19-05-2007

  01:03:38, por Lugris   , 530 palavras  
Categorias: Cousas por aí, Cousas por cá, Gz é bem pequena

Campanha Eleitoral

Já sabemos que estamos em época eleitoral. Que se lhe vai fazer...
Cá no Bierzo, como praticamente na totalidade da Galiza, nom há opçons nas que votar. Se vivira em Ponte Areas, nom teria dúvida algumha. Mas... nom é possível. Vivendo no Bierzo nom há opçom, e o voto em branco, nulo ou abstençom vai ser a única via para todas aquelas pessoas que pensamos que um outro mundo, umha outra Galiza e um outro Bierzo é possível.
Mas ainda assim, quero oferecer, aproveitando a campanha eleitoral, umha pequena intervençom política. Se puder participar num acto político, recitaria estes versos de Roque Daltom.
Podiam estar escritos hoje mesmo, mas já tenhem décadas. Podiam estar escritos no Vigo de hoje, ou na Compostela de hoje. Mas nom, estám escritos no Salvador de há anos. Mas conservam a sua actualidade.

Cá vai umha modesta traduçom à nossa língua, e, depois, o texto original. Duvido que algum candidato ou candidata queira empregá-lo na sua campanha, nos seus discursos, nas suas intervençons para explicar o que vam e nom vam fazer.

E ti, já sabes: se vives em Ponte Areas, vota. Se vives em Vigo, vota. E, se nom, pois coma mim: a aguardar tempos melhores.

PARÁBOLA A PARTIR DA
VULCANOLOGIA REVISIONISTA

O volcam de Izalco,
como volcam,
era ultra esquerdista.
Botava lava e pedras pola boca
e fazia ruído e fazia tremer
atentando contra a paz e a tranqüilidade.
Hoje é um bom volcam civilizado
que coexistirá pacificamente
com o Hotel da Montanha do Cerro Verde
e ao qual poderemos por-lhe no foucinho
fogos artificiais como os que botam
os deputados populares.
Volcam para executivos
e até para revolucionários e sindicalistas
que sabem quedar-se no seu lugar e nom som calenturientos,
já nom será o símbolo dos tolos tonantes guerrilheiristas
que som os únicos que anhoram os seus ex-abruptos geológicos.
Proletários respeitaveis e mansos do mundo,
o Comité Central convida-vos
a aprender a liçom que dá o volcam de Izalco:
o fogo passou de moda,
por quê teremos entom nós de querer levá-la
dentro do coraçom?

Roque Dalton

PARÁBOLA A PARTIR DE LA
VULCANOLOGÍA REVISIONISTA

El volcán de Izalco,
como volcán,
era ultraizquierdista.
Echaba lava y piedras por la boca
y hacía ruido y hacía temblar,
atentando contra la paz y la tranquilidad.
Hoy es un buen volcán civilizado
que coexistirá pacíficamente
con el Hotel de Montaña del Cerro Verde
y al cual podremos ponerle en el hocico
fuegos artificiales como los que echan
los diputados populares.
Volcán para ejecutivos
y hasta para revolucionarios y sindicalistas
que saben quedarse en su lugar y no son calenturientos,
ya no será el símbolo de los locos tonantes guerrilleristas
que son los únicos que añoran sus ex-abruptos geológicos.
Proletarios respetables y mansos del mundo,
el Comité Central os invita
a aprender la lección que da el volcán de Izalco:
el fuego ha pasado de moda,
¿Por qué habremos entonces de querer llevarla nosotros
dentro del corazón?

Roque Dalton

Sem comentários ainda