21-10-2008

  00:53:27, por Corral   , 50 palavras  
Categorias: Ossiam

Vaticano-Cia

O monarca vaticano é uns dos principais agentes norte-americanos no Mundo.

O actual Papa, cuja origem alemam-nazista é bem conhecida. Como se sabe, o Papa, sendo jovem, foi recrutado polos serviços norte-americanos quando esteve detido num campo de prisioneiros do Exército de Estados Unidos ao terminar a II Guerra Mundial.

17-10-2008

  14:44:34, por Corral   , 265 palavras  
Categorias: Ossiam

Socialismo o barbárie

Que longe está a liberdade e o sonho! Que longe esta o socialismo! Hoje rouba-se, saqueia-se, e por encima aos bandidos entrega-se da bolsa comum dos orçamentos, bilhons e bilhons de euros para que segam trapaceando e apanhando os nossos dinheiros. Banqueiros e a sua coorte de executivos, todos eles tinham que estar na cadeia em trabalhos forçados, confiscado todo o seu património, e seguimos enchendo-lhe os petos.

Cada dia morrem de fame no mundo mais de 20.000 pessoas, assim todos os dias, cada ano morrem de miséria mais de 8.000.000 de pessoas, e por se isso nom chegará, as metrópoles levamo-lhe a guerra senom nom aceitam que os saqueemos .

800 milhons de seres humanos nom jantam todos os dias, mais de 1.200 milhons de pessoas nom chegam a ter de renda por dia, um dólar, e por suposto nom conhecem a auga potável.

300 famílias do planeta controlam e som donas de mais do 80% da riqueza do planeta.

E a revoluçom socialista é hoje umha utopia, foi derrotada polos usurpadores que governárom em nome do proletariado, ou ainda governam. E nós, aqui na Galiza, mao a mao com os demais povos, nom somos quem de erguer a nossa dignidade e coragem para derrotar aos grandes genocídas do planeta. Banqueiros, grandes patrons, conformam as 300 famílias. Tenhem como aliados as grandes estructuras militares (OTAN, SEATO, etc. ) e também os seus bruxos e pajés (os clérigos das religions estructuradas, cristianismo, islamismo, judaísmo, budismo, etc.)

Ainda ecoa o grande brado de Rosa Luxemburg ?Socialismo ou barbárie?

  00:16:47, por Corral   , 883 palavras  
Categorias: Novas

O INSÓLITO

No domingo 12 de outubro, os países da Eurozona estabeleceram um plano anticrise por iniciativa de Sarkozy, Presidente da França.

Na segunda-feira 13, anunciaram as cifras multimilionárias de dinheiro que os países da Europa lançarão ao mercado financeiro para evitar um colapso. As ações subiram com as surpreendentes notícias.

Em virtude dos acordos mencionados, a Alemanha havia comprometido, na pesquisa de resgate, 480 bilhões de euros; a França, 360 bilhões; a Holanda, 200 bilhões; a Áustria e a Espanha, 100 bilhões cada um, e assim sucessivamente até atingir, junto com a contribuição do Reino Unido, a quantia de 1,7 trilhões de euros, que nesse dia, já que a relação do câmbio entre uma e outra moeda varia constantemente, equivaliam a 2,2 trilhões de dólares, que se somavam aos 700 bilhões de dólares dos Estados Unidos.

As ações das grandes corporações que não se arruinaram tiveram um aumento abrupto de seu valor que, ainda que longe de compensar as perdas sofridas nos nove dias trágicos, permitir-lhes-á aos políticos e banqueiros do capitalismo desenvolvido desfrutar de uma dose de oxigênio.

Nesse mesmo dia pela noite, o Premiê da Itália, Silvio Berlusconi, num banquete realizado em sua honra que ocorreu na Casa Branca, faz um discurso prestando uma homenagem ao Bush: ?Confiamos no Presidente que teve a coragem de pôr em prática o que considerava justo, o que devia fazer para si, para seu povo e para o mundo.?

Realmente passou dos limites!

Também nesse dia 13, o Prêmio Nobel de Economia correspondente a 2008 é outorgado ao cidadão dos Estados Unidos Paul Krugman. Trata-se sem dúvida de um defensor do sistema capitalista, mas é ao mesmo tempo muito crítico do presidente Bush.

Sob o título Gordon agiu bem, publicado no dia 14 no El País, expõe diversas idéias, algumas das quais merecem ser destacadas textualmente:

?O correto é enfrentar o problema da falta de capital financeiro fazendo com que o Estado proporcione às instituições financeiras mais capital em troca de uma parte de sua propriedade?

?Esta espécie de nacionalização parcial temporária também era a solução preferida particularmente por Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal.

?Ao anunciar seu plano de ajuda financeira de 500 bilhões de euros, Henry Paulson, secretário do Tesouro estadunidense, rejeitou este evidente caminho, alegando que ?isso é o que se faz em caso de quebra?.

?O governo britânico foi diretamente à raiz do problema e atuou com assombrosa velocidade para solucioná-lo.?

?Paulson, depois de haver supostamente desperdiçado várias semanas muito valiosas, também deu para trás e agora pretende comprar ações bancárias ao invés de ativos hipotecários tóxicos.

?Como já disse, ainda não sabemos se essas medidas funcionarão? Essa visão clara teve que proceder de Londres e não de Washington.

?É difícil evitar a sensação de que a resposta inicial de Paulson estava distorcida pela ideologia. Recordem que trabalha para um governo cuja filosofia pode ser resumida em ?o privado é bom; o público, ruim?.?

?Em todo o executivo, os profissionais experientes foram destituídos; quiçá não fique no Tesouro ninguém com a estatura e a trajetória necessárias para dizer a Paulson que o que estava fazendo não fazia sentido.

?Por sorte para a economia mundial, o que Gordon Brown e seus ministros estão fazendo sim faz sentido. E quiçá nos tenham mostrado o caminho para superar esta crise.?

Nem sequer o Prêmio Nobel de Economia 2008 está certo, como confessa, de que essas medidas funcionarão.

São coisas insólitas.

Na terça-feira 14, as ações nas Bolsas caíram alguns pontos de preço. Os sorrisos foram já mais estereotipados.

Os países capitalistas europeus, saturados de capacidade produtiva e mercadorias, desesperadamente necessitados de mercados para evitar desempregos de operários e dos especializados em serviços, depositantes que perdem seu dinheiro e camponeses arruinados, não estão, portanto, em situação de impor condições e soluções ao resto do mundo. Assim o proclamam os líderes de importantes países emergentes e dos que, pobres e saqueados economicamente, são vítimas do intercâmbio desigual.

Hoje quarta-feira 15 o valor das ações nas Bolsas caiu de novo estrondosamente.

McCain e Obama discutirão ardorosamente esta noite sobre o tema econômico.

Na grande democracia dos Estados Unidos, a metade dos que têm direito a votar não estão registrados; dos registrados, a metade não vota, e só 25 por cento dos eleitores elegem aos que governam. Muitos dos que agora, talvez, desejassem votar pelo candidato negro não podem fazê-lo.

Segundo as pesquisas, esse candidato conta com maioria esmagadora. No entanto, ninguém se atreve a dizer qual será o resultado.

O 4 de novembro é um dia de grande interesse para a opinião mundial, dada a crise econômica em que se debate a sociedade dos Estados Unidos.

Em matéria eleitoral, de apenas uma coisa podemos estar certos: nas próximas eleições do Reino Unido, Gordon Brown não será eleito Premiê.

Fidel Castro Ruz

15 de Outubro de 2008

19-09-2008

  00:34:57, por Corral   , 321 palavras  
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Agora fame, cadeia e míseria para o pobre

IAR-Noticias

Parecia inconmovível: Os (geralmente idiotizados) analistas vendidos do sistema baptizaram-no "Globalizaçom". Tratava-se, na realidade, de um vulgar macro-roubo capitalista de "fronteiras abertas" possibilitado pola tecnologia informática e o controle de governos e países a escala planetária. Na década do 90, no mundo periférico, e com a doutrina do "Consenso de Washington" foram destruídos sistematicamente os Estados nacionais e suas legislações protectoras em nome do "livre mercado" e a "abertura económica". E - da mão das transferências computadorizadas- nasceu era-a do "capitalismo sem fronteiras" desde a matriz do sistema financeiro imperial com assento em Wall Street. O sionismo empresário multinacional (abrigado sob a sombrinha militar-nuclear do Império "unipolar"), converteu aos países periféricos em "economias de encrave" e começou a transferir enormes recursos financeiros (produto da depredaçom económica) aos países centrais. Estes recursos, finalmente, foram utilizados para uma segunda fase complementar de exploraçom e rentabilidade capitalista em alta escala: A especulaçom financeira. E, como nom podia ser de outra maneira, na década do 90, na catedral imperial de Wall Street nasceu a "borbulha financeira", ou o reinado da "economia de papel". Tratou-se (e trata-se ainda) da máxima abstracçom da rentabilidade capitalista: A reproduçom do dinheiro polo dinheiro mesmo, fixando regras e dinâmicas próprias acima do sistema productivo real. Num salto qualitativo transformacional inédito, o sistema capitalista, dono dos Estados (centrais e dependentes) e de seus sistemas económicos productivos, consumou o que parecia impossível: A criaçom de uma "economia de papel" sem respaldo real. Hoje a "borbulha financeira" está a dançar no Titanic. Por falta de "efectivo" em janela, finalmente fizo crash, chocou contra a realidade, e começou a afundar-se à hora assinalada ante a impotência manifesta de seus criadores e sostenedores: Os Estados centrais do sistema capitalista. Bem-vindos a bordo

  00:32:45, por Corral   , 221 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

Zahra Budkur

Ignácio Ramonet

Chama-se Zahra Budkur, tem vinte anos, é estudante na Universidade de Marrakech. Por ter participado numha marcha de protesto foi golpeado pela polícia, encarcerada junto com centenas de colegas na sinistra comiseria da Praça Jamaâ O Fna (visitada a diário por milhares de turistas) e bestialmente torturada.

Os guardas obrigaram-na a permanecer nua, enquanto tinha suas menstruaçons, durante dias, adiante de seus camaradas. Para protestar, Zahra iniciou umha greve de fome, e acha-se em estado de coma. Sua vida pende de um fio.

Ouviu alguém, em Europa, falar desta jovem estudante? Nossos meios de comunicaçom citaram talvez a trágica situaçom de Zahra? Nem umha palavra. Nengumha também nom sobre outro estudante, Abdelkebir O Bahi, arrojado pela polícia desde o alto de um terceiro andar e condenado para o resto de seus dias à cadeira de rodas por fractura da coluna vertebral.

Zero informaçom também sobre outros dezoito estudantes de Marrakech, colegas de Zahra, que, para protestar contra suas condiçons de detençom na prisom de Bulmharez, estão assim mesmo em greve de fome desde o 11 de junho. Alguns já nom se podem pôr em pé, vários vomitam sangue, outros estão a perder a vista e uns quantos, em estado comatoso, deveram ser hospitalizados.

03-09-2008

  20:34:08, por Corral   , 221 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

Zahra Budkur

Ignácio Ramonet

Chama-se Zahra Budkur, tem vinte anos, é estudante na Universidade de Marrakech. Por ter participado numha marcha de protesto foi golpeado pela polícia, encarcerada junto com centenas de colegas na sinistra comiseria da Praça Jamaâ O Fna (visitada a diário por milhares de turistas) e bestialmente torturada.

Os guardas obrigaram-na a permanecer nua, enquanto tinha suas menstruaçons, durante dias, adiante de seus camaradas. Para protestar, Zahra iniciou umha greve de fome, e acha-se em estado de coma. Sua vida pende de um fio.

Ouviu alguém, em Europa, falar desta jovem estudante? Nossos meios de comunicaçom citaram talvez a trágica situaçom de Zahra? Nem umha palavra. Nengumha também nom sobre outro estudante, Abdelkebir O Bahi, arrojado pela polícia desde o alto de um terceiro andar e condenado para o resto de seus dias à cadeira de rodas por fractura da coluna vertebral.

Zero informaçom também sobre outros dezoito estudantes de Marrakech, colegas de Zahra, que, para protestar contra suas condiçons de detençom na prisom de Bulmharez, estão assim mesmo em greve de fome desde o 11 de junho. Alguns já nom se podem pôr em pé, vários vomitam sangue, outros estão a perder a vista e uns quantos, em estado comatoso, deveram ser hospitalizados.

  20:05:43, por Corral   , 224 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

Marrocos - Terrorismo de Estado silênciado

Ignácio Ramonet

Chama-se Zahra Budkur, tem vinte anos, é estudante na Universidade de Marrakech. Por ter participado numha marcha de protesto foi golpeado pela polícia, encarcerada junto com centenas de colegas na sinistra delegacia da Praça Jamaâ O Fna (visitada a diário por milhares de turistas) e bestialmente torturada.

Os guardas obrigaram-na a permanecer nua, enquanto tinha suas menstruaçons, durante dias, adiante de seus camaradas. Para protestar, Zahra iniciou umha greve de fome, e acha-se em estado de coma. Sua vida pende de um fio.

Ouviu alguém, em Europa, falar desta jovem estudante? Nossos meios de comunicaçom citaram talvez a trágica situaçom de Zahra? Nem umha palavra. Nengumha também não sobre outro estudante, Abdelkebir O Bahi, arrojado pela polícia desde o alto de um terceiro andar e condenado para o resto de seus dias à cadeira de rodas por fractura da coluna vertebral.

Zero informaçom também sobre outros dezoito estudantes de Marrakech, colegas de Zahra, que, para protestar contra suas condiçons de detençom na prisão de Bulmharez, estão assim mesmo em greve de fome desde o 11 de junho. Alguns já não se podem pôr em pé, vários vomitam sangue, outros estão a perder a vista e uns quantos, em estado comatoso, deveram ser hospitalizados.

28-08-2008

  00:07:53, por Corral   , 424 palavras  
Categorias: Ensaio

Cáucaso, Mar Negro. Preâmbulos da Terceira Guerra Mundial

I.A.R.

O Cáucaso pode arder, e nom com petróleo: Moscou e o eixo USA-UE, segundo assalto.

Aproxima-se outro desenlace na "guerra energética": Moscou pede ajuda a China
Trata-se de uma guerra pelo controle das redes de oleodutos (corredores energéticos) euro-asiáticos onde China joga sua sobrevivência ao lado de Rússia. Ademais, na agenda militar e geopolítica do espaço asiático Pequim, igual que Rússia, se situa nas antípodas do projecto estratégico do eixo EEUU-UE que militarizou a região euro-asiática para desestabilizar as redes energéticas de Rússia, das quais Chinesa é a principal beneficiaria. Moscou e Pequim, em aberto desafio à hegemonia europeu-estadounidense, traçaram acordos militares estratégicos e consolidaram um bloco militar e económico comum em Ásia em aberto desafio à OTAN. Portanto, ninguém melhor que o gigante asiático para entender o cerco de pressão internacional que vive Moscou, seu sócio estratégico mais precioso, depois de sua decisão de controlar militarmente Geórgia, um dos encraves da rede de oleodutos das petroleiras estadunidenses controlados pelo Pentágono e a OTAN na região. A nova "guerra fria", é dantes que nada uma guerra económica pelo controle de recursos estratégicos, e o petróleo e o gás são os dois objectivos fundamentais em disputa. Os lineamentos do "novo ordem mundial" construído sobre a base do controle de mercados e recursos estratégicos é, fundamentalmente, um ordem criado para que as trasnacionais, os bancos, as petroleiras e a armamentistas capitalistas, façam "negócios". Nesse jogo, "O Grande Jogo", Moscou e Pequim movem suas próprias peças no teatro de operações da guerra intercapitalista por áreas de influência que se disputa desde Eurasia e os ex espaços soviéticos até o Médio Oriente. E nesse tabuleiro, o Kremlin sabe que só conta com dois aliados: Iram e China.
China, com seu poderio económico de terceira economia mundial, pode desbalancear a pressão económica exercida contra Moscou desde as organizações internacionais controladas pelo eixo USA-UE, enquanto Iram (dependente de Rússia em tecnologia militar e civil) representa o reasseguro petroleiro, geopolítico e militar para pressionar ao bloco ocidental desde o Médio Oriente. Para Putin e Medvedev, depois de posicionarse militarmente com o controle de Geórgia, e de comprovar a lentidão de reflexos do decadente Império capitalista "ocidental" referenciado no eixo USA-UE, chegou a hora de conversar com os amigos.

26-08-2008

  17:33:18, por Corral   , 4307 palavras  
Categorias: Novas

Sarkozy, o presidente da França, agente da C.I.A.

Operação Sarkozy: Como a CIA colocou um dos seus agentes na presidência da República Francesa
por Thierry Meyssan*
Nicolas Sarkozy deve ser julgado pelas suas acções e não pela sua personalidade. Mas quando as suas acções surpreendem até os seus próprios eleitores, é legítimo debruçarmo-nos em pormenor sobre a sua biografia e interrogarmo-nos sobre as alianças que o conduziram ao poder. Este artigo descreve as origens do presidente da República Francesa. Todas as informações nele contidas são verificáveis, com excepção de duas imputações, pelas quais o autor assume a responsabilidade exclusiva.
Os franceses, cansados das demasiado longas presidências de François Mitterrand e de Jacques Chirac, elegeram Nicolas Sarkozy contando com a sua energia para revitalizar o país. Eles esperavam uma ruptura com anos de imobilismo e ideologias ultrapassadas. Tiveram uma ruptura com os princípios que fundam a nação francesa. Ficaram estupefactos pois este "hiper presidente", a apanhar um novo dossier a cada dia, a atrair a direita e a esquerda para si, a abalar todas as referências até criar uma completa confusão.
Tal como as crianças que acabam de fazer uma grossa asneira, os franceses estão demasiado ocupados a procurar desculpas para admitir a amplitude dos danos e a sua ingenuidade. Recusam-se portanto a ver quem realmente é Nicolas Sarkozy, o que deveriam ter percebido há muito.
O homem é hábil. Tal como um ilusionista, ele desviou as atenções ao oferecer a sua vida privada como espectáculo e a posar nas revistas populares, até fazer esquecer seu percurso político.
Que se compreenda bem o sentido deste artigo: não se trata de criticar o sr. Sarkozy pelas suas ligações familiares, de amizade e profissionais, mas de criticá-lo por ter escondido suas ligações aos franceses que acreditaram, erradamente, estar a eleger um homem livre.
Para compreender como um homem em que todos hoje concordam em ver o agente dos Estados Unidos e de Israel pode tornar-se o chefe do partido gaullista, depois presidente da República Francesa, é preciso remontar atrás. Muito atrás. Teremos de efectuar uma longa digressão no decorrer da qual apresentaremos os protagonistas que hoje se vingam.
Segredos de família
No fim da Segunda Guerra Mundial, os serviços secretos estado-unidenses apoiaram-se no padrinho italo-americano Lucky Luciano para controlar a segurança dos portos americanos e para preparar o desembarque aliado na Sicilia.
Os contactos de Luciano com os serviços dos EUA passam nomeadamente por Frank Wisner Sr. e depois, quando o "padrinho" é libertado e se exila na Itália, pelo seu "embaixador" corso, Étienne Léandri.
Em 1958, os Estados Unidos, inquietos com uma possível vitória da FLN na Argélia que abriria a África do Norte à influência soviética, decidem instigar um golpe de Estado militar em França. A operação é organizada em conjunto pela Direcção da Planificação da CIA ? teoricamente dirigida por Frank Wisner Sr. ? e pela NATO. Mas Wisner já havia afundado na demência de modo que é o seu sucessor, Allan Dulles, que supervisiona o golpe. A partir de Argel, generais franceses criam um Comité de Salvação Pública que exerce uma pressão sobre o poder civil parisiense e constrange-o a votar plenos poderes ao general De Gaulle sem ter necessidade de recorrer à força. [1].
Ora, Charles De Gaulle não é o peão que os anglo-saxões acreditavam poder manipular. Num primeiro tempo, ele tenta sair da contradição colonial concedendo uma grande autonomia aos territórios do ultramar no seio de uma União Francesa. Mas é demasiado tarde já para salvar o Império francês pois os povos colonizados não acreditam mais nas promessas da metrópole e exigem a sua independência. Depois de ter conduzido vitoriosamente ferozes campanhas de repressão contra os independentistas, De Gaulle rende-se à evidência. Fazendo prova de uma rara sabedoria política, ele decide conceder a cada colónia a sua independência.
Esta reviravolta foi considerada pela maior parte daqueles que o levaram ao poder como uma traição. A CIA e a NATO apoiam então toda espécie de conspirações para eliminá-lo, inclusive um putsch falhado e uma quarentena de tentativas de assassinato. [2] Entretanto, alguns dos seus partidários aprovam a sua evolução política. Em torno de Charles Pasqua eles criam o SAC, uma milícia para protegê-lo.
Pasqua é ao mesmo tempo um gangster corso e um antigo resistente. Ele casou-se com a filha de um contrabandista de bebidas canadiano que fez fortuna durante a proibição. Dirige a sociedade Ricard que, depois de ter comercializado o absinto, um álcool proibido, respeitabiliza-se a vender anisete. Entretanto, a sociedade continua a servir de cobertura para todas espécie de tráficos relacionados com a família italo-nova-iorquina dos Genovese, aquela de Lucky Luciano. Portanto não é espantoso que Pasqua apele a Étienne Léandri (o "embaixador" de Luciano) para recrutar braços fortes e constituir a milícia gaullista. [3] Um terceiro homem desempenha um grande papel na formação do SAC, o antigo guarda costas de De Gaulle, Achille Peretti ? também ele um corso.
Assim defendido, De Gaulle concebe com desenvoltura uma política de independência nacional. Sempre afirmando sua pertença ao campo atlântico, ele põe em causa a liderança anglo-saxónica. Opõe-se à entrada do Reino Unido no Mercado Comum Europeu (1961 e 1967); recusa a mobilização dos capacetes azuis da ONU no Congo (1961); encoraja os Estados latino-americanos a libertarem-se do imperialismo americano (discurso do México, 1964); expulsa a NATO da França e retira-se do Comando Integrado do Aliança Atlântica (1966); denuncia a Guerra do Vietname (discurso de Phnon Pehn, 1966); condena o expansionismo israelense aquando da Guerra dos Seis Dias (1967); apoia a independência do Quebeque (discurso de Montreal, 1967); etc...
Em simultâneo, De Gaulle consolida o poderio da França dotando-a de um complexo militar-industrial incluindo a força de dissuasão nuclear, e garantindo seu aprovisionamento energético. Afasta utilmente os inconvenientes corsos do seu círculo confiando-lhes missões no estrangeiro. Assim, Étienne Léandri torna-se o trader do grupo Elf (hoje Total) [4], ao passo que Charles Pasqua torna-se o homem de confiança dos chefes de Estado da África francófona.
Consciente de que não pode desafiar os anglo-saxões sobre todos os terrenos ao mesmo tempo, De Gaulle alia-se à família Rothschild. Escolhe como primeiro-ministro o director do banco, Georges Pompidou. Os dois homens formam um par eficaz. A audácia política do primeiro nunca perde de vista o realismo económico do segundo.
Quando De Gaulle se demite, em 1969, Georges Pompidou sucede-lhe brevemente na presidência antes de ser levado por um cancro. Os gaullistas históricos não admitem a sua liderança e inquietam-se com a sua tendência anglófila. Eles urram "traição" quando Pompidou, secundado pelo secretário-geral do Eliseu Edouard Balladur, faz entrar "a pérfida Albion" no Mercado Comum Europeu.
A fabricação de Nicolas Sarkozy
Apresentado este cenário, retornemos ao nosso personagem principal, Nicolas Sarkozy. Nascido em 1955, é o filho de um nobre húngaro, Pal Sarkösy de Nagy-Bocsa, refugiado em França depois de ter fugido do Exército Vermelho, e de Andrée Mallah, uma judia originária de Tessalónica. Depois de terem três filhos (Guillaume, Nicolas e François), o casal divorcia-se. Pal Sarkösy de Nagy-Bocsa casa-se novamente com uma aristocrata, Christine de Ganay, de quem terá dois filhos (Pierre-Olivier et Caroline). Nicolas não será educado só pelos seus pais, mas mover-se-á nesta família recomposta.
Sua mãe tornou-se a secretária de Achille Peretti. Depois de ter sido co-fundador do SAC, o guarda-costas de De Gaulle havia trilhado uma brilhante carreira política. Fora eleito deputado e maire de Neuilly-sur-Seine, o mais rico arrabalde residencial de Paris, depois presidente da Assembleia Nacional.
Infelizmente, em 1972, Achille Peretti é posto gravemente em causa. Nos Estados Unidos, a revista Time revela a existência de uma organização criminosa secreta, a "União corsa", que controlaria grande parte do tráfico de estupefacientes entre a Europa e a América, a famosa "French connexion" que Hollywood levaria às telas. Apoiando-se em audições parlamentares e nas suas próprias investigações, a Time cita o nome de um chefe mafioso, Jean Venturi, preso alguns anos antes no Canadá, e que não é outro senão o delegado comercial de Charles Pasqua para a sociedade de bebidas alcoólicas Ricard. Evoca-se o nome de várias famílias que dirigiriam a "União corsa", inclusive os Peretti. Achille nega, mas deve renunciar à presidência da Assembleia Nacional e escapa mesmo a um "suicídio".
Em 1977, Pal Sarközy separa-se da sua segunda esposa, Christine de Ganay, a qual liga-se então com o nº 2 da administração central do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Ela o desposa e instala-se com ele na América. Sendo o mundo pequeno, como é bem sabido, seu marido não é outro senão Frank Wisner Jr., filho do anterior. As funções de Junior na CIA não são conhecidas, mas é claro que ele desempenha um papel importante. Nicolas, que permanece próximo da sua mãe adoptiva (belle-mère), do seu meio irmão e da sua meia irmã, começa a virar-se para os Estados Unidos onde se "beneficia" dos programas de formação do Departamento de Estado.
Neste período, Nicolas Sarkozy adere ao partido gaullista. Ali tem contactos com Charles Pasqua, tanto mais frequentes por este ser não só um líder nacional como também o responsável da secção departamental de Hauts-de-Seine.
Em 1982, Nicolas Sarkozy, tendo concluído seus estudos de direito e tendo-se inscrito nos tribunais, casa com a sobrinha de Achille Peretti. Sua testemunha de casamento é Charles Pasqua. Enquanto advogado, Mestre Sarkozy defende os interesses dos amigos corsos dos seus mentores. Ele adquire uma propriedade na ilha da beleza, em Vico, e imagina "corsisar" o seu nome substituindo o "y" por um "i": Sarkozi.
No ano seguinte é eleito maire de Neuilly-sur-Seine em substituição do seu tio adoptivo, Achille Peretti, abatido por uma crise cardíaca.
Entretanto, Nicolas não tarda em trair sua mulher e, desde 1984, mantém uma ligação escondida com Cecília, a esposa do mais célebre animador da televisão francesa da época, Jacques Martins, que conheceu ao celebrar seu casamento na qualidade de maire de Neully. Esta vida dupla dura cinco anos, até que os amantes deixem seus consortes respectivos para construir um novo lar.
Nicolas é a testemunha de casamento, em 1992, da filha de Jacques Chirac, Claude, com um editorialista do Figaro. Ele não consegue impedir-se de seduzir Claude e de manter uma breve relação com ela, enquanto vive oficialmente com Cecília. O marido enganado suicida-se com a absorção de drogas. A ruptura é brutal e irreversível entre os Chirac e Nicolas Sarkozy.
Em 1993, a esquerda perde as eleições legislativas. O presidente François Mitterand recusa demitir-se e entra em co-habitação com um primeiro-ministro de direita, Jacques Chirac, que ambiciona a presidência e pensa então formar com Edouard Balladur um tandem comparável àquele de De Gaulle e Pompidou. Ele recusa-se a ser novamente primeiro-ministro e deixa o lugar ao seu "amigo de trinta anos", Edouard Balladur. Apesar do seu passado sulfuroso, Charles Pasqua torna-se ministro do Interior. Conservando firmemente o domínio da marijuana marroquina, ele aproveita a sua situação para legalizar as suas outras actividades tomando o controle das casas de jogos, jogos da sorte e corridas na África francófona. Ele também tece ligações na Arábia Saudita e em Israel e torna-se oficial de honra (officier d?honneur) do Mossad. Nicolas Sarkozy, por sua vez, é ministro do Orçamento e porta-voz do governo.
Em Washington, Frank Wisner Jr. assumiu a sucessão de Paul Wolfowitz como responsável pelo planeamento político no Departamento da Defesa. Ninguém comentou as ligações que o uniam ao porta-voz do governo francês.
É então que retorna ao seio do partido gaullista a tensão que se experimentara trinta anos antes entre os gaullistas históricos e a direita financeira, encarnada por Balladur. A novidade é que Charles Pasqua e com ele o jovem Nicolas Sarkozy traem Jacques Chirac para se aproximarem da corrente Rothschild. Saiu tudo errado. O conflito atingirá seu apogeu em 1995 quando Édouard Balladur se apresenta contra o seu ex-amigo Jacques Chirac à eleição presidencial, e será batido. Acima de tudo, seguindo as instruções de Londres e Washington, o governo Balladur abre as negociações de adesão à União Europeia e à NATO dos Estados da Europa central e oriental, livres da tutela soviética.
Nada dá certo no partido gaullista, onde os amigos de ontem estão prestes a matar-se uns aos outros. Para financiar a sua campanha eleitoral, Edouard Balladur tenta apoderar-se da caixa negra do partido gaullista, escondida na dupla contabilidade da petroleira Elf. Assim que morreu o velho Étienne Léandri, os juízes examinaram a sociedade e os seus dirigentes são encarcerados. Mas Balladur, Pasqua e Sakozy não chegarão a recuperar o tesouro.
A travessia do deserto
Ao longo de todo o seu primeiro mandato, Jacques Chirac manteve Nicolas Sarkozy a distância. O homem fez-se discreto durante esta longa travessia do deserto. Discretamente, continua a estabelecer relações nos círculos financeiros.
Em 1996, Nicolas Sarkozy, tendo por fim conseguido encerrar um processo de divórcio que não acabava, casa-se com Cecília. Eles têm como testemunhas os dois miliardários Martin Bouygues e Bernard Arnaud (o homem mais rico do país).
Último acto
Bem antes da crise iraquiana, Frank Wisner Jr. e seus colegas da CIA planeiam a destruição da corrente gaullista e a ascensão ao poder de Nicolas Sarkozy. Eles agem em três tempos: primeiro a eliminação da direcção do partido gaullista e a tomada de controle deste aparelho, depois a eliminação do principal rival de direita e a investidura do partido gaullista à eleição presidencial, finalmente a eliminação de todo rival sério à esquerda de maneira a que fosse certo ganhar a eleição presidencial.
Durante anos os media foram mantidos excitados pelas revelações póstumas de um promotor imobiliário. Antes de morrer de uma doença grave, ele registou, por uma razão nunca esclarecida, uma confissão em vídeo. Por uma razão ainda mais obscura, a "cassette" cai nas mãos de um hierarca do Partido Socialista, Dominique Strauss-Khan, que a faz chegar indirectamente à imprensa.
Se bem que as confissões do promotor imobiliário não resultem em nenhuma sanção judiciária, elas abrem uma caixa de Pandora. A principal vítima dos casos sucessivos será o primeiro-ministro Alain Juppé. Para proteger Chirac, ele assume só todas as infracções penais. O afastamento de Juppé deixa o caminho livre a Nicolas Sarkozy para tomar a direcção do partido gaullista.
Sarkozy explora então a sua posição para constranger Jacques Chirac a retomá-lo no governo, apesar do seu ódio recíproco. Ele acabou por ser ministro do Interior. Que erro! Neste posto, ele controla os prefeitos e a rede de inteligência interna, a qual ele utilizou para colocar os seus indicados nos principais ramos da administração.
Ele também trata dos assuntos corsos. O prefeito Claude Érignac foi assassinado. Se bem que não tenha sido reivindicado, o assassínio foi imediatamente interpretado como um desafio lançado à República pelos independentistas. Após uma longa caçada, a polícia conseguiu prender um suspeito em fuga, Yvan Colonna, filho de um deputado socialista.
Desprezando a presunção de inocência, Nicolas Sarkozy anuncia a sua prisão acusando-o de ser o assassino. É que a notícia é demasiado bela, a dois dias do referendo que o ministro do Interior organiza na Córsega para modificar o estatuto da ilha. Seja como for, os eleitores rejeitam o projecto Sarkozy que, segundo alguns, favorece os interesses mafiosos. Se bem que Yvan Colonna posteriormente tenha sido reconhecido culpado, ele sempre clamou a sua inocência e não foi encontrada nenhuma prova material contra ele. Estranhamente, o homem amuralhou-se no silêncio, preferindo ser condenado a revelar o que sabe. Nós revelamos aqui que o prefeito Érignac não foi morto por nacionalistas, mas sim abatido por um assassino a soldo, imediatamente enviado para Angola onde foi contratado pela segurança do grupo Elf. O móvel do crime estava precisamente ligado às funções anteriores de Érignac, responsável pelas redes africanas de Charles Pasqua na Ministério da Cooperação. Quanto a Yvan Colonna, é um amigo pessoal de Nicolas Sarkozy desde há décadas e seus filhos frequentam-se mutuamente.
Explode um novo caso: circulam falsas listagens que acusam mentirosamente várias personalidade de esconderem contas bancárias no Luxemburgo, junto à Clearstream. Dentre as personalidades difamadas, Nicolas Sarkozy. Ele apresenta queixa e sub-entende que seu rival de direita na eleição presidencial, o primeiro-ministro Dominique de Villepin, organizou esta maquinação. Ele não esconde sua intenção de lançá-lo na prisão.
Na realidade, as falsas listagens foram postas em circulação por membros da Fundação Franco-Americana [5], de que John Negroponte era presidente e de que Frank Wisner Jr. é administrador. O que os juízes ignoram e que nós revelamos aqui é que as listagens foram fabricadas em Londres por uma oficina comum da CIA e do MI6, Hakluyt & Co, de que Frank Wisner Jr. é igualmente administrador.
Villepin defende-se do que é acusado, mas está sob exame, proibido de deixar a sua casa e, de facto, afastado provisoriamente da via política. O caminho está livre à direita para Nicolas Sarkozy.
Resta neutralizar as candidatura da oposição. As quotas de adesão ao Partido Socialista são reduzidas a um nível simbólico para atrair novos militantes. Subitamente milhares de jovens obtém seu cartão do partido. Dentre eles, pelo menos dez mil novos aderentes são na realidade militantes do Partido trotskquista "lambertista" (do nome do seu fundador, Pierre Lambert). Esta pequena formação de extrema esquerda historicamente pôs-se ao serviço da CIA contra os comunistas stalinianos durante a Guerra Fria (Ela é o equivalente do SD/USA de Max Shatchman, que formou os neoconservadores nos EUA). [6] Não é a primeira vez que os "lambertistas" infiltram o Partido Socialista. Eles nomeadamente plantaram dois célebres agentes da CIA: Lionel Jospin (que se tornou primeiro-ministro) e Jean-Christophe Cambadélis, o principal conselheiro de Dominique Strauss-Kahn. [7]
São organizadas primárias no interior do Partido Socialista a fim de designar seu candidato à eleição presidencial. Duas personalidades estão em concorrência: Laurent Fabius et Ségolène Royal. Só o primeiro representa um perigo para Sarkozy. Dominique Strauss-Kahn entra na corrida tendo por missão eliminar Fabius no último momento. O que ele está em condições de fazer graças aos votos dos militantes "lambertistas" infiltrados, que dão os seus votos não a ele mas sim a Royal. A operação foi possível porque Strauss-Kahn, de origem judia marroquina, está há muito na folha de pagamento dos Estados Unidos. Os franceses ignoram que ele dá cursos em Stanford, onde foi contratado pela superintendente da universidade, Condoleezza Rice. [8].
A partir da sua tomada de posse, Nicolas Sarkozy e Condoleezza Rice agradecerão a Strauss-Kahn fazendo-o eleger para a direcção do Fundo Monetário Internacional.
Primeiros dias no Eliseu
Na noite da segunda volta da eleição presidencial, quando os institutos de sondagem anunciam a sua provável vitória, Nicolas Sarkozy pronuncia um breve discurso à nação no seu QG de campanha. Depois, ao contrário de todos os costumes, ele não vai à festa com os militantes do seu partido, mas dirige-se ao Fouquet?s. O célebre restaurante dos Campos Elíseos, que outrora era o ponto de encontro da "União corsa", hoje é propriedade do operador de casa de jogo Dominique Desseigne. Foi posto à disposição do presidente eleito para receber seus amigos e os principais doadores da sua campanha. Uma centena de convidados ali se acotovelam, os homens mais ricos da França ombro a ombro com patrões das casas de jogos.
Depois disso o presidente eleito oferece-se alguns dias de repouso bem merecidos. Tomando um Falcon-900 privado, vai para Malta. Ali repousa no Paloma, o iate de 65 metros do seu amigo Vicent Bolloré, um miliardário formado no Banco Rothschild.
Finalmente, Nicolas Sarkozy toma posse como presidente da República Francesa. O primeiro decreto que assina não é para proclamar uma amnistia, mas para autorizar as casas de jogos dos seus amigos Desseigne e Partouche a multiplicar as máquinas de moedas.
Ele forma sua equipe de trabalho e seu governo. Sem surpresa, encontra-se ali um bem turvo proprietário de casas de jogos (o ministro da Juventude e Desporto) e o lobbyista das casas de jogos do amigo Desseigne (que se torna porta-voz do partido "gaullista").
Nicolas Sarkozy apoia-se sobretudo em quatro homens:
Claude Guéant, secretário-geral do Palácio do Eliseu. É o antigo braço direito de Charles Pasqua.
François Pérol, secretário-geral adjunto do Eliseu. É um associado-gerente do Banco Rothschild.
Jean-David Lévitte, conselheiro diplomático. Filho do antigo director da Agência Judia. Embaixador da França na ONU, ele foi afastado das suas funções por Chirac que o julgava demasiado próximo de George Bush.
Alain Bauer, o homem da sombra. Seu nome não aparece nos anuários. É o encarregado dos serviços de informação. Neto do Grande Rabi de Lyon, antigo Grande-Mestre do Grande Oriente da França (a principal obediência maçónica francesa) e antigo nº 2 da National Security Agency estado-unidense na Europa. [9].
Frank Wisner Jr., que entretanto fora nomeado enviado especial do presidente Bush para a independência do Kosovo, insiste em que Bernard Kouchner seja nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros com uma dupla missão prioritária: a independência do Kosovo e a liquidação da política árabe da França.
Kouchner, um judeu de origem báltica, começou sua carreira a participar na criação de uma ONG humanitária. Graças aos financiamentos da National Endowment for Democracy, ele participou nas operações de Zbigniew Brzezinski no Afeganistão, ao lado de Oussama Ben Laden e dos irmãos Karzaï contra os soviéticos. Nos anos 90 podia ser encontrado junto a Alija Izetbegoviç na Bosnia-Herzégovina. De 1999 à 2001 foi Alto Representante da ONU no Kosovo.
Sob o controle do irmão mais novo do presidente Hamid Karzaï, o Afeganistão tornou-se o primeiro produtor mundial de papoula. O seu sumo é transformado ali em heroína e transportado pela US Air Force para Campo Bondsteel (Kosovo). Lá, a droga passa para os homens de Haçim Thaçi que a escoa principalmente para a Europa e acessoriamente para os Estados Unidos. [10] Os lucros são utilizados para financiar as operações ilegais da CIA.
Karzaï e Thaçi são amigos pessoais de longa data de Bernard Kouchner, que certamente ignora suas actividades criminosas apesar dos relatórios internacionais que lhe foram consagrados.
Para completar seu governo, Nicolas Sarkozy nomeia Christine Lagarde, ministra da Economia e das Finanças. Ela fez toda a sua carreira nos Estados Unidos onde dirigiu o prestigioso gabinete de juristas Baker & McKenzie. No seio do Center for International & Strategic Studies de Dick Cheney, ela co-presidiu com Zbigniew Brzezinski um grupo de trabalho que supervisionou as privatizações na Polónia. Ela organizou um lobbying intenso por conta da Lockheed Martin contra o construtor de aviões francês Dassault. [11].
Nova escapada durante o Verão. Nicolas, Cecília, sua preceptora (maitresse) comum e seus filhos fazem-se oferecer férias estado-unidenses em Wolfenboroo, não longe da propriedade do presidente Bush. A factura, desta vez, é paga por Robert F. Agostinelli, um banqueiro de negócios italo-nova-iorquino, sionista e neoconservador que apresenta seus pontos de vista em Commentary, a revista do l?American Jewish Committee.
O êxito de Nicolas reflecte-se no seu meio-irmão Pierre-Olivier. Sob o nome americanizado de "Oliver", é nomeado por Frank Carlucci (que foi o nº 2 da CIA depois de ter sido recrutado por Frank Wisner Sr.) [12] director de um novo fundo de investimento do Grupo Carlyle (a sociedade comum de gestão de carteiras dos Bush e dos Ben Laden). [13] Tornado o 5º deal maker do mundo, ele gere os haveres principais dos fundos soberanos do Koweit e de Singapura.
A quota de popularidade do presidente está em queda livre nas sondagens. Um dos seus conselheiros em comunicação, Jacques Séguéla, preconiza desviar a atenção do público com novas "people stories". O anúncio do divórcio com Cecilia foi publicado pelo Libération, o jornal do seu amigo Edouard de Rothschild, para encobrir os slogans dos manifestantes num dia de greve geral.
Indo mais além, o comunicador organizou um encontro com a artista e ex-manequim Carla Bruni. Alguns dias mais tarde, sua ligação com o presidente é oficializada e a campanha mediática encobre novamente as críticas políticas. Algumas semanas ainda e é o terceiro casamento de Nicolas. Desta vez, ele escolhe como testemunhas Mathilde Agostinelli (a esposa de Robert) e Nicolas Bazire, antigo director de gabinete de Edouard Balladur que se tornou associado-gerente no Rothschild.
Quando os franceses terão olhos para ver o que têm a fazer

  17:14:26, por Corral   , 90 palavras  
Categorias: Ensaio

Mais perto da grande guerra

I.A.R.

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