18-12-2008

OBSESSÕES, FERROVIÁRIO, NORTE, GRANDE PORTO

Atualizações 17/12/08

* O metro avança para Gondomar. Aqui o futuro mapa da rede. Começa a compor-se, a coisa.

* Acertem no Bush, vá lá. Imaginem que é o Alberto João, se vos faz sentir melhor.

BLOGADO ?S 01:20:36

17-12-2008

RECORRÊNCIAS, LÍNGUA

O Português sem o Castelhano 1

Quando se quiserem referir a uma elevação de terreno, rocha ou fraga, podem utilizar a portuguesíssima pena. A palavra de uso mais comum, penha, é um castelhanismo que de facto não fazia cá falta. Em Guimarães o monte chama-se da Penha, mas em Sintra o Palácio manteve-se da Pena.

BLOGADO ?S 17:02:55

17-12-2008

INSTANTÂNEOS, AMIGOS

Atualizações 16/12/08

* O Vasquinho, mais uma vez com a mania que é gente, surgiu publicado numa revista que opera algures entre a Biscaia e a a Cornualha. Já chega, méne, de nos envergonhares a todos diariamente. Que tal uma publicação mais vulgarzinha, sei lá, a TVGuia? Vá lá, por nós?


* O meu novo herói: Muntadar al-Zaidi. Até uma televisão libanesa o quer.


* O anúncio da polca da vodafone é o melhor do ano. Alguém tem ligação?

BLOGADO ?S 01:33:26

15-12-2008

GAMANÇOS, GALIZA, PROSA

Le Clézio, A Febre (Um dia de velhice), pp.213

Triunfo da dor. Traição dos olhos, dos ouvidos, da pele. É preciso caminhar, toda a vida, no meio deste deserto. Ver, ouvir. Ouvir, ver. Comer. Rir. Falar, fumar, beber. Cheirar. Procriar. Escrever. Respirar. Ter dores. Sangrar, tremer. Encolerizar-se. Sofrer. Gritar, dormir, esperar. O cansaço está em todo o lado. Não há meio, não, não há meio de lhe escapar. É preciso sofrer, ter calor, ter frio. Acariciar. Gozar. Compreender, compreender sem parar. Todos os dias. Assim, todos os dias, sem excepção. Urinar. Saborear. Deixar-se levar pelas palavras inúteis, adoptar os ritmos, os hábitos. Procurar as frases, estender os ouvidos e os olhos, estender a pele. Fingir amar, amar, talvez.

BLOGADO ?S 12:48:38

15-12-2008

INSTANTÂNEOS, FOTOS, IMAGENS, MULHERES

Atualizações 15/12/08

* Com esta ferramenta que desconhecia nascem estes incríveis gráficos interativos:

este mostra o peso demográfico do norte, comparando com o resto do país (também compara densidades populacionais - a Amadora é um sítio muito apertado) (dados de 2001);

este compara o PIB das regiões consoante o período temporal (1995-2007);

este tem três variáveis - população, rendimento e crescimento num gráfico com bolinhas.

Através do Norteamos.


* Na passagem do centenário de Manoel de Oliveira, presto homenagem não aos filmes mas ao homem, que prezo muito. Os filmes, bem, é como diz o João Pereira Coutinho.


* Uma mulher: Lila Downs

BLOGADO ?S 01:33:32

15-12-2008

INSTANTÂNEOS, VÍDEOS, IMAGENS, HUMOR

Atualizações 14/12/08

* Seguindo o conselho do Nuno fui a esta página de uma coisa chamada MEP, associação de vibrações positivas e esperança e muitas outras palavras radiantes de bondade. E de vazio. Mais uma vez, Laurinda Alves. Movimento Espaço por Preencher, deve ser isso.


* João Fazenda foi considerado uma people who deserve a bigger stage pela MONOCLE. Aproveito para partilhar com os meninos e meninas que me lêem a belíssima contracapa que fez para @ Deolinda.



Por favor percam tempo na página do homem. É de facto muito boa.


* Esqueci de avisar mas a Edna Parker morreu. Morreu, iupi!!! O recorde é nosso. Olé, olé olé olé, o recorde, é nossoooooo. Maria de Jesus, a nossa menina, é agora a mulher mais velha do mundo. Cristiano Ronaldo e Maria de Jesus. Que dupla!

Entretanto, conselhos para te tornares também tu uma Maria de Jesus:

1 trabalhar ao ar livre
2 andar muito a pé
3 nunca beber álcool
4 nunca fumar
5 preferir carne ao peixe
6 chegar ao 115 anos

(adaptado da Visão)


* Na Madeira, não há coragem sequer para fazer isto:




* Michael Phelps diz que treinou todos os dias durante 5 anos. O que raio é que isso quer dizer???

BLOGADO ?S 00:40:12

14-12-2008

RECORRÊNCIAS, GAMANÇOS, PORTURARIDADE, FOTOS, IMAGENS, BICICLETAS, IMPRENSA, URBANISMO DE PONTA, PLANEAMENTO MACADAME, MULHERES

Atualizações 13/12/08

* Na adolescência, Avelino Ferreira Torres corria os cem metros em 6.4 segundos.


* Uma no cravo, outra na ferradura: VL8 terá ciclovia e rotundas em vez de semáforos.


* O Bolhão tem um projeto feito há anos que cheguem: o de Joaquim Massena, pago com dinheiros públicos. Uma boa notícia: a reabilitação do Bolhão não prevê parque de estacionamento.


*

Quercus e Geota deram parecer desfavorável ao estudo de impacte ambiental da Terceira Travessia do Tejo (TTT), cujo processo de consulta pública terminou esta terça-feira. A componente rodoviária motivou o chumbo.


Mais aqui.


*

Algarve: pinhal já está a ser abatido para construir duas mil camas junto à praia Verde

Na ecosfera.


* Um pouco de humor para animar este outono friorento: Auto-estrada 4 é resposta à crise económica e social. Depois de vinte e tal anos a construir auto-estradas, faltam apenas mais alguns milhares de quilómetros para atingir o desenvolvimento.


* Apesar dos erros constantes, apesar do lisboacentrismo, apesar do hype, apressadamente imediatista, apesar do plágio não declarado: finalmente, o ípsilon está online.


* Uma mulher: Rose McGowan

BLOGADO ?S 01:04:28

13-12-2008

RECORRÊNCIAS, CARTAZ, IMAGENS

Prémios Precariedade

Mais aqui. Através do Arrastão.

BLOGADO ?S 19:56:25

13-12-2008

TÍTULO DO ANO

Título do ano 6

Pastor atacado por um javali hospitalizado

No JN.

BLOGADO ?S 18:13:13

13-12-2008

INSTANTÂNEOS, LÍNGUA, LIGAÇÕES, GALIZA

Atualizações 7-12/12/08

* A mata que se vê ao longo da estrada não anima. Os eucaliptos dominam, e nos espaços sobrantes acácias e pinheiros entopem a vista de sombra. Daqui, da janela da cozinha, descubro uma segunda leva de árvores, mais densa e idosa, perenemente guardando o Vouga que se adivinha mais abaixo. Alguns carvalhos e outras árvores igualmente dignas mas ainda por identificar. Espero que os companheiros de viagem acordem e as chamas fazem-me esquecer as dores e os pés da caminhada de ontem. Olho lá para fora e volto a querer caminhar. A dor atrai mais dor.

Eles descem, um por um. Ela fala que a mata é bonita mas que só os eucaliptos restarão - uma barragem a jusante, impositiva, inundará todos esses carvalhos e afins. Como se a barragem decidisse por si qual as árvores a manter. Como se, enquanto dormíssemos, a ordem natural fosse continuamente redesenhada. Acordamos e já não sabemos bem o que existia. O dinheiro substitui a natureza. Os dólares são verdes o ano inteiro.


* Depois do choque de saber que o português da Galiza (com o belo reintegrado do Quiroga) necessitava de adaptação para ser publicado em Portugal, percebi com horror que mesmo os livros brasileiros são adaptados. Lembro-me que o Jorge Amado usava tremas e, era logicamente, não adaptado (na edição do Público, pelo menos). Sei que o Paulo Coelho é adaptado porque, no outro dia, numa farmácia (ou numa bomba de gasolina, ou numa estação dos correios, já nem sei), alcei o braço e vi. O Chico e o Ubaldo, admito, já não me lembro. O Veríssimo leio-o em circunstâncias especiais, no Expresso, e sei que também é adaptado. Nos livros já não me lembro. O que queria dizer era que lembrava-me das tremas do Jorge Amado e a minha memória achava, esquecidamente, que o brasileiro era também português para os editores portugueses. E como o Paulo Coelho usa letras para construir palavras sem fazer o que quer que seja com isso, a grafia interessa pouco ou nada.

Até ver isto. Cíntia Moscovich, A Arquitetura do Arco-íris. Em Portugal publicaram o livro como A Arquitectura do Arco-íris. Já agora ?aportuguesavam? também a autora, e passaria a Jacinta Moscovita. Não?


* Ah! Todos querem ser arquitetos mas ninguém quer ser empregada de limpeza. Seja, eu quero desenhar a casa, mas limpá-la, nem por isso.

Uh! Ninguém se atreve a substituir-se ao cirurgião. Não não, cirurgia é coisa séria, eles tiraram cursos e eu não posso ver sangue. Dar aulas? Ai, eu? É deixá-los estar, eu de aulas sei pouco, é deixá-los aturar os miúdos. Desenhar a minha casa? Mas isso sou eu que faço, sou eu, pois. Eu dou os meus deseinhos ao gaijo (deseinhos, bem, um deseinho. Se não um deseinho, uma descrição), ele vai para casa passar aquilo ao contador, ele volta na semana seguinte, eu aprovo, chama-se os homes para avançar com a obra e quando responderem da Câmara, com jeito, já?tá a obra feita. E quando estiverem os tetos estucados chama-se o desenhador cá a casa e paga-se o serviço com um borrego assado e duas garrafas de Monte Velho, a ver se ele se queixa.

Ih! Arquiteto. Arquiteto fazem tudo igual, é bota caixote e bai?buscar. Há o Cinza Vieira, e vão todos atrás. Mas deixem o senhor proprietário desenhar a sua casinha e o que sai é um pouco isto, mais vigota menos vigota: um cubo branco (casa) com fenestrações retangulares (janelas) e um chapéu triangular encarnado (telhado). Sem saber para onde é o norte ou qual a inclinação do terreno (qual terreno!?!?). As paredes têm a espessura do tijolo que se arranjar e passados vinte anos a casa já é velha e, por isso, naturalmente fria.


* Aparentemente sou a única pessoa no mundo civilizado que nunca escutou a seguinte palavra: gambiarra. Para quem não sabe, uma gambiarra é uma espécie de. Não. Não, esqueçam. Eu não sei e todos mais sabem-no. E, se não sabem, uma solução simples. Uma ponte alta ou um frasco de comprimidos avulsos. É fácil. Esqueçam a vergonha de admitir tal coisa em público.


* N tenho ideia!o q achas q é?
N faco ideia. Q é feito d ti?
Arrisco festa c gambas
é uma coisa improvisada. mas nao, n sabia

É um convite para um jantar com um amigo!!!Pode ser no sabado??? A proposito essa coisa é uma lanterna; ).
É uma especie de candeeiro que tem um gancho numa ponta e q pode pendurar-se no tecto.É muito usado nas oficinas de mecanica.Prende-se no capot e alumia o motor.So vi o sms agora.Espero ter ido a tempo e ter sido util.*
É qd se usa 1 técnica alternativa p solucionar 1 problema.é um improviso
É uma lanterna
É uma espécie de lanterna portatil à moda antiga. acho.pk?
Lanterna daquelas de pendurar? Acho eu!
tem que ver com novos processos e improvisaçao.
E uma extensao de fio eléctrico. Pode ter lampada na extremidade.
Ora bem, uma gambiarra é uma lâmpada com um fio/extensão (ou vice-versa), para alumiar. na minha terra é isso. porque perguntas?
Para mim é um daqueles cabos eléctrico com uma lampada dentro de uma estrutura de ferro tipo lanterna. mas acho q verdadeira e tecnicamente é uma fiada de luzinhas, tipo as vulg luzes do pinheirinho
Luzes de teatro, um feixe de luz. É?
É tipo uma lanterna mas c lampada das grands d casa. Dp tem protecao de arame a toda a volta.
Sei.. Tu não?
Uma luz transportavel normalmente protegida por uma gaiola, muito usada pelos mecanicos?
É uma lampada ligada a uma extensao?
Uma lanterna. Estä na minha recolha d celorices.
Sim, uma especie de lanterna. Ta tudo?
Sei. e uma lampada

BLOGADO ?S 01:40:26

05-12-2008

PORTURARIDADE, FOTOS, OBSESSÕES, IMAGENS, AMIGOS, FERROVIÁRIO, PLANEAMENTO MACADAME, CENTRALISMO, MULHERES, ALTA VELOCIDADE ELEVADA

Atualizações 04/12/08

* O valter escreve agora no pnetliteratura. Pelo que dá a entender, falará de livros que leu. Está muito bem.


* Esqueci-me de referir que acompanho o blogue de José Saramago. Com nível, sim senhor. Haviam de lhe dar um nobel.


* Apesar de por vezes eu achar o contrário, os arquitetos não são magos nem têm a cura para todas as doenças. Tirando o Siza. Mas os arquitetos, não sendo magos, têm razão no diagnóstico da crise urbana portuguesa. Vou dar dois exemplos, a ver se chego lá. Quando um arquiteto (merda, estou farto desta palavra). Quando um ventríloquo (arquiteto) propõe a redução dos carros na cidade ou a paragem das expansões urbanas dos concelhos limítrofes das grandes cidades, não é por mania. Reduzir o número de carros, e com isso desimpedir passeios e desanuviar o tráfego, traz os peões de novo à rua, e todos os outros peões (de bicicleta e de motoreta e de triciclo e de monociclo) saem também. Parar a expansão urbana, ou rurbana (ou banana com kiwi como se chama na terra do meu pai às coisas que não se percebe bem), não significa tirar as pessoas que moram em Valongo e pô-las a morar mais perto do centro do Porto. Não implica obrigar ninguém a fazer nada. Mas implica criar condições para que os filhos e os netos dessas pessoas não sejam obrigadas morar em terra assim esquecida como Valongo ou ainda mais longe. São ideias pelo bem comum.

Nós somos amigos. Nós estamos cá para ajudar. Quando vir um ventríloquo (arquiteto) pela rua, não hesite!, pague-lhe um doce e leve-o o a passear.


* Pergunta número um: porque é que se vai construir uma linha de Alta Velocidade ferroviária no Alentejo? Olhem bem para o mapa. Bem mesmo. Como se fosse uma mulher bonita e vocês a quisessem reduzir a caramelo. Ou um gajo bom e. Bem. Olhem.


Atentem na linha Aveiro - Salamanca. E reparem nessa bela linha alentejana. Para quem quer ir de Lisboa a Madrid, será que a diferença é assim tão grande? Não, não é. Então porque se vai construir a linha alentejana, passando pela zona menos densa do país? Porque o dinheiro de Bruxelas passa por Lisboa antes de chegar ao resto do país. E, como um bebé tamanho gigante, eles acham que uma linha pelo Alentejo é uma coisa gira.


* Segunda pergunta: porque se vai construir uma nova ponte? Ou então: porque é que a ponte Vasco da Gama foi construída sem considerar a Alta Velocidade? Se até a ponte 25 de Abril deixou aberto um espaço para a ferrovia. Não é que os assuntos de Lisboa me atraiam especialmente, mas quando se trata de um assunto a custar mil milhões de euros, que por acaso é de todos nós, assim, parabéns, conseguiram a minha atenção.

E mais uma coisinha. Na minha última visita-relâmpago por lá, perdi-me exatamente pelos lados onde irá desembocar a futura ponte. Chelas e tal. Sabem o que vi por lá? CARROS. A sério. Carros e carros. Acho que passei mais tempo andando sobre a rua que sobre o passeio, tantos os carros. E sabem o que vai ter a nova ponte, para além de comboios? CARROS. Mesmo.


* Uma mulher: Ana Bacalhau

BLOGADO ?S 00:52:14

04-12-2008

FOTOS, OBSESSÕES, IMAGENS, NORTE, MULHERES

Atualizações 3/12/08

*

Assembleia da Madeira retarda emissões em directo na internet para poder cortar "cenas desprestigiantes"

Continua a democracia de serviços mínimos na Madeira. Vale tudo:

Para captarem imagens das sessões, as câmaras da RTP-Madeira e de outras televisões têm espaço obrigatório junto à bancada de imprensa, atrás das bancadas dos partidos da oposição, onde antes ficavam os deputados da maioria. Contrariando a tradição parlamentar que distribui os partidos consoante o seu posicionamento ideológico, o PSD decidiu, em anterior legislatura, passar da direita para a esquerda do hemiciclo para que os seus deputados sejam filmados de frente e os da oposição de costas.

No Público.


* Quadrilátero do Minho.


* Guimarães 2012 e Maribor 2012. Alguma semelhança?

Por sugestão do Nuno.


* Uma mulher: Lenora Claire



Adoro as mamas da Lenora.

BLOGADO ?S 13:17:09

03-12-2008

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 5

Gestão do Amadora-Sintra dá a poupar milhões ao Estado

A escolha de palavras é magistral - 'dar' e 'poupar' não confundem nem nada.

No Público.

BLOGADO ?S 15:55:38

03-12-2008

INSTANTÂNEOS, FOTOS, OBSESSÕES, LÍNGUA, GALIZA, IMAGENS, BICICLETAS, MULHERES

Actualizações 2/12/08

* Abba, Dancing Queen




Chicoteiem-me, ridicularizem-me, etc. Os primeiros vinte segundos são écstasi.


* Proto-Abba?

Via Constant Siege.


* Assinem aqui esta petição, um pouco provocatória mas totalmente justificável, para equiparar as bicicletas aos carros elétricos como veículos não poluentes e, assim, beneficiar "de uma dedução à colecta no IRS de 30% dos custos de aquisição".

Via Menos Um Carro.


* Sessão Inaugural da Academia Galega da Língua Portuguesa


* É pena o castrapo, mas é a terra da pergunta total.




* É mesmo verdade. Olivença é portuguesa.


* Uma mulher: Nurgül Yesilçay

BLOGADO ?S 00:11:55

02-12-2008

GAMANÇOS, PORTURARIDADE, LÍNGUA, VÍDEOS, GALIZA, IMPRENSA, PLANEAMENTO MACADAME

Atualizações 1/11/08

* Já pouco me lembrava mas ainda não tinha mostrado por aqui este episódio de desinformação do Cuidado com a língua, programita habitualmente anódino mas de confiança. É tática antiga: quando acreditas verdadeiramente em alguma coisa procuras realçar as diferenças e de alguma maneira esquecer as semelhanças. Sei-o bem, porque é também tática normal para mim. Se mais alguém achar o programa desinformativo, não hesitem, escrevam: cuidadocomalingua@ateaofimdomundo.com.



* Digo e reafirmo: quando Os Verdes se desassociarem do PCP, eu talvez considere o voto neles. Na CDU, lamento, não voto.

O Partido Ecologista Os Verdes, apesar de realizar uma acção ecologista cada vez mais activa, a sua contribuição no plano político e institucional, que se alarga muito para além da CDU, capaz de atrair e envolver sectores progressistas e democráticos da sociedade é sistematicamente silenciado nos meios de comunicação social.

Jerónimo de Sousa, via Arrastão.


*

Via Arrastão.


*

Somos campeões mundiais em extensão e crescimento da rede de auto-estradas desde 1990. Mesmo sem as novas concessões, Portugal já está entre os países que mais investiram e que têm maior número de km por habitante e área. Mas os dados da União Europeia e OCDE mostram que se investe pouco em manutenção

Do DN, através do Menos Um Carro.

BLOGADO ?S 00:39:14

30-11-2008

RECORRÊNCIAS, PORTURARIDADE

Atualizações Irritadas 30/11/08

* Primeira irritação: Miguel Sousa Tavares. Claro que alguém de quem se diz ter feito carreira sendo ?politicamente incorreto? (e disso se orgulha), é tudo menos isso. A partir de certa altura, o ?politicamente incorreto? deixa de ser desalinhado (se é que alguma vez o foi, no caso de MST) e passa a ser reacionário. E chato. Imagino muitos dos leitores a reverem-se naquela ideia do rapaz que luta contra um poder eternamente maior do que ele e com armas consideravelmente menores, mas com uma considerável bravura. O ato em si é sempre por todos louvado, mas nunca ninguém espera que David vença o gigante.

MST, que nunca prima pela coerência (mas antes por um refinado contrário, uma espécie de incoerência militante e muito, muito arrogante), passeia-se pelos nossos jornais com colunas de página inteira e erros que, no seu caso, duram anos. Para MST as gravuras do Vale do Côa nunca foram paleolíticas, e não interessa o que dizem os especialistas (à semelhança do Stephen Colbert, que dizia, sobre Bush, 'eu sei que me vão dizer que é mentira. que viram em livros. não me interessa o que dizem os livros.'), MST estará sempre na mó de cima. Ninguém detém tamanho protagonismo para o contradizer, e ninguém escreve livros e articula em vários jornais e ainda vai à televisão.

Quanto às leis (caducas, irreais), eles chama-as quando vê o litoral alentejano, e chora as suas lágrimas muito particulares por verificar a impunidade de quem lá constrói, ou de quem é corrupto e enriquece com isso. Quando essas leis são violadas, MST acha mal. Como todas as leis, essas também zelam pelo interesse de todos nós. Assim como leis rodoviárias ou de saúde pública. Mas, no caso dessas, existe primeiro o 'interesse MST' e só depois o interesse comum. MST fica escandalizado quando vê esses injustiçados condutores que são multados por apenas estacionarem o carro sobre o passeio, ou que são multados apenas por conduzirem em excesso de velocidade. E, ele próprio, fica chateadinho (íssimo) por não poder fumar onde quer.

Um de cada vez, então. Não se pode estacionar sobre os passeios porque os passeios são para os peões. Foram criados para isso. Não se pode andar mais rápido que o permitido por questões de segurança rodoviária, ruído e poluição. E não se pode fumar em recintos fechados para proteger a saúde de quem não fuma. Claro que qualquer uma destas leis idiotas não serve a MST, e por isso ele contesta-as vivamente. Mas se a lei que lhe garante uma vista incólume em Vila Nova de Milfontes é desrespeitada, MST é o primeiro a inchar o peito e a vociferar que 'está mal'. Eu sei o que 'está mal'. É Miguel Sousa Tavares.


* Segunda irritação: Laurinda Alves. Não posso discorrer no que me irrita nela porque, sinceramente, gasto pouco ou nenhum do meu escasso tempo a ler o que escreve. Mas sei das suas colunas no Público e da sua responsabilidade em coisas como a X. E basta-me. Sempre me pareceu daquelas entusiastas das 'ideias positivas', que mistura na mesma crónica a mão de uma velhinha que ela segurou enquanto ela lhe contava da pensão que não chegava, e no parágrafo seguinte espanta-nos com o espanto que sentiu com a cena final do último filme do Bertolluci. Tinha razões seguras para não gostar dela.

No fim de semana passado fui a Lisboa para uma conferência de V. S. Naipaul (continuo sem perceber como se pronuncia). Lá, na Gulbenkian, juntaram-se muitas das caras conhecidas da movida lisboeta. António Barreto e a sua Filomena, Marçal Grilo e mesmo Eduardo Lourenço (na cidade por uma conferência sobre Pessoa). E Laurinda Alves. Confesso que a mulher, e isto mesmo que não a conhecesse, me irritou logo. Insistia em furar a fila dos autógrafos para as fotos mais constrangedoras do escritor (que, dentro da sua timidez estudada, mostrava já alguma irritação com a fotógrafa amadora com a câmara perigosamente perto do seu nariz). Quase chegando a minha vez, Laurinda, a graciosa, furou definitivamente a fila para, com a câmara em cima de Naipaul lhe fazer uma muito simpática e inesperada entrevista. Naipaul, que se poupa ao normal comedimento dos famosos portugueses, respondeu rapidamente a uma das perguntas e despachou-a com um expedito 'that's enough for you'.


* Terceira e última irritação: Luís Pedro Nunes, diretor do Inimigo Público. No às vezes porreiro Eixo do Mal, LPN afirmava que ele, inefável defensor da correção, era uma pessoa irrepreensivelmente pontual. Irrepreeensivelmente. E continuava dizendo que achava uma tremenda falta de respeito quem desrespeitava assim uma tão básica regra de comportamento social. Concordo. O muito português 'chego às oito' é sempre, e isso é óbvio, pela hora dos Açores. Mas outra das regras que prezo é a de deixar falar quem fala e falar na nossa vez. Interromper ou tentar falar ao mesmo tempo é incrivelmente rude. Mas LPN, e também Clara Ferreira Alves, permitem-se discordar. Falando sobre nós.

BLOGADO ?S 18:12:26

29-11-2008

GAMANÇOS, HUMOR, IMPRENSA

Afinal o primeiro milho é mesmo para os pardais - as Câmaras já utilizam milho contracetivo

O mesmo não acontece com o controlo dos pombos. Falando claramente de uma "praga", Rui Rio diz que, neste caso, "não é preciso protocolo" mas apenas que cada município distribua o "milho próprio" que existe "para não se reproduzirem".

JN.

BLOGADO ?S 17:01:45

29-11-2008

GAMANÇOS, PORTURARIDADE, HUMOR, IMPRENSA, URBANISMO DE PONTA

E a rotunda desceu dos céus e, na graça da sua magnificiência, trouxe aos habitantes de Jovim a glória eterna e catorze virgens

Moradores junto à Estrada D. Miguel, no Alto da Touta, em Jovim, Gondomar, pedem uma rotunda que trave "o excesso de velocidade dos automobilistas" e a sequência de acidentes. Já entregaram um abaixo-assinado à Câmara.


No JN.

BLOGADO ?S 12:23:47

29-11-2008

TÍTULO DO ANO

Título do Ano 4

Madalena queixa-sede maus cheiros


No JN.

BLOGADO ?S 12:20:22

28-11-2008

INSTANTÂNEOS, PORTURARIDADE

Fátima Lopes, Virgílio Castelo, Júlio Magalhães

Sugestões para o próximo escritor-revelação?

BLOGADO ?S 18:43:34

27-11-2008

RECORRÊNCIAS, GALIZA

Actualizações 27/11/08

* Numa notícia do Público de hoje referiam-se a Gordon Brown como o 'primeiro-ministro inglês', assim como já antes falaram do 'parlamento inglês'. Para começar, Gordon Brown é o primeiro-ministro do Reino Unido. E nem sequer é inglês. É escocês, portanto o erro também não viria daí. Existem parlamentos na Escócia e no País de Gales, mas não em Inglaterra nem na Irlanda do Norte.

Extrapolando um pouco a questão, é já natural para o ouvido português ouvir falar de 'escoceses' ou 'irlandeses', mas menos de 'galeses'. Existe, por regra, a tendência para confundir o Reino Unido com a Inglaterra, e os seus habitantes com os ingleses. Apesar de tudo, entre eles é claro: eu sou inglês, tu escocês, ele galês, mas somos todos britânicos. Em Espanha criou-se, propositadamente, um equívoco que mesmo em Portugal há resistência em reconhecer. O Estado chama-se Espanha, e devido ao sistema de poder que vigora lá desde os Reis Católicos, instalou-se a confusão entre 'nação' e 'estado'. Um galego até pode ser 'galego' mas ao fim do dia é sempre 'espanhol'. Um habitante de Madrid é 'espanhol' quando acorda e quando vai dormir. E é esse equívoco, orquestrado desde há séculos, que vai apagando os nacionalismos.

* Ao menos na Gronelândia parece haver mais democracia.

* O Público já desmentiu que os quiosques dos Aliados tivessem a mão de Siza. Há donos de quiosques a serem operados às hérnias (por terem de se agachar ao entrar neles, porque a porta é muito baixa) e havia já quem atirasse a culpa aos eternos culpados dos males do país, os arquitetos. Quem faz este tipo de acusações, ao contrário dos jornalistas do Público, nunca volta atrás.

BLOGADO ?S 15:45:29

27-11-2008

RECORRÊNCIAS

paredes

Não acredito que alguém queira, verdadeiramente, como destino ideal, passar a vida em casa a escrever livros. Mas, se me fosse dado a escolher, este seria um destino belo.

BLOGADO ?S 12:48:48

26-11-2008

INSTANTÂNEOS, RECORRÊNCIAS, PORTURARIDADE, LIGAÇÕES, CENTRALISMO

A nossa cidade

Quando o Presidente da Ordem dos Arquitetos fala do urbanismo em Portugal sem sair do concelho de Lisboa, percebemos que algo está muito, muito mal neste país.

BLOGADO ?S 13:06:07

25-11-2008

GAMANÇOS, PORTURARIDADE, LÍNGUA, GRANDE PORTO

António Alves, Publicidade da TAP

Um dos problemas operacionais que se colocam à promoção da cidade do Porto no exterior é o facto desta urbe ter duas marcas: Porto e Oporto. Com esta dupla denominação reconhece-se que é difícil levar a efeito uma política de branding da cidade coerente e eficaz. Julgo também saber que as principais entidades envolvidas na promoção turística da cidade e região estão empenhadas em alterar esta situação e apostar tudo na marca ?Porto?. Ora assim sendo convém que façam pressão sobre empresas como a TAP que continua a utilizar nos seus sites internacionais o nome Oporto em vez de Porto. Como, por exemplo, no site TAP para a Itália. A TAP é uma empresa com responsabilidades sociais evidentes e deve ser sensibilizada para esta questão, por quem de direito, e desse modo contribuir para o desenvolvimento regional desta parte do território. Aliás, compreende-se pouco que a TAP insista em usar a marca Oporto quando os seus principais concorrentes, aqueles que esta campanha especificamente pretende combater ? Iberia, Ryanair e Volareweb -, usam explicitamente a marca Porto.


(negrito meu)

Via A Baixa do Porto.

BLOGADO ?S 23:56:26

25-11-2008

GAMANÇOS, HUMOR

Aníbal Cavaco Silva

Fiquei surpreendidíssimo por ver como as vacas avançavam, uma atrás das outras, se encostavam ao robô e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha

Via Arrastão.

BLOGADO ?S 16:19:41

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