Ainda mais blogues onde recolhem a ediçom das tarjetas: as Palabras de Amauta, de Girona, Principat de Catalunya, e o blogue de Português do IES Olhos Grandes de Lugo.
Novamente, a eles/as, aos/às de antes e a quem mais venha: obrigado!.
Nom te deixes arrastar pola maré meiática espanhola!!!
Se gostas de Eurovisom, se gostas da música, se gostas da nossa língua (se gostas da língua de todas as pessoas), ou se, simplesmente, queres demostrar com os factos o teu apoio à nossa língua, internacional, deixar patente o facto diferêncial galego, e dar-lhe umha boa pancada a tanto espanholismo carpetovetónico, cavernícola e ráncio que nos arrodeia,... AGORA PODES FAZÊ-LO!!!
[youtube]6qZZxgHxYrw[/youtube]
Havia já muito tempo que nom me chamavam dumha escola, liceu ou similar para participar num acto do Dia das Letras, e é que isto de viver na Galiza mas fora da Comunidade Autóma Galega provoca que muita gente pense que vivo no estrangeiro.
Mas a questom é que este ano participo, com grande prazer, nos actos que com motivo do Dia das Letras organiza uma escola: a Escola Oficial de Idiomas de Ponferrada.
Junto com Sechu Sende, que estará a quinta-feira 22 com nós, na sexta farei umha apresentaçom-recital do meu proxecto "Poesia para ver/poesia para ler", convidados polo Departamento de Galego desta EOI.
Ainda mais blogs onde apareceu a ediçom dos cartóns:
Istoria
I. Inféstana inmumerables imbecilidades (idiotas).
Iscade insectos!
Insisten insaciables: imposibilítana. Irrompen insanos, invádena intratables, infernais (in)humanos. Inféctante I.
I-kurriña, I imperturbable, I inspira.
I inventa illas inaccesibles, icebergs interoceánicos, ideas incribles, ignotos istmos, iglús icosaédricos, isoglosas ilegais?incluso invernos ibicencos.
Inventas iso I, invéntalo imparablemente, impetuosa. Inventas infinitos instantes, inmunízaste imaxinando isto.
Ignición.
I implosiona: impúlsase incontrolablemente, inalcanzable, ilesa?indecentemente impúdica.
I´m I.
Por Besbe.
Os cartóns do poema "A minha língua quero na tua boca", já forom, e ainda siguem, chegando aos seus destinatários.
Navegando, naufragando e afogando na rede, na procura doutras cousas nas que agora ando, atopei... um video dos Living Colour cantando a famosa cançom de "Elvis is Dead", num espectáculo em Montreaux no 2004, ligada com um dos temas seus mais conhecidos "Cult of Personality".
Esse tema dos Living Colour é o que aparece citado no meu poema "Artefacto Burbur", escrito, se nom lembro mal, entre o ano 95/96 do já passádo século, e publicado no livro "Quem nos defende a nós dos idiotas?" (Letras de Cal, Compostela, 1996).
Nom me resisto, nem o intento, a colar aqui o vídeo, e aproveitar para revisitar o Artefacto.
António Udina está morto, está vivo!!!
[youtube]XrMl_9zxzqw[/youtube]
Artefacto Burbur
"Si seguimos utilizando el lenguaje en su clave corriente, con sus finalidades corrientes,
nos moriremos sin haber sabido el verdadero nombre del dia"
(Julio Cortázar)
António Udina está morto
e também está morto Elvis
dim os Living Colour
Elvis era branco
dim
e por isso gravaba muitos discos
Se for negro nom poderia
nom poderia nem ranhar na guitarra
António Udina nom era negro
mas desde logo nom falaba umha língua de brancos
Tal vez esteja entre nós o nosso António Udina particular
Ele quando era pequeno nom imaginaba que ia ser António Udina
e centos de miles de estudantes saberiam dele
e saberiam de memória a data da sua morte
Ele nom o sabia
E Elvis também nom
Mas Elvis era branco
E António Udina nom falava umha língua de brancos
Além disso falava vegliota
Elvis fazia rock porque vendia
António Udina falava vegliota mas ele nom o sabia
porque já em 1898 nom ficava ninguem que falara raguseo
Chamava-se António Udina mas também lhe chamavam Burbur
A Elvis chamavam-lhe El-Rei
The King em inglês que parece mais importante
mas Elvis era branco
e por isso podia ser El-Rei
António Udina só podia ser Burbur
Entre nós nunca haverá um Elvis
a nom ser que se faga branco e fale com a língua dos brancos
Mas todos somos António Udina
e nos chamam Burbur
Elvis era branco e por isso gravou muitos discos
António Udina nom era negro
mas a sua língua nom era de brancos
ainda que todos falamos dálmata algumha vez na nossa vida