(Também publicado no velho blog)
Olho para as leitugas
enquanto boto água nas fendas da memória
e co sacho golpeio docemente
cada umha das palavras que rodeiam esta casa
"Parabéns"
berram os gatos todos os gatos do mundo
enquanto sigo a cair polo precipício
e oito galinhas cantam
a coro
a melodia das casas habitadas
Um cam dorme diante da porta
aberta
Lentamente
esqueço as horas
os minutos os segundos
até chegar a esta pequena sensaçom de calor
Talvez todo seja arrastar palavras
dum lado para outro
sem cessar
até que alguém escuite
e entom ficar em silêncio
Para sempre