22-08-2007

  01:03:23, por Corral   , 864 palavras  
Categorias: Outros, Ensaio

Crise dos mercados financeiros: vem aí o grande crash?

por Michael R. Krätke / Resistir

Raras vezes terá sido tão repetidamente anunciado aquilo que agora está finalmente a acontecer. Há meses que os augures profetizam a grande queda, a próxima crise económica mundial. A recordação da crise nos mercados de valores que em Outubro de 2000 forçou a New Economy a uma aterragem de emergência das suas enormes altitudes de voo, destruindo num abrir e fechar de olhos milhões e milhões de capital fictício, ainda não se manifestou. Todos sabem ou intuem que o boom das borbulhas especulativas recebe estímulos deliberados. O que os governantes aplaudem é um auge que não só é fundamentado no viver do fiado como tem base especulativa. Na última vez, a borbulha ia junto com uma onda de inovações na tecnologia da comunicação e da informação; desta vez não. A actual conjuntura repousa sobre a especulação com preços imobiliários, com preços de matérias-primas e com derivados financeiros.

Em Fevereiro/Março, e a seguir novamente em Maio, houve os primeiros anúncios do dilema que se foi abrindo caminho. Duas vezes afundaram espectacularmente as bolsas da Ásia, mas as turbulências pareceram desfazer-se rapidamente. A partir de fins de Julho vê-se tudo de uma maneira muito diferente: esta vez explodiu uma gigantesca borbulha especulativa imobiliária, a crise hipotecária dos EUA avança sobre os bancos e os mercados financeiros na Europa e na Ásia, o comércio global com dívidas e créditos, inflamado pelo incremento explosivo do comércio com derivados financeiros, fez da especulação imobiliária um negócio internacional. Bancos e fundos de investimento de todo o mundo entram energicamente com a cabeça nas nuvens, ignorando a que riscos se expõem. O que há muito se temia verificou-se: muitos, muitíssimos hedge funds envolveram-se lindamente na especulação. E eis que assistimos à mais bela crise do mercado de crédito e monetário.

Quando hedge funds multimilionários entram em bancarrota, os bancos, as seguradores e os fundos de investimento são os tolos que os financiaram. Nos EUA, a famosa Universidade de Harvard perdeu de um dia para outro 700 milhões de dólares num "investimento em dinheiro" desse tipo. Muitos bancos hipotecários norte-americanos estão na bancarrota e seus credores europeus, como o Deutsche Bank, o Commerzbank, p francês BNP Parisbas ou o belga Fortis, tem que contar as perdas em centenas de milhares de euros. Alguns grandes bancos europeus preparam-se para encerrar, devido às perdas maciças, os seus hedge funds. Milhares de milhões desvanecem-se no ar. O Banco Postal alemão, por exemplo, assim como o Westdeutsche Landesbank e o Sächsische Landesbank; um banco de média dimensão como o IKB alemão, puseram em jogo milhares de milhões ? perdendo-os. À bancarrota dos fundos segue-se a fuga dos investidores: o pânico entra em cena e leva a uma aterragem das cotações à escala planetária. Todos os índices dos grandes mercados de valores ? Dow Jones, Nasdaq, Standard&Poor's, DAX, Nikkei, etc ? registaram grandes perdas: muitos, de mais de 3% por dia.

As perdas multimilionárias de bancos e fundos de investimentos e a fuga em massa dos investidores trouxeram consigo uma crise creditícia clássica. Os bancos, que semanas após semana tinham que refinanciar créditos multimilionários, de repente têm dificuldades para obter créditos e operar no mercado; o mercado monetário aperta. Como sempre, quando há ameaça de um colapso dos mercados financeiros, os governos preparam-se para intervir. Um banco pequeno como o IKB pôde ser salvo do abismo com uma acção rápida e concertada. Mas uma crise do mercado de crédito, que se propaga para além do mundo dos mercados financeiros, precisa de protecção mais severa. O que tarda em ocorrer. Pela primeira vez desde Setembro de 2001 o Banco Central Europeu interveio maciçamente, injectando em poucos dias mais de 200 mil milhões de euros no mercado monetário.

O medo do grande crash é mais forte do que o oficialmente cultivado temor à inflação. Os bancos centrais dos EUA, Austrália, Japão, Suíça, Canadá e outros países ocidentais importantes reagiram da mesma maneira e em poucos dias puseram em circulação uns 500 mil milhões de euros.

Entretanto, os economistas tranquilizam-se com a conclusão mais apressada: o pior já passou, a crise hipotecária tem efeitos saneadores; a economia mundial vai bem. Mas não experimentámos senão o estalido de uma borbulha especulativa que ainda vai mais de 10 mil milhões de dólares, para não falar das restantes borbulhas especulativas que se formaram no último período.

O acto seguinte no drama pela nova repartição do mundo entre os países capitalistas será com certeza representado, mas o intermezzo entre a actual crise do mercado monetário e a crise que vem aí do comércio mundial ainda pode durar semanas ou meses. Contudo, todos os "dados fundamentais" da economia mundial apontam para super-capacidades e super-produção.

20-08-2007

  00:35:36, por Corral   , 89 palavras  
Categorias: Ossiam

Os genocídas

Mentres o Bush e os seus sequazes fabricam o medo com Al Qaeda para alienar e conseguir o assentimento dos cidadãos norte-americanos as políticas terroristas dos USA (segundo Bush Ao Qaeda estaria a formar grupos para atacar Estados Unidos). Os militares superiores ianques admitem que Al Qaeda nom existe. Os generais Casey e Kimmit reconhecérom que o falecido terrorista Al Zarkaui foi criado polos serviços de guerra psicológica dos USA. O general Bergner manifestou que Al Baghdadi, sucessor de Al Zarkaui, era um actor.

02-08-2007

  21:14:17, por Corral   , 126 palavras  
Categorias: Novas, Palavra

Victoria Díaz Cabanela


In Memoriam de Victoria Díaz Cabanela

Quem foi a fada inimiga,
a xana escura que embrulhou os teus olhos
com a mordida da serpe?
Tu, que vives-te como pássaro de ás abertas
para os corações iluminados e as vezes perdidos,
com manhuços de violetas arrecendias
o café recém-feito para bebe-lo no teu quarto,
já nom estás.

Retornárom os ladrões com os seus mantras,
porque as palavras som agora tempo perdido,
sons ausentes... geadas metálicas
que rabanam com o seu gume as gorjas.
Hoje, o prozac ocupa a nossa desesperança
e aninha em nós, a tristura,
que com a sua voz tabernária nos di...
nada é nosso, nem a própria vida.

Corral Iglesias, José Alberte

31-07-2007

  19:25:40, por Corral   , 370 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

Denunciar o Tratado com o Estado Vaticano de umha puta vez

Alberto Piris

Um alto dirigente de um país estrangeiro, de recente visita em Madrid, somou-se, com suas declarações públicas, a certo sector de cidadãos espanhóis que maquinam, de formas diversas, incumprir uma lei, democraticamente promulgada, que ao reorganizar os planos didácticos nos centros de ensino de nosso país (públicos e marcados) inclui neles uma matéria denominada? Educaçom para a Cidadania?

Esta matéria, segundo uma interpretação puramente confessional? Que esta no fanatismo religioso? Vulnera os direitos humanos. Como declarou o porta-voz da Conferência Episcopal. Surpreendente manifestação de quem, como membro destacado do máximo órgão da hierarquia católica em Espanha, nom deveria ignorar a histórica trajectória de sua Igreja, em sistémica e tenaz oposiçom, ao passo dos séculos, a qualquer avanço nos citados direitos humanos.

Ocorre que, para apoiar a esse sector de cidadãos decididos a incumprir a legalidade, se amparando em seu pretendido direito à objecçom de consciência, visitou Espanha o secretário da Congregaçom para a Doutrina da Fé (dantes chamada Santo Oficio da Inquisiçom), um das mais altas jerarquias do Estado da Cidade do Vaticano, com o que Espanha mantém relações diplomáticas de carácter privilegiado

Sabe-se que o Núncio do Vaticano em Madrid tenha sido convocado no Ministério de Assuntos Exteriores para pedir explicações por tão evidente ingerência no que são assuntos próprios dos espanhóis? Ou que tenha sido chamado a consultas o embaixador de Espanha na Santa Sede, com análoga finalidade?

Porque para valorizar melhor este assunto bastaria com imaginar que tivesse ocorrido se qualquer membro destacado da Governaçom russa se tivesse permitido actividades de análogos caris. ¡Quantas vestiduras rasgadas e quanta santa ira em rádios e periódicos sobre a insuportável intromissom de um estado estrangeiro em nossa política interior!

Sirva este exemplo para cobrar consciência da favorável vara de medir que em Espanha se aplica a tudo o que, ainda de refilom, roça à Igreja de Roma, e da necessidade urgente de normalizar tão anómala situação.

30-07-2007

  23:01:16, por Corral   , 116 palavras  
Categorias: Outros, Dezires

A liberdade

Luís Britto Garcia

Liberdade, divino tesouro. Todos somos livres, e nom o sabemos. Tem o faminto a liberdade de comer os alimentos que nom consegue, o pobre a de adquirir o que nom pode pagar, o analfabeto a de ler todos os livros.
Em compensaçom, o capitalista possui a liberdade de explodir ao trabalhador, o latifundiário a de monopolizar toda a terra, o magnata dos meios de comunicaçom a de impor sua opiniom como verdade, o escravista a de considerar propriedade privada às pessoas, o sicário a de eliminar a quem nom aceite tantas liberdades.
A liberdade ilimitada de um pressupor a ilimitada escravatura de outro.
Só há liberdade entre iguais.

21-07-2007

  21:38:41, por Corral   , 249 palavras  
Categorias: Novas, Ossiam

Nada novo... o de costume

Colômbia: assegura ex paramilitar que um arcebispo Isaías Duartefoi o ideólogo da ultra direita.

Por: AFP, DPA, REUTERS

Santa fé de Bogotá, 19 de julho. O desmovilizado chefe paramilitar Diego Murillo assegurou numha confessom para obter rebaixa de prissom que o arcebispo católico Isaías Duarte foi um dos seis ideólogos dos grupos de ultra direita.

A declaração é recusada pela Igreja e políticos próximos ao prelado assassinado por sicarios em 2002.

Duarte era um dos chamados "seis notáveis", o grupo de personalidades que desde a clandestinidade orientava o movimento, afirmou Murillo ante a promotoria, no marco do processo de desmovilizaçom que concluiu em 2006 com a entrega de 32 mil combatentes das Autodefensas Unidas de Colômbia (AUC).

O ex chefe paramilitar disse que a relaçom de Duarte com as AUC começou em 1988 quando foi nomeado bispo de Apartadó, na conflictiva regiom bananera de Urabá, cujo controle disputaram por anos as AUC com as guerrilhas esquerdistas e na que o prelado permaneceu durante sete anos.

Duarte foi assassinado por sicarios em Cali em 2002, e nas primeiras investigações as autoridades assinalaram como responsáveis do crime a milicianos ao serviço das guerrilhas. Murillo, quem é solicitado em extradição por Estados Unidos por narcotráfico, assegurou que monsenhor Duarte se reunia frequentemente nos anos 90 com o comandante das AUC Carlos Castaño, assassinado depois por seus próprios homens.

Ao respecto, o ex-presidente Ernesto Samper admitiu que soube dessas reuniões.

  21:37:34, por Corral   , 239 palavras  
Categorias: Novas, Ossiam

A Cruz Vermelha nega "o talante" psoista.


O dezenove por cento (19%) dos espanhóis vive sob a ombreira da pobreza

Por trás do famoso talante da governaçom social-democrata que preside Rodríguez Zapatero nom parece que tenha algo mais que espaços vougos. Quando nos afastámos de algumha medida populista e radicalmente injusta como a de dar 2.500 euros aos pais dos recém nascidos, sem olhar sequer seus rendimentos, achámos-nos com umha política econômica que só defende as classes dominantes e ao grande capital, idêntica à que praticava Aznar, que tanto faz à que fazia Felipe González, que se assemelha à de Calvo Sotelo.

Isto traz um aumento progressivo na quantidade de pessoas que recebem uns rendimentos que os situam sob a ombreira da pobreza. Neste sentido, o relatório da Cruz Vermelha é demoledor. Casualmente, faz nuns dias conhecemos que o número de ricos se tinha duplicado e que os benefícios Em Bolsa som permanentes. O capitalismo segue a toda máquina, só precisa uma resposta.

A fotografia sociológica das pessoas que padecem exclusão social em Espanha inclui a mais mulheres que homens; a maioria em grupos de idade compreendidos entre 25 e 49 anos ou maiores de 65, com família, estudos primários ou secundários, que estam em situação de desemprego ou aposentados e som de origem espanhola, sobretudo, e um 38% de procedência estrangeira (Iberoamérica, Norte de África, Europa do Leste e África central).

  00:07:52, por Corral   , 239 palavras  
Categorias: Novas, Ossiam

A Cruz Vermelha nega "o talante" psoista.

O dezenove por cento dos espanhóis vive sob a ombreira da pobreza

Por trás do famoso talante da governaçom social-democrata que preside Rodríguez Zapatero nom parece que tenha algo mais que espaços vougos. Quando nos afastámos de algumha medida populista e radicalmente injusta como a de dar 2.500 euros aos pais dos recém nascidos, sem olhar sequer seus rendimentos, achámos-nos com umha política econômica que só defende as classes dominantes e ao grande capital, idêntica à que praticava Aznar, que tanto faz à que fazia Felipe González, que se assemelha à de Calvo Sotelo.

Isto traz um aumento progressivo na quantidade de pessoas que recebem uns rendimentos que os situam sob a ombreira da pobreza. Neste sentido, o relatório da Cruz Vermelha é demoledor. Casualmente, faz nuns dias conhecemos que o número de ricos se tinha duplicado e que os benefícios Em Bolsa som permanentes. O capitalismo segue a toda máquina, só precisa uma resposta.

A fotografia sociológica das pessoas que padecem exclusão social em Espanha inclui a mais mulheres que homens; a maioria em grupos de idade compreendidos entre 25 e 49 anos ou maiores de 65, com família, estudos primários ou secundários, que estam em situação de desemprego ou aposentados e som de origem espanhola, sobretudo, e um 38% de procedência estrangeira (Iberoamérica, Norte de África, Europa do Leste e África central).

20-07-2007

  23:50:38, por Corral   , 249 palavras  
Categorias: Novas

Nada novo... o de costume

Colômbia: assegura ex paramilitar que um arcebispo Isaías Duartefoi o ideólogo da ultra direita.

Por: AFP, DPA, REUTERS

Santa fé de Bogotá, 19 de julho. O desmovilizado chefe paramilitar Diego Murillo assegurou numha confessom para obter rebaixa de prissom que o arcebispo católico Isaías Duarte foi um dos seis ideólogos dos grupos de ultra direita.

A declaração é recusada pela Igreja e políticos próximos ao prelado assassinado por sicarios em 2002.

Duarte era um dos chamados "seis notáveis", o grupo de personalidades que desde a clandestinidade orientava o movimento, afirmou Murillo ante a promotoria, no marco do processo de desmovilizaçom que concluiu em 2006 com a entrega de 32 mil combatentes das Autodefensas Unidas de Colômbia (AUC).

O ex chefe paramilitar disse que a relaçom de Duarte com as AUC começou em 1988 quando foi nomeado bispo de Apartadó, na conflictiva regiom bananera de Urabá, cujo controle disputaram por anos as AUC com as guerrilhas esquerdistas e na que o prelado permaneceu durante sete anos.

Duarte foi assassinado por sicarios em Cali em 2002, e nas primeiras investigações as autoridades assinalaram como responsáveis do crime a milicianos ao serviço das guerrilhas. Murillo, quem é solicitado em extradição por Estados Unidos por narcotráfico, assegurou que monsenhor Duarte se reunia frequentemente nos anos 90 com o comandante das AUC Carlos Castaño, assassinado depois por seus próprios homens.

Ao respecto, o ex-presidente Ernesto Samper admitiu que soube dessas reuniões.

11-07-2007

  15:42:02, por Corral   , 135 palavras  
Categorias: Novas

POLA DEMOCRACIA NOS EUA

A democracia está em chamas nos EUA. Leia o apelo ao mundo de HOWARD ZINN (historiador norte-americano), MUMIA ABU-JAMAL (o mais famoso prisioneiro político norte-americano), GORE VIDAL (grande novelista e ensaísta progressista norte-americano), RAMSEY CLARK (jurista, líder mundial de direitos humanos), BARBARA FOLEY (presidente da Left Alliance, associação de acadêmicos progressistas), IMMANUEL WALLERSTEIN (ex-presidente da Associação Internacional de Sociologia, International Sociological Association), MICHAEL RATNER (Presidente do Centro para Direitos Constitucionais, Center for Constitutional Rights, e ex-presidente da Lawyer's Guild), DAVID HARVEY (geógrafo mais citado no mundo), HARRY MAGDOFF (co-editor, até o seu falecimento Janeiro último, da Monthly Review ), bem como muitos outros importantes acadêmicos, advogados e ativistas norte-americanos da Fundação Internacional para a Democracia (International Endowment for Democracy) em:

http://www.iefd.org/lang/pt01.php .

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