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Nova ceia revolucionária esta sexta-feira

30-11-2008

  23:49:42, por cshenriqueta   , 1020 palavras  
Categorias: Gastronomia

Nova ceia revolucionária esta sexta-feira

O Centro Social Henriqueta Outeiro acolhe a próxima sexta-feira, 5 de Dezembro, às 20.30h umha nova ceia revolucionária. Nesta ocasiom umha refeiçom francesa dedicada à Comuna de Paris. O preço da ceia será de 10 euros.

A ementa seria:
1º Crema Saint-Germain
2º Quiche Lorraine
Sobremesa: Tarta Saint Honeret
Bebida: Champagne

Comuna de Paris
Foi o primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa durante a resistência popular ante à invasom alemá.
Durante a guerra franco-prussiana, as províncias francesas elegeram para a Assembleia Nacional umha maioria de deputados monarquistas francamente favorável à capitulaçom ante a Prússia. A populaçom de Paris opunha-se a essa política. Thiers, elevado à chefia do Gabinete conservador, tentou esmagar os insurretos. Estes com o apoio da Guarda Nacional, derrotaram as forças legalistas, obrigando os membros do governo a abandonar precipitadamente a capital francesa, onde o comité central da Guarda Nacional passou a exercer sua autoridade. A Comuna de Paris -considerada a primeira República Proletária da história- adoptou umha política de caráter socialista, baseada nos princípios da Primeira Internacional.

O poder comunal manteve-se durante cerca de 40 dias. O seu esmagamento revestiu-se de extrema crueldade.
O governo durou oficialmente de 26 de Março a 28 de Maio, enfrentando nom só o invasor alemám como também tropas francesas, pois a Comuna era um movimento de revolta ante ao armistício assinado pelo governo nacional (transferido para Versalhes) após a derrota na Guerra Franco-Prussiana. Os alemans tiverom que libertar militares franceses feitos prisioneiros de guerra para auxiliar na tomada de Paris.

Achegas da Comuna
O governo revolucionário foi formado por uma federaçom de representantes de bairro (a Guarda Nacional, umha milícia popular). Uma das suas primeiras proclamaçons foi a "aboliçom do sistema da escravidom do salário de uma vez por todas". A Guarda Nacional misturou-se com os soldados franceses, que se amotinaram e massacrarom os seus chefes. Após a fugida do governo oficial Paris ficou sob o governo operário, formado por Blanquistas, membros da Associaçom Internacional dos Trabalhadores, Proudhonistas e uma miscelânea de indivíduos nom-filiados politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e artistas.
Em semanas, a recém nomeada Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dous séculos anteriores combinados:

- As ferramentas som devolvidas aos operários durante o cerco à Comuna.
-O trabalho noturno foi abolido.
-Oficinas que estavam fechadas fôrom reabertas para instalar cooperativas.
-Residências vazias fôrom desapropriadas e ocupadas.
-Em cada residência oficial foi instalado um comité para organizar a ocupaçom de casas.
-Todos os descontos em salário fôrom abolidos.
-A jornada de trabalho foi reduzida, e chegou-se a propor a jornada de oito horas.
-Os sindicatos foram legalizados.
-Instituiu-se a igualdade entre os sexos.
-Projectou-se a autogestom das fábricas (mas nom foi possível implantá-la).
-O monopólio da lei polos advogados, o juramento judicial e os honorários fôrom abolidos.
-Testamentos, adopçons e a contrataçom de advogados tornarom-se gratuitos.
-O casamento tornou-se gratuito e simplificado.
-A pena de morte foi abolida.
-O cargo de juiz tornou-se electivo.
-O calendário revolucionário foi novamente adoptado.
-O Estado e a Igreja fôrom separados; a Igreja deixou de ser subsidiada polo Estado e as propriedades sem herdeiros passarom a ser confiscados polo Estado.
-A educaçom tornou-se gratuita e laica. Escolas noturnas fôrom criadas e todas as escolas passárom a ser mistas.
-Imagens de santos e a imagineria religiosa fôrom derretidos, e sociedades de discussom fôrom criadas nas Igrejas.
-A Igreja de Brea, erguida em memória de um dos homens envolvidos na repressom da Revoluçom de 1848 foi demolida. O confessionário de Luís XVI e a coluna Vendome também.
-A Bandeira Vermelha foi adoptada como símbolo da Unidade Federal da Humanidade.
-O internacionalismo foi posto em práctica: o facto de ser estrangeiro tornou-se irrelevante. Os integrantes da Comuna incluíam belgas, italianos, polacos, húngaros.
-Instituiu-se um escritório central de imprensa.
-Emitiu-se um apelo à Associaçom Internacional dos Trabalhadores.
-O serviço militar obrigatório e o exército regular fôrom abolidos.
-Todas as finanças fôrom reorganizadas, incluindo os correios, a assistência pública e os telégrafos.
-Havia um plano para a rotaçom de trabalhadores/as.
-Considerou-se instituir uma Escola Nacional de Serviço Público.
-Os artistas passárom a autogestionar os teatros e editoras.
-O salário dos professorado foi duplicado.

A morte da Comuna
O governo oficial instalado em Versalhes sob o comando de Thiers pactuou a paz com a Alemanha para que tivesse tempo de esmagar a Comuna de Paris. A Alemanha libertou prisioneiros de guerra para compor as forças que o exército francês usaria contra a Comuna. Esta, perdeu terreno rapidamente, pois possuía menos de 15 mil milicianos defendendo a cidade contra 100 mil soldados de Versalhes. Durante a lenta derrota, os revolucionários prendérom fogo aos símbolos do Império francês -os prédios administrativos, o palácio do governo- e executárom os reféns, compostos na sua maioria por clérigos, polícias e juízes. Ao todo, a Comuna executou 100 pessoas e matou 900 na defesa de Paris. As tropas de Thiers, por outro lado, matarom de 50 a 80 mil parisienses, tanto nos combates quanto nas execuçons sumárias que se seguirom. 40 mil pessoas fôrom presas, e muitas pessoas fôrom executadas por terem sido confundidas com membros da Comuna. As execuçons só pararom por medo de que a quantidade imensa de cadáveres poidesse causar uma epidemia de doenças.
A Comuna foi a primeira experiência moderna de um governo realmente popular. Um extraordinário acontecimento histórico resultante da iniciativa de grupos revolucionários e do espontaneísmo político das massas, combinando patriotismo, republicanismo e socialismo, em meio à circunstâncias dramáticas de uma guerra perdida (Franco-Prussiana) e de umha guerra civil em curso.

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