Parece que finalmente na próxima quarta-feira, a Junta da Galiza e a "Ghunta" de Castela e Leom vam assinar, por meio dos/as seus/suas conselheiros/as de educaçom, a renovaçom do convênio que permite impartir a nossa língua na nossa regiom. Nom está mal. Nom foi sem tempo que andiverom a negociar. Fala Ceive vinha reclamando há tempo esta renovaçom, como um mal menor.
Só um problema: o que realmente significa este convêncio, se é que nom melhora as condiçons do anterior, é que a "Ghunta" de Castela e Leom permite que se impartam asinaturas na nossa língua na nossa regiom, e que, como novidade, se crie umha asignatura denominada Língua e Cultura Galega no bacharelato. Mas é isso nada mais: permite. Tem a bem que podamos gozar dum direito que é nosso, mas que nom existe realmente: em vez dum direito, parece um privilégio. Se quando o praço deste convênio remate, por qualquer questom a "Ghunta" nesse momento considera que já nom deve renová-lo, acabou-se o conto do "gallego" nas escolas e liceus do Berzo.
E, aliás, este convênio o que supom é que quem paga practicamente todo é a Junta da Comunidade Autónoma Galega. Haverá dous anos, numhas declaraçons à imprensa, um membro da "Ghunta" de Castela e Leom, dizia que a existência desta aulas de língua e cultura galegas nas escolas e liceus do Berzo, nom lhe supunha ao erário público da sua comunidade autónoma mais que dous milhóns (de pesetas!) ao ano. Com esse dinheiro, é dificil pensar que se poda manter toda a estrutura ncessária (profesoras/es, meios, material,...).
Um total de 842 alunas/os do Berzo tiverom oportunidade no curso passado de estudar a nossa língua na nossa regiom berziana, em doze colégios (entre os que estam os d Ponte, Cacabelos, Corulhom, Carucedo, Vila Franca, Ponferrada, Camponaraia, Toral dos Vaus e Toral de Meraio), e quatro liceus (entre os que estam o Padre Martín Sarmiento de Vila Franca, o Europa de Ponferrada, e o Bergidum Flavium de Cacabelos). A estes, haveria que somar as/os alunas/os da Escola de Idiomas de Ponferrada, na que também se pode cursar língua galega, e que está sendo umha possibilidade de aprendizagem para muitas pessoas adultas que já nom podem aceder a outra ensinanza regulada.
E isso pesie às trabas, dificuldades e problemas que a administraçom insiste em colocar no caminho da normalizaçom lingüística no Berzo.
Mas a língua e a cultura galegas siguem vivas no Berzo. Pouco a pouco, pasinho a pasinho, contra vento e maré, a reivindicaçom lingüístico-cultural vai achando um oco, e isso se demostra, precisamente, no ensino. Por exemplo, este ano em Vila Franca dobrará-se o número de alunas/os matriculados em galego: no ano passado matricularom-se em primeiro 3 alunas/os, este ano 11; em segundo: 6; em terceiro: 6; em quarto: 4; e na optativa de Língua: 6. E isso sem contar que ainda faltam nesta lista alunado dalguns centros que lhes toca no IES de Vila Franca, e o que se matricule em Setembro. Também hña lugar para a esperança. O esforço de andar polos colexios, polas ruas, polas vilas e aldeias, fazendo propaganda (agitprop, que se dizia antes) paga a pena.