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Reintegracionismo e política

O reintegracionismo é umha filosofia lingüística e cultural, nom política, sendo compatível com qualquer ideologia que respeite a identidade própria da Galiza. Assim, há reintegracionistas de quase qualquer quadrante político. Porém, nom se pode negar que a maioria das pessoas mais preocupadas polo futuro do idioma, as que mais reflectem sobre ele, se encontram no nacionalismo, como em épocas passadas se encontrárom no galeguismo, e é deste grupo de gente que se nutre em maior medida o reintegracionismo.

Movimentos de ámbito estatal

Tirando casos de militante particulares, a boa saude do galego nom é umha preocupaçom para os partidos políticos de ámbito estatal. Em geral, de facto, as tímidas políticas favoráveis ao galego promovidas tanto polo Partido Popular (antiga Alianza Popular) como polo Partido Socialista Obrero Espanhol, assentam na pressom dos sectores da sociedade vinculados aos projectos políticos de ámbito galego.

  • Partido Popular. Sendo o partido que durante mais anos e com maiorias mais cómodas tem exercido o poder na Galiza, as suas políticas linguísticas tenhem a maior importáncia, sendo o máximo responsável político no alarmante retrocesso da nossa língua. Cumpre contodo diferenciar várias etapas, e assim nom foi o mesmo o labor no primeiro mandato de Fernandez Albor, onde há um tímido mas real interesse em promover o galego, que a época Fraga, onde se procura o mantimento do status quo, ou o destrutivo mandato de Feijoo. Mas se há umha constante em todas as etapas do poder popular é a discriminaçom, quando nom directamente repressom, do reintegracionismo.
  • Partido Socialista Obrero Español. A política linguistica propugnada polo PSdeG tem sido semelhante à do PPdeG; em teoria defendeu a promoçom do galego, mas nas instituiçons em que exerceu o governo, a prática ficou-se muito aquém do possível. Cumpre contodo assinalar duas diferenças com o PPdG:
    1. a nível central nom se defendem políticas linguicidas, como no PP, e
    2. se bem a nível oficial o PSdeG filia-se no isolacionismo, nalguns momentos houvo algum grupo nediamente reintegracionista, como testemunha o documento “Achegas socialistas às bases analíticas da ortografia simplificada para a língua de Galiza, Portugal, Brasil e paises africanos de língua oficial portuguesa”, que foi publicado no número 1 de Cadernos do Povo, Revistas Internacional da Lusofonia.
  • Esquerda Unida. Esta coaligaçom tem tido sempre umha postura em favor da promoçom do galego, mas nom tivo muitas oportunidades de o pôr em prática. No seu site usa a norma ILG-RAG, sem esclarecer o modelo de galego culto que propugnam. Mas neste tema semelha ter muito peso as opinions de Alonso Montero, académico da RAG, e destacado isolacionista.
  • Anarquismo. É neste movimento político onde, fora do independentismo, melhor acolhida tenhem as teses reintegracionistas, usando-se tanto a norma AGAL como o português padrom, ao lado da norma ILG-RAG, tanto no sindicato CNT como no seu portal insígnia, Galiza libertária. É lógico um compromisso do anarquismo com o galego, ainda percebido como a língua das classes populares na Galiza.
  • A simpatia de alguns anarquistas polo reintegracionismo, explica-se, em primeiro lugar, polas vantagens da proposta lusista para a vitalidade da língua. Outro elemento de atraçom é a possibilidade de pôr em contacto, com maior facilidade, as classes trabalhadoras da Galiza e dos países lusófonos, dado que os anarquistas consideram-se apátridas - a publicaçom da revista “Anarcosindicalista” com a secçom portuguesa da AIT foi uma tentativa de avançar neste sentido. Por último, a própria estrutura do movimento reintegracionista, construído de baixo para cima, combina bem com a maneira de agir dos libertários.

Organizaçons de ámbito galego

  • Bloco Nacionalista Galego. O BNG é a organizaçom nacionalista galega mais numerosa, que maior representaçom tem nas instituiçons oficiais, e que mais poder tem exercido. É indubitável o seu compromisso com a nossa língua, mas à hora de exercer o poder tem sido bastante tímido ao aplicar as suas propostas. A respeito do modelo de galego que propugna poderia qualificar-se de reintegracionista platónico, pois se bem teoricamente afirma o galego ser a mesma língua que o português, á sua prática é majoritariamente isolacionista, tanto internamente como nas instituiçons galegas. Porém a nível europeu os seus parlamentares aplicam sem hesitaçons a doutrina reintegracionista, empregando sempre o português da Galiza.
  • Centro galeguista. No centro galeguista tem havido sempre reintegracionistas, sendo o mais salientável D. José Posada, fundador da AGAL e primeiro eurodiputado galego, por Coaligaçom Galega, em empregar o portugues da Galiza no Parlamento Europeu. Na atualidade há varios partidos dentro deste campo político, sem muito sucesso eleitoral; Terra Galega, Partido Galeguista e Converxência XXI. Neste último caso, se bem tenhem o seu site em norma ILG-RAG, declaram-se reintegracionistas utilitários.
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