Há mais de umha semana que se encontra nos quiosques de toda Galiza o último número do Novas e, conjunta e separavelmente com ele, o último número d?O Pasquim. A mim chegou-me à casa na já passada quinta-feira, 3 de Janeiro de 2008.
Para além dos habituais Franjo Padín, Gerardo Uz (maquetista), Gonzalo Vilas, Pestinho+1, Xico Paradelo (coordenador adjunto) e um servidor (o coordenador) o último Pasquim de 2007 - ?Annus Horribilis? para o humor- contou com a desinteressada colaboraçom do Heitor López de Castro e o Pepe Carreiro. Bem-vindos a bordo aos segundos e muitíssimo obrigado a uns e outros, amigos todos!
O Editorial
Na noite de 23 de Dezembro do ano passado (domingo) o Gerardo e mais eu estivemos a maquetar O Pasquim na sua morada até as duas da manhã (GMT+1). A maquete ficou-nos quase pronta, faltando apenas um pequeno texto editorial que eu devia escrever e enviar para o Gerardo com a maior brevidade. Escrevim o texto no dia a seguir, 24 de Dezembro, à tarde e na manhã do 25 de Dezembro, Dia de Natal, ditei-lho ao Gerardo polo telefone.
Nom sei qual o problema, se calculamos mal o número de caracteres ou se é que o Gerardo me ouvia en-tre-cor-ta-do, o caso é que na versom que saiu publicada ao texto que escrevim nom o reconhece nem a mãe que o pariu... que fum eu!
Para que poidades compreender o que vos digo anexo a este post a versom integral do susodito texto (um texto que, aliás, nom tinha outra funçom que a de preencher um oco da maquete e servir de argamassa entre as diferentes colaborações; se queredes ler um bom texto nom perdades o escrito polo amigo Heitor: Sobre jornais e baionetas!).
Aproveito a ocasiom que me brindo a mim mesmo para agradecer publicamente ao amigo Gerardo (Gerardo Mãos-de-Tesoura) o seu difícílimo, impagável e nom remunerado labor. Alguém tem de fazê-lo e poucas pessoas no mundinho estám tam capacitadas quanto ele para fazê-lo tam bem e, o que é pior... desfrutando tanto!!! ;-P
2007: Annus Horribilis... para o Humor!
A meados do passado mês de Novembro o jornal gratuito espanhol 20minutos publicava umha notícia intitulada ?El ?annus horribilis? del Rey: de Mitrofán a la separación de los duques de Lugo?.
No cabeçalho, a jornalista Susana Elguea trazia à tona a latinada com o que a Rainha Isabel II da Inglaterra qualificara o seu azarado ano de 1992 para qualificar o polos vistos nefasto ano de 2007 que a Dom Juan Carlos I de Espanha lhe tocou viver. Coitadinho!
Se horrível foi para S.M. El-Rei (que, a fim de contas, vive como o que é) imaginem só o que do ano que termina poderíamos dizer alguns especímenes menos afortunados como plantígrados e humoristas gráficos! (Bom, nós ao menos podemos contá-lo!)
Com certeza, 2007 foi um mau ano para o humor gráfico (e literário) no Reino de Espanha. Trinta anos depois a censura, teoricamente banida em 1977, reapareceu nas nossas vidas adoptando formas muito mais subtís (Reparando bem, nem tanto). Maus tempos para a sátira, poderíamos lamentar parafraseando aquele mítico grupo viguês.
Como as/os nossas/os fieis leitoras/es sabem, cada número d?O Pasquim é monográfico e monotemático. Os cinco primeiros números estiveram dedicados a ?nós mesmos? (Nº 1), aos fode-chinchos (2), ao regresso às aulas (3), ao plus dos altos cargos (4) e às alterações climáticas (5). Por umha ou outra razom até agora nom encontráramos o momento ajeitado para dedicarmos um número d?O Pasquim ao tema do Humor Gráfico e a Censura no Reino de Espanha como era o nosso desejo a nossa obriga moral. Fazemo-lo agora aproveitando que estamos a finais de ano e muitos meios de comunicaçom como o nosso aproveitam para fazerem balanço anual.
Este número d?O Pasquim está dedicado, com todo o carinho e admiraçom, aos nossos colegas humoristas processados e condenados em 2007 no Estado Espanhol: Manel Fontdevila, Guillermo Torres (El Jueves), José Antonio Rodríguez, Javier Ripa (Caduca Hoy) e Nicola Lococo (Gara).
E também, in memoriam, a Mitrofán.
Escrito em 11-01-2008,
na categoria: COLABORAÇÕES HABITUAIS:, O Pasquim
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Juntamente com uma ligação para este artigo, recebo isto na minha caixa dos correios: «Com todo o carinho (e “umas gotas” de retranca)».
Não sei o motivo, mas nada mais ler esse titular já intuia para onde me enviava a ligação… :D
Ai, caríssimo Suso! Já che pedi desculpas pola ingrata mutilação do texto editorial. Sabes bem, bem sabias, que o espaço n’O Pasquim se cotiza a altos preços, e que o número de caracteres é limitado. De facto, na previsão inicial dera-che um número de caracteres que o teu texto, porém, triplicava.
E claro, nos casos de excesso de caracteres tem de agir o Mãos-de-Tesoura, tarefa totalmente ingrata mas que alguém tem de realizar. Neses casos sinto-me como um cirurgião que deve amputar um membro ou um órgão. E, claro está, trata-se de uma acção totalmente indesejada. E tanto dura para o executor quanto injusta para a ‘vítima’, que neste caso foste tu.
O texto do amigo Heitor teve melhor sorte e praticamente não resultou vítima da tesoura também conhecida como “Control+X” e que dá vida ao verbo ‘control-xisear’ (irmão de ‘control-cear’ e ‘control-uvear’).
Espero que este tipo de incidências, totalmente pontuais, não levem a mal porto a nossa até agora frutífera colaboração ;-)
Por certo, deixo cá uma hiperligação para a minha particular ‘recensão’ do número 6 d’O Pasquim :)
- uz
Hahaha!!! Nom, hó! Que caralho vam levar! Enquanto estejas tu a bordo o barco pasquineiro levará bom rumo! Muitíssimo obrigado polos dous comentários e pola hiperligaçom! :-)
Moito interesante o teu caderno…tereino que ter máis en conta :) Saudos
Cadeeerno de bitááácora do comandante Susô… Muitíssimo obrigado, An! Por achares interessante o meu blogue e por achares que tens de tê-lo mais em conta! Saúde! :-)
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