Após mês e meio de férias blogueiras aqui estamos outra vez de novo com todas e todos vós.
Depois de assistirmos o concerto de Caetano na Quintana (tema do último post postado antes de ir-nos de férias) neste verao estivemos de campismo em Louro (22 e 23 de Julho), no Festigal (24 e 25 de Julho), de turismo rural em Igom (de 27 a 30 de Julho), no XXIX Festival de Pardinhas-Guitiriz (1, 2 e 3 de Agosto), no meu Bueu natal (de 4 a 7 de Agosto) e três semanas (de sábado 8 a sábado 30 de Agosto) de viagem por terras gregas e mares gregos (Atenas e cinco das Cíclades: Paros, Santorini, Folegandros, Milos e Sérifos) em companhia da Teresa.
Três semanas física e psiquicamente longe de Espanha, fora do alcance da Brunete mediática (a isso e ao que eu chamo estar de férias) e passando olimpicamente de Beijing.
Como já tenho contado aqui em várias ocasiões, em 1996 fum estudante Erasmus no Technological Educational Institute of Athens (T.E.I.-Athens). A deste verao foi, portanto, a minha segunda viagem à Grécia (para ela foi a primeira vez). Ademais de descobrir junto com a Teresa lugares novos (Paros, Folegandros, Milos e Sérifos nom as conhecia) esta viagem foi para mim de reencontro, doze anos depois, com alguns lugares (Atenas e Santorini, sim) e sabores (os gyros pitta, as horiatiki, o ouzo, os frappés...) que tam bom sabor de boca me deixaram e dos que tinha tam boas recordações. Mas nom tudo foi sol e praia, comércio e bebérzio na nossa viagem, nom. Também houvo algo de tempo para a arqueologia e mesmo para o trabalho
Koulouri, alimento olímpico
Com efeito. Ainda que tarde, mal e arrasto (no último dia, aliás, na última noite da nossa estada) pudem realizar umha ideia que me ocorrera na minha primeira viagem à Grécia há doze anos (exatamente às 00h45 do 25 de Abril -sempre!- de 1996, segundo consta no meu diário daquele ano) mas que naquela altura, polo que for, nom conseguira realizar.
Na sexta-feira 29 de Agosto (após o nosso último pôr-do-sol heleno desde o monte Lykavittos) deixei a Teresa sozinha no hotel um momento e fum a pé até a Praça Omonia para comprar (a razom de cinquenta céntimos a unidade) os cinco koulouri (κουλούρι) que precisava para a realizaçom daquela velha ideia minha.
A operaçom de compra-venda desenvolveu-se totalmente em grego (muito grego nom vos sei mas às vezes o pouquinho que sei saca-me dalgum apuro). ?Thélo péndeh koulouri, kaló kíklos, ya tékhni?, digem eu querendo dizer ?quero cinco koulouri, bem redondos, para umha artistada?. Mais surpreendido pola minha boa dicçom, polo meu bom sotaque, do que pola minha extravagante petiçom o vendedor ambulante, divertido, perguntou-me: ?Apó poo íseh?? (De onde és?). ?Egó ímeh apó tin Santiago de Compostela!? (digem-lhe que era de Santiago por nom dizer-lhe que era português, ?apó tin Portugalia?, que é o que quase sempre fago para nom ter de dar maiores explicações). ?Thío penínda? (dous cinquenta). "Efkharistó polí!" (Muito obrigado!). "Parakaló!" (por nada).
Regressei ao hotel com os meus cinco koulouri. Arremedando os anéis olímpicos coloquei-nos sobre os brancos lençóis da thipló kreváti (cama de casal) do nosso thipló thomátio (quarto duplo). Figem-lhes umhas fotografias e, umha vez feitas, a Teresa e mais eu papamos três deles (os outros dous ficaram para o último pequeno almoço antes de pegar o aviom).
E koulouri, colorado...
Para quem nom souber (ou nom quiser) ler em Deutsch, Ελληνικά, English, Español, Français, Magyar, Nederlands ou Türkçev (únicas línguas nas que é possível ler o verbete dedicado ao koulouri na Wikipédia) copio e colo aqui duas descrições bastante boas (e feitas na nossa língua) que encontrei no Google. Kalí Oréxi! (Bom apetite!):
?Com fome? Compre um Koulouri, pão grego em forma de anel coberto com gergelim. Crocante, ele é encontrado em todos os cantos e pode ser comido durante a caminhada?.
[Capital grega é mais charmosa a pé, Bem Paraná, 18/11/07 17:00]
"Koulouri é quase pão. Mas melhor. É quase exclusivamente côdea devido à sua forma redonda e fininha, ligeiramente adocicado com um travinho a canela e coberto de sementes de sésamo torradas. Uma delícia. Prático para comer em andamento, não suja a mão (quanto aos vestígios de sementes no dente já é uma chatice!), não engorda mais que uma carcaça oca e aborrecida e só custa 50c a unidade!"
[Koulouri e frapê, ...and the pig strikes again, Thursday, October 25, 2007 1:38 PM]
Escrito em 08-09-2008,
na categoria: ARTISTADAS
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