O FACHO: As Estratégias para a Língua por Valentim R. Fagim

O FACHO: As Estratégias para a Língua por Valentim R. Fagim

13-01-2010

O actual presidente da Associaçom Galega da Língua, Valentim Rodrigues Fagim, ofereceu umha amena e interessante visom das estratégias que podem ser aplicadas à língua galega.
Apetrechado com um computador foi mostrando ao público diferentes imagens, gráfícas, desenhos e esquemas que contribuírom para manter a atençom e para lograr umha maior compreensom das teses reintegracionistas defendidas polo professor.
Valentim começou com umha autocrítica, ?o reintegracionismo sempre foi pouco pedagógico?, afirmou. Depois mostrou um texto em ILG e outro em norma reintegracionista para que o público visse as principais diferenças entre isolacionismo e reintegracionismo. ?Temos que partir do facto de que fala e escrita som actos comunicativos distintos em todas as línguas? pois nengumha língua se fala como se escreve, sublinhou o activista lingüístico.
Aliás, incidiu na ideia que já fora exposta polo professor Freixeiro há umhas semanas, ?o castelhano tem prestígio, o galego da Galiza nom... nom é o mesmo que o galego seja falado por um marinheiro que por Amáncio Ortega, mas isso é assim na Galiza e em todo o mundo? recordou o docente viguês para ilustrar a realidade sociolingüística do País.
Para seguir retratando a realidade do nosso idioma recorreu a umha cita do Compêndio de gramática galego-castelhana que o misterioso Francisco Mirás escreveu em 1864. Nele mostrava-se como um galego tentava confessar-se mas ao nom lhe entender o cura palavras como Nadal acabava por castelhanizá-la em ?navidá?. Aliás, explicou como no século XVI o castelhano era um idioma estrangeiro na Galiza, ?porque assim era percebido polos galegos e galegas?, e no século XVII a unidade lingüística galego-portuguesa era tal que os galegos e galegas emigrados a Madrid ?se faziam passar por portugueses? para que nom se mofassem deles. ?Porém, hoje já nada disto é assim? assegurou.
Depois desta sucinto limiar o Fagim embrenhou o seu relatório para a delimitaçom das estratégias possíveis que tem a língua galega. Distinguiu entre a estratégia que opta por dividir a língua galega do seu ámbito lingüístico natural e reduzí-la à Galiza autonómica e às comarcas galegófonas do Eu-Návia, Vale de Íbias, o Berzo, a Cabreira e a Seabra, para além dos três territórios da estremadura espanhola de fala galego-portuguesa, ou reintegrá-lo com as falas luso-brasileiras e converter a aprendizagem do galego numha necessidade de grande utilidade pois suporia aprender a ler e escrever como ?mais de 200 milhons de pessoas no mundo?, sentenciou.
O Valentim defendeu umha estratégia para reivindicar a língua nom desde a identidade, como se tinha feito até hoje, senom desde a grande utilidade que tem para qualquer galego, da ideologia que for.
Por último, o professor viguês resumiu quais som os objectivos prioritários que devem ser defendidos para a normalizaçom lingúística avançar: A distribuiçom na Galiza de revistas e jornais em galego-português com normalidade nos quiosques, a recepçom de TV´s e rádios lusófonas na Galiza, a introduçom do português no ensino secundário e promover a identidade galego-portuguesa com intercámbios entre ambas as cominidades lingüísticas.

Endereço de trackback para este post

Trackback URL (clique direito e copie atalho/localizaçom do link)

Sem comentários ainda

Agrupaçom Cultural O Facho

Agrupaçom Cultural O Facho existe desde o ano 1963. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais d?A Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente somárom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade. O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d?O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura. Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da ?Gramática do idioma galego? de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade ?bem pensante?, nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...). Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste. d’A Corunha.
+ info

Agrupaçom Cultural O Facho
Apartado de Correios n.º 46, Oficina Principal da Coruña
o_facho_a_cultural@yahoo.com.br

Busca

  Feeds XML

Ferramentas de administraçom

powered by b2evolution