Diferenças
Esta página mostra as diferenças entre a revisom do documento que escolheu e a versom actual.
pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro [02/11/2010 19:18] ramom |
pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro [18/11/2013 18:03] (Actual) ramom |
||
---|---|---|---|
Linha 1: | Linha 1: | ||
- | ====== Por que escrevedes tam raro? ====== | + | ====== Por que escrevedes tam raro? ====== |
- | Na verdade, a imensa maioria das pessoas que falam o galego-português escrevem como nós. | + | {{ :wiki:a_gaita_gallega.jpg?200|Tempos houvo onde gallego/a era a forma "normal" no galego.}} |
+ | <WRAP justify> | ||
+ | Na verdade, a imensa maioria das pessoas que falam o galego-português escrevem como nós. | ||
+ | \\ | ||
- | Todas as línguas tenhem histórias atraentes, a nossa nom é umha exceçom. Nasceu no noroeste da Península Ibérica, num território que incluía a actual Galiza e o Norte de Portugal((Além de territórios que hoje em dia formam parte das Astúrias e de Castela Leom)) e de aí [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Linguistic_map_Southwestern_Europe.gif|avançou para sul]] chegando até o Algarve, sul de Portugal cruzando depois os oceanos e assentando-se em todos continentes. | + | Todas as línguas tenhem histórias atraentes, a nossa nom é umha exceçom. Nasceu no noroeste da Península Ibérica, num território que incluía a atual Galiza e o Norte de Portugal((Além de territórios que hoje em dia formam parte das Astúrias e de Castela Leom)) e daí [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Linguistic_map_Southwestern_Europe.gif|avançou para sul]] chegando até o Algarve, sul de Portugal cruzando depois os oceanos e assentando-se em todos continentes. |
+ | \\ | ||
- | Factos históricos provocárom que o território a norte do Minho ficasse a depender do Reino de Castela enquanto a sul do Minho constituía um reino independente. Isto tivo as pertinentes consequências linguísticas: | + | Factos históricos provocárom que o território a norte do Minho ficasse a depender do Reino de Castela enquanto a sul do Minho constituía um reino independente. Isto tivo as pertinentes conseqüências lingüísticas: |
* A norte do Minho, o galego ficou reduzido a variedade oral e as falas castelhanizárom-se. | * A norte do Minho, o galego ficou reduzido a variedade oral e as falas castelhanizárom-se. | ||
* A sul do Minho, o galego constitui-se na Língua de todos os habitantes e as falas modernizárom-se. | * A sul do Minho, o galego constitui-se na Língua de todos os habitantes e as falas modernizárom-se. | ||
- | Quando no s. XIX há um processo de recuperaçom escrita da nossa língua, escreve-se o "normal", com a ortografia do castelhano, a única em que foram alfabetizados(as) os escreventes. No galeguismo que viria a seguir há sempre um visom do português como referente de integraçom e do castelhano como referente de oposiçom. É por isso que começam a usar-se palavras "raras" como Galego, Galiza, estrada, [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:libertade]], dúvida, [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:Deus]] ou [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:rua]]. Estas palavras foram substituídas por palavras castelhanas que eram as "normais" entre os nossos coetáneos(as). | + | Quando no séc. XIX há um processo de recuperaçom escrita da nossa língua, escreve-se o "normal", com a ortografia do castelhano, a única em que foram alfabetizados(as) os escreventes. No galeguismo que viria a seguir há sempre umha visom do português como referente de integraçom e do castelhano como referente de oposiçom. É por isso que começam a usar-se palavras "raras" como //galego, Galiza, estrada, [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:libertade]], dúvida, [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:Deus]] ou [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:rua]]//. Estas palavras foram substituídas por palavras castelhanas que eram as "normais" entre os nossos coetáneos(as). |
No ano de 1980 e por encomenda da junta pré-autonómica, umha comissom dirigida polo professor Carvalho Calero elaborou umhas [[http://membres.multimania.fr/questione/documentos/normas_xunta_preautonomica.html|Normas ortográficas do idioma galego]]. Estas normas estavam chamadas a ser o [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:quilómetro zero de umha estratégia luso-brasileira]] para a nossa língua. Infelizmente, no ano 1983, o decreto Filgueira Valverde promoveu umhas outras normas com um [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:espírito diferente]]. Foram elaboradas polo Instituto da Língua Galega sobre a [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:base]] do [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:galego popular e a estrangeirizaçom do português]]. | No ano de 1980 e por encomenda da junta pré-autonómica, umha comissom dirigida polo professor Carvalho Calero elaborou umhas [[http://membres.multimania.fr/questione/documentos/normas_xunta_preautonomica.html|Normas ortográficas do idioma galego]]. Estas normas estavam chamadas a ser o [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:quilómetro zero de umha estratégia luso-brasileira]] para a nossa língua. Infelizmente, no ano 1983, o decreto Filgueira Valverde promoveu umhas outras normas com um [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:espírito diferente]]. Foram elaboradas polo Instituto da Língua Galega sobre a [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:base]] do [[pt_agal:por_que_escrevedes_tam_raro:galego popular e a estrangeirizaçom do português]]. | ||
+ | |||
+ | {{ :wiki:pintada-galego-portugues-castelhano.jpeg?nolink|}} | ||
A estratégia reintegracionista ou luso-brasileira para o galego trabalha sobre a base de a Galiza, Portugal e o Brasil compartilharem a mesma língua, na Galiza conhecida como galego e internacionalmente como português, no convencimento de que é a melhor estratégia para a nossa língua e para os seus falantes na Galiza. | A estratégia reintegracionista ou luso-brasileira para o galego trabalha sobre a base de a Galiza, Portugal e o Brasil compartilharem a mesma língua, na Galiza conhecida como galego e internacionalmente como português, no convencimento de que é a melhor estratégia para a nossa língua e para os seus falantes na Galiza. | ||
+ | \\ | ||
Trabalhamos para a nossa forma de escrever e viver a nossa língua abandonar o adjetivo "raro". O dia que isso aconteça será um indício de que a nossa língua chegou a um ponto de inflexom para começar a recuperar o terreno perdido. | Trabalhamos para a nossa forma de escrever e viver a nossa língua abandonar o adjetivo "raro". O dia que isso aconteça será um indício de que a nossa língua chegou a um ponto de inflexom para começar a recuperar o terreno perdido. | ||
+ | </WRAP> |