Um desconhecido Alejandro Rodríguez, enviou-me por correio electrónico em dias passados um artigo, em galego, que sob o título "Pola Regiom do Bierzo" analisava a realidade do Berzo e a necessidade de mudar a denominaçom de "Comarca" pola de "Regiom" para esta terra (um debate, por certo, presente entre diversos sectores berzianistas desde há um tempo).
Depois, vim esse artigo em espanhol no DiariodelBierzo, onde, por certo, recebiu alguns comentários possitivos.
E agora, passados uns dias, vejo que também o Portal Galego da Língua, publica esse interesante artigo, mas, evidentemente, em galego.
Nem sei quem é o autor, nem como é que conhecia o meu correio electrónico, mas, em todo caso, somo-me aos parabéns que lhe tenhem chegado, e aproveito para animar a mais pessoas a participar no debate nas páginas do PGL ou nas do DiariodelBierzo, mas sempre, por suposto, em galego.
Em 29 de Julho de 2005, publiquei neste blogue o artigo sobre Urbano Ermida da minha autoria, e que aparecia no número 12, correspondente ao segundo quadrimestre de 2005, da revista de NÓS-Unidade Popular "Voz Própria".
Agora traio cá a ligaçom para a ediçom do artigo feita por Vieiros nestes dias. Um artigo que, agora que já se achega o mês das Letras, que já nom o Dia, é apropriado lembrar, traendo na memória aquelas palavras de Urbano Ermida, recolhidas do seu último artigo aparecido n'A Fouce: "Un naçonalista que pide apoio pra autonomía, é tan sinceiro e tan conscente, como aquel galeguista que non fala galego porque non está oficializado o noso idioma".
Já o digem há um ano, e agora insisto:
Quem quer vir matar uns judeus en Ponferrada?
(Aproveitai, que esta noite, e para lembrar velhos tempos, ponho copas, copos, finos e pintas na Gatera, aproveitando para pôr música da nossa)
Xabier Lago, Presidente da Associaçom Cultural Fala Ceive do Berzo, vem de criar, há já mais de um mes, um blog, no que publica textos e notícias referidas ao Berzo, a defesa da nossa língua e cultura, os territórios da Galiza irredenta, etc... Recomendo-vos visitar o seu "O Bierzo Ceibe", ainda que algum pequeno tirom de orelhas mereza por publicar, de quando em vez, também textos em espanhol. Com tudo, o blog e os seus conteudos som, como nom podia ser menos, interesantes.
Reproduzo a minha intervençom nas X Jornadas Independentistas Galegas, organizadas por Primeira Linha, celebradas no dia 18 de Março em Compostela.
O sonho fai-se à mao e sem permissom
10 reflexons sobre o significado da esquerda
1.- De que falamos quando falamos de esquerda? Como é que seguimos a empregar um termo que significa tam pouco, à força de significar tantas cousas? Di o título destas Jornadas "Desafios e necessidades da esquerda do século XXI". Mas de que falamos? De que esquerda falamos? É ainda útil este significante?. Tendo em conta que abaixo deste guarda-chuva cabem, para resumir, desde o PSOE até o soberanismo socialista galego, que hoje existe dividido entre diversas forças como NÓS-UP, passando polo BNG, e as sucursuais galegas doutras forças estatais, para nom falarmos também de outras forças sociais, sindicais, etc... de que nos serve empregar ainda esta categoria?.
Um dos mais, ou se calhar o mais importante desafio, e a mais urgente necessidade que tem a esquerda, neste século XXI, é o que se situa à volta da sua própria identidade. O que é que é a esquerda, o que é que significa o termo "esquerda", para que realidade remete, o que queremos dizer quando falamos em termos de "esquerda".
O Bernardo Penabade escreve no PGL sobre a Semana da Galiza em Braga, e fai-no lembrando também a criaçom em Porto do Círculo de Estudos Galaico-Portugueses em Março de 1961 por parte de "jornalistas, artistas plásticos, escritores, profissionais liberais, políticos e publicistas". Entre todas essas pessoas, que pretendiam a "aproximação sentimental e intelectual entre as camadas pensantes da Galiza e de Portugal", atopava-se Pura Lugris Freire.
Havia já dias que umha das mais activas activistas de Fala Ceive, a Sílvia, nos comentara aos membros de FC a proposta de participarmos na Semana da Galiza em Braga.
Agora, o PGL informa da realizaçom dessas Jornadas em Braga, e vejo com satisfacçom que o Berzo, por meio de Fala Ceive, vai estar lá presente, para falar da Galiza, da Galiza nom-reconhecida, da Galiza que fica ainda hoje em dia fora da Comunidade Autónoma Galega.
Sbado 25, às 15:30, no prgrama "Miraxes" da TVG, rportagm sobrlngua e cltura galega do Bierzo (passa-o)
Pois isso: que neste Sábado, no programa "Miraxes" que a TVG emite nas fins de semana, poderedes ver umha reportagem sobre a língua e cultura galega do Bierzo, com entrevistas, entre outras pessoas, a membros de Fala Ceive.
O bom companheiro Eugénio Outeiro, sempre atento, leu ontem o meu comentário sobre o meu artigo arredor do Urbano Lugrís, e hoje mesmo no meu correio tinha umha mensagem sua com um arquivo de word no que vinha o texto referido. Tomou o trabalho, que estou certo de que nom foi pouquinho, de copiar o texto e fazer com ele um arquivo. Muito obrigado, Eugénio. Fica claro que com companheiros assim, os caminhos da informática nem sempre som inescrutáveis e inexpugnáveis.
Pois como o prometido é dívida, cá vai o artigo, para quem o queira ler.
A Santa Paz do Pentágono
Urbano Lugris (Corunha 1908 (?) - Vigo 1973)
Mil veces máis nacionalista que os seus silenciosos detractores, Urbano Fingal sabe pintar cunha dureza que pode producir o calafrío. Como Chagall, pertence a aquela raza de pintores que abren vías para seguir imaxinando, ao mellor unha vida enteira, a estoria que empeza, se cadra, na esquina de calquer pintura aparentemente plana.
Xosé Luís Méndez Ferrín
(Faro del Lunes, 22 de outubro de 1984)
Lugrís, fillo de Lugrís Freire, o grande amigo de Eduardo Pondal, non era Urbano Lugrís somentes. Era, sobre todo, Ulises Fingal: Ulises, o navegador do mundo e do trasmundo, o grego de cando os gregos ainda non sucumbiran ao logos do puro razonar, se é que algunha vez Platón sucumbira; Fingal, o heroe gaélico que lle ordenaba coa sua rixidez cerúlea o camiño do Outro Mundo, os vieiros escusados dos Thuata Dé Danan, as xentes irlandesas de debaixo da terra, o misterio de Brigadoon que cada cen anos emerxe da néboa dun val de Escocia para vivir a normal vida dunha cidade. Non pretendo decir aquí miña verdade, porque podería ferir os gostos e as preferencias (ou os prexuicios ideolóxicos) de moitas boas persoas. Non pretendo decir que Urbano Lugrís / Ulises Fingal sexa o meu mellor pintor galego do século XX. Pero é así como penso e como gozo. Toda a súa xeneración -como a dos seus contemporáneos mexicanos- elexiu en Galicia un retábulo de feiras e romaxes, de vendedoras de pan e de peixeiras arquetípicas de redondas caras, de luz de paisaxes patrióticas e de mostración do pobo galego.
Jorge Castro. Janeiro 2002.
Por sorte para ele, Urbano Lugris nom assistiu ao afundamento do Prestige e à posterior maré negra, provocada pola contaminaçom da carga de fuelóleo que dito barco levava nos porons, e pola passividade, negligência e inépcia de umhas autoridades espanholas sempre mais preocupadas com a caça e a pesca (também de votos) do que com aquilo que vinher a acontecer na Galiza. Nom assistiu Urbano Lugris ao desastre do Prestige nem à crise nacional posterior, mas sim assistira a alguns dos diversos afundamentos e posteriores marés negras que sofreu a Galiza no último século. Viveria-os, mas desconhecemos a sua opiniom sobre eles.
Levo tempo (e tempo, e tempo...) querendo traer para o blog um artigo sobre Urbano Lugris, o filho de Lugris Freire -a quem a (sub)Real(ista) Academia Galega lhe dedica este ano o Dia das Letras Galegas-, que escrevim no número 11 do Novas da Galiza, mas nom o consigo.
Por agora, o que conseguim fazer é pôr no blog a ligaçom onde poderedes aceder ao formato pdf desse número do NGZ completo, e onde, na sua página 12 poderedes ver esse mencionado texto, intitulado "A Santa Paz do Pentágono".
Se algum dia consigo, com os meus escasos conhecimentos, copiar o artigo e colá-lo no blog, já vos aviserei ; )