há dias nos que colher um simples autocarro pode custar muito...
Venho de ler umha notícia preocupante para a nossa música tradicional, a assinatura de um pacto entre a Deputaçom de Ponte Vedra e a "Asociación Banda de Gaitas Provincia de Pontevedra". Para saber mais do tema, podedes ler o comunicado da AGG, ou vários artigos publicados em folque.com: "A falta de gaitas..." e "marcianos na provincia de pontevedra".
O sábado, depois da assembleia, do acto com Camilo Nogueira (que pronunciou esta palestra), e da oferenda floral a Carvalho Calero, fomos jantar ao restaurante do Auditório da Galiza. E quando o jantar acabava, aí me tendes, com o Isaac a tocar-me a cabeça xD. As fotos tirou-nas o Celso, e é que é bem certo que tenho o cabelo como um tojo...
Nesta quinta véu à Corunha o espectáculo Ao Pé da Letra, e eu fum lá ao teatro vê-lo. Guadi Galego e Guillermo Fernández, Safari Orquestra, Marful, Xavier Díaz, Narf e Non Residentz, com DJ Two Faces como mestre de cerimónias.
Num panorama musical galego dominado pola música folk instrumental, ou com letras vazias de conteúdo, estas propostas tenhem em comum a palavra como centro das suas criações, e a língua galega como meio para expressar as suas letras.
O espectáculo começa com o DJ Two Faces, falando umha mistura de inglês e galego bastante divertida, que vai apresentando os grupos de dous em dous de jeito um pouco improvisado. Começou Guadi Galego, com o Guillermo Fernández à guitarra. Cada um cantou três canções, com o que quando um grupo marchava ficavas com a sensaçom de querer algo mais, e esse foi para mim o maior defeito.
Gostei muito da variedade de opções, e sobretudo da novidade. Só a Marful (que fôrom dos que mais gostei) os tinha escuitado com anterioridade (os grupos, nom @s artistas). E do melhor, o final, com (quase) tod@s @s participantes no cenário cantando a cançom conjunta do espectáculo
Além disso, foi muito engraçado ver ontem por Compostela ao MC barbudo de Non Residentz. Sempre que vou por Compostela topo com algum artista!
Narf já tenhem disco, e sei que Marful e Xavier Díaz estám prontos para lançar os seus, aguardo que seja com sucesso.
Acho que cousas assim som necessárias, e muito. É momento de dizer, de falar, de dar-lhe à língua e nom ficar mud@s. E na nossa língua, em galego (português).
Non sei por que, non sei como,
non sei onde, nen sei cando;
pero entre fusco e lusco,
estareite aquí agardando.
Dime por que, dime como,
dime onde, dime cando;
sabes que entre fusco e lusco,
seguireite aquí esperando.
Como un paxaro sen aire
atravesando camiños,
vives no teu mundo alleo
e foxes do teu destino.
Se che canto, non me escoitas;
se te chamo, non respondes.
Non me colles, nen me deixas;
non me deixas, nen me colles.
Quítasme o sono na noite
e por moito que che diga,
acabas sempre levándome
os soños que prometías.
Non me queres ver de lonxe,
nen de perto tan sequera.
Pasas diante dos meus ollos,
como se eu non estivera.
Non sei por que, non sei como,
non sei onde, nen sei cando;
pero entre fusco e lusco,
estareite aquí agardando.
Dime por que, dime como,
dime onde, dime cando;
sabes que entre fusco e lusco,
estareite aquí esperando.
Quico Comesaña
(Viaxe por Urticaria, Berrogüetto)
Hoje é 1 de Abril, o dia dos enganos! O ano passado, Estraviz académico, e este ano acordo bi-normativo da "Xunta de Galicia/ Junta da Galiza" xD.
Este ano eu já nom caim, caim ao chão com o riso, isso sim . E há mais brincalhões também por aí
Meus avós levárom as galinhas do pátio para a cortinha, onde lhes figérom um curral com um chabolo. Podem entrar e sair quando quigerem, sempre estám pola cortinha adiante junto às ovelhas que andam a pastar.
Acontece que o outro dia o galo, que é chulito de caralho, picou-lhe a minha avó numha perna. Deixou-lhe umha boa ferida, minha pobre. Estava também por aló meu tio, tivo que defender-se do ataque do galo, e arreou-lhe com umha vara, mas ainda se lhe repicava. (Duelo de titáns)
Minha avó nom quijo que o matassem, que nom tinha gana de ter que despená-lo. Além disso, diz que dá gosto vê-lo, e como leva às pitas. (Mundo animal)
Só passar por ali e nom para de cacarejar. É bem bonito.
Dentro dum mês, quando tenha chegado a minha certidom de nascimento desde Leom, mudará um jota por um xis no meu nome.