitectura para nao ter trabalho nessa area. A respeito do recibo verde - o qual e norma em muitos gabinetes de arquitectura - era bom que o Sr. Presidente da Republica desfizesse a asneira que criou quando foi primeiro ministro. A precariedade faz-se, e ele e o responsavel por esta.

Pelo meio, houve tempo para o habitual idiota de serviço:

27.02.2009 - 21h46 - Luis, Almada
Desculpem lá mas só se deixa explorar quem quer. Andar 7 anos a tirar um Curso, fazer um Estagio para ser Arquitecto e depois aceitar um salario baixo só faz sentido para 'artistas' e só lhe veste a pele quem quer

Quando o que se fala são as práticas laborais vigentes em todo o país na área da arquitetura, é óbvio que não é um caso de 'só se deixa explorar quem quer'. O caso é mais de 'se queres trabalhar em arquitetura em Portugal queres ser explorado'. O que este comentário revela é a coisa mais óbvia, que ninguém combate: os jovens arquitetos não são explorados por outra classe profissional má, sem escrúpulos. São, a maior parte das vezes, explorados por colegas de profissão.

Enquanto os arquitetos não olharem para este problema de modo a resolvê-lo e insistam em tentar resolver apenas os problemas pontuais do escritório não vamos lá. É a classe que tem de resolver isto - os arquitetozinhos e os outros.


* Em Viana, Câmara proíbe touradas no município. Óbvio que isto não significa nada num concelho onde, imagino, não há tradição de touradas e a praça de touros da cidade está para ser convertida noutra coisa qualquer. Mas começando por algum lado, iniciativas destas têm de partir dos sítios menos touradescos, e nunca seria uma vila ribatejana a começar movimento semelhante. Acho que a Póvoa de Varzim deveria ser a próxima. Fechada a praça de Viana, a Póvoa terá uma das praças de touros mais a norte. É ir por aí abaixo, proibindo a ignomínia. Defensor Moura,

Segundo disse, o Município segue, assim, o exemplo de 52 cidades e vilas do país vizinho e de outras três localidades francesas "que proibiram, também, a realização de touradas".

Mais interessante seria a ideia do "Concelho livre de eucaliptos". Obviamente que um movimento destes nunca começaria no Minho. Como sabem, o Minho é aquela região escondida atrás dos eucaliptos.


* Desde que alguém no Público inventou que as anteriores viagens do comboio demoravam 52 minutos entre a Póvoa e a Trindade, que os jornalistas deste jornal se lembraram de referir a baixa velocidade sempre que falam do metro. Como se tivessem esquecido o pormenor. O que raramente referem é que este era um projeto pensado para os tram-train, que só agora vão chegar. E que, quando eu era novo, a viagem entre a Póvoa e a Trindade demorava 55-56 minutos, que é o mesmo que demora agora, apesar de parar em muitas mais estações. Tirando o pormenor do ar condicionado, a ligação melhorou porque pára em mais estações e demora o mesmo e os veículos são mais modernos e seguros e etc. Existem ainda problemas com os expressos, que serão melhorados nos próximos tempos, e com a lotação nas horas de ponta, mas não há dúvida que o serviço melhorou. Só não vê quem tem má vontade.



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BLOGADO ?S 06:09:15

27-02-2009

INSTANTÂNEOS

escrito à pressa

A ?pressa? parece-me um conceito que existe apenas na cabeça dos portugueses, mas destituído de relação com a realidade. O português conduz invariavelmente rápido porque tem sempre ?pressa? em chegar a algum lado, como se o chegar atrasado fosse coisa a evitar a todo o custo. Mas quando vemos que isto não é uma condição mas um estado, percebemos que quem se diz com ?pressa? já esteve com ?pressa? muitas vezes antes, e em todas essas vezes terá deixado pessoas à sua espera. Claro que também podemos argumentar que, se há tantos portugueses com ?pressa? que consequentemente chegam atrasados a encontros marcados, tanto quem marca como quem comparece chega atrasado com frequência. No entanto, o português que tem ?pressa?, tem já enraizada a ideia de chegar atrasado, e por isso pouco lhe importa se deixa ou não gente à sua espera. Se não fosse o caso, tomaria previdências para deixar de ser uma pessoa com ?pressa?, como sair antecipadamente, planear melhor o dia. Quem tem ?pressa? não é alguém que tem ?pressa? para não deixar alguém pendurado, mas pessoa que faz do deixar os outros pendurados um hábito. E um prazer, talvez.

E há muita pouca gente que tem ?pressa? real. Muito pouca gente acelera na autoestrada porque a mulher está grávida ou tem bilhetes para o teatro (depois da hora ninguém entra). Eu sei isto porque, como toda a gente sabe, os teatros andam vazios e a taxa de natalidade muito baixa.



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BLOGADO ?S 18:56:21

26-02-2009

LÍNGUA, GALIZA, POLÍTICA À PORTUGUESA, PÓVOA-VILA

Atualizações 26/2/09

* Póvoa de Varzim sem lei:

O presidente da Junta de Freguesia de Argivai, Póvoa de Varzim, terá ameaçado com "três tiros" os deputados da União Eleitoral de Argivai, na última Assembleia de Freguesia. O incidente podia ter terminado pior, não fosse o público presente ter conseguido segurar o autarca Adolfo Ribeiro.

Em resposta, explicou, ao JN, Domingos Silva, "o presidente da Junta disse, aos gritos: "Vocês são uns calhaus com dois olhos. Se tivesse aqui a 'p?.' dava-vos três tiros a todos".

Isto de chamarem 'autarca' ao homem é abuso.


* No ciberdúvidas, perguntas e mais perguntas e respostas sobre o galego.


* Na Galiza, e tudo no domínio do presunto (presumível, isto é), um rapaz, Jácobo Pinheiro, matou um casal homossexual por temer ser violado. Um dos homossexuais teria aproximado-se de Jácobo, nu, Jácobo não foi na cantiga, e o homossexual terá ido buscar uma faca. Jacobo tirou-lhe a faca e matou-o com 35 facadas. De seguida Jácobo terá matado o companheiro do referido homossexual, que fugira, com outras 22 facadas. No total, 57 facadas. Passadas algumas horas, depois do banho, Jácobo ateou fogo ao apartamento. Sentença judicial, através de um júri popular? Própria defesa.

Em Lazkao, Euskal Herria, um jovem, depois de uma bomba da ETA ter danificado o seu apartamento, desceu à mais próxima Herriko Taberna (bar ou centro social onde costumam reunir-se os simpatizantes da esquerda abertzale vasca) e atacou-a. Como agora ele encontra problemas em continuar a viver na referida terra, poderá ter de mudar de sítio ou necessitar de proteção policial. Alguns políticos do PP compreendem que o jovem, traumatizado, tenha vandalizado um lugar que não tinha nada a ver com o ocorrido.

A mensagem que perpassa tudo isto é clara: em Espanha, o discurso conservador e espanholista (muito presente nos meios de comunicação) defende que se matem homossexuais e se ataquem lugares com tendências não-espanholistas. A acompanhar.



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BLOGADO ?S 21:04:41

26-02-2009

POLÍTICA À PORTUGUESA

Atualizações 25/2/09

*

(obrigado ao Nuno e à Alice pelo apoio logístico)


* Corrupçãozinha:

?Não cometi erro nenhum, por isso hei-de continuar a fazer o que fiz até hoje?, assegurou um Domingos Névoa lesto a perceber o sinal da ?Justiça? portuguesa, depois do tribunal o ter condenado a pagar 5 mil euros de multa por ter dado como provado o crime de corrupção activa para acto lícito.



* A Decathlon tem bons preços mas, carambas, são sobreiros, senhor:

Projecto da Decathlon obriga a abate de uma centena de sobreiros

O que as Câmaras não compreendem é que, se forem mais exigentes para com os privados, eles reformulam os projetos e fazem melhor. E se acharem que a Câmara de Setúbal é exigente de mais, a Decathlon constrói num concelho vizinho e dá emprego lá. Somos todos portugueses, não? Algum dia há de acabar esta política das capelinhas.


* Paris, regionalização, reorganização e transportes.


*Merda. Estou no twitter.



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BLOGADO ?S 00:19:21

26-02-2009

FOTOS, IR'05, VIAGENS

11/12, 19h45, pousada (Salzburg)

Cheguei a Salzburg com uma vontade terrível de ir à casa de banho, e como cheguei tarde, vinha já decidido a ficar na pousada mais próxima da estação. É bem capaz de ser a pousada mais oportunista da pousada ? 16? sem pequeno-almoço. Aliás, tudo parece pago por aqui ? até no chuveiro hesitei. Mas uma coisa é boa ? a recepcionista. Muito boa. Parece saída das Marés Vivas, mas da versão de Inverno. Deus, como eu deliro com um bom par de mamas. Devo estar naqueles 95% da população que delira com mamas.

Já estou farto disto. Eu não vim para o IR para ter sexo, apesar das camisas na mochila. Apesar dos instintos estarem activos, só penso em ti. Aliás, já percebi o que tu queres que eu faça. Queres que te seduza, que te namore, que te vá buscar a casa e te leve de braço dado. Que te diga as coisas bonitas que mereces ouvir. Eu faço isso, claro. Não queres brusquidões, insensatez. Que as coisas levem o seu tempo.

Ou então percebi tudo mal, e apenas respondes às minhas mensagens por piedade ou comiseração.



IR'05 é a transcrição do diário escrito durante uma viagem de comboio através da Europa entre Novembro e Dezembro de 2005. todas as entradas aqui

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BLOGADO ?S 00:15:14

26-02-2009

CADERNOS, FOTOS, IR'05, VIAGENS

11/12, 16h15, quim (para Salzburg)

Havia dois quins para Salzburg, um às 15h10 e outro às 15h33. O das 15h10 atrasou 20 minutos, e acabaram por chegar os dois ao mesmo tempo.





IR'05 é a transcrição do diário escrito durante uma viagem de comboio através da Europa entre Novembro e Dezembro de 2005. todas as entradas aqui

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BLOGADO ?S 00:12:36

23-02-2009

TÍTULO DO ANO

TÍTULO DO ANO 10

Morreu atropelado em parque de hipermercado


No JN.



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BLOGADO ?S 11:50:11

23-02-2009

PORTURARIDADE, LÍNGUA, GALIZA, PLANEAMENTO MACADAME

atualizações 22/2/09

*



Segundo a unesco, o galego já não é uma língua ameaçada porque, como eles consideram o galego e o português a mesma coisa, a proximidade salva-os da extinção. Uma coisa bem vista (a de dizerem que a língua é a mesma) e outra claramente fantasista (a de nós os salvarmos do que quer que seja).

Curioso é também verificar que não consideram o mirandês uma língua mas um dialeto do asturo-leonês. Apesar da diferença de critérios em relação ao relatório anterior, é bom ver que na unesco há filólogos profissionais que dizem sem hesitações: nem o galego nem o mirandês são línguas - são dialetos - e é bom perceber essa objetividade.


* A Galiza é já uma região portuguesa - é ver o que vão fazer no Bolhão:

Em torno do mercado de frescos, surgirão as tasquinhas com pratos típicos de todo o país e da Galiza e lojas ligadas à venda de produtos tradicionais.

(negrito meu)


* É claro que pôr carros na nova ponte sobre Tejo é uma ideia aberrante. Via Menos1Carro.


* Ecovia ligará Caminha a Esposende em 2013:

Municípios de Caminha, Viana do Castelo e Esposende querem criar, ao abrigo do Polis do Litoral Norte, uma ecovia junto ao mar até 2013. Responsáveis aludem à proposta como "elemento de ligação" de todo o programa





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20-02-2009

AMIGOS, FERROVIÁRIO, NORTE, POLÍTICA À PORTUGUESA, GRANDE PORTO

Atualizações 19/2/09

*

Nova linha no Tua pode custar tanto como a barragem

Uma nova variante ferroviária pode orçar entre 30 e 300 milhões de euros, segundo vários especialistas

Um estimou em 90 milhões de euros a construção de uma via estreita de 31 quilómetros com travessas de betão e carril de 54 quilos por metro, com sinalização electrónica, contenções geotécnicas, muros de suporte e edifícios para passageiros. Metade desse valor, porém, seria gasto para vencer um desnível de 200 metros entre a estação do Tua e a cota da barragem, o que poderia implicar um sinuoso traçado de oito quilómetros.

Outro falou em 40 milhões de euros, tendo em conta que uma via estreita se adapta bem ao terreno e que a própria EDP terá de fazer vários caminhos de acesso à barragem durante as obras, alguns dos quais poderão ser aproveitados para neles se instalar os carris.

Um terceiro quadro da Refer referiu ao PÚBLICO que uma solução técnica possível para os primeiros quilómetros da variante seria um caminho-de-ferro de cremalheira, no qual os comboios têm uma roda dentada que "agarra" um trilho situado no meio dos carris. Linhas como estas existem há quase 200 anos nos Alpes funcionando sem problemas.
275 a 300 milhões

Um valor bem mais elevado - entre 275 e 300 milhões de euros - é apresentado por Manuel Tão, investigador em Economia de Transportes. Mas neste caso a proposta é mais ousada, pois este especialista sugere uma linha de via larga com parâmetros de velocidade entre os 100 e 120 km/hora que fariam diminuir o tempo de viagem entre Mirandela e o Tua de uma hora e meia para 30 ou 40 minutos. A solução técnica: um túnel helicoidal entre a estação do Tua e a zona planáltica, a partir da qual a linha seguiria até ao Abreiro retomando o traçado actual.

Manuel Tão, que fez os cálculos com base em projectos ferroviários dos Alpes suíços, diz que, mercê do túnel, os primeiros dez quilómetros custariam 200 milhões de euros, seguindo-se mais 15 quilómetros por um custo de 75 milhões.
Esta proposta não é inocente, admite, pois tem implícita a reconversão do resto da Linha do Tua de via estreita para via larga e o consequente prolongamento de Mirandela até Bragança e daí a Puebla de Sanabria, onde está prevista uma estação do TGV que ligará a Galiza a França, Madrid e Barcelona.
"Como obra pública a realizar numa zona de Objectivo I, seria elegível para financiamento comunitário a fundo perdido em mais de 70 por cento", diz, acrescentando que "pela primeira vez o interior de Trás-os-Montes seria inserido no sistema logístico nacional".

No Público.

Pelo menos um destes especialista é esclarecido. Não se vai (re)construir uma linha num terreno tão difícil apenas por causa da paisagem. Quem sequer considera a hipótese é, por assim dizer, estúpido (ou trabalha na refer). O que impede que a linha atual tenha sucesso?

Primeiro, liga o nada ao muito pouco. Liga o Tua a Mirandela, o que, juntos, dá bastante pouco. Se, por exemplo, ligasse o Porto a Mirandela, já faria mais sentido, o que ainda não é possível por a linha do Douro e a linha do Tua terem bitolas diferentes. A EDP terá de escolher - ou constrói a barragem e uma ligação em ferrovia nova ("o concessionário obriga-se a repor todas as vias de comunicação com as mesmas funcionalidades", diz o caderno de encargos), ou não constrói a barragem e fica tudo como está. Já no Douro aconteceu o mesmo, com a barragem da Valeira. A EDP construiu uma variante (incluindo uma ponte nova). Isto há 30 anos.

Continuando, a linha ganharia toda a validade se fosse reativada a ligação a Bragança. Porto-Bragança em ligação direta. Um sonho? Como exemplifica Manuel Tão, o prolongamento até Puebla de Sanabria tornaria o projeto candidato a fundos europeus até 70% a fundo perdido. Passa-se da solução tarefeira dos "especialistas" da refer para uma ligação que quase se autosustenta e teria todo o sentido.

Ao admitir a possibilidade de construir uma estrada em substituição da via férrea do Tua, a EDP faz uma leitura muito ampla do caderno de encargos quando este diz que "o concessionário obriga-se a repor todas as vias de comunicação com as mesmas funcionalidades".

De resto, foi isso que a empresa fez há 30 anos quando construiu não muito longe do Tua a barragem da Valeira. Nessa altura, a EDP pagou uma variante à Linha do Douro e uma nova ponte na Ferradosa para que o comboio pudesse continuar até ao Pocinho e Barca d'Alva.
Se os critérios de hoje fossem aplicados à época, a Linha do Douro teria ficado submersa pela barragem pouco depois do Pinhão, que seria agora a estação términus.

Até há pouco tempo a posição oficial da Refer sobre a barragem do Tua era a de que não tinha sido informada pela tutela de que parte da linha seria submergida, pelo que prosseguiria com o seu plano de investimentos. Respondendo recentemente ao PÚBLICO, a empresa recuou e limitou-se a dizer que não era oportuno falar sobre este assunto nesta altura. Gilda Sousa, da EDP, admitiu que terá havido contactos "informais" entre aquela empresa e a EDP que contribuíram para que se chegasse ao valor de 150 milhões de custo para a construção da variante.

Mas o PÚBLICO apurou que chegou a haver, a pedido da EDP, uma reunião com a Refer para que esta autorizasse a realização de prospecções geotécnicas na margem esquerda do Tua, que incluem rebentamentos e construção de galerias na zona da via férrea. Contudo, tal não foi ainda efectuado.


Também no Público.

Outra das razões que levou ao afastamento das populações (e dos turistas) desta linha foi a ideia de insegurança, garantida pela incúria da refer ao longo dos últimos anos na manutenção da linha. Espera-se que a morte não morra solteira neste caso.


* Se morasse no Porto, poderia cumprir um sonho antigo - não votar em Rui Rio:

Elisa Ferreira apresenta candidatura ao Porto


* Ando a ponderar com relativa seriedade deixar de ser amigo do Vasco - aparece numa revista (ou livro) por semana. Se deixar de ser amigo dele, deixo de sentir a obrigação de o noticiar. Já agora, parabéns e saudades muitas.


* Os precários do norte têm agora uma página só para eles. Infelizmente.


* Quem disse que Torres Vedras é uma terra atrasada? Até já lá têm censura:

Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras

O presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Miguel, foi surpreendido ao início da tarde com um fax do Ministério Público no qual era dado um prazo à autarquia para retirar o conteúdo sobre o computador Magalhães, que fazia parte do ?Monumento?, onde apareciam mulheres nuas. ?Achamos que pela primeira vez após o 25 de Abril temos um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres?, lamentou o responsável, em declarações à Antena 1.

Via Luís Silva.



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BLOGADO ?S 00:51:33

19-02-2009

PORTURARIDADE, ACORDO ORTOGRÁFICO, FERROVIÁRIO, IMPRENSA

Atualizações 18/2/09

* José Saraiva Martins, cardeal (ainda não percebi se é uma ave ou um alto dignatário da igreja católica) :

A homossexualidade não é normal, temos que dizê-lo (...) Não é normal no sentido de que a Bíblia diz que quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a mulher. É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre professado pela igreja.



Aqui, em vídeo.


* É para já:

O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, revelou ontem que o novo Acordo Ortográfico deverá entrar em vigor no primeiro semestre de 2009.

Estamos em conversações com os outros países da CPLP para ver se encontramos uma data para o adaptar nos documentos oficiais, nas imprensas nacionais e que os diários oficiais [no caso português o Diário da República] dos vários países passem a adoptar a ortografia do novo Acordo Ortográfico.




* Obama chu-chu (sugestão do Nuno):





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BLOGADO ?S 00:11:44

18-02-2009

PORTURARIDADE, FERROVIÁRIO, NORTE, IMPRENSA, URBANISMO DE PONTA, PLANEAMENTO MACADAME, GRANDE PORTO

Atualizações (a mais) 17/2/09

* No Seixal, aquicultura:

O projecto de piscicultura autorizado em 2006 para 17,3 hectares do Sapal de Corroios já está a avançar no terreno. O Grupo Flamingo, defensor do ambiente, avisa que será destruído o principal ecossistema do concelho do Seixal.

"Enquanto temos pisciculturas no Sado a serem vendidas e a falir, não se percebe porque se destrói esta zona sensível", adverte o ambientalista Paulo Gomes, frisando que o despacho do secretário de Estado do Ambiente, datado de 2003, que exigia a reposição do sapal no seu estado natural, nunca foi cumprido.

"É talvez das únicas áreas do concelho a preservar. Estamos a falar de 1% do concelho. É um ecossistema importante", enaltece Paulo Gomes, lembrando que a associação está apenas contra a localização do projecto - que chegou a ser embargado em 2001 - e não contra a piscicultura.

Os ambientalistas acusam ainda a empresa Viveilis - Viveiros de Peixe, Lda., a quem foi cedida uma licença de exploração por dez anos, de ter construído uma barragem que irá secar e destruir o coberto vegetal, um facto que é desmentido pela empresa.

"O viveiro estava arrombado e nós tivemos de o fechar, porque de outra forma não funciona. Agora estamos a recuperar os muros para poder trabalhar. Não estamos a destruir o coberto vegetal e não vamos fazer mais construções", assegurou, ao JN, Francisco Pinto, da Viveilis, que prevê arrancar com a produção em Abril.

Com o intuito de desenvolver um habitat natural, a empresa apresentou recentemente um novo projecto, que inclui a criação de dois charcos para patos, um tanque de pousio e um observatório de aves para a população. "Metade do tanque, por exemplo, vai ser vedado para o caso de as aves querem nidificar e o resto fica para pousarem", descreve Francisco Pinto.



* Como os condutores de automóvel se adoram (mas não suportam estar parados no trânsito lado a lado), alguns já andam de metro e de autocarro:

Fuga ao trânsito na Baixa encheu metropolitano

O corte de trânsito no Terreiro do Paço e na Avenida Ribeira das Naus, em Lisboa, não mergulhou a cidade no caos, como esperavam os pessimistas. O trânsito fluiu, mas também houve mais pessoas a recorrer ao metro.

A fuga ao primeiro dia das alterações no trânsito traduziu-se num aumento de utilizadores do metro. Só as estações de Sete Rios e da Praça de Espanha tiveram mais 10% de passageiros. Quanto à Carris - que prometeu um balanço para amanhã - verificou um aumento de velocidade nos corredores BUS. "É fundamental manter a mesma atitude de procurar caminhos alternativos e usar os transportes públicos. Não pensem que afinal dá para passar", alertou António Costa.



* O metro avança para sul:

Metro chega a Vila d'Este em túnel

Ligação com 3,8 quilómetros entre Santo Ovídio e aurbanização concluída em 2013. Interface fica no hospital

O metro chegará a Vila d'Este em túnel dentro de quatro anos. O prolongamento da linha Amarela em Gaia entre a rotunda de Santo Ovídio e aquela urbanização terá 3,82 quilómetros, mas só um terço do traçado será enterrado.



* Em Mirandela decide-se (se o comboio, se a barragem):

A maioria dos deputados municipais de Mirandela (57) votou, esta segunda-feira, favoravelmente a realização de um referendo local sobre a manutenção da linha ferroviária do Tua, ratificando a decisão do executivo da autarquia, há um mês.



* Bom Jesus, Penha e Santa Luzia - favelas dos ricos:

Favela dos ricos vai tornar-se "repulsiva"

Estudo da Universidade do Minho sobre Bom Jesus é demolidor

O crescente "enfavelamento" das urbanizações de luxo na Encosta do Bom Jesus pode tornar o local "repulsivo" e até "conflituoso". Este é o alerta preliminar de um estudo desenvolvido na Universidade do Minho.

A investigação, que junta o geógrafo urbano Miguel Bandeira, o sociólogo Carlos Veiga e a arquitecta Patrícia Veiga, vai estender-se também à Encosta da Penha, em Guimarães, e ao Monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo, naquele que pretende ser um contributo para o ordenamento do território, a partir doNoroeste.

Numa primeira fase, foi estudado o fenómeno de Braga naquela que ficou conhecida como a "favela dos ricos", devido à predominância de moradores. As conclusões preliminares são demolidoras.

"Ao aumentar o enfavelamento, começam já a surgir litígios entre os vizinhos. Mais construção significa mais caos e, ao tapar as vistas ou invadir o território do outro, a mais-valia que levou à escolha daquela área desqualifica as expectativas dos primeiros locatários", explica o geógrafo urbano, que acusa ainda a proliferação de vivendas de segunda linha, em banda, que surgem de uma cada vez mais elevada densidade de construção.

"Onde cabe, constrói-se. Tudo isto vai gerar níveis de conflitualidade, tornando-se até repulsivo para os que lá moram", prevê, relembrando que o projecto científico, desenvolvido a partir de 50 inquéritos não tem um objectivo "moralizador", mas pretende ser um alerta académico para os decisores no que toca à deterioração previsível da qualidade de vida na colina, já por si acusada de ter arrasado um dos poucos pulmões da cidade.

A "favela dos ricos", caracterizada pela construção assente em antigas quintas, cujo cadastro de caminhos rurais foi mantido, mostra já os seus efeitos negativos, com a confusão na gestão do tráfego. "Já não circulam por aqui tractores, o desenho das ruas devia ter sido pensado", diz. Há também riscos inerentes a ter em conta, nomeadamente a pavimentação de uma linha de água, que poderá ser "terrível", no caso de um desastre natural.

Os autores referem que a construção naquela área teve custos sociais, para fazer chegar ali acima o saneamento, a luz, o que por si só justificaria um planeamento cuidado. Equação que devia estender-se às preocupações ambientais. Os moradores, maioritariamente na casa dos 50 anos, filhos de uma geração de operários, têm "bons salários", e conseguiram a ascenção social à custa de uma carreira. Conceberam eles próprios as casas (com áreas superiores a 350 m2), "subjugados à imagem e não à eficiência". "Os arquitectos apenas cumpriram o que foi idealizado. Não houve sensibilidade ambiental na concepção. Por exemplo, os jardins de tipo canteiro não compensam a perda da vegetação exuberante da Serra de Espinho", continua.

Para Carlos Veiga, o fenómeno de migração para as colinas, e consequente abandono do centro urbano, promove uma certa "cultura de isolamento". "Não há relações de vizinhança, nem sentido de comunidade. Devido ao capital escolar dos moradores, 80% dos quais são licenciados, podia haver um certo rendimento para a freguesia, mas não se verifica", esclarece.



* Em Matosinhos, novos índices de construção para zonas onde não é suposto construir-se:

Quando for aprovada, a redução do índice de construção de 1 para 0,7 será válida no território urbanizável fora dos planos de Urbanização e de Pormenor ou de zonas ditas "consolidadas" (significa que, onde já existem prédios altos, vão continuar a surgir construções da mesma altura, uma vez que - alegam os serviços camarários -, um imóvel mais pequeno prejudicaria a harmonia dessa zona).

Guilherme Pinto quer redução de 30 por cento, para 0,7, do índice de construção em áreas sem direitos adquiridos

(negrito meu)



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BLOGADO ?S 01:17:56

17-02-2009

GAMANÇOS, PORTURARIDADE, FERROVIÁRIO, IMPRENSA

Atualizações 16/2/09

* A autoestrada é a principal causa de morte de caminho-de-ferro no país:

25% more motorways and 4% fewer railway lines in the EU

Motorway density 6 times higher in the EU than in the CEC countries

The length of the motorway network in the EU grew by more than 25% between 1990 and 1999 to total nearly 50 000 km in 1999. As for the length of the rail network, it contracted by 4% in the 1990s and by 1999 was just under 154 000 km.

Motorway density1 in the EU in 1999 was six times higher than the average observed in the Central European candidate countries (CEC)2. On the other hand, the density of the rail network was a quarter less. This information comes from a report3 on the development of transport infrastructure in Europe published today by Eurostat, the Statistical Office of the European Communities in Luxembourg.


É como repara (e bem) o MC. Entre 1990 e 1999, fomos o país da UE27 (mais Suíça e Noruega) com maior crescimento de auto-estradas (cresceu 4 vezes) e maior decréscimo de ferrovia (menos 22 por cento).

Não sei se estes números descreverão de forma fidedigna a redução do caminho-de-ferro em Portugal, visto o encerramento de ferrovia ter ocorrido principalmente nos anos 80 , mas não deixa de ser preocupante. Há que também entender que éramos dos países com menos autoestradas em 1990. O que não desculpa a tendência, positiva e negativa.


* Alguma coisa boa há de ter o excesso de poluição:

Lisboa e Porto vão ter faixas especiais para carros com mais de um ocupante





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BLOGADO ?S 00:43:57

14-02-2009

IMAGENS, IMPRENSA, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 13/2/09

* A Velocidade Elevada começa na Trofa:

Governo quer inaugurar variante da Trofa em 2010

Trata-se da construção de 3,5 quilómetros de ferrovia, num prazo previsto de 15 meses, com um troço em viaduto e outro em túnel, que encurta em 500 metros o traçado. Uma empreitada no valor de 24,5 milhões de euros, incluindo a construção da nova estação da Trofa que, para além de uma área comercial, terá também estacionamento para 170 veículos e interface para metro, autocarro e táxis.

A primeira fase da intervenção passa pela construção de um túnel de 800 metros, iniciada em Janeiro de 2008. Segundo Ana Paula Vitorino, nesta altura faltam ainda 200 metros de túnel e o mesmo deverá completar-se "em Janeiro de 2010". No total, e conforme os números avançados pela governante, as primeira e segunda fases vão custar cerca de 65,7 milhões de euros.

Ana Paula Vitorino salientou os benefícios que esta obra trará às linhas do Minho e de Guimarães e ao ramal de Braga. "Melhora a regularidade e os horários, reduz os tempos de percurso e aumenta a oferta de comboios", sintetizou. Também os trofenses vão sentir melhorias, segundo a secretária de Estado: "Permite a requalificação urbana e reforça drasticamente a intermodalidade e a qualidade da mobilidade urbana."

Já no plano nacional e internacional, esta obra terá um papel decisivo na concretização do projecto de alta velocidade que o país quer colocar nos carris em 2013. "A melhoria das condições operacionais da Linha do Minho, viabilizadas pela variante da Trofa, são também imprescindíveis para assegurar a concretização da primeira fase da ligação de alta velocidade Porto-Vigo", explicou Ana Paula Vitorino. A governante lembrou que a ligação entre estas duas cidades do Noroeste peninsular passará a demorar uma hora, em vez das actuais três horas e meia.

(negrito meu)

É bom ver que a nova estação da Trofa será intermodal com o metro, que chegará nos próximos anos. De lembrar que a ferrovia a implantar será eletrificada e terá travessas polivalentes, o que significa que suporta os comboios atuais (bitola ibérica) e os comboios futuros (bitola europeia). A Linha do Minho entre o Porto e Nine e a ligação desta a Braga serão reaproveitadas (através da substituição das travessas e de obras pontuais) para a nova ligação ferroviária Lisboa-Corunha. É o único troço desta ligação que irá utilizar linhas existentes.

Noticiado no Público. O mesmo, no JN.





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BLOGADO ?S 07:31:26

13-02-2009

FERROVIÁRIO, IMPRENSA

Atualizações 12/2/09

O concurso para a empreitada da extensão da linha do metro do Porto até à Trofa será lançado "durante o mês de Março", anunciou a secretária de estado dos Transportes.

A extensão da linha de metro do Porto até à Trofa será feita em via dupla, custará 140 milhões de euros, terá onze quilómetros de extensão e oito novas estações.

No JN.




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BLOGADO ?S 04:28:28

12-02-2009

LÍNGUA, GALIZA, ACORDO ORTOGRÁFICO, IMPRENSA, PLANEAMENTO MACADAME, POLÍTICA À PORTUGUESA

Atualizações 11/2/09

* Afinal eu tinha razão.


*

Se não houvesse AO nós corríamos o seríssimo risco, não só da pulverização da língua portuguesa, como de aqui a trinta ou quarenta anos sermos, com todo o respeito, os galegos da língua portuguesa.


José Mário Costa, falando sobre o Acordo Ortográfico. Os galegos, já se sabe, ainda são os galegos da língua portuguesa.



* Em Setúbal, o corte de sobreiros tem utilidade pública:

A Associação Nacional de Conservação da Natureza (Quercus) não conseguiu evitar o abate de mais de 1300 sobreiros, que foi autorizado pelo Governo para a construção de uma urbanização em Setúbal. A Quercus avançou com uma providência cautelar, mas as arvóres já tinham sido abatidas.




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BLOGADO ?S 01:51:29

11-02-2009

TÍTULO DO ANO

TÍTULO DO ANO 9

Vírus da bofetada atinge alunos



Mais um, que tem piada exatamente por ser fidedigno. No JN.



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BLOGADO ?S 17:00:54

11-02-2009

LÍNGUA, NOVAS DA GALIZA

Damorcracia

Frente à questão ?qual a maior demonstração de amor??, a cada um surgirão respostas específicas. O amor não descreve nada de concreto, mas antes uma ideia. Como carece de definição exata, tem em cada cabeça materialização própria. Se uns dirão que mostrar amor é apoiar a pessoa amada na doença, seja, é uma definição. Outros poderão dizer que o amor é arriscar a própria vida por essa pessoa especial. Ambos estão corretos, semelhantes no seu altruísmo. E se eu por norma considero o amor como sentimento egoísta, hoje vejo-o como coisa útil, desinteressada. Se me perguntarem qual o amor que mais invejo, eu respondo: é o seguir em frente. Não pura e simplesmente o esquecer, mas antes o respeitoso acatar da democracia. A aceitação da livre-escolha.

Com imagens, talvez. Imagine-se um casal intensamente apaixonado, que se separa por decisão da mulher. O homem, despeitado, continua insistindo por meses, mesmo percebendo que pouco ou nada resta do que os uniu ? apenas o seu ?amor? por ela. Quando ela vai viver com outra pessoa o homem pára e percebe que tudo acabou. Mas o que fazer com o ?amor? que ainda pulsa dentro de si? É então que entende que o amor é ter, mas é também prescindir de. E não há maneira mais bela de demonstrar o amor que o ?deixar seguir?.

Como nas relações, também os países deviam unir-se e separar-se por amor. Se a democracia não é amor, então é ódio e engano. A Alemanha voltou a ser uma. A Checoslováquia separou-se e o amor ficou. Na Iugoslávia o oposto. Não se separando por amor, a morte e a destruição tomaram-lhe a vez. Na Coreia, a separação pode tornar-se efetiva ? e aí não haverá amor que os salve.
E por todo o mundo surgem laivos de esperança. Possibilidades de substituição da tecnocracia pelo amor. Na Dinamarca e no Canadá o divórcio (independência de regiões) é permitido, e os votos começam a falar por si. Talvez algum dia o Quebeque e a Gronelândia sejam países independentes. Diferentes línguas, culturas ou etnicidades poderão dar belos casamentos, mas também podem ser a causa de genocídios sem nome.

E isto tudo por causa do Estado espanhol e da (imbecil) proibição do referendo autonomista basco. O Governo de Madrid considera-o inconstitucional e, consequentemente, proibido. O que têm de perceber é muito simples: quando acaba o amor, o ódio pode muito bem surgir em seu lugar. E permanecer.


publicado no Novas da Galiza de Janeiro

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BLOGADO ?S 16:38:18

11-02-2009

FOTOS, TERRA, IMPRENSA, PLANEAMENTO MACADAME

Atualizações 10/2/09

Guilherme Pinto garante que futuro retail na Via Norte não vai dificultar o trânsito

Empreendimento terá uma área bruta locável de 40 mil metros quadrados. Vai acolher
16 lojas, divididas por dois pisos, e um parque de estacionamento para 2000 viaturas

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, garante que o futuro Matosinhos Retail Park, que deverá nascer junto à Via Norte, próximo da confluência entre as estradas nacionais 13 e 14 (em frente à Estalagem Via Norte), não vai colocar dificuldades ao intenso tráfego rodoviário. "Tenho a certeza absoluta de que não afectará o trânsito na Via Norte", afirmou ontem Guilherme Pinto, no final da reunião privada do executivo da Câmara de Matosinhos.
A convicção de Guilherme Pinto baseia-se no facto de estar prevista a construção de mais uma faixa de rodagem na EN13, que passa assim de três para quatro. Além disso, o actual tramo de inversão de marcha será substituído e incorporado numa rotunda desnivelada sob a futura plataforma da EN13.

Na reunião de ontem foi aprovada a "desafectação" de 13.247,80 metros quadrados de terrenos integrados na Rede Ecológica Nacional (REN), que servirão para construir os acessos ao retail. A votação mereceu votos favoráveis da maioria PS e do CDS, que esteve representado por Filipe Melo e não por Paulo Coutinho, como é habitual. PSD e PCP votaram contra.

Um dos argumentos que mais seduzem Guilherme Pinto é a previsão de o futuro espaço comercial vir a criar 2300 postos de trabalho, dos quais 1800 directos e 500 indirectos. Este investimento de 40 milhões de euros terá uma área bruta locável próxima de 40.000 metros quadrados, prevendo-se a construção de 16 lojas em dois pisos e um estacionamento com 2000 lugares.
Nesta altura, está a ser elaborada a declaração de impacte ambiental do projecto. Falta ainda que a "desafectação" da parcela integrada na REN seja aprovada pela Assembleia Municipal de Matosinhos para que, depois, o processo siga para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que dará um parecer vinculativo.

Para Guilherme Pinto, "estas grandes superfícies têm muito pouco impacto a nível do comércio local". O autarca recordou ainda que, em 1998/99, foi aprovado para aquele mesmo local um projecto de loteamento que previa a construção de um hipermercado Feira Nova e de um edifício para escritórios. O projecto ter-se-á então gorado por os promotores não aceitarem construir as infra-estruturas de acesso.

Em declarações ao PÚBLICO, Nelson Cardoso explicou por que é que os vereadores do PSD votaram contra a "desafectação". "A câmara vai sempre a reboque dos promotores e nunca é ela a definir o plano económico para o concelho", aponta. Por outro lado, o social-democrata não percebe a razão de instalar a futura superfície comercial naquele espaço, quando há áreas em Matosinhos mais vocacionadas para esse fim. "É incrível que seja necessário fazer o retail num terreno em que um terço do total está em REN, quando há terrenos em Matosinhos destinados à actividade industrial e já resta muito pouco de área ecológica".

"Relevante interesse privado"

Também o vereador do PCP, Honório Novo, considerou, em comunicado, que o futuro retail é "um empreendimento privado que nada acrescenta de novo e que poderá ter mais impactos negativos no tecido económico e social". O vereador recorda que o projecto "pretende utilizar 40.000 metros quadrados de nova área comercial, dos quais mais de 25 por cento, isto é, mais de 10.000 metros quadrados, estão situados em REN, bem ao lado do Rio Leça".

Ao contrário dos serviços da autarquia, que consideram o Matosinhos Retail Park um projecto de "relevante interesse municipal", Honório Novo atribui outro tipo de interesse à natureza do empreendimento: "Um relevante interesse privado, mas este é um interesse que não se pode sobrepor ao interesse colectivo dos cidadãos de Matosinhos."


(negrito meu)



Noticiado no Público. Como dá para perceber facilmente, no terreno referido existiam já construções. O que a Câmara de Matosinhos quer permitir é que o empreendimento se faça sem quaisquer condicionantes, de modo a não deixar o investimento escapar. Quem constrói dois pisos pode perfeitamente construir 3, e assim não destruir área de REN. É olhar para a imagem de cima - já não sobra muita floresta na zona.

O nosso território está a saque desta maneira, que qualquer empresário pode chegar e tomar? É mesmo esta paisagem que pretendemos oferecer aos nossos filhos?






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BLOGADO ?S 01:05:05

10-02-2009

TÍTULO DO ANO

título do ano 8

Sexo na cadeia entre mulher e homicida de marido leva guardas a tribunal



O mais engraçado é que é mesmo verdade. No JN.



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BLOGADO ?S 02:25:24

10-02-2009

GAMANÇOS, FOTOS, TERRA, IMPRENSA, URBANISMO DE PONTA, PLANEAMENTO MACADAME, POLÍTICA À PORTUGUESA

Atualizações 9/2/09

* Na Galiza, o direito de manifestação está dependente da língua falada. Não, não uso de frases feitas ou panfletárias, mas da estrita verdade. Se os polícias reparassem que alguém falava galego, não lhes davam acesso à praça da Quintana, onde se realizava a manifestação da Galicia Bilingüe. Ou então, apenas lhes davam porrada, como se distribuíssem prendas. Vídeos aqui, aqui, aqui e pela rede.


* A verdade é que ia apenas publicar parte da notícia, mas não consigo excluir o que quer que seja de tamanha burrada. O urbanismo em Portugal não é apenas uma atividade estritamente arbitrária - é também uma atividade humorística:

Viaduto novo vai abaixo
Ponte sem saída demolida após oito anos de obras

Com oito anos de construção e dois milhões de euros depois, a Câmara de Vila Franca de Xira vai demolir o viaduto do Forte, uma ponte cuja altura foi mal calculada, não tendo saída de um dos lados por embater numa serra.

A operação irá custar aos cofres do município cerca de 100 mil euros, mas colocará um ponto final numa construção que da polémica nunca conseguiu escapar, desde que começou a ser edificada em 2001. Fonte do município adiantou, ao JN, que "não está ainda definida uma data para o demolição do viaduto, entre o Forte da Casa e a Póvoa de Santa Iria". A Câmara pretende recuperar aquele montante com os licenciamentos urbanísticos que vierem a ser realizados numa das freguesias.

Além de desembocar num morro de terra, onde moram milhares de pessoas, o viaduto entre aquelas freguesias foi embargado pelo então Instituto de Estradas de Portugal, alvo de relatórios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), surgiu em áreas de redes agrícola e ecológica, merecendo uma providência cautelar por tal e - já em desespero de causa - de forma a solucionar a ausência de uma saída, obrigou à desmatação da encosta da serra, de forma a que fosse criada uma estrada que conduzisse ao cimo da serra.

Obra teve sempre apoio técnico

A construção consistiu na contrapartida de um promotor imobiliário, José Maria Duarte Júnior. Em troca o município licenciava as futuras edificações que surgissem na terceira e quarta fases do Forte da Casa [a Norte da freguesia].

Apesar de fiscalizada pela empresa de segurança Geotest, rapidamente se percebeu que não teria qualquer saída, colocando-se a hipótese de abrir uma túnel na colina. O que tornaria instáveis as urbanizações ali localizadas.

Meses depois, as graves falhas técnicas levaram a obra a ser embargada pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP). Construtor e Câmara optaram por rodear o morro, abatendo árvores centenárias inseridas numa área de Reserva Ecológica Nacional (REN).

A decisão criou uma estrada com mais de 15 graus de inclinação [acima do permitido pela legislação] e uma curva acentuada, chocando numa área de servidão do aeroporto de Lisboa.

Ao JN, em 2006, Ramiro Matos, o vereador do Urbanismo garantiu que a colocação de um pavimento anti-derrapante e barreiras sonoras, acompanhadas de mais terraplanagens, resolveria parte dos obstáculos criados. Com uma altura de 50 metros, o viaduto viria ainda a causar uma grave inundação numa habitação existente perto da ribeira que corre por debaixo da infra-estrutura.

O cenário acabou por levar a uma auditoria do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) - da qual não se conhecem as conclusões - e a queixas do movimento de cidadãos de Vila Franca de Xira, o Xiradania, ao Ministério Público, ao Ministério do Ambiente e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional , devido à falta de pareceres [ver ao lado declarações do jurista Fernando Neves de Carvalho, rosto do movimento]. Paralelamente, a Câmara declarava o viaduto de Interesse Público Municipal, de forma a desanexar os terrenos de REN.

Segundo a presidente Maria da Luz Rosinha após a demolição "será encontrada outra solução de acesso no âmbito do alvará de urbanização", já previsto pelo Plano Director Municipal. O viaduto que se segue poderá ficar perto do actual mas, desta vez, mais alto.


Aqui uma foto da referida obra. Em baixo, um googlearth da coisa:




* A machadada final na credibilidade linguística do Público: na capa do P2, falavam de um país chamado Portugual.



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BLOGADO ?S 02:20:00

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