27-08-2006

  09:30:44, por Lugris   , 687 palavras  
Categorias: Cousas por cá

Promesas, mentiras e factos reais

Onte mesmo, falavamos sobre a renovaçom do convénio "del gallego", e criticavamos que todo se resumira, finalmente, na esperança de que a vontade da "Ghunta" de Castela e Leom em permitir o ensino da nossa língua na nossa regiom nom tivera fim. De certo, na próxima quarta-feira, quando o conselheiro de educaçom da "Ghunta", Francisco Javier Álvarez Guisasola, e a conselheira da Junta, Laura Elena Sánchez Piñón, assinem o novo acordo, todo serám fotos, declaraçons de boas intençons, promesas. Propaganda. Pura e dura propaganda. E agitaçom, claro. Que a realpolitik nom está rifada com a agitprop (isso já o descobrirom os políticos profesionais há muito tempo). Mas será tudo, realmente, umha grande mentira.


Onte mesmo pudemos descobrir novamente a realidade. A realidade que, com certeza, nom vai sair nos meios de comunicaçom massiva. A realidade que demostra que a política a respeito da nossa língua no Berzo (e em geral no conjunto dos territórios da faixa oriental) nom é mais que promesas e mentiras.


Chegou-nos onte a resposta da Delegaçom Territorial de Leom da Direcçom Provincial de Educaçom de Leom da "Ghunta" de Castela e Leom, a um aluno que quer cursar ciências sociais em galego em 4º da ESO. Tal e como se lhe responde, parece que as ciências sociais em galego na nossa regiom só estam contempladas no primeiro ciclo da ESO (1º e 2º), ainda que já no ano passado se pudo estudar 3º em Vila Franca, e que se ofertou em 4º, ainda que finalmente nom houvo alunado (por temor a ter depois problemas com o selectivo, e medo dos pais a que num curso tam elevado as suas filhas e os seus filhos estudaram umha asignatura na nossa/sua língua). A optativa da língua contempla-se, mas como a sua oferta se deixa nas maos dos centros... Quer dizer: como se contempla nom como um direito, mas como um privilégio que alguem (a direcçom do centro, as instituiçons pertinentes) tenhem a bem conceder ou nom...


E urgente denunciarmos esta situaçom, dando-lhe a máxima difussom possível por todos os meios. Há que enviar esta informaçom a todos os contactos possíveis de pessoas, organizaçons e colectivos comprometidos com a defesa do ensino da língua e cultura galegas, da língua e cultura do Berzo, no próprio Berzo.


A "Ghunta" sempre está a presumir do que que funciona o "Programa" de ensino da língua galega no Berzo: mas é tudo mentira. Se qualquer cousa avança, se qualquer cousa evolue, é sempre a pesar deles, sempre contra a sua vontade. Mas a Junta da Comunidade Autónoma Galega também é responsável: nom fai mais, igual que em Castela e Leom, que presumir do bem que vai tudo, sem se preocupar de comprovar o verdadeiro desenvolvimento dos programas e dos convénios assinados. Tudo é política de imagem: fazer que se fai para sair na foto.


Na próxima semana, quando assinem o novo "convenio del gallego", a Conselheira e o Conselheiro, a Direcçom Geral de Política Lingüística, e ambas as Juntas autonómicas, deveriam aclarar por escrito e publicamente:


1.- Em quê cursos é que vai existir realmente a possibilidade das ciências sociais em língua galega (o normal, o lógico, seria que essa possibilidade existira em toda a ESO).


2.- Quê critério se vai seguir para implantar essa possibilidade: a vontade dos pais, a dos centros, a da direcçom provincial de educaçom,...?


3.- Quê critério se vai seguir para implantar a optativa de Língua e Cultura Galega (a grande estrela do novo convénio, segum tenhem declarado aos meios tanto a Junta como a "Ghunta").



4.- Quando é que a Junta da Comunidade Autónoma da Galiza vai começar a desenvolver os aspeitos referidos aos territórios galegófonos situados fora da CAG em geral, e ao Berzo em particular, recolhidos no Plano Geral de Normalizaçom Lingüística (aprovado por unanimidade no Parlmento -ou parlamentinho de cartom-, na passada legislatura)?.

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