Diferenças
Esta página mostra as diferenças entre a revisom do documento que escolheu e a versom actual.
pt_agal:que_e_o_reintegracionismo [31/10/2010 20:45] maragoto |
pt_agal:que_e_o_reintegracionismo [20/01/2011 17:34] (Actual) ramom |
||
---|---|---|---|
Linha 1: | Linha 1: | ||
====== Que é o reintegracionismo? ====== | ====== Que é o reintegracionismo? ====== | ||
+ | <WRAP column 55%> | ||
O reintegracionismo postula que o galego, o português e o brasileiro som variantes da mesma língua. Esta tese foi a [[http://www.agal-gz.org/modules.php?name=Sections&op=viewarticle&artid=11|defendida tradicionalmente polo galeguismo.]] | O reintegracionismo postula que o galego, o português e o brasileiro som variantes da mesma língua. Esta tese foi a [[http://www.agal-gz.org/modules.php?name=Sections&op=viewarticle&artid=11|defendida tradicionalmente polo galeguismo.]] | ||
- | A palavra reintegracionismo deriva de reintegrar que quer dizer: integrar novamente. O reintegracionismo é umha estratégia para a língua da Galiza que se baseia num facto histórico, umha análise e umha hipótese razoável. | + | \\ |
+ | A palavra reintegracionismo deriva de //reintegrar// que quer dizer ‘integrar novamente‘. O reintegracionismo é umha estratégia para a língua da Galiza que se baseia num facto histórico, umha análise e umha hipótese razoável. | ||
+ | </WRAP> | ||
+ | <WRAP column 35%> | ||
+ | {{ :wiki:que_e.jpg?nolink}} | ||
+ | </WRAP> | ||
+ | <WRAP clear></WRAP> | ||
- | ==== Facto histórico ==== | ||
- | O facto histórico é que a nossa língua nasceu no [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Galiza|Reino da Galiza]], na Idade Média, num território que incluía a <wrap fgcyan>actual</wrap> Galiza ((<wrap fgred>A Galiza medieval incluía territórios que atualmente fazem parte das Astúrias e de Castela-Leom.</wrap>)) e o norte de Portugal. Esta língua [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Linguistic_map_Southwestern_Europe.gif|avançou para sul]] em direçom ao que seria o Reino de Portugal e depois cruzou os oceanos. Sucedeu que enquanto no Reino de Portugal triunfou socialmente, sendo a língua de todos os estamentos sociais, a norte do Minho, foi a língua castelhana a que ocupou a cúspide social aumentando a sua presença até o dia de hoje em todas as classes sociais. | ||
- | ==== Análise ==== | + | |
+ | |||
+ | === Facto histórico === | ||
+ | |||
+ | O facto histórico é que a nossa língua nasceu no [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Galiza|Reino da Galiza]], na Idade Média, num território que incluía a atual Galiza e o norte de Portugal((Além de territórios que atualmente fam parte das Astúrias e de Castela-Leom.)). Esta língua [[http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Linguistic_map_Southwestern_Europe.gif|avançou para sul]] em direçom ao que seria o Reino de Portugal e depois cruzou os oceanos. Sucedeu que enquanto no Reino de Portugal triunfou socialmente, sendo a língua de todos os estamentos sociais, a norte do Minho, foi a língua castelhana a que ocupou a cúspide social aumentando a sua presença até o dia de hoje em todas as classes sociais. | ||
+ | |||
+ | === Análise === | ||
A análise revela que: | A análise revela que: | ||
- | - Do ponto de vista linguístico, as falas galegas estám mui [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:castelhanizadas]] sendo esta a principal barreira a respeito das falas do resto do domínio linguístico. | + | - Do ponto de vista lingüístico, as falas galegas estám mui [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:castelhanizadas]] sendo esta a principal barreira para comunicarmos com os falantes do resto do nosso domínio lingüístico. |
- | - Do ponto de vista funcional, a nossa língua cobre apenas [[áreas periféricas]] na Galiza sendo as centrais ocupadas polo castelhano. | + | - Do ponto de vista funcional, a nossa língua na Galiza está ausente em áreas estratégicas para umha língua: meios de comunicaçom, justiça, empresa, etc, espaços ocupados polo castelhano. |
- | - Do ponto de vista cultural e identitário, a maioria dos falantes sentem mais familiar o castelhano que as variedades portuguesa ou brasileira. O sistema cultural galego funciona como sendo periférico a respeito do castelhano enquanto se desconhece o português, o brasileiro ou o africano. | + | - Do ponto de vista cultural e identitário, a maioria dos falantes sentem mais familiar o castelhano que as variedades lusitana ou brasileira. A cidadania galega está empapada de cultura expressada em castelhano mas desconhece a lusitana, a brasileira ou a africana de fala portuguesa. Isto verifica-se especialmente quando queremos aceder a produtos culturais noutras línguas (traduções de livros, cinema, //software//), ocasiom em que inércia nos leva a recorrer ao castelhano. |
- | ==== Hipótese ==== | + | === Hipótese === |
- | A hipótese razoável é que das duas estratégias que se postulam para inverter o estado da nossa língua, a autonomista (galego é só a língua da Galiza) e reintegracionista (galego é a língua da Galiza e de vários países mais), a segunda pode ser a mais eficaz. | + | A hipótese razoável é que das duas estratégias que se postulam para inverter o estado atual da nossa língua, a autonomista (galego é só a língua da Galiza) e reintegracionista (galego é a língua da Galiza e de vários países mais), a segunda pode ser a mais eficaz. |
Porquê? | Porquê? | ||
- | - Do ponto de vista lingüístico porque as variedades de Portugal e do Brasil som as línguas comuns nos seus países e a língua é soberana a respeito do castelhano ou qualquer outra. Apoiar-nos nelas permitiria [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:soberanizar|soberanizar]] a nossa variedade. | + | - Do ponto de vista lingüístico porque as variedades de Portugal e do Brasil som as línguas comuns nos seus países e a língua é soberana a respeito do castelhano ou de qualquer outra. Apoiar-nos nelas permitiria [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:soberanizar|soberanizar]] a nossa variedade. |
- | - Do ponto de vista funcional, muitas das [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:carências]] da nossa língua na Galiza poderiam preencher-se com outras variedades da nossa língua, nomeadamente a do Brasil e a de Portugal. | + | - Do ponto de vista funcional, muitas das [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:carências]] da nossa língua na Galiza poderiam superar-se com outras variedades da nossa língua, nomeadamente a do Brasil e a de Portugal. |
- | - Do ponto de vista cultural e identitário, [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:a nossa cultura inserida na lusófona]] veria-se reforçada e alcançaria mais difusom. Umha identidade compartilhada com os outros países que falam a nossa língua, reforçariam a identidade da nossa língua como sendo independente do castelhano | + | - Do ponto de vista cultural e identitário, [[pt_agal:que_e_o_reintegracionismo:a nossa cultura inserida na lusófona]], veria-se reforçada e alcançaria mais difusom. Umha identidade compartilhada com os outros países que falam a nossa língua, reforçariam a identidade da nossa língua como sendo independente do castelhano |
Para umha visom de conjunto: [[http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=2559:a-estrategia-luso-brasileira-para-o-galego&catid=1:internet&Itemid=52|A estratégia luso-brasileira para o galego]] | Para umha visom de conjunto: [[http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=2559:a-estrategia-luso-brasileira-para-o-galego&catid=1:internet&Itemid=52|A estratégia luso-brasileira para o galego]] |