04-06-2008

  19:36:44, por Lugris   , 329 palavras  
Categorias: Cousas por aí, Gz é bem pequena, Músicas, B.S.O. da memória

Justiça com J de Jara. Vitor com V de Vitória

Há muitos anos, já muitos muitíssimos anos, os meus tios, o irmao da minha mae e a sua mulher, chegarom à nossa casa da Corunha com um presente inesquecível: um gira-discos. Um mala compacta, com giradiscos, cassete e rádio, e dous alta-vozes, que se convertirom no centro da casa, e com os quais pudemos escuitar música durante muitos anos, até que as cousas melhorárom economicamente na minha família (e isso foi depois de vários e vários anos), e pudemos mercar um outro aparato (que ainda é o que há na casa familiar), já entom com leitor de CD`s.

[youtube]xdBMY3R4C0Q[/youtube]

Junto com esse gira-discos, vinham nom poucos discos, de diversos estilos, épocas e gostos. Vinilos grandes, LP's, e vinilos pequenos, dos de 45 r.p.m., singles. Entre todos esses discos, que ainda conservamos, alguns de membros de Voces Ceives, vários dos Beatles, dous ou três de Serrat, música anglosaxona diversa, Os Brincos, Massiel,... e diversa música latinoamericana. Entre estes últimos, umha ediçom soviética (os meus tios viajavam muito), de Victor Jara.
Eu tardei muito em saber-lhe o nome a este cantantes, mas foi um dos discos que mais se podia escuitar na nossa casa. A questom é que como estava todo em russo, na capa em vez de Victor Jara vinha escrito umnha cousa estranha que se podia ler mais ou menos como "Buktop Xapa". Assim que para mim foi durante muito tempo (eu teria 7 ou 8 anos como muito), Buktop Xapa.
Hoje, ao escuitar na rádio que a justiça chilena decidiu reabrir a investigaçom polo seu assassinato a maos dos fascistas pinochetistas, lembrei-me disto que venho de contar.
As suas cançons fam parte da minha memória. Da memória de milheiros de pessoas, que ainda cremos na luita pola utopia, nom por impossível, mas por necessária.
Desde este humilde blog de operário, esta pequena homenagem.

4 comentários

Comentário de: Mario [Visitante]  
Mario

Guau, é unha historia de novela, iso da edición rusa. Se aínda a conservades gardádea ben. Eu tamén teño asociado algún dos meus primeiros recordos musicais, con 7 ou 8 anos a un disco de Víctor Jara. Lembro estar escoitando obsesivamente nun vinilo prestado “Preguntas por Puerto Montt” e “A desalambrar". Pasaron moitos anos antes de que puidese volver escoitalas e entendelas.

04-06-2008 @ 22:18
Comentário de: O_Fartura [Visitante]  
O_Fartura

Ola Igor:
Nun comentario anterior que fixen no teu blogue dixérache que posiblemente me coñezas.
Vou darche pistas, que considero suficientes.
Debo de ter pouco máis ou menos a mesma idade que ti, e coincidín contigo en Compostela como militante do nacionalismo xuvenil.
Eu estaba nos CAF de económicas e penso que ti no de Filoloxía.
Eu estaba na UMG e ti en INZAR. Cando deixaches INZAR para participar do proxecto de PRIMEIRA LINHA eu seguín na UMG.
Finalmente abandonei o nacionalismo organizado bastante escaldado mais esto é fariña doutra muiñada.
Eu estaba no Batallón Literario da Costa da Morte e ti estabas no Consello de Letras de Cal, e temos coincidido en recitais de poesía.
Non é que fósemos moi amigos, mais eu considéroche un coñecido que me trae recordos agradables daquela época compostelá.
Naquela época eu fora Responsable Comarcal de Galiza Nova de Muros-Noia e membro da dirección nacional.
Chámome Moncho Bouzas.
Daste conta?

05-06-2008 @ 12:28
Comentário de: igor [Membro]  
Lugris

Já me dou conta, Moncho. Sim.
Ainda mais: lembro um recital de poesia, mas nom lembro bem onde, que tu organizaras, e onde estavamos eu, o Rafa Villar, e alguns mais. Pode ser?
Saudaçons.

05-06-2008 @ 12:31
Comentário de: O_Fartura [Visitante]  
O_Fartura

Sí.
Creo recordar que fora un recital de poesía na Casa da Sociedade de Esteiro cun trasfondo antimilitarista ou no marco dalgunha outra causa social. Xa case eu non me acordo e tí mira.
Veña Igor, é un pracer atoparte na rede e leer OVNIS E ISOGLOSAS.

Un saúdo.

05-06-2008 @ 13:13