Escrevim este poema (tal e como aparece datado) em Abril de 1995...Já choveu.
Hoje quero que apareza no blog como mostra de apoio e solidariedade com a Íria, o Abraam e o Alberte, e aproveitar para chamar a participar nos actos de protesto.
Ao som dum hino alheio
Caminhei sobre as águas quando nom sabia que fazer
Multipliquei o pam e os peixes porque tinhamos fame
Ressucitei um morto porque era um bom amigo
e para nom ter que morrer eu mesmo
Evitei que a umha mulher lhe tiraram pedras
porque eu também pecara
Anunciei a destruiçom do templo pois em verdade ia ser destruido
Andavam alguns comigo porque eu nom tinha com quem andar
E quando quixérom crucificar-me escapei porque tinha medo
E agora
dous mil anos despois
alguém pretende levar-me à cadeia
por nom desfilar ao som dum hino alheio
(Abril de 1995)