Sob o título de De Catro a Catro (doze horas na casa de Manoel-António), tais dias como hoje e ontem, há sete anos, celebrava-se em Asados (Rianxo) umha maratoniana jornada (de 4 PM do sábado, dia 1, a 4 AM do domingo, 2 de Julho de 2000) de homenagem ao poeta do mar.
A 10-11 dias para a celebraçom do Centenário de Manoel-António (nascido no número 2 da rianxeira Rua de Abaixo em 12 de Julho de 1900.), a maratona de leitura De Catro a Catro celebrava-se na casa onde ?presuntamente? Manoel-António morrera, em 28 de Janeiro de 1930, com apenas trinta anos de idade.
A ideia de celebrar umha maratona de leitura de doze horas de duraçom intitulada De Catro a Catro, modéstia aparte, fora nossa. Da Coordenadora Cidadá Cachimbo pola Paz.
Na sua coluna da terça-feira, 27 de Junho de 2000, Manuel Dourado Deira atribuia em El Correo Gallego a ideia de De Catro a Catro a Cachimbo pola Paz e advertia: ?Xa criticarei?:
De Catro a Catro: Doce horas con Manuel Antonio. Por Manuel Dourado Deira
(...) A iniciativa partiu orixinalmente dun grupo de mozos que se congregan baixo o nome de 'Cachimbo pola Paz'. Son aqueles mesmos que, nos últimos días do Congresso sobre Castelao, en xaneiro, deron o estoupido do "sonado secuestro dos arquivos do poeta" (...).
Meu dito, meu feito. Daí a umha semana, na terça-feira 4 de Julho de 2000, podíamos ler a ?crítica? de Dourado Deira nas páginas de El Correo Gallego:
?Un ronsel de estrelas? para Manuel Antonio. Por Marcial [sic] Dourado Deira
Debo referirme hoxe, como lles prometín, a ?Un ronsel de estrelas? que escintilou con brillo singular na xornada ?De Catro a Catro: Doce horas con Manuel Antonio? o pasado sábado na casa de Asados (Rianxo) de Manuel Antonio (...).
Durante as 12 horas da ?Garda de Catro a Catro? grande número de persoas da máis varia condición cultural marcamos na casa do poeta un ?ronsel de estrelas? que foron iluminando, cada un co brillo propio da sua amorosa experiencia, a súa vida e obra. Foi emocionante escoitar a nenos de tódalas idades como recitaban con sentido e mesmo escenificaban con ademáns plenos de gracia e significado poemas de Manuel Antonio, acompañándose con música de fondo interpretada por eles mesmos.
Os maiores, de case toda Galicia, fixemos ?ronsel? con lecturas e recitacións propias ou do poeta. Era coma un ritornelo da biografía das xeracións dos máis de 35-40 anos a dolorosa peripecia de como cadaquén foi descubrindo a poesía de Manuel Antonio oculta durante décadas baixo inicuos silencios impostos na vida, na Historia e no sistema educativo. Esta xornada serviu para resucitar a Manuel Antonio, incardinalo na nosa Historia e no sistema educativo (...).
Meses antes...
Meses antes, em Carta al Director do próprio El Correo Gallego, publicada (em reintegrata!) na terça-feira, 15 de Fevereiro de 2000 (pág. 4) Cachimbo pola Paz já manifestava as suas intenções:
?(...) Que continuaremos a realizar diversas atividades, como umha próxima Marathom de Leitura de doze horas de duraçom (de 4 PM a 4 AM) das Obras Incompletas manoelantonianas (...)?
Aproveitando a celebraçom no Quartel Velho-Casa da Cultura de Rianxo (30 -31 de Março de 2000) dumhas Jornadas de Estudo (organizadas pola Direcçom Geral de Promoçom Cultural da Conselharia de Cultura e Comunicaçom Social da Junta de Galiza) dedicadas a Manoel-António, e aproveitando também a sua proverbial hospitalidade, em 30 de Março de 2000, quinta-feira, celebrara-se na casa que Pilar Fernández e Antón G. Vilariño (na altura Secretário do Centro Cultural Simón Varela) têm no lugar da Mámoa (freguesia de Asados, concelho de Rianxo) umha reuniom preparatória (alindada com bom vinho de mencia e generosos petiscos) da que eu próprio me encarreguei de lavrar acta.
Assim lho contava eu ao Antón Capelán Rey numha carta que dias depois, em 10 de Abril de 2000, lhe remitia desde Rianxo (localidade em que, por motivos de travalho, naquele ano morava):
?Em ?Cachimbo pola Paz? já estamos a trabalhar, em colaboraçom c?o Centro Cultural ?Simón Varela? de Asados, numha Marathoniana Leitura Manoelantoniana de doze horas, que levará por título ?De Catro a Catro? e que terá lughar de 4 PM da Sexta-feira/venres 23 a 4 AM do Sábado 24 do mes de Sam Joam (Junho), durante a noite de Sam Joam (sob o pre-texto da conmemoraçom da saida à lus do Manifesto ?Mais Alá!?) e co?a participaçom de Poetas locais e visitantes?.
Umha semana antes... e mais depois
Por questões de intendência a celebraçom de De Catro a Catro (doze horas na casa de Manoel-António) adiaria-se umha semana.
Na terça-feira, 27 de Junho, quatro dias antes da celebraçom do evento, La Voz de Galicia dedicava as 8 páginas do seu suplemento Culturas (Nº 133) a Manoel-António.
Na terça-feira a seguir, 4 de Julho de 2000, três dias após a apoteósica celebraçom, estando já na casa familiar, em Bueu, redigim um extenso texto que dias depois apareceria publicado nas páginas d?A Nossa Terra (ANT Nº 942, 06-JUL-00, pág. 35) e mais em Vieiros.com (QUA, 12-JUL-00, Centenário de M-A). Nesse texto, intitulado Basta Já! (Notícia dum Seqüestro), falava de De Catro a Catro (doze horas na casa de Manoel-António nos seguintes términos:
?C?o mesmo fim, [exigir a imediata libertaçom de Manoel-António] ?Cachimbo pola Paz? tivo tamem a original ideia de organizar outra série de atos, como umha Marathom de Leitura de doze horas, de catro AM a catro PM (Jornada marathoniana-manoelantoniana), ideia que foi assumida como própria polo Centro cultural ?Simón Varela? de Asados, que correu com todo o peso da organizaçom do evento (contando para isso co?a inestimavel ajunda de Axeitos p.i., auténtico ?motor de explossiom? do invento). ?De Catro a Catro (doze horas na casa de Manoel Antonio)? tivo por fim lugar de 4 PM do Sábado 1 a 4 AM do Domingo 2 de Julho, na casa onde viveu e morreu o poeta, co?a participaçom de poetas locais e visitantes, grandes e pequenos e cumha moimental Sardinhada (sardinhas assadas em Asados) como compango da poesia.?
Homenagem a M-A no 107º aniversário do seu nascimento
Igual que figemos o ano passado, daqui a dez dias em Angueira de Suso comemoraremos o aniversário de Manoel-António. Manoel-António, que o vindouro dia doze fará 107 anos, leva cinquenta anos sequestrado a maos de Garcia-Sabell. Quem Sabell Onde? Queremos Sabell!!!
Escrito em 02-07-2007,
na categoria: TERRORISMO CULTURAL (TC):, Cachimbo Pola Paz
|
asombrosamente parecido??
XDDDDDDDDDDD
sr. o’sanma, verémonos este sábado en santiago?
Ola, suso, e companhia,
Ai que emosionante…
Acabo de me estrear como humorista gráfico
e nom é um chiste,
em fim, nom como podes ver, o do desenho nom é o meu…
saúde!
Dacordo, Ra. Talvez “assombrosamente parecido” nom sejam as palavras mais afortunadas. Evidentemente os dous cartazes som muito diferentes e o do Salgado (Revisión) é infinitamente melhor que o meu. O que eu queria dizer (e, no esforço de dizê-lo por poucas palavras, nom digem) é que a coincidência na imagem do cartaz (caligrama Excelsior sobreposto ao retrato, o mesmo retrato, de Manoel-António) é bastante assombrosa. No decurso da maratoniana homenagem De Catro a Catro tivera oportunidade de falar do assunto com o próprio Salgado e semelha que nom foi mais do que isso, umha feliz coincidência. Coincidência que, aliás, me enche de orgulho e satisfacçom (sou um grande admirador do trabalho do Grupo Revisión).
P.S.: O que foi umha pena foi o nom coincidirmos em Compostela no passado sábado :-( Como correu a celebraçom do Dia do Orgulho Nevero? ;-)
Sejas bem-vindo ao maravilhoso mundo do humor gráfico, amigo… Made in Galiza!!! E bem-vindo também à Angueira de Suso!!! Acabo de adicionar o teu blogue (que nom conhecia) aos enlaces do meu (secçom Apocalípticos e Reintegrados). Enviei-che um e-mail na semana passada, confire a caixa de entrada do teu correio electrónico. I want you… ;-)
tou, tou, suso, pensando nisso.
tou detrás dumha ideia…
a ver.
saudinha
Hai coincidencias que matan.Ainda que xa teño visto ( e en propria carne) coincidencias case exactas en chistes e ideas, pero non é o mesmo.A coincidencia gráfica é moito máis difícil de darse como tal.
Será aquelo do “recordo inconsciente".O deseñador veu o voso co rabiño do ollo, quedóuselle no subconsciente, e saiulle o que lle saiu.E pasou o que pasou, que diría Mella, ou non sei quén.
Acho que isso foi exactamente o que aconteceu. O meu cartaz fora reproduzido na página 35 do Nº 921 (10-FEV-2000) do semanário A Nossa Terra (ilustrando um Anaco de Borobó intitulado O secuestro de Manoel-Antonio) e provavelmente fosse aí onde o bom do Salgado o visse ainda que, na hora de realizar o seu cartaz, nom se lembrasse de tê-lo visto. Muitíssimo obrigado polo comentário, amigo Gonçalo ;-)
Já agora… O outro dia escuitei no rádio umha história que, procurando no Google, acabo de topar também neste sítio. Copio e colo:
En esto de la rivalidad y el plagio, el toma y dame sigue a la hora del día y de las acusaciones y la condena no se salvó siquiera Charlie Chaplin (1889-1977), quien en 1931 tuvo que pagar una gran cantidad de dinero por el ?supuesto plagio? a la partitura de ?La Violetera? del maestro español José Padilla (1889-1960) para la película: ?Luces de Ciudad? Tras escuchar el original ante testigos, del también creador del tango ?El Taita del Arrabal? , y compararlo con el tema de su film, Chaplin fue honesto, admitió su infracción y se excusó diciendo que pensaba que la había inventado el…? silbando mientras se duchaba?.
Comentários recentes