24-07-2008

  08:48:11, por Lugris   , 706 palavras  
Categorias: Gz é bem pequena

Bom Dia da Pátria!!!

Mais um ano (e vam dous consecutivos), nom poderei estar nas ruas de Compostela nem noite de hoje, nem manham.
Só podo enviar desde aqui saúdos a camaradas e companheiros/as, a aguardar que, novamente, as ruas da capital da nossa naçom escuitem os nossos berros de socialismo, independência e antipatriarcado.

25-J Dia da Pátria: Galiza é a nossa Naçom; obreira a nossa classe. Branco, azul e vermelho as cores da nossa bandeira

O Dia da Pátria de 2008 coincide com o terceiro aniversário do governo PSOE-BNG na Junta da Galiza. O balanço destes mais de 1.000 dias de gestom do bipartido é desolador. Nengumha das raquíticas promessas do acordo de governo foi aplicada. A política económica, sociolaboral, cultural, ambiental, identitária do tandem Tourinho-Quintana é simplesmente continuísta à da era Fraga.

As expectativas depositadas por amplos sectores sociais ficárom em simples águas de bacalhau. A mudança tranquila nom passou de umha mera palavra de ordem que só beneficia a corrupta casta burocrática e funcionarial que aplica a patir de Sam Caetano e das fundaçons privadas políticas neoliberais e regionalistas.

O governinho PSOE-BNG tem cumprido exclusivamente com os desejos e as necessidades dos donos deste país, satisfazendo Madrid e Bruxelas, as multinacionais e o grande Capital, supeditando-se obedientemente ao quadro constitucional e autonómico imposto polo franquismo. Três anos perdidos, pois, na construçom nacional da Galiza.

Mas este 25 de Julho também tem lugar numha conjuntura adversa e difícil para a imensa maioria social que conformamos a Naçom Galega. A grave crise económica do capitalismo está a golpear com força nas condiçons de trabalho e de vida da classe trabalhadora. O desemprego aumenta, os salários estám congelados, a precariedade laboral segue imparáveis tendências alcistas, a pobreza e a exclusom social cresce, a emigraçom é um fenómeno em alta, enquanto se incrementa a inflaçom e os preços dos alimentos de consumo básico, a electricidade, os combustíveis, as hipotecas nom deixam de subir.

Nem o governo espanhol nem o seu apêndice na Comunidade Autónoma adoptam medidas de choque tendentes a paliar os efeitos da crise sobre a maioria social, optando por manter políticas neoliberais que fam recair sobre a classe trabalhadora, basicamente sobre aqueles sectores mais fracos da mesma, -a juventude, pensionistas, mulheres e imigrantes, as suas funestas consequências. Mas, enquanto isto sucede, os bancos, as companhias seguradoras, as grandes empresas, o grande capital consegue aumentar a sua obscena taxa de ganho.

É necessário avançar na configuraçom de um amplo movimento social de protesto para fazer frente à insanciável voracidade da burguesia, para defender os nossos direitos laborais e as nossas condiçons de vida. A classe trabalhadora galega tem que responder com contundência e de forma maciça à crise que nos querem fazer pagar. Há que caminhar face umha greve geral.

As épocas de crise, de ausência de expectativas, de falta de horizontes, de desencanto e ansiedade, som as mais proclives para projectar colectivamente em causas alheias as frustraçons individuais. Enganam-se aqueles e aquelas compatriotas que, abraçando bandeiras foráneas, fundindo-se em alegria com as cores do fascismo e do imperialismo espanhol, coincidindo com os responsáveis pola sua frustraçom em celebraçons promovidas polo regime, vam encontrar o caminho para sair do buraco ao que nos condena Espanha e o Capital.

A luita é a única via para recuperarmos o nível de vida perdido, as condiçons de trabalho arrebatadas, o orgulho de sermos galeg@s, a alegria que nos roubárom. Isto na Galiza está representado pola nossa bandeira, a das cores branca, azul e vermelha.

A esquerda independentista e socialista galega articulada à volta de NÓS-UP apela para que o conjunto da classe trabalhadora da Galiza secunde a mobilizaçom pola Soberania Nacional que convoca a entidade autodeterminista Causa Galiza o 25 de Julho às 13.30 horas na Alameda de Compostela.

Que os ricos paguem a crise!

Contra o Estatuto e a Constituiçom, adiante a luita pola autodeterminaçom!

PP, PSOE, BNG a mesma merda é!

Viva Galiza livre, socialista e nom patriarcal!

Galiza, 25 de Julho de 2008

2 comentários

Comentário de: gomes [Membro]  
ptolo

tens o primeiro parágrafo repetido. abraço!

24-07-2008 @ 11:56
Comentário de: igor [Membro]  
Lugris

Corrigido!
Muito obrigado, Ptolo!

25-07-2008 @ 08:21