Vai já para 20 anos, que um grupo de rapazes/as, estudantes (mais ou menos) do liceu Arcebispo Gelmires-I de Compostela (entre os que estavam o Barón de Medio Pelo, entom mais conhecido como Davidú, e quem isto escreve), editavamos o número 1 (e único) da Nova Época da revista The Put Night.
Em anos anteriores, publicaramos vários números do The Put Night, editados em linotípia e grampados. Mas, este número, impreso em Tórculo, supunha um grande avanço para nós. Tam grande, tam grande, que nom editamos mais números.
Martín a.k.a. Nallim Despiste, Alberto, Paco, Ricardo a.k.a. Odri, Marcos,... e os membros do COLECTIVODEGA (Colectivo de Debuxantes Galegos): Manuel Vázquez -o autor da capa-, Fran Blanco, Roberto, Raimundo, Luis,..., e os dous anteriormente citados, eram os responsáveis destas 34 páginas, cheias de banda desenhada, poemas, artigos, e... publicidade.
Publicidade? Em 1988, publicidade dos locais que mais visitávamos: todas das galerias da Rua Nova de Abaixo (na altura, ainda oficialmente Calle Nueva), agás o Jazz Club Dado-Dada (na rua Alfredo Branhas), e a Cafetaria Eirado (em General Pardinhas). As outras? O Carallete, o Bretema e no que mais litros e litros de cerveja bebiamos, o Gasteiz, com um anúncio com cita dos evangelhos cristaos incluida: "Quem crê nele nom perece mas tem a vida eterna", Xoan 3:16. Eramos, ou criamos ser, ou queriamos ser, um grupo de irreverentes provocadores.
Também iamos por outros bares, mas nom meterom publicidade: Berberecho, Cotton, Tumba, Caldeiron,...
O grupo de pessoas que estavamos detras deste revista, agrupávamo-nos no difuso colectivo SCAPA (Sociedade Compostelam de Amigos da Parida). Na aula, agrupávamo-nos todos num recanto, chamada, pretenciosamente "Eskina contrakultural".
A ediçom deste número, do que só conservo um exemplar, foi possível porque nesse ano, ou no anterior, já nom lembro bem, o resultado das votaçons ao Conselho Escolar possibilitou umha mudança na equipa directiva do centro e na orientaçom do mesmo. A chegada de Manolo Portas à Direcçom, junto com a sua equipa, permitiu a entrada de aire limpo e fresco no centro. E ainda assim, essa equipa directiva, e esse Director, decidirom (ainda que nom por unanimidade) censurar umha das páginas, um dos artigos da revista. The Put Night foi distribuida polo centro, e fora del, com a página 19 completamente em preto. A censura borrou o texto intitulado "Artigos ilustrativos da sociedade institutil: kon finura", que aparecia anonimamente, ainda que (imagino que podo dizê-lo sem temor a represálias) era da minha autoria, e no que pretendiamos ajustar contas com a anterior equipa directiva, com a que tam, tam, tam mal nos levávamos practicamente desde o primeiro dia que entráramos no liceu dous ou três anos antes.
Conseguir recuperar o post, mas nom assim os comentários. Muito obrigado à equipa do PGL, e especialmente ao Vitor. E desculpas ao Barom e a Maria que escreveram comentários neste post.
Por estes mistérios da informática, venho de descobrir que também perdim um bom número de comentários em post anteriores. Nem sei se poderei recuperá-los. Solicito desculpas às pessoas implicadas.
Entón,daquela, fuches alumno de Guillermo Domínguez?
Efectivamente, Bouzafria, Guillermo deu-me aulas, se nom lembro mal em COU (mas puido ser também em 3º de BUP, passam os anos e algumhas cousas vam-se esquecendo…).
Precisamente no The Put Night, tinhamos umha secçom, “Frases Célebres", onde recolhiamos frases dos e das profes um pouco tontas, estúpidas, raras… ou sacadas de contexto. De Guillermo, temos três, nada mais que três, nesse número:
-"No lo explico que nom me apetece".
- “Yo llego cuando llego".
- “Yo lo que hago es el tonto. Realmente es lo que me gusta y es mi vocación".
Era umha grande pessoa Guillermo, um bom profe, e para mim, a sua melho frase foi aquela que nos soltou um dia na aula:
-"Piense lo que piense Antolin Sánchez Presedo, hoy voy a explicar los estoicos!".
Alguém lembra quem foi o Antolín esse? Mas Guillermo ainda o temos na memória.