12-02-2009

Castela e Leom trilíngüe. Queremos liberdade para eleger!

Se em verdade as organizaçons convocantes e apoiantes da manifestaçom antigalega do Domingo em Compostela defenderam o que dim defender, um bilingüismo real (caso de que tal cousa exista), por quê motivo nom iam defender o mesmo noutros territórios, onde muitas pessoas som privadas dos seus direitos pola imposiçom dumha língua? Se o PP, UDyP e demais organizaçons, colectivos e seitas que convocavam e apoiavam a manifestaçom "por el derecho a elegir", defenderam realmente que a língua galega e a espanhola devem gozar do mesmo reconhecimento e protecçom, porque ambas fam parte do patrimonio cultural da Galiza, por quê motivo nom defendem o mesmo noutros territórios do Estado espanhol nom-monolíngües?

Se realmente o PP, a UDyp, e o conjunto dessas organizaçons, defendem na Galiza que som as pessoas os sujeitos de direito, e nom as línguas em sim, e reiteram o seu mais profundo respeito por todas as línguas e os seus falantes, por quê nom defendem isso em Castela e Leom, nas Astúries, ou em Aragom?
Por quê motivo o PP (e junto com ele o PSOE, e mesmo outras organizaçons de esquerdas, como IU), e todos esses sectores "defensores do bilingüismo" que dia tras dia escrevem nos diários espanhois, falam nas rádios espanholas e estam presentes emitindo opinions nas televisons espanholas, nom defendem o bilingüismo fora da Galiza?
Por quê motivo em Castela e Leom nom som oficiais as três línguas que nesta comunidade se falam actualmente, a saber: espanhol, galego e llionés?
Por quê motivo nas Astúries o PP, o mesmo PP de Rajoi, Feijoo e Conde Roa, nom defende o trilingüismo, posto que nos territórios que hoje em dia estám dentro dessa comunidade autónoma se fala espanhol, galego e asturiano?
Por quê é que NUNCA o PP nem o PSOE de Castela e Leom, nem IU, nem outras organizaçons espanholas e espanholíssimas (todos os sindicatos, umha grande parte das entidades culturais, empresas de comunicaçom, etc...), apostam publicamente polo reconhecimento dos mesmos direitos e os mesmos deveres para os falantes das três línguas?
Por quê nos programas eleitorais esses partidos e organizaçons políticas nom recolhem, nunca recolherom, e nunca recolherám, a co-oficialidade das línguas que se falam nestes territórios?
Por quê é que "Galicia bilingüe" nom recolhe nunca nos seus escritos e comunicados o problema dos falantes de galego que vivemos fora do território da actual Comunidade Autónoma Galega?
Por quê será que a maior parte, a grande parte, a práctica totalidade das pessoas asistentes à manifestaçom de "Galicia bilingüe" do passado Domingo som militantemente monolíngües em espanhol? Já todos e todas conhecemos a piada: "Como se chama a quem que fala três linguas? Trilíngüe. E a quem fala duas línguas? Bilíngüe. E a que só fala umha? Espanhol".
Quê problemas tenhem essas pessoas para ler periódicos em espanhol, ouvir rádios em espanhol, ver televisons em espanhol, comprar livros em espanhol, ir ao cinema a ver filmes em espanhol, colher filmes nos videoclubes em espanhol, comprar livros para os seus filhos e filhas em espanhol, para ir a misa em espanhol, para escuitar música em espanhol, para ir ao teatro em espanhol, para ler a etiquetagem de qualquer produto em espanhol,...?
Quê significa entom a palavra de orde "Galiza bilíngüe"? Qual é a liberdade para eleger que promulgam?
Nom é evidente que se na Galiza "defendem" que o galego deve ter o mesmos reconhecimento e protecçom nom é mais que por imperativo legal, porque o Estatuto e outras leis assim o reconhecem (mesmo que só seja formalmente)? Alguém imagina a essas pessoas, a essas organizaçons e colectivos participando na luita por conseguir a cooficilidade da língua galega na Galiza se tal cousa nom existira já (mesmo que só seja formalmente)?
Por se recapacitam, aqui lhes proponho um logotipo para usar em Castela e Leom, em Castiella y Llión, em Castilla y León (quando menos até que o Bierzo deixe de pertencer a esta comunidade autónoma artificial e impossível...). O mesmo poderiam fazer nas Astúries mentras sigam administrando o território do Eu-Návia dentro dessa comunidade.

6 comentários

Comentário de: Elisa [Visitante]
Elisa

Un amigo meu di que hai un curioso paralelismo entre UPyD e o coñecido Una, Grande y Libre: Una=Unión, Grande=Progreso y=y Libre=Democracia. Tenche razón. E se cadra con iso, xa está todo dito.
Parabéns, Igor, polo teu traballo a prol da lingua e de Galiza.

12-02-2009 @ 11:43
Comentário de: um [Visitante]
um

Ígor, um único apuntamento repugnante… Seguindo a norma ocidental para o asturo-leonês (a que lhe quadra ao Berço, a Seabra e outras zonas enquadradas em Castela-Leão), há um par de gralhas na versão leonesa. O correcto seria:

Castiella y Llión Trillingüe (o trilingüe, como neologismo, e por guardar o desenho)
Tres llinguas, los mesmos dreitos

Polo demais, simplesmente genial, mas quando mais uma vez continuas a solidarizar-te com uma língua ainda mais minorizada…

13-02-2009 @ 14:09
Comentário de: igor [Membro]  
Lugris

Um, obrigado polo comentário. A verdade é que nom sabia onde procurar informaçom para escrever bem o texto em lliones, ou asturo-leonês, e tivem que botar mao da wikipedia em asturiano. Imagino que os problemas normativos, contra o que pensamos habitualmente, nom só existem na nossa língua
;)

13-02-2009 @ 16:37
Comentário de: Manuel [Visitante]
Manuel

Moi boa si señor!!

Apóntome a proposta. Un saúdo.

13-02-2009 @ 17:43
Comentário de: igor [Membro]  
Lugris

Alguém, que escreve com umha IP que começa assim: 213.60.24…, e que está na rede com umha conexom de R, envia-me, a mim, e a nem sei quantos mais, a “tomar polo cu", mas isso sim “em portugal". Por suposto, nom publico a sua aportaçom ao debate. Porque, a verdade, por muito que me intentam convencer sigo a pensar que nom, que nom todas as opinions som respeitaveis e nom todas tenhem direito a ser expresadas. A mim, que me venham a insultar a minha casa… quê queredes que vos diga, nom me parece bem.

13-02-2009 @ 18:49