NÓS-UP, vem de difundir no seu web umha importante proposta de urgência para o Governo bipartido da Comunidade Autónoma Galega, referida à oficiliazaçom do nome do nosso País, GALIZA.
Parece-me umha muito interesante e oportuna iniciativa, e por isso a reproduzo na integra, recomendando a visita ao seu web para mais informaçom sobre as actividades desta força política da esquerda independentista.
É importante saber como nos chamamos, como se chama o nosso País, para saber quem somos.
Proposta de urgência de NÓS-Unidade Popular ao novo Governo autónomo em defesa do património e a identidade nacionais: pola recuperaçom de "Galiza" como nome oficial da comunidade autónoma
Muito tenhem falado os dous partidos que formam o novo Governo autónomo das mudanças de fundo que assumiria um governo alternativo ao do Partido Popular. Por isso, muita é a expectativa e ilusom criada em amplos sectores populares à volta do que PSOE e BNG apresentárom como nova forma de governar.
Em matéria de dignidade nacional e recuperaçom lingüística, som muitas as medidas que podem e devem ser tomadas frente à dinámica espanholizadora e folclorizante desenvolvida polo PP durante 16 anos.
De entre as muitas decisons que serviriam para fomentar a auto-estima colectiva e reforçar a identidade de nosso povo, salienta umha que, polo seu valor simbólico e prático, deve ser tomada de maneira imediata. Referimo-nos a oficializaçom a todos os efeitos da denominaçom tradicional e patrimonial do nosso país: Galiza.
O movimento que ao longo do último século véu defendendo a recuperaçom da identidade, da língua e da cultura nacionais, e que podemos denominar de maneira ampla como galeguismo, apostou sempre de maneira maioritária pola denominaçom histórica "Galiza" frente à espanholizada "Galicia" para chamar o nosso território nacional. Também os estudos científicos da lingüística galega apoiam sem lugar a dúvidas a maior autenticidade e legitimidade da forma "Galiza". Por se pudesse haver algumha dúvida, as propostas normativas existentes na actualidade, tanto a isolacionista chamada "oficial", como a reintegracionista, ambas coincidem em reconhecer a galeguidade de "Galiza", enquanto importantes sectores científicos salientam o papel jogado historicamente polo espanhol na imposiçom de "Galicia" como forma de uso maioritário e actualmente oficial.
A todo o anterior, poderíamos acrescentar que outras comunidades autónomas de língua própria diferente da espanhola, como a do País Basco ou a Catalá, há anos já que oficializárom e contribuírom para socializar os nomes próprios nas respectivas línguas, como contributo para a recuperaçom da identidade e de umha auto-referencialidade nom mediatizada pola língua e a cultura dominantes.
Inclusive na própria Galiza, a comissom lingüística criada pola Junta Pré-autonómica e presidida por Ricardo Carvalho Calero chegou a propor em 1980 a oficializaçom da denominaçom inequivocamente galega como oficial da nova instituiçom autonómica. Infelizmente, o PP (na altura Alianza Popular) acabou por impor a forma com que os espanhóis chamam este País.
Som muitos os argumentos a favor da oficializaçom imediata de "Galiza" como nome da Comunidade Autónoma Galega, autêntica proposta de consenso para todos os sectores comprometidos com o País, e anátema para aqueles que historicamente perseguírom a nossa língua e a nossa identidade.
Que melhor maneira de confirmar com factos concretos a vontade de aplicar umha outra forma de fazer política e de fazer País?
Como parte reconhecida dos sectores sociais que nas últimas décadas tem defendido e usado "Galiza" como nome galego da nossa naçom, a esquerda independentista representada por NÓS-Unidade Popular reclama ao novo Governo essa medida política, que sem dúvida irá contar com o apoio maioritário do nosso povo e contribuirá para promover o nosso orgulho de pertencermos a um povo com história e vontade de existir: o orgulho de sermos filhos e filhas da Galiza.
Quanto a nós, anunciamos já que a nossa organizaçom nom duvidará à hora de fazer público reconhecimento à aplicaçom polo Governo PSOE-BNG de umha medida tam básica e necessária como essa, mas denunciaremos também com a mesma energia a renúncia e o continuísmo que suporiam manter a espanholizaçom oficial de um sinal de identidade tam importante como é o nome do próprio País.