O próximo dia: comida japonesa
Passai-no bem nestas férias!
O meu blogue está-se tornando famoso xD. Obrigado aos/às companheir@s de FOLQUE.COM (Associaçom do Conservatório de Música Tradicional e Folque de Lalim), e avante com esse formoso projecto para os que amamos a música.
P.S. Os que queirades descargar umha recompilaçom de artigos de Rudesindo Soutelo ide aqui
O sábado nom saiu connosco porque estava um algo doente da barighinha. Na segunda surpreendim-me ao telefoná-lo à casa, e sair o seu pai... Pois antonte fum com os meus amigos visitá-lo ao hospital, por umha operaçom de apendicite. Já sabedes como é isso, uns dias no hospital e fora. Pede-nos que nom lhe fagamos rir, polos pontos, mas nom lhe fazemos caso . O pior é que o pobre só tinha para cear um caldinho (só o líquido) e um pouco de leite. Está bem, e ademais tirou umhas mui boas notas neste quadrimestre
Põe-te bem
O sábado conhecemos a um companheiro do recentemente criado grupo AGAL-CUVI. Adorei o encontro, falamos um pouco de tudo, sobretudo de reintegracionismo, e do que pode custar ao princípio entender-se com gente com outros sotaques. E de que sim, que somos uns e umhas louc@s por escrever como o fazemos . O Kamasutra poderia ajudar, diz Sabela. Bom, algumha esperança há que guardar, ainda que pode que nom muitas em Quin...
Agora, já sabedes aí em Vigo, a organizar umha Copoterapia para celebrar a criaçom do primeiro grupo universitário da AGAL. (Em realidade ia ser o da Corunha, mas de momento é um grupo com um só componente xD. Alguém se anima? Escreve a univ.corunha[arroba]agal-gz.org .
Perguntaredes-vos (ou nom) o porquê do ?mariacastanha? no endereço deste blogue. Vou-no explicar, que me apetece . Gosto desse nome, e nom é mais que porque a tal Maria Castanha é a personagem mais famosa da aldeia dos meus avós maternos. Sim, Maria Castanha, essa galega guerrilheira, era da freguesia de Cereija, no Concelho da Póvoa de Brolhom . E gosto, com certeza, do que representa a personagem. Outro dia conto algo da sua vida, que pouco se saberá, é claro. Eu pouco mais sei que se rebelou contra o excessivo pago de impostos ao conde de Lemos, se nom recordo mal.
Que feio é, mas que rico está o peixe-sapo, mmm... Que sorte @s que o comem amiúde..., e @s que som convidad@s!
Falando de gaitas marcianas, colo aqui um interessantíssimo artigo de Rudesindo Soutelo, que nom tem papas na língua.
Artigo publicado em A Nossa Terra, 1-04-2004
O Bardo na Brêtema; Rudesindo Soutelo
O fole do cacique
A falsificação da história é a manipulação habitual dos embaucadores. Na Galiza temo-los até na música culta e pretendem convencer-nos de que nunca existiu. Eis senão as programações dos concertos que se celebram na nossa terra. Ou as obras que se estudam nas aulas dos Conservatórios. Excepto Carminha Burrana o resto é tudo uma feira-dixit o manda-mais da cultura.
Falando de manipulação histórica o próprio nome da Galiza foi borradodo mapa; os seus reis destronados; o território arrebanhado; a língua convertida em filha da sua irmã menor; a cultura transformada em atraso e a música em aturuxo. Mas a falsificação mais pitoresca e ridícula da música galega é a dos roncos erguidos. Mistura de sado-masoquismo organológico, disciplina castrense e servilismo político em favor da destruição identitária-cultural e musical dum povo. Os sonhos de grandeza dum iluminado ao que se lhe aparece o dinheiro da Xunta em grandes moreias para aniquilar o principal ícone da cultura tradicional galega.
Hoje vai um frio que nom é normal. Meu avô e eu tremíamos com a friagem na rua, aguardando polo autocarro. Aqui na Corunha quando vai este frio e pega o ar nom há quem pare, ainda que a temperatura nom seja tam baixa como noutros sítios. Menos mal que na casa ?está-se ao quente?, como ele diz . E eu estou na casa, no quente, e bebendo um chá negro que me sabe a glória, na minha tacinha nova .
Acontece que a semana passada topei na rua com um rapaz limião que levava tempo sem ver. Com este amigo passou-me umha cousa bem curiosa. Quando o conhecim, há uns anos, sendo ele (e ainda é) companheiro de apartamento dum colega, eu fiquei para ele como um radical (xD). Por declarar-me nacionalista e reintegracionista, e lembro também que discutíramos acaloradamente sobre as gaitas marcianas (ele tinha umha), que lá pola zona de Ourense tenhem umha nojenta grande implantaçom (com os cartos e toda a maquinária caciquil da Deputaçom detrás).
Quando volvim coincidir com ele, celebrando um aniversário no seu apartamento, surpreendim-me de encontrar ciscadas pola sala brochuras dumha associaçom da que fazia parte desde havia pouco, Juventude pola Autodeterminaçom (JA!!), agora integrada em Aguilhoar. Eu numha noite de borracheira nom o conseguira convencer nem um pouco, mas aí o tinha, feito um reintegrata e independentista. O das gaitas, isso sim, ainda nom o tinha mui claro...
A questom é que quando o vim comentou-me decepcionado o resultado do referendo da Constituiçom europeia. Ainda pensava que poderia ter ganhado o NOM, um amigo muito optimista, ou melhor, pouco informado. Com certeza nom houvo um rejeitamento contundente nas urnas, mas sim umha clara encenaçom do afastamento da UE e as suas instituições no povo. E há que ter em conta a dificuldade de fazer chegar à populaçom as mensagens críticas, ficando os média nos artigos da Constituiçom que ninguém poderia rejeitar, lidos por personagens como Loquillo ou Butragueño, e nos partidos políticos que distorcérom a consulta fazendo que esta passasse a ser ?Europa (e nom Uniom Europeia) Sim? ou ?Europa Nom?. Há quem diga ainda que isto é umha democracia...
Bom, eu alegrei-me de volvê-lo ver .
quando eu fecho os olhos
e aí você surgiu na minha frente
e eu vi o espaço e
o tempo em suspensão.
senti no ar a força
diferente
de um momento
eterno desde então.
e aqui dentro de mim você demora;
já tornou-se parte mesmo do meu ser.
e agora em qualquer parte,
a qualquer hora,
quando eu fecho os olhos,
vejo só você.
e cada um de nós é um a sós,
e uma só pessoa somos nós,
unos num canto, numa voz.
o amor une os amantes em um ímã,
e num enigma claro se traduz;
extremos se atraem, se aproximam
e se completam como
sombra e luz.
e assim viemos, nos assimilando,
nos assemelhando, a nos absorver.
e agora não tem
onde, não tem quando
quando eu fecho os olhos
vejo só você.
e cada um de nós é um a sós,
e uma só pessoa somos nós,
unos num canto, numa voz.