Mar30

Arrancou o clube de leitura "Lendo lendas"

Posted by Pega no Livro on 30-03-2012  ~  Posted in: Pega no livro, Clube Lendo Lendas, Descrição, Contato  ~  Inserir Comentário »

Arrancou o clube de leitura "Lendo lendas"


Praza da Algalia de abaixo 7, Compostela, 28 de maio de 2012

Olá mamai, espero que esteais bem, eu também estou muito bem.

Desculpa se te escrevo com faltas de ortografia, mas bem sabes que só levo no novo centro de ensino da Galiza um mês e ainda não conheço bem a tua língua. Agora boto de menos que não tivesses tempo para ensinar-ma alá na Argentina.

Hoje tivemos a primeira reunião do clube literário ?Lendo lendas?, e foi uma experiência agradável. Juntamo-nos oito companheiras e fizemos o plano de actuação para os próximos meses.

Estivemos a falar duma dúzia de livros e ao final escolhemos dous, ?Microbios e outros paquidermos? de Fernando Díaz Catroverde, um paisano galego teu, para abril e maio, e ?Inês de Portugal? de João Aguiar, que deixaremos para a juntança de julho.
Tu me contaras com saudade que no teu país sempre chovia, porém desde que cheguei não caiu nem uma pinga, de feito regressei a casa andando e fazia uma noite clara e estupenda para dar um passeio.

No grupo atopei-me com duas companheiras mais que queriam escrever e decidimos apresentar-nos ao certame literário de relato curto de Mugardos, assim que combinamos para o día 25 de abril com intenção de ir com um relatinho escrito e poder termos um inter-cambio de críticas. Aquí a gente e-te muito engraçada pois mesmo alguns dos que não querem escrever vão ajudar na leitura crítica dos relatos.

Deixo-te por hoje, um biquinho da tua filha que te quere, já te escreverei de novo depois da seguinte reunião.

Tchauzinho, Mafalda.
clubelendolendas@gmail.com

Mar10

PRÓXIMA REUNIÃO DO CLUBE DE LEITURA DE ANTIGOS ALUNOS DE PORTUGUÊS

Posted by Pega no Livro on 10-03-2012  ~  Posted in: Pega no livro  ~  Inserir Comentário »

Fica marcada para o dia 23 de Março, sexta-feira, às 20 horas no vestíbulo da EOI (Escola Oficial de Idiomas) de Compostela.

Dali iremos à sala de aulas que a direcção do centro nos tenha atribuído para celebrar o nosso encontro.

Quem quiser aderir ao nosso clube, só tem que apresentar-se lá e imediatamente será integrado nele sem ter que pagar nem um tostão como quota de entrada.

Animem-se! Nós gostamos de crescer.

Mar08

Poema de Añjela Duval

Posted by Pega no Livro on 08-03-2012  ~  Posted in: Livros, Atelié de leitura  ~  Inserir Comentário »

O Jaime deixou-nos este poema da poeta bretoa AÑJELA DUVAL, traduzido para galego-português e no original.

Os mil rostos do meu país.

Há tantas Bretanhas quanto bretões
Cada um deles leva a sua Bretanha
A sua Bretanha de bolso.
Oh Bretanha , a minha terra! Cadaquém canta
Do folclorista até o nacionalista
Sim, há inúmeras Bretanhas
É inútil tentar contá-las
Para ele, Bretanha são os santuários
Para outro, a musica do Binioù
Folklore ligeiro e danças
Outro admira as grandiosas pedras de Carnac
A mesa pétrea dos Sete Santos ,o menir de Pergat.
Para ela, as cofias de laços
E os coletes bordados.
Para outra a louça de Kemper
Para este artista é a mobília esculpida
Para este mestre são os livros, os registos;
Os símbolos nacionais
-¡¡papel da Bretanha¡¡-
Para o poeta ,os carreiros estreitos e mestos, o brejo
A torga, a dourada gesta.
As fragas cantoras, o estrondo do mar
O economista repara no nível das represas
As fabricas,os barcos de pesca
As couve-flores e .....os morangos¡¡¡.
E a Bretanha dos druidas?
A dos políticos?

A minha Bretanha não é para levar só no bolso.
A minha Bretanha é uma e toda ela.
A minha Bretanha é terra, céu e mar.
A minha Bretanha é alma , corpo , espírito.
É o coração da minha gente.
São os heróis de ontem,
Os heróis de hoje,
E mais os heróis de amanhã.
Imortal Bretanha¡¡

AÑJELA DUVAL.

Tradução de Caesoric.

Mil dremm va Bro
 
Ken lies a Vreizh hag a Vreizhad !
Da bep Breizhad e Vreizh !
? E Vreizh godell ?
O Breizh va Bro ! a gan pep hini
Eus ar folklorour d?ar Broadelour?
            Ya diniver eo Breizh :
Aner klask ar gont.
Da hemañ Breizh zo an Nevedoù
D?egile eo son ar binioù
Folkloraj skañv ha pardonioù,
D?unan all mein-meur Karnag
Taol-vaen ar Seizh Sant, maen-hir ar Pergad,
Da houmañ ar c?hoefoù dantelezh
hag ar jiletennoù voulouz brodet,
D?eben priaj Kemper
D?an arzour-mañ an arrebeuri kizellet
D?ar c?helenner-mañ : al Levrioù,
ar pladennoù, an arouezioù broadel :
ar Vreizh paper !
D?ar Barzh : an Hentoù don, al lannegi,
            ar brugeier, ar balan alaouret, ar c?hoadoù o kanañ, ar mor o krozal.
D?an arboellour, ar c?hleuzioù rasket,
            al labouradegoù, ar bagoù-pesketa,
            ar c?haol-fleur hag ar sivi.
Ha Breizh an Drouized ??
Ha Breizh ar Bolitikerien ! ! !
Va Breizh din-me zo unan hag anterin
Va Breizh din-me n?eo ket ur Vreizh godell.
Va Breizh zo Ene, Korf, Spered ha
Kalon va gouenn
Va Breizh zo Mor, Douar, ha Neñv
Va Breizh zo Harozed dec?h
Harozed hiziv
                        Harozed warc?hoazh
Breizh divarvel !?
 
5 a viz Here 1969, Pardon Itron Varia Rozera

Mar04

Curiosidades do Carlos

Posted by Pega no Livro on 04-03-2012  ~  Posted in: Pega no livro, Atividades, Ex-Alunos da EOI de Santiago  ~  Inserir Comentário »

1.- Como todos sabem, se alguém espirra na nossa presença, devemos, se formos bem educados, dizer: Jesús! (em espanhol católico) ou Salud! (em espanhol ateu). Como diziam os galegos do rural quando ainda não chegara a contaminação linguística? Alguém sabe? Hoje imitam ao espanhol ou traduzem dele: Xesús! Saúde!
Em português católico têm outra expressão: Santinho! Alguém a tem ouvido a este lado do Minho?

Santinho: Expressão que se dirige a alguém que acabou de espirrar para lhe desejar saúde (Dicionário Priberam ON-LINE)

Já agora, alguém colocou uma dúvida no ciber-dúvidas: se a que espirra é mulher, deve dizer-se: Santinha!?

2.- Todos conhecem a versão portuguesa do Happy Birthday, mas não há tantas pessoas que saibam que a homenageada deve cantar uma resposta de agradecimento àqueles que vieram dar-lhe os parabéns de praxe:

Parabéns a você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida

Hoje é dia de festa
Cantam as nossas almas
Para a amiga???..
Uma salva de palmas

RESPOSTA:

Obrigado meus amigos
Do fundo do coração
Por me terem cantado
Esta linda canção

Este estrambote foi-me comunicado pela professora Dra. Maria do Carmo Pinheiro Mendes do Instituto de Línguas e Ciências Humanas da Universidade do Minho. Ela disse que apenas as crianças a levavam à prática mas, não é verdade que só crianças celebram aniversários? (eu odeio essa data: lembra-me os muitos anos que já fiz).

Carlos Campoi-Vasques da 1ª promoção do curso de português na EOI de Compostela

Fev28

Brancos Estúpidos, Michael Moore, Temas e Debates, 301 páginas.

Posted by Pega no Livro on 28-02-2012  ~  Posted in: Pega no livro, Livros  ~  Inserir Comentário »

As pessoas que gostam de livros de geo-política e de ler autores como Chomsky, Petras, Ramonet ou Taibo, por citar apenas alguns nomes, vão achar não pouco de diferente na focagem e no estilo de Moore. Quem tenha visionado o documentário Bowling for Colombine, o mesmo trabalho que lhe valeu um Óscar, saberá de que estou a falar. A temática central é violência e o uso das armas nos EUA. No documentário não faltam dados abundantes com que tecer os fios argumentais mas há mais do que isso. Há também factos, mas temos também um humor corrosivo, pronto a ressumar no momento adequado e sem banalizar a história que se está a narrar. Inesquecível quando se introduz nas casas de cidadãos e cidadãs do Canadá para confirmar que, certeza, as suas moradas não estavam fechadas a sete chaves como nos EUA.

Brancos estúpidos patenteia este estilo mas num formato de página impressa. O alvo é o governo Bush da altura embora não deixe de lado o seu antecessor no cargo, Clinton, e, em geral os democratas de que afinal tiramos a conclusão de não serem uma alternativa lá muita alternativa. Em palavras do autor: Bill Clinton foi um dos melhores presidentes republicanos que tivemos; uma lista imensa de dados evidenciam a sentença.

Porém, a estrela é o Bush. O primeiro capítulo evidencia o golpe de estado que o colocou na presidência da primeira potência do mundo através de práticas como remover do recenseamento milhares de votantes negros e hispanos ou aceitar votos de militares chegados fora de prazo. Sobeja insinuar por quem costumam votar os uns e os outros. A seguir, centra-se no presidente e a sua ação de governo nos seus primeiros meses de mandado com uma comprida listagem de medidas anti-sociais que se poderiam utilizar nas aulas dos nossos liceus para exemplificar o que é Direita com maiúsculas (a maioria dos nossos escolares abandonam a educação obrigatória desconhecendo o que a direita e a esquerda é).

No tema racial é talvez onde desenvolva uma ironia demasiado alargada que o leva a certo paroxismo quando afirma, por exemplo, que só brancos foram responsáveis das grandes asneiras e que haveria que dar emprego só a negros e negras. Porém, alguns dos conselhos que dá aos condutores negros para evitar serem parados pela polícia são mesmo bacanas: ?coloque uma boneca insuflável branca no lugar do passageiro (...) Os polícias vão pensar provavelmente que você é o motorista e vão-no deixar em paz?

São muitos os temas que enfrenta Moore como a ecologia, as relações homens-mulheres (quase todos os presidentes e vice-presidentes dos EUA foram homens, brancos e cristãos), a religião ou as prisões, mas sempre neste esquema de corrosão, enxurrada de dados e propostas de ação para reverter aspetos concretos da realidade que na verdade podem ser alterados desde que a cidadania não olhe para outro lado. Neste ponto, a cidadania americana e a galega não sejam talvez lá tão diferentes.

Valentim R. Fagim, presidente da Agal e professor de português.

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