07-11-07 ? O Facho Corral Iglesias, J. Alberte
A literatura e a construçom nacional galega
Seguindo com o ciclo de conferencias organizado pola O Facho intitulado ?Língua e Naçom?, interveu ontem, dia 7 de novembro, o sociólogo e actual presidente de Agal, Alexandre Banhos, com a palestra ?A literatura e a construçom nacional galega?.
O conferencista começou ilustrando como o termo ?naçom? era utilizado já na Alta Idade Media para descrever por parte dos autóctones de umha comunidade aos que nom a conformavam originariamente; ou também como Maquiavelo se vale do termo para definir aos nom florentinos que moravam em Florência, acontecendo o mesmo na Universidade da Soborne de Paris onde a expressom era empregada para agrupar aos diversos estudantes pola sua origem de nascença. Banhos seguiu desenvolvendo a evoluçom do termo ?naçom? no pensamento social e político até hoje Fai notar que como tanto os indepêntistas americanos como os revolucionários franceses dam a categoria de ?nacional? aos ilustrados, aos cidadãos, e nom a maioria da povoaçom, concebendo a escola como o mecanismo nacionalizador das maiorias. Além disso, sublinha o êxito da definiçom de Stálin, dando-se o paradoxo de nom ser esta umha concepçom dialéctica senom organicista, chega ser assumida no ?Sempre em Galiza? por Castelao, e até o mesmo Salazar, o ditador feixista português, fai própria à mesma concepçom estática e organicista da categoria ?naçom?.
Seguindo com a sua exposiçom destaca a importância do movimento de recuperaçom cultural e nacional da Galiza que se produz na Corunha durante os séculos XIX e XX, podendo considerar a esta cidade como o principal motor da concepçom laica e republicana do que naquela altura se denominava galeguismo em contra da concepçom conservadora e clerical de outro centro da recuperaçom cultural que era Ourense. Nesse contexto menciona o nascimento em 1.894 da ?Cova Céltica? em A Corunha, como eixo do pensamento libertador do País, na mesma participavam mais de um cento e vinte mulheres. Esta tertúlia e núcleo cultural e político nascem na livraria que Eugênio Carré Aldao mercara a Andrés Martínez Salazar. A esta associaçom, aparte dos intelectuais anteriormente mencionados, pertencem homes claves na recuperaçom da consciência nacional galega: Manuel M. Murguía, Eladio Rodríguez González, Manuel Lugrís Freire, Eduardo Pondal, Francisco Tettamancy, Banet Fontela, Evaristo Martelo Paumán, entre outros. A maioria dos seus membros defensores da concordância do galego com o português. Ao ano seguinte publicara-se na mesma a ?Revista Gallega? e nela lançara-se a ideia de formar a ?Liga Regionalista Gallega?.
Em maio de1916, também na Corunha, fundam-se as primeiras ?Irmandades dos amigos da Fala?. Entre os seus organizadores aparecem os dirigentes da ?Liga Regional Gallega?: Murguía, Carré Aldao, Lugris Freire, e os irmãos Vilar Ponte entre outros muitos activistas pola reconstruçom do País. Este exemplo foi seguido em outras vilas e cidades galegas, constituindo nas mesmas as suas respectivas ?Irmandades da Fala?. Também é nesta cidade onde nasce o semanário ?A nosa Terra?, como publicaçom ideológica desta corrente emancipadora. Em 1918, as ?Irmandades? acadaram tal extensom polo País adiante, que obrigarom a celebrar na cidade de Lugo a sua primeira Assembléia.
No transcurso da sua palestra, o conferencista expõe como Castelao é o veiculo que fai achegar as duas concepções que se estavam a construir no País. Nom esqueçamos que um dos ideólogos da corrente ourensana, Vicente M. Risco, na sua obra Mittleleuropa (1934), expressa claramente a sua empatia com o nazismo; sendo a sua vez, o outro grande pessoeiro desta tendência, A. Losada Dieguez, homem de ferrenho pensamento vaticanista.
Para findar a sua exposiçom, Banhos arrazoa sobre a obra de distintos escritores para mostrar o seu compromisso como construtores da consciência nacional de Galiza. Logo estabeleceu-se um interessante debate.
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07-10-02 ? O Facho ? Literatura e Naçom
Contacto português e consciência galeguista no século XX ( O caso Manuel Maria)
Dentro do ciclo de conferências organizado polo Facho intitulado ?Língua e Naçom?, e com a finalidade de ponderar a importância da Literatura na conformaçom da consciência nacional galega; o escritor e professor Carlos Quiroga partilhou ontem, dia 2 do mês que corre, sobre a presencia na consciência galeguista do século XX, em particular a influencia na obra e no pensamento do poeta Manuel Maria. A sua palestra ?Contacto português e consciência galeguista no século XX?, assim como debate posterior com o público assistente aconteceu num dos locais da Fundaçom Caixa Galiza d? A Corunha.
No inicio da sua exposiçom, Carlos Quiroga, de soslaio comenta a confusom, fomentada polo pensamento politicamente correcto, entre sistema linguistico e variedades do mesmo, para aginha encetar a conferência em si, mostrando como na conformaçom da consciência galeguista tem muito a ver com o contacto com Portugal. Sendo a experiência literária do poeta Manuel Maria um dos eixos da reflexom.
O poeta da Terra Chá junto com outros autores galegos começou o seus contactos com Portugal na década dos 60, com as suas colaborações na Revista Céltiga editada por Oliveira Guerra em Porto, elo de ligaçom galego-portuguesa. Esta publicaçom nom tivo longa existência devido aos receios salazaristas. Mas nom foi até o ano 1969 quando Manuel Maria se achega fisicamente a Portugal, entrando em contacto com escritores e intelectuais portugueses o que fai possível a publicaçom no ano 1972 em português do livro, ?99 poemas de Manuel Maria?. É de salientar o seu encontro com o Professor Rodrigues Lapa em Coimbra, depois do regresso deste último do seu exílio. Na altura daqueles anos Manuel Maria é o escritor galego mais conhecido, o que lhe serve para publicar em português dous livros mais e dar recitais poéticos por todo Portugal.
O conferenciante sublinha o grande o interesse do intelectual Rodrigues Lapa pola questom galega ao longo do século XX e a sua influencia intelectual nas mocidades galeguistas na década dos 30 e posteriormente no grupo fundacional de Galáxia, até o extremo de conceder-lhe a esta editora a publicaçom da sua máxima obra, Cantigas de escarno e maldizer, investigaçom cobiçada por todas as Universidades do planeta; sendo importante salientar que naqueles momentos o investigador nom estava sobrado de dinheiro. Generosidade tal vez hoje incompreensível dada a avidez na que se desenvolve muito do chamado mundo cultural e intelectual galego, mostra do mesmo é a deserçom do reintegracionismo de escritores com o desejo de ter um posto no sol das subvenções.
Ao nascer A.G.A.L., Manuel Maria fai-se sócio da mesma e defende nom só o reintegracionismo senom que também publica dous livros baixo a norma Agal.
Escrever em galego significa algo mais que o singelo acto de escrever: é optar. Em Galiza hoje existe é umha opçom dupla, umha primeira que nos afasta do sistema linguistico ao que de origem e conformaçom pertence o galego que é o espaço conhecido internacionalmente como português e outra segunda que nos reintegra e nos veicula a grande extensom linguistica que é o galego-português, com as nossas diferenciações ou sub-sistema. Esta última escrita é proscrita quando nom vilipendiada polas instituições públicas galegas.
A existência de duas normativas; umha com a presencia, nom só simbólica do tardo-franquismo, ao fazer a escolha do alfabeto castelám para a escrita da nossa Língua. Ao ser a realidade editorial galega umha realidade cativa, pois é o ensino o maior consumidor, a necessidade de publicar para poder receber a subvençom fai de muitas destas pequenas editoriais umha pequena máquina de imprimir qualquer cousa.
Ao findar a palestra, houve um longo e interessante debate sobre a pertinência ou nom de escrever em galego, hoje, ilustrado com múltiplas experiências vividas polas pessoas presentes no acto.
O Facho abre umha nova janela para dar comunicaçom das suas actividades e receber propostas. Aguardamos que tenha umha longa vida.
Saudinha e canta o merlo
Desde o ano 1963 existe a Agrupaçom Cultural O Facho. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais da Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente sumarom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade.
O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d'O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura.
Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da Gramática do idioma galego de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade "bem-pensante", nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...).
Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste.
Agrupaçom Cultural O Facho existe desde o ano 1963. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais d?A Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente somárom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade.
O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d?O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura.
Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da ?Gramática do idioma galego? de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade ?bem pensante?, nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...).
Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste. d’A Corunha.
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Agrupaçom Cultural O Facho
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