na ausência de dores
respirar foi apenas ignorar-me inteiro
contei respirações
cumpri esses ciclos
e depois balancei-me levemente
procurando um centro
no movimento oscilante embalou-se o ego
e levantou-me de mim antes do tempo
Uma agulha pequenina
espetada no tornozelo
fia este corpo no ar
como um bloco de concreto
dói-me o mar
em cada tecla
o mar
em ondas sonoras
a sugerir teu nome
a ser escrito
no mar
em cada mar
de cada tecla
em que começa sempre o teu nome