Às vizinhas e vizinhos de Lugo:
Vimos estes dias na imprensa a nova da decisom do nosso Concelho de nom apresentar recurso de cassaçom frente à sentência do Tribunal Superior de Xustiza de Galiza, que condena à Corporaçom a pagar à empresa Inca umha indemnizaçom de 2.424.900 euros.
Diante disto a Plataforma Lugo de Cara ao Miño queremos explicar-vos e fazer pública a nossa postura.
No 2015 a empresa de engenharia Inca, concessionária da obra, incumpria o contrato das obras para a recuperaçom da Fábrica da Luz; fijo um dique fora de sítio, construiu escadas de peixes fora dos planos, nom tivo em conta que era umha zona protegida, nom cumpriu os praços.
Por todo isso surdiu a Plataforma, da que fazíamos parte até 21 coletivos de Lugo, coa intençom de frear essas obras e restaurar o rio e o seu entorno na zona do "caneiro das ilhas" e do "chapuço".
Desde esse ano desenvolvimos umha intensa atividade tendo sempre como norte a informaçom a todas as nossas vizinhas e vizinhos; repartimos informaçom na rua ,- o nosso espaço de açom preferente -, instalamos mesas informativas, convocamos roldas de imprensa - ainda que os meios nunca nos tratarom excessivamente bem, sobre todo "La Voz de Galicia" -, até figemos algumha manifestaçom.
Também desenvolvimos umha atividade mais política e mesmo burocrática, de reunións, denúncias, consultas, no Concelho e na Confederación Hidrográfica Miño-Sil (CHM-S).
Mantivemos reunions com todos os Grupos Políticos com representaçom no Governo Municipal (PSOE, PP, BNG, e Ciudadanos)
Tivemos umha reuniom coa Alcaldesa Lara Méndez, umha soa das várias que lhe pedimos, várias co Concelheiro Daniel Piñeiro, também na CHM-S, mesmo fomos a Ourense a umha juntança co seu Presidente e a sua equipa. Aliás de escritos, instáncias, denúncias...
Desde a Plataforma avisamos ao Concelho destas irregularidades, dos praços que venciam, de como se poderia denunciar o contrato por incumprimento do mesmo, de como, se quadra, estavam-lhe a fazer a cama - ao Concelheiro - no seu próprio Departamento...
Várias pessoas da Plataforma fôrom denunciadas por Inca em várias ocasions, e nos Tribunais essas pessoas fôrom absoltas ou os casos fôrom arquivados.
Todo esse processo de denúncias durante todos esses anos de um longo processo de luita, supugérom para nós tempo, quartos (nom há subvençons), trabalho, calúnias da imprensa...
Depois de todo isto, vemos com decepçom que nom conseguimos o que queriamos, porque sim, paramos as obras, mas esse nom é o final que nós queriamos. Resulta que agora Inca vai tirar benefício de todo isto sem ter feito nada da obra encomendada e Lugo terá que pagar os pratos rotos.
Desde o 2015 furtou-se ao povo de Lugo esse espaço de lecer e de banho a carom da Fábrica da Luz, nom se sabe o destino que se lhe vai dar a esse edifício histórico e singular, desconhece-se onde estám as turbinas - as velhas e as novas -. E ainda por riba o Concelho da-lhe mais obras a empresa Inca, como as do Proxecto Edusi.
Apesar deste aparente fracasso, sabemos que é necessário que nos juntemos para seguir reclamando o que é justo.
Inca é culpável desse gasto da indemnizaçom porque foi Inca quem incumpliu o contrato, mas também é culpável a legislatura anterior do Concelho por nom fazer bem os deveres e quando falamos de culpabilidade, nom nos referimos a um conceito judicial, o Povo nom precisa de juizes, juizas ou julgados, para sabe-lo.
Quando nasceu a Plataforma dissemos que a Plataforma era herdeira de outras luitas anteriores em defesa do nosso Minho e também dissemos que vinhamos para ficar, que iamos estar vigiantes ante qualquer atentado ao Minho. Nós seguimos aquí.
Lugo, fevereiro 2021
