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      PREGOM DO LUME NOVO 2022.

      PREGOM DO LUME NOVO 2022.

      06-07-22

      Depois de dous anos, hoje podemos celebrar outra vez o lume novo. Seguindo a tradiçom vamos queimar o que nos sobra, o velho para fazer sítio ao novo que chega. Vamos celebrar a chegada do verao o tempo da maduraçom dos fruitos. A natureza namorou na primavera, copulou e fecundou-se. Madurará no verao que hoje nasce. Estamos nas portas dumha mudança de ciclo.

      Somos seres vivos, num Planeta acolhedor e amoroso que nos dá acocho, comida e casa. Estes dous anos mostrarom-nos umha realidade que, ainda que a suspeitavamos, nom perceberamos con toda a sua rudeza. Prenderom-nos nas nossas casas e o mundo pareceu deter-se. Dous anos que já percebemos desaparecidos, pese a viver situaçons difíceis e cum medo imposto. Introduzirom o medo nas nossas vidas e reafirmou-se o individualismo.

      Muitas pensamos que ao se deter, o Planeta veria-se favorecido. Mas continuam as emissons de gases poluintes, e a atmosfera terrestre nom melhorou na sua composiçom.

      Nom chegou a reclusom para que a nossa querida casa voltasse a recuperar a sua saúde. Porém, tivemos que afastarmo-nos e evitar o contato entre pessoas. Que singelo foi chegar a essa medida... ao isolamento. Mas pese a estas situaçons, houvo pessoas que como boas fiandeiras tecerom redes que nos juntarom para ir todas juntas, sem que ninguém ficasse fora, e em comunidade. Aprendemos que há que profundar nessas redes, baseadas nos cuidados, porque som as que nos salvam e podem deter e frear este sistema capitalista, voraz, tecnocrata e individualista, sustentado no paradigma do eterno crescimento económico sem ter em conta que vivemos num planeta de recursos limitados.

      Pretendem converter o rural galego num gram polígono industrial repartido entre macroeólicos, macrominaria, macrogranjas, e grandes industrias como a que ALTRI tenciona implantar na Ulhoa. Sabemos que esta industria vai perpetuar a maciça eucaliptizaçom que sofre o medio ambiente galego. Dim que vai criar novos postos de trabalho..milheiros segundo eles. E quantos destroem ? quanto destroem? qual é o impacto sobre as águas, qual é o impacto sobre a biodiversidade, qual é o impacto sobre a vida? Quem ganha com todo isto?

      Vacas, cochos, pitos ou coelhos que se alimentam como se fossem máquinas para enche-los de antibióticos, pensos transgénicos e sacrifica-los para que poda chegar ao nosso prato por um preço que nom é o real. E qual é o preço real? Acaso entra nesse preço a gestiom dos xurros, a contaminaçom de aquíferos, ou a própria qualidade de vida dos animais?

      O medio ambiente sempre fica como a última das prioridades a ter em conta neste sistema depredador, utilizando os recursos que som de todos os seres vivos, para benefício das grandes multinacionais que já estám enquistadas nas estruturas de poder. De maneira que se programam grandes empreendimentos desde a cúpula para beneficiar-se das ajudas públicas que desde esses mesmos lugares se arbitram.

      Inconscientes do seu valor real, roubam-nos a mais preçada de todas as cousas, o nosso tempo, eliminando pessoal. Cada vez que participamos dos autoserviços de gasolineiras ou supermercados ou obrigando-nos a utilizar a nossa própria internet para arranjar todas as problemáticas da nossa vida. Os seres humanos desaparecem dos lugares de atendimento para serem substituidos por vozes metálicas ou um algoritmo que sabe melhor que nós o que nos convém (sic) ...

      O eterno crescimento económico, o macro que fai girar a roda. Quanto mais macro, a roda gira mais e mais rápido, fazendo-nos cada vez mais, e mais dependentes dum sistema que está em crise, umha crise ambiental, sanitária e económica, que ninguém parece perceber agás as ecologistas também alcunhadas de catastrofistas.

      E a situaçom global do planeta nom dá para muitas alegrias. Temos os informes assustadores dos efeitos do cambio climático, da poluçom dos oceanos, dos nossos rios e , em geral das águas quer das terrestres quer das marinhas. Os desastres naturais aumentaram num 43,8% nos dez últimos anos.
      Mas ainda se escuitam algumhas vozes que dim cambio climático, de que? Total um grao mais... que importa! A perda de espécies a que assistimos ( a grande extinçom) importa porque cada espécie que perdemos volve-nos mais suscetíveis a novas pandemias, coma os monocultivos às pragas.

      A saida do sistema é inevitável. Precisamos diminuir o nosso impacto global sobre o Planeta. Respeitar as leis que o governam desde a apariçom dos sistemas viventes. Respeitar a sua capacidade de regeneraçom, e limitar os processos que esgotam os seus recursos. A questom nom é produzir para atender a umha demanda que cada vez é maior. A questom é saber quais som as nosdas reais necessidades para umha vida digna para a maioria das pessoas. Temos muito onde aforrar recursos e energia. Ponhamos um pequeno exemplo: Para quem estám acessas as luzes do bairro inecessário de Sam Fiz. Alumando toda a noite. A quem alumam? Este pode ser un pequeno exemplo , mas como esse há muitos.

      As cidades som lugares que consumem muitos recursos , quer materiais quer energéticos. Num processo de administraçom de recursos deveriamos limitar o seu crescimento e tentar de reduzi-las, para distribuir a populaçom polo território em pequenos núcleos autosuficientes. A energia nom devesse de distribuir-se percorrendo distáncias desnecessárias, para juntar a produçom com o consumo. A globalizaçom tem que parar. Temos que reduzir nossas demandas para ajusta-las as nossas reais necessidades e a nossa própria capacidade de reciclar e de assumir os nossos refugalhos. Estes tem que passar maciçamente de residuos a recursos. Temos que jogar ao mesmo jogo da natureza. Detetar onde está o problema e as causas que nos levarom até esta situaçom crítica.

      Para nós é o modelo capitalista desbocado, que cresceu para converter-se num monstro que todo o domina sem que os seres humanos saibamos de onde venhem as ordes, nem as responsabilidades. Este sistema que tem a sua origem no Patriarcado como modelo social e familiar, tem que ser substituido por um modelo igualitário entre os géneros e entre as camadas sociais. Porque nos afasta das regras da natureza. Impom-se voltar a ela. Seguir as suas regras. Por isso é necessário o descrescimento como a rede que faga parar essa engrenagem. Fazendo-nos mais soberanas e conscientes: criar em vez de consumir, desligarmo-nos da dependência elétrica, consumir localmente e conhecer as produtoras, ter a própria horta, aprender a viver com menos, participar nas atividades dos centros sociais, apoiar-nos umhas nas outras, ter um lazer criativo e nom baseado no consumo e ser conscientes de que todos os nossos atos provocam impactos que devemos conhecer para assim tratar de reduzi-los.

      Viver conscientemente e com tempo a cuidar-nos a nós mesmas e às que temos perto, soberanas do nosso corpo, dos nossos alimentos, da nossa energia e da nossa terra que é de todas. Cuidar da Terra, casa comum. Nosso único lar possível

      E é por isso que esta noite berramos
      LUME ao capitalismo e ao Patriarcado
      LUME aos partidos que lhe dam aceite ao sistema
      LUME às farmacéuticas
      LUME às macrogranjas
      LUME ao oligopólio energético
      LUME à eucaliptizaçom (olho que isto pode-se-nos ir das mans)

      LUME!

      Escrito ?s 11:14:00 nas castegorias: album
      por SCMadiaLeva   , 1157 palavras, 122 views     Chuza!

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