07-02-2008

  16:49:47, por Lugris   , 562 palavras  
Categorias: Estam tolos estes espanhois

Costumes para integrar-se

Isto dos costumes que propom Rajoi, de nom ser porque mete medo, ainda dava para fazer umhas piadas.

Porque di o diccionario, por exemplo, o e-Estraviz, que costume é: ?s. m. (1) O que se costuma fazer comum e habitualmente. (2) Modo de proceder habitual contraído pola repetiçom continuada de feitos. (3) Prática antiga geralmente observada por todos. (4) Prática que polo seu uso geral e antigo recebe força de lei. (5) Moda: o costume de as mulheres levarem calças é geral. (6) Hábito: tem o costume de estar sempre a ler. (7) Particularidade: tem o costume de fungar. De costume, por costume: segundo o modo habitual. O costume faz lei: é difícil de contradizer o que está sancionado polo uso. pl. (1) Conjunto de qualidades, inclinações, usos, que formam o carácter diferenciador de uma pessoa, povo ou uma raça. (2) Comportamento, modo de proceder: é homem de bons costumes. Sinóns. Hábito, usança, uso, modo, maneira, estilo, vezo [lat. *consuetumine, por consuetudine].

Por tanto, a lista de costumes españolas (é evidente que o Mariano Rajoi refere-se exclusivamente aos costumes espanhois, ESPANHOIS-ESPANHOIS de verdade) que as pessoas emigrantes deveriam practicar é imensa. Por exemplo: o costume da ?siesta?, a soneca reparadora depois do jantar, que pode ser de dez ou quince minutos no sofá, ou de hora e meia/duas horas na cama (?siestas de pijama y orinal?, que lhe chamam). Deverám as pessoas emigrantes botar umha soneca depois do jantar obrigatoriamente quando menos tres ou quatro días à semana, e os mais integrados, e con clara vontade de residir permanentemente no territorio do Estado, ou no caso de emigrantes afiliados ao P.P., todos os dias, Domingos incluidos, por suposto. Nada de protestar: durme-se porque assim consta no contrato.
Outro costume. Esse peculiar habito de nos bares e nas cafetarias guindar todo ao chao: restos de comida, guardanapos, mondadentes, as cascas dos manises e as pipas, chicletes, etc... Em prácticamente nengum país do mundo ocorre isso, e às pessoas que provenhem de Latinoamérica, por exemplo, parece-lhes inaudito que se faga. Mas tudo seja pola integraçom: a lixar os bares e as cafetarias, ?igual que qualquer pessoa normal?, que diria o Rajoi.
Ainda mais? Um costume do que estes dias também fala a imprensa e o conjunto dos meios de comunicaçom burgueses: prácticamente a metade dos e das españolas (quer dizer, dos cidadaos que pertencemos ao Estado), nom lé nengum livro. Em vista disso, de cada duas pessoas que obtenham permiso de residencia, umha comprometerá-se a nom ler livros (haverá que pedir um ditamem ao Tribunal Constitucional sobre a possibilidade de ler jornais e revistas). Ainda mais, nos seus papeis constará umha legenda que dirá mais ou menos: permiso de residência com direito a trabalho sem direito a leitura de livros. Por suposto, nada de fazer-se sócios/as dumha biblioteca.
Poderiamos seguir com costumes hispano-espanholas: nom visitar museus; berrar e fazer sempre todo o ruído possível mesmo sem importar se se molesta às pessoas que estám ao nosso redor; cuspir no cham; ser racista e xenófobo; explorar aos/às trabalhadoras com horas extras nom pagas, sem direito a ferias, etc...
Em fim, o repertorio é infinito. Mais ou menos igual de grande que a capacidade do PP para ser ?normal? y preocupar-se do que lhe preocupa ?à gente normal?.

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