« Mais rádio: Xurxo Souto! (Aberto por reformas) | Saudade de ti » |
¿Será preciso encarecer, máis unha vez, que todo povo ten direito ao coñecimento e difusión da sua própria história?
Com estas palavras começa o prólogo do livro de Manuel Ferreiro "De Breogán aos Pinos. O texto do Himno Galego", já editado em 1996. É este um livrinho que tem como objectivo principal a restauraçom do texto original do hino da Galiza. Em poucas páginas explica-se o processo que levou ao estabelecimento de um hino nacional no país, e fai um estudo apresentando os rascunhos de Pondal e a versom definitiva. Texto definitivo este, assim como toda a lírica pondaliana, que como aponta o autor foi alterado quase desde a sua apariçom. E assim alterado foi como se oficializou, e é mais ou menos esse texto oficial o que todas e todos conhecemos.
Polo que sei foi proposto para que se recuperasse também oficialmente, depois de que esse estudo vinhesse a demonstrar qual era o texto original. Mas a Real Academia Galega, na sua linha, rejeitou-no. Seica o texto alterado já está muito assente no povo, e nom podemos vir a confundi-lo. E eu pergunto-me quanta gente sabe realmente todo o hino...
Além do mais, as modificações som mui poucas. Aproveito que este sábado cantaremos o hino para colar aqui o texto original do que venho falando, com as mudanças noutra cor. Reparade em que Pondal escrevia com gê e com jota etimológicamente, igual que fazemos os reintegracionistas (ele também o era), e nom todo com xis como na actual normativa isolacionista.
HINO GALEGO
Que din os rumorosos,
na costa verdecente,
ó raio trasparente
do prácido luar??
Que din as altas copas
de escuro arume harpado
co seu ben compasado,
monótono fungar??
?Do teu verdor cingido
e de benignos astros,
confín dos verdes castros
e valeroso clan,
non des a esquecemento
da injuria o rudo encono;
desperta do teu sono,
fogar de Breogán.
Os bos e generosos
a nosa voz entenden,
e con arroubo atenden
o noso rouco son;
mas sós os ignorantes
e férridos e duros,
imbéciles e escuros,
non os entenden, non.
Os tempos son chegados
dos bardos das edades,
que as vosas vaguedades
cumprido fin terán;
pois donde quer, gigante,
a nosa voz pregoa
a redenzón da boa
nazón de Breogán?.
Como curiosidade reproduzo também o Casta dos Celtas, que com música de Luís Taibo escreveu Alfredo Branhas para ser hino galego. Um ainda radical e arredista Alfredo Branhas, como se comprova no texto, muito distinto do finalmente conservador catedrático.
Este e outros hinos aparecérom anteriormente ao de Pondal, que foi o que finalmente tivo o sucesso e assumiu todo o galeguismo desde começos do século XX.
Alguém sabe como se escreve um texto (com html) em duas colunas? Acho que nom se pode…