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      ENTREVISTA A A.M.A.L.

      ENTREVISTA A A.M.A.L.

      15-05-20

      Entrevista a A.M.A.L. Agrupaçom de Montanha Águas Limpas

      Que atividades estavais a fazer antes da atual crise sanitária do Covid-19?
      Estávamos a ver de dar pulo ao ritmo vagaroso da agrupaçom. Apenas vínhamos fazendo umha saída à montanha em cada estaçom.

      Como vos afeta a atual situaçom?
      No imediato coutou a excursom ao Caurel no marco das atividades Desporto comprometido com os direitos civís que se enmarca dentro da Campanha que está a levar adiante o Comité de Campanha das Operaçons Jaro. Obviamente o celme da nossa atividade nom se pode substituir pola via telemática, assim que estamos à espreita do que vem após estes tempos interessantes de reclusom forçada.

      Como procederedes umha vez que haja umha volta a "normalidade" coas atividades que sejam grupais? Que medidas ides adotar respeito a segurança, higiene, etc...?
      Que bom isso da "normalidade"! Aquí teriamos para várias teses filosóficas. Mas indo ao que se pergunta, o certo é que nom temos umha postura ao respeito porque aínda nom figemos ningumha reflexom comum. Podo dar o meu ponto de vista que é tirar ferro ao conto.

      Como afrontades o futuro mais inmediato?
      Como dizia, enquanto haja isolamento forçado nom vamos avançar atividade. Depois havemos retomar os nossos propósitos que som em síntese conhecemento e defensa da terra, e convívio grupal.

      Na quarentena a gente sofreu um encerro que nom esperava, e em muitas pessoas produziu-se por isso umha revalorizaçom da natureza e dos espaços abertos. Pensades que isso pode dar no futuro um novo pulo ao montanhismo?

      Hoje falava com umha pessoa que mora em Ourense e descrevia malhada a realidade pola que me perguntas. Seica à hora à que podem sair passear (eu fico um pouco alheo a tudo isto ao morar no rural disperso), o caminho cara ao Monte Alegre arremedava Samil numha fim-de-semana solheira de verao. Eu atrevo-me a dizer que moita dessa gente nom subiu a esse monte na sua vida! Também outro amigo fiava com isto a farta que leva a gente de telemóvel, computador, tableta... resultando em sejuns de tecnologia. Acho que era o Santiago Alba Rico quem dizia que nom se pode amar o que nom se tocou (olhar, pensar, descrever, ulir... formam parte do tocar). Também vai só uns dias comentava num artigo que "se nom se provarom as almôndegas da avoa -e nem sequer se tem tempo para pensar nelas e menos para cozinhá-las- daquela é moito certo que se apreciará coma um manjar qualquer alimento manufacturado com cartílagos de galinha...". Ao revés também funciona esta lógica, e da mesma fonte traio "quem provasse as almôndegas da avoa há querer volver a elas, até se por vezes passa por um Burger King". Assim que seguindo esta reflexom podemos esperar que das persoas que nunca passeavam por um trilho, ou que nunca paravam a olhar para o horizonte, ou as estrelas? e que agora, convidados pola estreiteza do confinamento, saem ao monte coma estorninhos, pois haverá-as que ham querer voltar!

      Esta crise pom em questom o turismo de massas e os deslocamentos a longa distancia: por anti-ecológicos e pontenciadores do contágio, e também porque a turistizaçom demosntra-se incapaz de manter no longo prazo a economia dum país como o nosso: nom é esta umha boa ocasiom para despertar o interesse polo conhecimento da Terra que nos rodea, e abandonar a ánsia polas longas distâncias?

      A vocaçom da agrupaçom é servir como facilitadora para que a nossa gente saia a conhecer o monte, a ulir a uz em flor, a passar frio numha nevarada, a despedir o verao numha montanha ateigada de lendas, e por que nom, a ver esmorecer o interior do país... Isto acontece em pugna perante o alheamento próprio do modus vivendi ao que conduze o capitalismo, onde prima o espetáculo, a imediatez, as novas experiências..., e grosso modo o turismo é um bom exemplo desses valores. Para nós o repetir umha caminhada nom é problema, de facto a saber quantas vezes havíamos ir ao Castelo da Cerveira (agora anda o urso por alô!) e nom o aborrecemos porque "nom se trata de descubrir sempre novas paisagens senom que a verdadeira viagem de descubrimento é mirar com novos olhos", algo assim dizia Marcel Proust no seu "Em busca do tempo perdido". Assim que abofé que é boa hora para turrar da gente cara o monte, especialmente da mocidade.

      Escrito ?s 14:00:00 nas castegorias: album
      por SCMadiaLeva   , 723 palavras, 225 views     Chuza!

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