Todo é terrivelmente complicado
Mas nom há que se preocupar
com isso
Também o certo é
que
tudo é terrivelmente simples
Igual que distinguir o abalo e o devalo
Igual que ver chover
Igual que pensarmos
que existir é
lembrar distáncias
e falar silêncios
Nom existe mais que
o caminho
O que vives é a viagem
Estou confuso
e nom escuito mais
que o silêncio iluminando
esta noite
cheia de palavras molhadas
Essas luzes que
me rodeam é o lume
da terra
Arder
é a palavra
que procuras
Agora que o capitalismo vem de descobrir que a forma de aumentar a riqueza dos mais ricos é tam simples como roubar (tirar-lhe o dinheiro ao conjunto da populaçom para apropriar-se dele e reparti-lo entre os mais ricos), vem a OCDE e nos di que aumenta a brecha que separa às pessoas ricas das pobres.
O que diminue é a que separa os vivos dos mortos.
"desde este humilde cuarto
de obreiro
prométoche o fin da tiranía
porque nas mans levo o traballo
e na fronte a memoria colectiva
e se algún día dis que eu mentín
direi que nom, que fun vencido"
Rafa Villar
Recupero este poema de Rafa Villar, do seu livro "O devalo do mar", editado em Junho de 1994 (já choveu...), porque me parece muito apropriado como banda sonora poética para falarmos de derrotas e conversos, da chamada "industria dos direitos de autor" e da redistribuiçom da cultura.
Devo começar reconhecendo que som membro de CEDRO, a entidade de gestom dos direitos de autor no ámbito editorial. Figem-me membro desta entidade practicamente ao mesmo tempo que me fazia membro da AELG, a associaçom que reune aos e às escritoras em língua galega. De facto, entregarom-me juntos os formulários para associar-me, ainda que ser membro dumha entidade nom obriga, nem obrigava, a ser membro da outra. Como membro de CEDRO, puidem aproveitar algumhas das suas ajudas para, entre outras cousas, comprar as gafas que agora levo postas todo o dia, todos os dias, também mentres escrevo isto.
Mas o certo é que cada vez tenho mais diferências com a sua actividade e com os seus posicionamentos. Pode ser porque CEDRO tem radicalizado as suas posturas no que se refire ao tema dos direitos de autor (principalmente, e quase exclusivamente) económicos; ou pode ser porque eu tenho avançado nas minhas posiçons de defesa da ideia da cultura para todas/todos, o combate ao copyright e a promoçom da redistribuiçom da cultura. Em qualquer caso, cada vez que algumha das suas revistas chega à minha casa, os seus artigos parecem-me cada vez mais polémicos, mais escandalosos, mais ofensivos (quer-se dizer, que me ofendem).
Acertei com o post anterior. Parece que o nosso admirado Jacques cotiza à alça.
A notícia tem um certo aquel de vergonha alheia, escándalo e bochorno. Mas aí está.
Eu, Ne me quitte pas, de sempre, umha das melhores.
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[youtube]dCHi5apc1lQ[/youtube]
Le coeur bien au chaud
Les yeux dans la bière
Chez la grosse Adrienne de Montalant
Avec l'ami Jojo
Et avec l'ami Pierre
On allait boire nos vingt ans
Jojo se prenait pour Voltaire
Et Pierre pour Casanova
Et moi, moi qui étais le plus fier
Moi, moi je me prenais pour moi
Et quand vers minuit passaient les notaires
Qui sortaient de l'hôtel des Trois Faisans
On leur montrait notre cul et nos bonnes manières
En leur chantant
Les bourgeois c'est comme les cochons
Plus ça devient vieux plus ça devient bête
Les bourgeois c'est comme les cochons
Plus ça devient vieux plus ça devient c...
Le coeur bien au chaud
Les yeux dans la bière
Chez la grosse Adrienne de Montalant
Avec l'ami Jojo
Et avec l'ami Pierre
On allait brûler nos vingt ans
Voltaire dansait comme un vicaire
Et Casanova n'osait pas
Et moi, moi qui restait le plus fier
Moi j'étais presque aussi saoul que moi
Et quand vers minuit passaient les notaires
Qui sortaient de l'hôtel des Trois Faisans
On leur montrait notre cul et nos bonnes manières
En leur chantant
Les bourgeois c'est comme les cochons
Plus ça devient vieux plus ça devient bête
Les bourgeois c'est comme les cochons
Plus ça devient vieux plus ça devient c...
Le coeur au repos
Les yeux bien sur terre
Au bar de l'hôtel des Trois Faisans
Avec maître Jojo
Et avec maître Pierre
Entre notaires on passe le temps
Jojo parle de Voltaire
Et Pierre de Casanova
Et moi, moi qui suis resté le plus fier
Moi, moi je parle encore de moi
Et c'est en sortant vers minuit Monsieur le Commissaire
Que tous les soirs de chez la Montalant
De jeunes peigne-culs montrent nos leur derrière
En nous chantant
Les bourgeois c'est comme les cochons
Plus ça devient vieux plus ça devient bête
Les bourgeois c'est comme les cochons
Plus ça devient vieux plus ça devient c...
Les Bourgeois
Jacques Brel
Também estivo aquela outra vez
Quando decidimos assaltar o ceu
da madrugada
ao ritmo dum licorcafé
mentre sonava
ao longe
dentro das nossas cabeças
umha dessas cançons
às que lhe inventavamos a letra
Era quando aprendiamos idiomas
ou palavras
para fazer os diagnósticos
[youtube]8h_srUypCTE[/youtube]
Via Tangaranho primeiro, e Chuza depois, inteiro-me de que hoje há 20 anos que os Kortatu davam o seu último concerto e se disolviam. O 1 de Outubro de 1988 despediam-se em Iruña com aquel estupendo concerto que depois recolheriam em disco: Azken Guda Dantza.
Para este dia 1 de Outubro o próprio Fermin Muguruza anunciara a apresentaçom do seu novo trabalho, Asthmatic Lyon Sound Sistema, mas parece que nom puido ou nom lhe apetecia aguardar tanto, e já está na rede desde há uns dias o clipe do primeiro adianto desse trabalho, Balazalak, que é o video que aparece aqui arriba.
Vem-me de chegar um correio electrónico, que me informa de que hoje mesmo poderemos ver em Ponferrada o documental "Fronteiras". Será às 20.30 no auditório de Caixaespanha.
Assim que já sabedes... se podedes: ide!
Sarai Fernández, galega do Bierzo, desenhadora e artista, de quem já falamos nalgumha outra ocassom, participa na exposiçom que organiza o Conselho da Cultura Galega com motivo do seu 25 aniversário.