Eu nom vou poder estar. Mas quem poda, que nom perda a oportunidade. Paga a pena, sem dúvida. Maria Aldao e Lucia Lado. Duas para Nove.
Estou sentado em algum lugar que conheço perfeitamente ainda que nem sei onde é. Com os olhos pechados, podo ver todas e cada umha das cousas que me rodeiam. Conheço todos os nomes de todas as cousas, mas som incapaz de pronunciar algumha palavra inteligível. Procuro nom cair, mas nom tenho onde agarrar-me. Nunca chego ao fundo, vou caindo, caindo, sem fim. Já nom estou sentado. Já nom caio. Sigo em pé. Caminho. Ou nom. Sigo a cair enquanto penso que já nom caio. Todo remata. Todo continúa. Ao tempo que percorro o caminho, fico quieto, parado, imóvel. Tranquilo, sereno, pacífico. Calado, reservado nas palavras. Em voz baixa, repito novamente os versos que aprendim. Estou deitado, com os olhos pechos, e o sol quenta-me a cabeça. A única cabeça que tenho. Nom sei quê é o que digo. Ainda.
Seria um grave erro, umha transgressom de qualquer preceito ou regra de lógica, umha maldade, umha crueldade, mesmo um pecado, permitir que as nossas crianças se acheguem à essa secta retrógrada, patriarcal, reaccionária, filofascista, e evidentemente capitalista, chamada igreja católica.
Já dizia Einstein que é melhor nom pensar muito no futuro, porque vem muito antes do que pensamos.
(Mas também alguém dijo que todo é porvir, e nunca chega).
"Trata-se dum velho método: tomas algumha cousa da tua tradiçom, roubas e deixas atrás outras cousas para que outros com talento roubem também. A cultura é isso, umha transformaçom contínua".
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Goran Bregovic apresentando o seu novo disco, Alcohol, com a cançom Jeremija. Aqui, o vídeo:
[youtube]BSiVIKR2eM0[/youtube]
Oferece-se poeta em paro com conhecimentos de desenho gráfico e ampla experiência.
Boas referências.
[youtube]HFSAffL-nHU[/youtube]
(Para Leti, Javi e Jorge)
Agora que nos fazemos a pergunta que durante uns dias pensamos que nom tinhamos que fazer-nos, esta pequena melodia pode ajudar-nos a reflexionar. Ainda temos caminho por percorrer. O mundo sigue a girar.
Golpe a golpe, verso a verso.
Letra a letra.
Comunicado de NÓS-Unidade Popular pedindo o direito ao voto para os galegos e as galegas da faixa oriental da nossa Naçom.
(Na foto, membros de NÓS-UP da comarca do Berzo diante dumha das faixas penduradas pedindo o voto para a esquerda independentista nas eleiçons da Comunidade Autónoma Galega)
NÓS-UP reclama o direito ao voto para todos e todas as galegas: 190.000 galegas e galegos nom poderám votar no 1 de Março
As organizaçons políticas com actual representaçom parlamentar, PP, PSOE e BNG, as mesmas que coincidem no direito a voto de netos, bisnetos e tataranetos de galegas/os que vivem a milhares de quilómetros, e completamente afastados da realidade galega, negam esse direito aos habitantes da Galiza irredenta. Perto de 190.000 galegos e galegas, do Berzo, da Seabra, da Cabreria, do Eu-Návia, bem mais integrados na vida e na realidade política, económica, social e cultural da Comunidade Autónoma Galega, nom poderám opinar sobre quem sentará nas cadeiras do Parlamento do Hórreo.
NÓS-Unidade Popular recolhe no seu programa eleitoral a necessidade de umha reordenaçom territorial da Galiza em que se inclua um ?regime de estreita colaboraçom com as comarcas galegófonas actualmente excluídas da Comunidade Autónoma Galega, com a perspectiva estratégica de umha consulta democrática sobre a sua eventual incorporaçom jurídico-política à Galiza?. Nesse sentido, aposta em reconhecer já o direito ao voto nas eleiçons autonómicas galegas ao conjunto da populaçom desses territórios galegos, actualmente negados polo Estatuto de Autonomia.
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Tenho estes dias a cabeza, as maos, os pés, e o conjunto do corpo físico, e também o sentimental, noutras cousas. Isso significa que este pequeno local estará desatendido.
Para quem passe por aqui, e nom tenha a sensaçom de ter perdido o tempo, deixo esta pequena joia. Quase 10 sensacionais minutos de Angelo Branduardi interpretando "Cogli la prima mela".
Porque nisso estamos, agora que sabemos onde vamos...