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      Afrodite de Milos

      Afrodite de Milos

      Afrodite de Milos e eu (sentado no chao) no Museu Arqueológico de Plaka, Milos, Grécia. Domingo, 24 de Agosto de 2008. Foto: Teresa Díaz.

      Das cinco Cíclades que a Teresa e mais eu visitamos no passado mês de Agosto (veja-se post anterior) a penúltima foi a ilha de Milos (Μήλος).

      Procedentes de Folegandros chegamos a Milos na manhã do sábado 23 e de Milos partimos rumo a Sérifos três dias depois, na terça-feira 26. Umha estada breve de mais como para podermos apreciar tanta maravilha como a ilha mais a sudoeste das Cíclades tem, que é muita.

      Umha das maravilhas que a ilha de Milos tinha mas que infelizmente já nom tem (tenhem-na os franceses sequestrada no Museu do Louvre) é famosíssima Vênus de Milo / Afrodite de Milos.

      Eu estivem umha vez no Louvre (no verao de 1991) mas daquela nom a pudera ver. E nom a pudera ver porque nom passei do hall da entrada ao Museu (sob a controversa pirâmide de vidro) onde com grande tristeza e dor de coraçom me tivem que despedir dos meus caríssimos amigos José Maria Duram e Franjo Padín (que iam entrar ao Museu) porque o meu bilhete InterRail expirava e eu tinha de regressar.

      O que sim que pudem ver agora nesta minha visita à ilha de Milos foi o local (perfeitamente sinalizado) onde em 1820 a Vênus/Afrodite foi atopada polo labrego local Georgios Kentrotas e a cópia que tenhem no Museu Arqueológico feita apartir do original (ambas as duas cousas no domingo, 24 de Agosto de 2008, de manhã).

      Plaster cast

      Umha cópia em ?escaiola feita a partir do mármore Pariano original? (isso ao menos é o que di a tabuleta, plaster cast, embora a nós nos soasse mais bem a poliéster) ?polos artesaos do Louvre -como umha sorte de ?Venus de Mea Culpa?, quiçá? (acrescenta o guia Lonely Planet na sua página 441).

      Ademais de tocá-la (com os cotelos, cotenos, cotomelos, nortelhos ou nós dos dedos, toc, toc) a Teresa e mais eu figemos ainda umha outra cousa expressamente proibida (Signomi! I?m sorry!): fotografar-nos com ela. (De brincadeira eu figem também um desenho rápido a lápis na minha caderneta, um desenho sem graça que nom dá para mostrar).

      O lugar da descoberta

      Após a visita ao Museu Arqueológico, em Plaka, na nossa descida a pé até a pitoresca aldeia de Klima, passamos polo SITE OF THE DISCOVERY OF VENUS OF MILOS (segundo rezava o sinal bilingue, grego-inglês, que encontramos no caminho).

      À esquerda (no sentido da marcha) do sinal e do caminho, uns metrinhos mais abaixo, sob as oliveiras e afixada a um muro de pedra vulcânica, descobrimos emocionados umha quadrilíngue placa de mármore que (em grego, inglês, alemao e francês) indicava: HERE HAS BEEN FOUND THE VENUS OF MILOS.

      Pouco antes, no Museu Arqueológico, a Teresa e mais eu pudéramos ler que o lavrego Georgios Kentrotas descobrira a estátua ?no interior dum nicho (ingl. niche, cast. hornacina) subterráneo na Antiga Milos? e que ?posteriores excavações mostraram que a área em que foi encontrada ?e onde nós, 188 anos depois da fantástica descoberta, nos encontrávamos- era provável que tivesse sido o ?gymnasium? da antiga cidade?.

      Souvenir of Milos

      Na manhã da terça-feira, 26 de Agosto, depois de deixarmos a thomatio onde dormíramos as três últimas noites e antes de apanharmos o Ferry Boat (F/B Agios Georgios) que nos levaria a Sérifos, comprei numha loja de brinquedos chamada ΜΟΣΧΟΥΛΑ (Μοσχούλα) umha cópia em escaiola (e em miniatura) da Afrodite de Milos à que já lhe tinha botado o olho na noite anterior.

      Com efeito, na noite anterior percorrera várias lojas de souvenirs de Adamas na companha da Teresa comparando diferentes tamanhos, preços e modelos (há abondos porque, como é lógico, a Venus de Milo é um dos souvenirs mais solicitados da ilha).

      Se, apesar da sua horrível policromia (cor-de-rosa, acastanhado e dourado), me decidim por comprar esta em concreto foi por três razões fundamentais: 1) Porque, com muita diferença, oferecia a melhor relaçom tamanho/preço (40,5 cm / 14 ?); 2) Polo seu razoável parecido físico com o original (as estatuetas mais pequenas eram horríveis caricaturas!) e 3) Porque na peanha, ainda que nom ponhia ΑΦΡΟΔΙΤΗ ΤΗΣ ΜΗΛOY (Afrodite de Milos) como eu gostaria, ao menos pom ΑΦΡΟΔΙΤΗ (Afrodite) em alfabeto grego (e nom Venus of Milos como ponhia na maioria das que ponhia qualquer cousa e das que vim).

      Aphrodite of Milos & me

      Apesar de que ainda nom conseguim ver a Venus de Milo ?em pessoa? (um dia conseguirei!) a minha relaçom com esta divina, maravilhosa estátua já é prolongada no espaço-tempo.

      Na minha época de estudante de Belas Artes (em Ponte-Vedra, primeiro (1991-1992) e em Salamanca, depois (1992-1996)) devim desenhá-la mais de umha vez. Infelizmente os supostos desenhos nom apareceram quando há algum tempo os procurei no falhado .

      Já formado em Belas Artes, tocou-me desenhá-la nos procedimentos seletivos de ingresso ao corpo de professores de ensino secundário do 99.

      Nos dias 6 e 7 de Julho de 1999 (terça e quarta-feira, respetivamente), durante doze horas repartidas em três sessões de quatro horas cada umha (terça de 10h00 a 14h00 e de 16h00 a 20h00 e quarta de 10h00 a 14h00) tivem de desenhar a Venus de Milo (primeiro exercício dum total de quatro de que constava a primeira prova - de caráter prático- do concurso público).

      Esta primeira prova (4 exercícios) desenvolveu-se na E.ART Ramón Falcón, em Lugo. Por sorteio tocou-me em sorte o cavalete Nº 1 desde onde (como pode ver-se nas fotografias analógicas que figem umha vez rematada a faena) via a Vênus de perfil, que azar! Figem o meu desenho a grafite em vez de fazê-lo (como o meu vizinho de cavalete e a maioria de aspirantes a profes) a carvom. Umha ténica mais lenta mas na que eu, dispondo de tempo suficiente como era o caso, me encontro mais seguro.

      Apesar de obter a quinta melhor qualificaçom na prova prática nom conseguim superar a prova escrita e naquele ano nom aprovei as Oposicións.

      Apoxyomenos

      A quem pareceu exagerado o tempo dedicado à realizaçom do desenho da Venus de Milo direi que nos dous anos imediatamente anteriores (em que, evidentemente, tampouco aprovei as Opos) dispugera ainda de mais tempo, 3 x 5 h = 15 horas (1997) e 4 x 4 h = 16 horas (1998), para desenhar o Apoxyomenos de Lísipo.

      Este primeiro exercício da prova prática desenvolvera-se ambos anos na Escola de Arte Mestre Mateu, em Santiago de Compostela, e nos dous me tocara desenhar a mesma estátua (o Apoxyomenos) desde o mesmo ponto de vista.

      Infelizmente nom conservo nengum dos dous desenhos (dos que lembro que fiquei bastante satisfeito, bastante mais que da Venus de Milo, com certeza) nem tenho nengumha fotografia deles que mostrar. Nom as figem.

      Escrito em 17-09-2008, na categoria: VÁRIOS
      Chuza!

      2 comentários

      Comentário de: O'Padín [Visitante]
      O'Padín

      Sinto non ter respondido a esta mención (honrosa) antes. Casualmente, este verán volvín ao Museo de La Ubre (en palabras do noso admirado Gila)e mirei a Venus de Milo. Tireille unha foto de costas, mentres aproximadamente un millón de xaponeses se arremuiñaban diante tirándolle fotos ás tetas. A foto quedou ben curiosa. Prometo enviala.
      Xa poderás facer un album con todas as fotos que tes diante de tanta pedra esculpida. Podías criar unha seción de suso-marmolina!
      Unha aperta morracense!

      07-10-2008 @ 10:10
      Comentário de: suso [Membro]  
      suso

      Caro Padín: Sinto nom ter respondido o teu amável comentário antes, os preparativos da grandiosa Fiesta Españhola que na noite de ontem (SÁB, 11-OUT-08) tivo lugar no C.S. O Pichel (Compostela) absorveram quase todos os meus tempos livres. Pois tes-me que enviar essa foto, tes. Nom a vas publicar no teu blogue? As incríveis peripécias que aconteceram a esta divina, maravilhosa estátua desde que em 1820 foi descoberta merecem ser contadas por um eminente arqueólogo e excelente narrador como tu! Anima-te! Desde o exílio compostelano um abraço morracense para ti também! :)

      12-10-2008 @ 14:19