Diferenças
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pt_agal:normas [31/01/2011 16:58] ramom |
pt_agal:normas [15/12/2016 17:05] (Actual) ramom [Que é a norma AGAL?] |
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===== Que é a norma AGAL? ==== | ===== Que é a norma AGAL? ==== | ||
- | A [[http://membres.multimania.fr/questione/documentos/estudo83/indice.html | norma da AGAL]] é umha proposta para escrever as falas galegas utilizando a ortografia portuguesa. | + | A norma da AGAL é umha proposta para escrever as falas galegas utilizando a ortografia portuguesa. |
- | Após a institucionalizaçom das normas ILG-RAG em 1982, a Comissom Lingüística da associaçom promotora elaborou nesse mesmo ano umha proposta que, sem convergir completamente com o português, pretendia dar um passo definitivo no sentido de integrar as falas galegas no ámbito da Lusofonia. O facto de ser umha proposta muito aberta, que dava opçom a escolher diferentes formas do galego falado e ainda a ser aplicada com diferentes ritmos (mesmo sem conhecimento do português), facilitou que fosse adotada por numerosos coletivos para além dos, até entom, estritamente lingüísticos. | + | Após a institucionalizaçom das normas ILG-RAG em 1982, a Comissom Lingüística da associaçom promotora elaborou, em 1983, umha proposta que, sem convergir completamente com o português, pretendia dar um passo definitivo no sentido de integrar as falas galegas no ámbito da Lusofonia. Essa proposta sofreu vários acréscimos e modificaçons posteriores, nomeadamente nos anos 1985 (Prontuário Ortográfico Galego) e 1989 (nova ediçom do {{:pt_agal:a_associacom_galega_da_lingua:proposta_normativa.pdf|Estudo Crítico}} e Guia Prático de Verbos Galegos Conjugados). O facto de ser umha proposta muito aberta, que dava opçom a escolher diferentes formas do galego falado e ainda a ser aplicada com diferentes ritmos (mesmo sem conhecimento do português), facilitou que fosse adotada por numerosos coletivos para além dos, até entom, estritamente lingüísticos. |
Neste sentido, pode-se dizer que com ela nasce a prática reintegracionista contemporánea. | Neste sentido, pode-se dizer que com ela nasce a prática reintegracionista contemporánea. | ||
+ | A 3 de dezembro de 2016 a AGAL aprovou em assembleia o alargamento da sua norma ortográfica, acrescentando às soluçons já plasmadas em anteriores documentos normativos, outras mais convergentes com as variantes afro-luso-brasileiras. Em confronto com a anterior norma prescritiva, a nova [[pt_agal:normas:norma_da_agal|Ortografia Galega Moderna confluente com o português no mundo]] é de carácter descritivo, na esteira de outras línguas de comunicaçom europeias como o inglês. | ||
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+ | Fundamentalmente, as novas normas da AGAL passárom a recolher, ao lado das clássicas terminaçons -om, -ám, do indefinido umha e dos verbos irregulares mais próximos da oralidade, outras formas plenamente convergentes com os outros padrons lusófonos: | ||
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+ | <WRAP center 50%> | ||
+ | ^ Estudo Crítico 1989 ^ Ortografia Galega confluente 2016 ^ | ||
+ | | nom | nom / não | | ||
+ | | capitám | capitám / capitão | | ||
+ | | umha | umha / uma | | ||
+ | | fijo | fijo / fez | | ||
+ | </WRAP> | ||
===== Em que se diferencia a norma AGAL das usadas no Brasil e em Portugal? ==== | ===== Em que se diferencia a norma AGAL das usadas no Brasil e em Portugal? ==== | ||
- | A norma da AGAL é a norma utilizada para representar a variedade galega da língua portuguesa. A nossa língua tem desenvolvido particularidades diferentes em cada um dos territórios em que é falada, e muitas dessas particularidades refletem-se em cada umha das normas escolhidas para a representar. Por isso, diferentes aspetos morfológicos, lexicais e mesmo ortográficos podem divergir de umha norma para outra. | + | A proposta ortográfica da AGAL está recolhida no texto [[pt_agal:normas:norma_da_agal|Ortografia Galega Moderna confluente com o Português no mundo]] e é a utilizada para representar a variedade galega da língua portuguesa. Esta proposta já inclui como possíveis todos os traços ortográficos e morfológicos gerais no conjunto dos países lusófonos, mas para além disso admite a representaçom na escrita de diferentes particularidades mais próximas das falas galegas que tenhem sido usadas até hoje polos utentes da língua galego-portuguesa na Galiza. |
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+ | Em termos gerais, as principais singularidades incluídas por esta proposta encontram-se na morfologia verbal, nas terminaçons -//om// e -//ám// face à geral lusófonia -//ão// e na representaçom do indefinido feminino //umha//. Eis mais alguns exemplos das diferenças mencionadas: | ||
- | Em termos gerais, as principais diferenças entre a norma da AGAL e as de outros territórios encontram-se na morfologia verbal, nas terminaçons //-om// e //-ám// face à maioritária na lusofonia //-ão// e no léxico. Eis mais alguns exemplos das diferenças mencionadas: | ||
<WRAP center 50%> | <WRAP center 50%> | ||
- | ^ GALIZA ^ PORTUGAL E BRASIL ^ | + | ^ Formas usadas na Galiza ^ Formas gerais ^ |
| polo, pola | pelo, pela | | | polo, pola | pelo, pela | | ||
| umha | uma | | | umha | uma | | ||
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| ESPANHOL:| //Las luces brillaban en el horizonte sin apagarse ni por un segundo.// | | | ESPANHOL:| //Las luces brillaban en el horizonte sin apagarse ni por un segundo.// | | ||
| GALEGO ILG-RAG:| //As luces brillaban no horizonte sen apagarse nin por un segundo.// | | | GALEGO ILG-RAG:| //As luces brillaban no horizonte sen apagarse nin por un segundo.// | | ||
- | | PORTUGUÊS E GALEGO REINTEGRADO:| //As luzes brilhavam no horizonte sem se apagarem nem por um segundo.// | | + | | PORTUGUÊS E GALEGO REINTEGRADO:| //As luzes brilhavam no horizonte sem se apagarem nem por um segundo.// | |
Portanto, é inegável que o reintegracionismo torna o aspeto do galego mais diferente do espanhol, mas nom é verdade que seja essa a intençom do nosso movimento. O nosso desejo é, sobre qualquer outra intençom, confluir com a tradiçom gráfica das outras variedades do galego no mundo. Se fosse doutro modo, poderíamos simplesmente ter optado por umha ortografia diferente: | Portanto, é inegável que o reintegracionismo torna o aspeto do galego mais diferente do espanhol, mas nom é verdade que seja essa a intençom do nosso movimento. O nosso desejo é, sobre qualquer outra intençom, confluir com a tradiçom gráfica das outras variedades do galego no mundo. Se fosse doutro modo, poderíamos simplesmente ter optado por umha ortografia diferente: |