A, por agora, última promesa de postos de trabalho que nos traem para o Bierzo as autoridades, de maos dadas com a classe empresarial, é umha auténtica fábrica de merda, umha fábrica de venenos e residuos perigosos, tóxicos e poluintes .
No Bierzo já temos duas centrais térmicas de carbom: Compostilha (Endesa) e Anlhares (Union Fenosa), sendo a de Compostilha a segunda mais grande de todo o Estado espanhol, e umha das mais contaminantes; contamos também com umha fábrica de cementos em Toral dos Vaos (Cementos Cosmos, Grupo Cimpor), e umha acería (Roldan, grupo Acerinox). Estas 4 empresas, altamente poluintes, já deveriam encher a porcentagem deste tipo de indústrias na nossa comarca.
Mas nom é assim. Novas ameaças sobrevoan os nossos ceus. Cementos Cosmos sigue avante no seu projecto de convertir-se numha empresa incineradora de todo tipo de residuos; está em marcha um projecto de incineradora de pneumáticos em Branhuelas, e, por último (por agora), a instalaçom no macropolígono industrial do Baio dumha planta de fundiçom de residuos para a produçom de óxido de zinc.
No Bierzo estamos avondosamente contaminados, e nos últimos anos tenhem-se rebasado os níveis de alerta à populaçom e os níveis recomendados pola OMS em varias ocasions, especialmente em dióxido de enxofre e ozónio. Seguimos sendo, segum os informes de ?Qualidade do ar? da própria Junta de Castela e Leom (que se podem consultar no seu web), um dos pontos onde se sobardam os limites legais estabalecidos para a protecçom da saude.
Polas suas características climáticas e orográficas, a contaminaçom que se produz no Bierzo persiste durante muito mais tempo, convertindo-se assim em muito mais perigosa e prejudicial para a saude e para a produçom agroalimentária. Em numerosas ocasións as organizaçons ecologistas e ambientalistas tenhem solicitado um estudo epidemiológico da nossa regiom, que poderiam confirmar a relaçom entre a contaminaçom que padecemos e os altos índices de câncer, enfermidades respiratórias e pulmonares, alergias, etc... que existem no Bierzo.
Porém, as autoridades, políticas, económicas e administrativas, permitem continuar avante com o projecto da empresa Aqualdre Zinc, que pretende instalar essa planta de produçom de óxido de zinc a partir da ?reciclagem? de pó de aço.
Fabricar merda
Aqualdre Zinc pretende instalar, a menos de dous kilómetros das populaçons de Cubilhos do Sil e Cabanas Raras, umha actividade catalogada como molesta, insalubre, nociva e perigosa, potencialmente contaminante do cham, o ar e a água, tal e como se recolhe na Acta Nº 17/2007 do Concelho de Cubilhos do Sil. Está prevista a construçom de 265 vivendas a menos dum quilómetro da sua ubicaçom, e num rádio de menos de 3 quilómetros localiza-se a central térmica de Endesa e o Centro de descarrega de carbom da MSP. O canal do Bierzo Alto, que rega grande parte da nossa regiom, atravesa o polígono industrial onde se pretende instalar a empresa, com o que se multiplicam os riscos potenciais sobre a saude humana. Além disto, a empresa pretende situar-se a menos de 3 quilómetros do Pantano de Bárcena, que abastece de água a Ponferrada e outros concelhos próximos.
A planta chegarám nom menos de 144.000 toneladas ao ano de residuos perigosos e tóxicos (pó das empresas do aço), e inclussive poderiam chegar materiais radioactivos. Toda esta ?matéria prima? nom procederá do Bierzo nem de Castela e Leom. Nem um só gramo deste pó de aço é o resultado da actividade de nengumha empresa na comunidade autónoma de Castela e Leom, porque a única aceria existente (Roldan, radicada em Ponferrada) nom produz estes residuos. A previssom é que mesmo os residuos podam vir do resto de Europa (segum se recolhe na AAI, Autorizaçom Ambiental Integrada, recolhida no Projecto), contradizendo o principio de proximidade e autosuficiencia que debe guiar este tipo de actividades. Camions cisternas carregados de substancias altamente poluintes, percorreram centos, pode que miles, de quilómetros, para chegar até aqui.
A empresa ainda nom conseguiu comprometer a chegada de um só quilogramos do que consideram será a sua matéria prima, pois umha empresa radicada no Pais Basco (Befesa) conta com o contrato para o tratamento destes residuos. Depois das alegaçons apresentadas, e como resposta a esta incongruéncia, a empresa declara que a sua intençom é trabalhar com todo tipo de residuos que tenham ?algo de zinc?, como se os seus fornos fosem mágicos e puderam tratar qualquer tipo de residuos do mesmo modo. De todos os resíduos, tirará-se o zinc, que é umha parte mínima, e o resto do resíduo entrante ficará aqui de por vida, em algum depósito ou simplesmente disperso no nosso território. A empresa também nom demostrou até o momento nengum compromiso de nengum depósito autorizado para recolher estes residuos.
O resultado da actividade de Aqualdre Zinc, serám também resíduos altamente perigosos: sales e escórias de todo o tipo, que deveriam ir a um vertedoiro de seguridade, e também quantidades ingentes de água ou vapor de água contaminado com todo tipo de materias pesados. Mesmo num primeiro momento, a empresa declarava que estas sales (altamente contaminantes) serviriam para manter as estradas no inverno!!! Depois das alegaçons, simplesmente nem as mencionam, desaparecendo por arte de mágia. A água da chúvia que poda cair sobre so residuos e as próprias instalaçons sería já por si soa perigosa, segum o Informe Técnico do Concelho de Cubilhos do Sil, mas a resultante do proceso de lavado dos residuos será altamente contaminante. A empresa nom apresenta nengum plam de depuraçom das águas, que prevém acabem na depuradora de Viladepaus, que nom está preparada para admitir resíduos industriais deste tipo, e que pom em perigo o seu próprio funcionamento.
Duas novas chaminés em Cubilhos (umha para o forno de secado e outra para a fundiçom) emitiram um mínimo anual de 25000 toneladas de gas. A empresa tem autorizaçom para emitir metais pesados, SO2, CO, partículas, metais pesados, e os mais perigosos: dióxinas, furanos e compostos orgánicos persistentes (COP), que resultam cancerígenos, bioacumulativos e chegarám ao nosso organismo a traves da cadeia alimentária. Segum os informes da OMS, do Ministério espanhol de Meio Ambiente, e o Convénio de Estocolmo, as fundiçons som, junto com a incineraçom, umha das prinicipais fontes dos COP.
Os fornos funcionaram 24 horas ao día, e portanto as emissons à atmósfera produciram-se também 24 horas ao día, pois no tipo de proceso que apresentam, Waelz, nom se podem para os fornos, ainda que no projecto a empresa di que nom funcionaram polas noites. Possivelmente isto o fam para evitar que se lhe achaquem problemas derivados de ruidos e vibraçons nocturnas.
O proceso da planta é completamente novidoso, nom conta com um projecto piloto, será a primeira vez que se ponha em marcha, e supom um ingente gasto e contaminaçom. Nom é a melhor técnica disponível, e será realizada por umha empresa que nom pode demostrar nengumha experiência na gestiom de resíduos perigosos.
Dous informes técnicos demostram a grande perigosidade do projecto. Um é o dos próprios técnicos do concelho de Cubilhos do Sil (acta do Concelho do 28/12/2007), e outro o do reconhecido químico berciano e profesor de universidade no Campus do Bierzo D. José Manuel Baelo. Além disto, as numerosas alegaçons apresentadas por diversas entidades, explicam os graves efectos que pode ter a instalaçom desta empresa. Ecologistas em Acçom te-na catalogada como estafa ambiental e tem solicitado a nulidade de pleno direito.
Fazer-se rico
A empresa Aqualdre Zinc S.L. sae practicamente da nada. Constituida em Dezembro de 2006, com um capital social de 3500? está domiciliada em Gipúzkoa, e constam como administradores da mesma José Antonio Larranaga Ucin, Josu Miren Garmendia Goicoechea e Feliciano Elias González Gil.
O Objeto Social declarado da entidade no momento da sua fundaçom era ?a participaçom no capital doutras sociedades ou entidades, civís ou mercantís?. A princípios do mês de Janeiro de 2008 amplia-se o Objeto Social declarado, incorporando agora como novas actividades os ?Serviços de gestiom integral de resíduos, ejecuçom de obras e instalaçons relacionadas com os mesmos, recolhidas selectivas, almacenamento, transporte e eliminaçom de residuos?. A empresa nom pode demostrar nem justificar em nengum caso a sua experiencia, ou a dos seus administradores, na gestiom e/ou tratamento de resíduos perigosos.
A primeira solicitude a nome de Aqualdre Zinc apresentada ante a Delegaçom Territorial da Junta de Castela e Leom em Leom para a instalaçom desta empresa é do 21 de Dezembro de 2207. O 19 de Dezembro de 2007 o Concelho de Cubilhos do Sil emite informe urbanístico favorável, indicando que a actividade se desenvolverá em cham urbano industrial.
De momento, a empresa já tem concedidos em conceitos de ajudas, como mínimo 2.3 milhons de Euros do Ministério de Indústria e 3.3 milhons das partidas de Incentivos Regionais. Ao estar situado em zona minera, receberá também fundos MINER. Negócio redondo.
Possívelmente, esta seja outra empresa mais das conhecidas como ?caça-subvençons?. Aproveitando a permissividade e colaboraçom das autoridades, venhem a regions como esta, nas que as subvençons, ajudas e colaboraçons económicas para a instalaçom de novas empresas que diversifiquem o tecido industrial som aproveitadas por empresários sem escrúpulos. Os postos de trabalho oferecidos (directos calculam-se uns 28, somados os indirectos, nom chegariam a 40), nom podem fazer-nos pensar que compensam todos os perigos que comportam, além da destruçom de mais postos de trabalho já asentados, pois toda a indústria agroalimentária, assim como a turística e a de oferta de ócio, estarám directamente afectadas por empresas como esta.
Um futuro obscuro, gris e sujo abate-se sobre o Bierzo. Conseguir pará-lo depende de todas/os nós. A tua colaboraçom é importante, necessária e imprescindível. Neste momento, há apresentados dous recursos, por parte de Ecologistas em Acçom e de Tomás Ramos, concelheiro do MASS em Cubilhos do Sil. Som as duas únicas pessoas que nestes momentos tenhem capacidade legal para paralisar o projecto, continuando com a via judicial.
Mas a justiça nom é gratuita. A Plataforma ?Bierzo Aire Limpio? tem umha conta aberta na que recaudar fundos para manter a campanha em contra e os gastos originados nos tramites legais: La Caixa N 2100-6108-77-0200021559
Difunde esta informaçom. Participa da campanha. Colabora economicamente. Acude aos actos e convacatórias que se realicem. Informa-te e informa às tuas amizades, vizinhas/os e conhecidas/os.
NOTA: A maior parte da informaçom empregada para redigir este artigo, está tirada do web da Plataforma Bierzo Aire Limpio.
Estoy de acuerdo con todo este comentario.Pero tenemos que tener en cuenta, que en El Bierzo necesitamos puestos de trabajo, y eso es difícilo de conseguir,si los vagos y gentes sin conciencia toman la palabra y no dejan hacer nada.Este comentario está hecho en portugués, pues que vayan a Lisboa y protesten por la central nuclear que tienen allí…
Quien tiene que velar por nuestra salud y por nuestro trabajo,es el gobierno que para eso le pagamos…