« Vende-se | » |
Estávamos no Atreu na apresentaçom do livro ?A Constituiçom Europeia e Nós?, e um companheiro diz-me que como nom escrevia o meu apelido como Rodrigues, e nom Rodríguez como agora fago.
Eu vim que há (dentro do reintegracionismo) quem escreve estes apelidos acabados em ?ez e outr@s que o fazem acabados em ?es. Lera por aí que o ?ez medieval foi simplificado em Portugal em ?es para aforrar-se o acento. Nom está a cousa clara, de jeito que parece que poderia escolher umha ou outra opçom. Optei polo mais fácil (por pura comodidade), que foi deixar o meu apelido como está, já que é válido desde o ponto de vista reintegracionista.
Mas o que me dixo o companheiro nom me deixou indiferente ;-), e hoje fum procurar na biblioteca da Faculdade de Filologia o artigo que saíra na Agália de que me falara. Topei-no, ?Apelidos patronímicos do tipo -es? de Jorge Rodrigues Gomes, no número 56. E bom, pois sim, convenceu-me. O autor afirma que independentemente de que nom falemos com sesseio (este assunto também é espinhoso, pois há quem afirma que a pronúncia com sesseio é a única correcta em galego), a realizaçom de um "-z" final de sílaba átona é sempre como "-s" (perdoai que nom domine a terminologia mais correcta . Assim temos: mesquinho, mesquita, lápis, biscainho... Só seria correcta a pronúncia com ceceio em sílaba tónica. Este e outros argumentos, como o de apelidos muito diferentes dos correspondentes castelhanos e que nesse caso sim chegárom com -es, inclinam a balança para esta forma.
Mas eu ainda nom sei bem que decidir, que dizedes?
No geral, a questão toca ao uso. Segundo Silveira Bueno, em casos inegáveis, a gramática, é o povo que fá-la.