Escrevim este poema (tal e como aparece datado) em Abril de 1995...Já choveu.
Hoje quero que apareza no blog como mostra de apoio e solidariedade com a Íria, o Abraam e o Alberte, e aproveitar para chamar a participar nos actos de protesto.
Ao som dum hino alheio
Caminhei sobre as águas quando nom sabia que fazer
Multipliquei o pam e os peixes porque tinhamos fame
Ressucitei um morto porque era um bom amigo
e para nom ter que morrer eu mesmo
Evitei que a umha mulher lhe tiraram pedras
porque eu também pecara
Anunciei a destruiçom do templo pois em verdade ia ser destruido
Andavam alguns comigo porque eu nom tinha com quem andar
E quando quixérom crucificar-me escapei porque tinha medo
E agora
dous mil anos despois
alguém pretende levar-me à cadeia
por nom desfilar ao som dum hino alheio
(Abril de 1995)
Cópio cá a informaçom que aparece no PGL sobre a presência de Quico Cadaval em Ponferrada esta terça-feira 14 de Fevereiro.
O profe da EOI de Ponferrada, enviou-me a informaçom sobre as jornadas de teatro que organiza a Escola, e eu remesei essa informaçom a vários contactos, e algum deles colou essa informaçom no PGL, e eu agora colo essa notícia no meu blog. Isto é um círculo ; )
Por suposto, recomendo, vivamente, a assistência.
O artista galego participará num ciclo de teatro da Escola Oficial de Idiomas de Ponferrada
PGL.- O galeguismo do Berzo está de parabéns. O dramaturgo galego Quico Cadaval encenará no próximo dia 14, em Ponferrada, um dos seus célebres monólogos, e fará-o como corresponde: em galego.
Dentro do ciclo de teatro da Escola Oficial de Idiomas de Ponferrada, Lenguas a Escena, o dramaturgo galego encenará o seu monólogo «Fantasmas Familiares», um repertório de histórias sobrenaturais em que se demonstra como na cultura galega o mundo do além nom é tam dificultoso nem traumático.
Quico Cadaval é actor, director e adaptador teatral, tendo participado em múltiplas produçons da Televisom Galega, bem como múltiplas curtamentragens e longametragens. Ainda que para os galegos e galegas é já bem conhecido por ser, entre outra cousas, um dos principais impulsores do movimento de conta-contos que surgiu na Galiza na década de 90, diremos ainda, para o reconhecerem os nossos leitores portugueses, que ele foi o professor de interpretaçom no programa televisivo "Operação Trunfo" na temporada de 2003.
A representaçom terá lugar no teatro Bergidum, às 21:00, e o preço da entrada será apenas 3?.
"As revoluçon nom se figerom nunca com poemas, mas a solidariedade é um dever". Leopoldo de Luís (1918-2005)
Nada há mais fácil que
morrer
leo numha revista dominical
dessas a toda cor e cheia de
artigos de pessoas que
escrevem artigos
sabendo bem que
para eles
nada há mais fácil que
cobrar
umha boa nómina a
fim de mês
e que vivem tam
bem que
pensam que morrer
só morrem os pobres
os esquecidos os oprimidos
Os outros
Quem me conhece já sabe que ultimamente ando muito liado com ocupaçons bem importantes e com nome próprio. Ando na procura dum pouco de tempo para poder falar com calma no blogue sobre muitas cousas, mas por agora nom consigo.
Entro hoje só um momento para recomendar a leitura dum artigo no Diário de León de hoje: "Leonesistas de ficción", de Aquilino Poncelas Abella, autor de quando menos um par de livros de recopilaçom de literatura oral e popular da regiom do Berzo, o último deles intitulado "Contos e Lendas do Berzo. Cuentos y leyendas del Bierzo", publicado polo Instituto de Estudos Bercianos (com o apoio da Junta da Galiza, a Junta de Castela e Leom, o Instituto Leonês de Cultura, Caja Espanha, o Conselho Comarcal do Berzo e o Concelho de Ponferrada). O anterior foi "Estorias e contos dos Ancares. Historias y cuentos de los Ancares". Editado polo Grupo Cultural Carocos de Ponferrada em 1987.
Umha leitura muito recomendável.
"Un alcalde del Bierzo llama al BNG «iluso» por su afán expansionista"
O titular do ABC é muito bom, e a notícia nom tem desperdício. Mais que nada por que Estanga, alcaide de Oencia, defendia estas cousas (a anexom do Berzo, ou quando menos do seu concelho, à CAG) mais ou menos publicamente nos últimos anos. Que mudou? O Presidente da "Xunta", que agora é do PSOE, e antes era o seu amadíssimo lider, Manuel Fraga. Se tedes curiosidade por ver umha foto dele, nom tedes mais que ir às hemerotecas e procurar as fotos das celebraçons da vitória do PP e Fraga na mesma noite das eleiçons. Está em todas!
«Concretamente, en el Ayuntamiento de Oencia vamos a seguir el curso del río abajo, no al revés. El río Telmo, que pasa por Oencia, nace en Galicia y luego, dentro de El Bierzo, va al río Sil. Seguiremos tal cual», di o ABC que di o alcaide. A ver se é que nom se decatou de que o Sil "vai" ao Minho, e este percorre a geografia galega até chegar ao mar. Ou a ver se é que a frase tem retranca e quem nom se deu conta do que realmente dizia é o ABC, porque seguindo o curso do Selmo, que nasce na CAG, aonde chegas, aonde tornas é, definitivamente, a Galiza. Sem mais!
Assim intitula "La Voz" a sua reportagem de hoje sobre o Berzo e a polémica criada nos últimos dias, últimas semanas, a partir da apresentaçom por parte do BNG da sua proposta de novo Estatuto de Autonomia da Comunidade Autónoma Galega.
Por problemas técnicos que já comentei há uns dias, nom puidem seguir esta polémica, por momentos interesante e por momentos aburrida, mas intentarei nas próximas semanas ir recopilando o que de mais interesante, ao meu ver, foi aparecendo na imprensa.
Com os autores, o jornalista gráfico e o jornalista escritor, Rodri Garcia e Vitor Mejuto, falei, por casualidade, nos dias que estiverom polo Berzo. Casualmente, nesta segunda-feira passada aparecerom polo bar no que trabalho duas pessoas, para tomar uns cafés de meia tarde, que resultarom ser eles. À noite, voltarom, e seguimos a falar do tema. Deu-me a impresom de que, como soe ser habitual, tinham um desconhecimento bastante grande da realidade diária e cotiam do Berzo, ainda que, como nom soe ser habitual, tinham interese por conhecé-la. Sei que falarom com muita gente, e ainda que a reportagem nom é essa da que um mais gostaria, quando menos dí cousas interesantes e fai umha digna apresentaçom da situaçom. Nom é pouco com os tempos que correm.
De todas formas, cousas assim faram que o Grupo Voz, proprietário também do Diario de Leom, sufra de esquizofrénia (ao igual que S. Agostinho, que dizia aquilo de que "eu som dous e estou em cada um de esses dous por completo), pois o seguimento e tratamento que este periódico realizou de todo este tema foi bem, bem distinto. Melhor seria para todos/as que La Voz recuperará a sua ediçom para o Berzo e Valdeorras, e distribuirá o Diário de Leom além do Mançanal.
Se alguem anda por Ponferrada hoje (lamento nom ter podido avisar antes), pode passar pola Jornada de Portas Abertas do Conselho da Juventude, e, entre outras cousas, ouvir umha pouca poesia.
1.- Nosotros tenemos un idioma que es el español, castellano o como quieran denominarlo, y tenemos también el bable, cuyo uso y promoción pretendemos promover».
(Vicente Álvarez Areces, Presidente de Asturias, La Nueva España, 15-12-2005).
2.- En segundo lugar, la «inicial» pretensión gallega es también inaceptable al proponer la oficialidad de la lengua gallega en Asturias, porque, en primer lugar, no existe el gallego de Asturias, sino la fala o gallego-asturiano, que es la lengua de los asturianos entre los ríos Eo y Navia, y también porque la autoridad lingüística y política corresponde a las instituciones y Gobierno de Asturias.
(Francisco Javier García Valledor, Consejero de Justicia, La Nueva España, 14-12-2005).
3.- Si les preguntamos a los de Taramundi, San Tirso de Abres o Vegadeo, que viven con normalidad su "fala".
(María Jesús Álvarez, Presidenta de la Junta General del Principado, La Nueva España, 14-12-2005).
4.- Respecto a la cuestión lingüística, el presidente asturiano subrayó que la ´fala´ de la comarca occidental está reconocida como una de la variantes del bable y así lo asumen también los habitantes de esos municipios "que nunca se han planteado modificar ese estatus", asumido "con normalidad" dentro de unas "excelentes" convivencia y relación institucional con Galicia.
(Vicente Álvarez Areces, Presidente de Asturias, 13-12-2005).
Só umhas letras rápidas para comentar que siguem a passar de nós, siguem a passar do Berzo. Apresentam a sua "folha de rota" (ou folha de derrota?), e nom fam nem umha só mençom ao Berzo nem, por suposto, à língua e à cultura galega.
Asumem que isto nom é Leom? Nom. Asumem que som uns imperialistas. Uns tristes imperialistas, que, como os de Castelao, também fracasaram. Mais tarde ou mais cedo.
Que consigam toda a "birregionalidade" que queram, mas que deixem ao Berzo construir livremente o seu futuro. As suas mentiras históricas, e histéricas, nom atopam eco na nossa regiom berziana.